Tiradentes, mito ou herói?

Por Tamára Baranov – Rio Claro/SP

Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier)
(Fazenda do Pombal, batizado em 12 de novembro de 1746 – Rio de Janeiro, 21 de abril de 1792) 

Tiradentes por de ter sido mero bode expiatório no trágico desfecho da Inconfidência Mineira, mas a decência com que se comportou ao longo do lento e tortuoso processo judicial e, acima de tudo, a altivez com que enfrentou a morte, o tornaram, no ato, não apenas a maior figura do movimento, mas um dos grandes heróis da história do Brasil. Enquanto a maioria dos conjurados chorava, balbuciava, maldizia e rezava, e trocava acusações entre si, Tiradentes manteve a dignidade.

Não se sabe como eram as verdadeiras feições de Tiradentes, todos os retratos são fictícios. Durante o julgamento foi descrito como feio e espantado e ao ser conduzido ao patíbulo estava com a barba mas a cabeça raspada. Com barba e cabelos compridos, e imaculado na brancura de sua túnica de condenado se tornou aceito como o mártir ideal, como símbolo nacional. As semelhanças entre a Paixão de Cristo e o martírio de Tiradentes são evidentes, até os pintores passaram a representá-lo como se fosse Jesus no patíbulo.

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