A economia precisa da autocrítica de Delfim

O ex-Ministro Delfim Netto cumpre uma missão difícil. Inegavelmente, é uma das vozes mais eficientes em defesa da estabilidade. Mas enfrenta um dilema, diria, de ordem retórica.

Seu discurso tem duas linhas:

1. Acalmar o empresariado e o mercado em relação à economia.

2. Convencer a presidente Dilma Rousseff a corrigir seus erros.

Para convencer o empresariado, Delfim tem que ser severo em relação aos erros do governo Dilma.

Para convencer Dilma, Delfim não pode ser severo demais. A presidente trava ante qualquer crítica mais aguda, fecha o jornal, desliga o note e amua.

Mas se não for severo demais, Delfim perde pontos com o empresariado.

Deu para sacar o que é o hospício Brasil?

Mas, em relação ao ajuste fiscal, Delfim errou. Na ânsia de tentar despertar o “espírito animal” do empresariado, foi o grande avalista do ajuste fiscal de Joaquim Levy.

O ajuste equilibrava-se em uma linha fina, extremamente delicada, no qual a batalha se dava exclusivamente no campo das expectativas. A economia embicava. O ajuste derrubaria mais ainda a economia. Para acordar o “animal” que habita cada empresário, cada um, inidividualmente, precisaria acreditar que os demais estavam acordando.

Na orelha esquerda, o diabinho da recessão apontava a demanda caindo, o desemprego aumentando, a capacidade ociosa ampliando. E, na outra orelha, um anjinho desesperado, berrando: acredite, tenha fé, que quando o ajuste fiscal terminar as flores florescerão, os frutos serão colhidos.

Embora comovidos pelo esforço de Delfim, o “espírito animal” constatou que as pragas do diabinho eram muito mais concretas do que as promessas vaporosas do anjinho.

A recessão se aprofunda rapidamente. Ontem, Delfim tentou encontrar a razão. E, aí, o arguto, o cartesiano, o racional Delfim, que passou os últimos quinze anos ironizando as boutades de Fernando Henrique Cardoso, a retórica-de-enganar-eleitor-primario do príncipe, resolveu recorrer ao repertório fernandiano. E disse que o “espírito animal”  não acordou porque Dilma não fez a autocrítica.

Os desastres de Dilma e do ajuste fiscal vão muito além da autocrítica. Mas foram acentuados pelos efeitos sumamente deletérios da combinação de ajuste fiscal-recessão-política monetária.

Uma autocrítica de Delfim, em relação ao ajuste fiscal e ao padrão Joaquim Levy seria muito mais eficaz que a de Dilma, dado o peso de sua palavra junto ao empresariado.

Redação

96 Comentários

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  1. Telebras

    Se Delfim fosse tao bom nao teria sido o culpado pelo desmonte do sistema Telebras, cujo dinheiro dos planos de expansao era usado para fazer caixa para o tesouro quando ele era Ministro militar. A Telebras foi privatizada por FHC por causa de Delfim e poderia ser uma Petrobras, hoje.

      1. Foi privatizada graças ao

        Foi privatizada graças ao FHC, a quem devemos agradecer.

        No início da década de 90 – antes do governo FHC -, meu primo esperava o dia em que novas linhas eram lançadas pela estatal, o que era raro, e colocava toda a família para tentar comprar. Após a compra, essas linhas eram declaradas no imposto de renda. Esse meu primo ganhava dinheiro alugando essas linhas. Era um corretor de linha de telefone!!!

        Ainda nessa época, tive meu primeiro estágio em uma fábrica – setor produtivo. Lembro que as pessoas tiravam o telefone do gancho e esperavam até meia hora pra dar linha. Interurbanos eram caríssimos.

        Obrigado, FHC!

        1. Empresa de transporte aqui da

          Empresa de transporte aqui da cidade abriu filial em outro município e ficou mais de 2 anos utilizando o telefone do vizinho para se comunicar. E tem gente que tem saudades dessa época maldita.

          Só por ter privatizado o Sistema Telebras, um mastodonte de ineficiência e cabidaço de empregos, FHC deveria ser canonizado.  

           

           

          1. Nao instalou linhas?

            Todas as linhas pre-privatizacao eram instaladas pela Telebras. O problema era receber o dinheiro para mais linhas e nao usa-lo para esse fim.

          2. A Telebras vendia as linhas

            A Telebras vendia as linhas de telefone. Era raro disponibilizar linhas novas. Tipo umas duas vezes por ano, quando as pessoas interessadas tinham que ficar horas discando para conseguir comprar uma.

            A linha era tão cara que tinha que ser declarada no imposto de renda.

        2. Não temos nada para agradecer

          Sempre quanto é discutido o tema das privatizações, aparece alguém pra dizer que a linha telefônica custava 900 reais em valores atuais, que precisava declarar no imposto de renda e que tinha fila de espera para conseguir uma linha. Isso tudo é verdade. Então onde está a mentira, está no fato de relacionar o processo de modernização e ampliação telefônica à privatização. Esse processo ocorreria com ou sem privatização. O Banco do Brasil e a Caixa também usavam máquina de escrever nessa época, no entanto, hoje são melhores e mais eficientes que os bancos privados. A Petrobras possui a mais sofisticada tecnologia de extração de petróleo em águas profundas do mundo. Enquanto isso, nosso mercado de telefonia é uma vergonha! Temos aqui o pior dos mundos, um serviço de péssima qualidade com uma das tarifas mais caros do planeta. O oligopólio formado após a privatização simplesmente não investe na melhoria dos serviços, pelo menos, não o necessário para termos um serviço de qualidade. E isso ocorre porque grande parte dos lucros resultantes da exploração dos consumidores brasileiros são enviados para suas matrizes ao invés de ser investidos na expansão e melhoria do serviço.  As agências reguladoras criadas para “fiscalizar” as empresas não passam de adorno sem função. Por fim, não satisfeitas em obterem lucros  abusivos dos brasileiros mesmo oferecendo um serviço de qualidade medieval, ainda encontram diversos mecanismos para roubar o cliente. Todo mundo que possui um celular pré-pago sabe como as recargas são roubadas por promoções que vc nunca se escreveu, com assinaturas de serviços que vc não autorizou, com descontos acima do valor efetivamente gasto com uma ligação. Casos como da TIM, que fazia a ligação cair de forma proposital para que o cliente tivesse que fazer outra ligação e a operadora pudesse cobrar duas vezes pelo serviço. Ou como a VIVO que simplesmente desconta 0,99 centavos dos seus 80 milhões de clientes sem que eles tenham pedido ou realizado qualquer serviço ou ligação, só aqui temos mais de 79 milhões de reais sendo roubados dos brasileiros por dia sem que cause nenhum escândalo. Então, não me venha pedir para agradecer, porque não tem nada para agradecer, nós só temos é que lamentar!

          1. Eu fui um dos infelizes a

            Eu fui um dos infelizes a pagar uma fortuna pela linha e esperar anos por ela. Se a telefonia de hoje tem inúmeros problemas, a de então era dez vezes pior, e não era por questão de tecnologia, o motivo era a empulhação e falta de investimento. Foi a mesma coisa com a Petrobras, que só começou a dar lucro após o sistema de partilha, e com a
            Vale, que deixou de ser cabide de empregos e passou a gerar empregos e impostos após a privatização. E ainda tem gente que diz que a Vale foi vendida a preço baixo, o que é um óbvio absurdo, porque foi a leilão. E mesmo se tivesse sido entregue de graça, ainda assim seria um bem para o país.

      2. Telebras

        A “desculpa” de FHC foi a má qualidade de prestação do serviço e os planos de linhas não entregues. Por que não eram entregues? Porque o dinheiro dos planos de expansão era usado para fazer caixa no tesouro. E a culpa disso foi do Delfim.

        O que ninguém fala é que FHC fez o investimento necessário para a entrega das linhas ANTES da privatização. Por que você acha que “de repente” as linhas de 3 mil reais passaram a ser instaladas por R$80? Acha mesmo que as teles investiram cento e tantos bilhões de reais??? Quem financiou fomos nós, que pagavamos (antes da privatização) R$9 de assinatura e a mesma subiu todos os anos enormemente até os mais de R$60 hoje.

        Lula cometeu o maior erro em não ter tomado de volta as concessões em 2005 além de não ter levado adianta a ADIN 1668, além do “pacto de governabilidade” com FHC (não investigar os desmandos deste, logo que assumiu). A direita não joga limpo.

  2. Estagflação exige juro real zero. Selic a 14,% é um escândalo.

    Ajuste fiscal pra dar aos rentistas é  como transferência de sangue do atropelado pro atropelador.

    Só juro real zero despertará e induzirá a investimentos em produção como fonte de renda.

    Quem tem dinheiro aplicado a juros de agiota vai investir pra quê?

    Não vejo nenhum f.d.p gritando a favor de juros internacionais pra economia brasileira.

    Ninguém se manisfesta contra as duas drogas terriveis: cheque especial e parcelamento de cartão de crédito.

    Os Bancos estão torturando os usuários dessas duas drogas.

    Quando os Brasileiros irão apear dessa relação intensa com os Bancos?

    1. Exatamente. A classe média

      Exatamente. A classe média não entendeu onde fica o dinheiro. Juros de cheque especial, cartão de crédito e prestação do carro. Conheço pessoas que pagam 3 mil de juros por mês. 

       

       

    2. Tudo ia bem no Brasil, apesar

      Tudo ia bem no Brasil, apesar da crise e do fim da festa das commodities. Até o momento em que a Dilma, no maior ato de heroísmo de um presidente nos últimos quarenta anos, resolveu que, como tudo ia bem, ela podia baixar bastante a taxa de juros, aproximando-a de niveis civilizados. Perderam a memória? Tem gente que faz um recorte da economia e abstrai tudo o mais. O mundo desabou sobre suas costas. A City londrina soltou os cachorros contra ela. Os mandões das finanças fizeram com que o mundo inteiro perdesse o grande respeito que tinha por ela, e isso no Brasil foi multiplicado por mil, com os fascistas locais, paus mandados dos especuladores e exploradores internacionais, ateando fogo contra ela desde as conversas de bar até às redes sociais. De lá para cá os ataques engolfaram toda a mídia conservadora e foi só ataque em cima de ataque, sem tréguas, contra Dilma. Contra o seu partido. Contra o país. O que querem é arrancar do país dinheiro e mais dinheiro, só isso. E o país restou como está, com a destruição sistemática de grandes empresas nacionais, com a justiça entregue a um justiceiro ideológico e com o Congresso entregue a quem está entregue. Considero um milagre que depois de tudo isso a taxa de juros esteja somente em 14,5%.  

      1. Tudo ia bem…

        Severino,

        a verdade é inescapável, assim como os pilares da economia. Se você baixa a taxa de juros de um país (como os EUA fazem), tem que estar com as estruturas econômicas bem assentadas. Gastos públicos X receita tributária equilibradas, balança econômica idem, investimentos em infraestrutura bem planejados, além da conjuntura externa, que no global mundo em que vivemos, influencia a arrecadação externa. Com juros menores, os investidores de TODOS os matizes recorrem às bolsas e outros investimentos tradicionais nas economias equilibradas. Aqui, o investimento tradicional, que consome quase TODA a nossa poupança, são os Títulos da Dívida Pública, que vem em viés crescente nos últimos 10 anos (a dívida cresce desde a queda do ministro Palloci, e ascenção do Mantega). Tais Títulos garantem a rolagem da dívida, e limitam a emissão de moeda circulante, que evita a desvalorização da moeda e a inflação. Estes mediadores esgotaram seu ciclo, com os recursos internos esgotados através da redução da poupança via incentivo de gastos no consumo. Com isso a população se endividou, e a poupança minguou, e a farra chegou ao fim. Acabaram-se os recursos mais baratos para financiar a dívida pública. Com isso, o BC ve-se obrigado a remunerar melhor os recursos de quem empresta, e os juros básicos disparam na medida dessa necessidade, caso contrário, a solução opcional, que seria emitir moeda, pode gerar um vórtice inflacionário que facilmente pode perder o controle e nos engolfar em hiperinflação.

        Não a toa, o dólar está em ascenção, e não por vontade ou controle dos bancos, mas por simples questão de oferta e procura.

        Solução? Só a médio e longo prazo.

        Será fácil? NÃO!!!!

        Qual a melhor solução? EQUILÍBRIO FISCAL, com o governo gastando menos do que arrecada. A economia doméstica, aquela que exercemos em casa, não é diferente da macro. Gastou mais do que arrecada, cai no cheque especial, cartão ou linhas de crédito disponíveis segundo seu histórico de pagamentos e crédito. Se não corta gastos, a situação não se ajeita, e a insolvência será inevitável. Se não aumenta a receita, com outro trabalho ou horas extras (fonte alternativa de arrecadação), ou com aumento de salário (aumento da arrecadação existente), terá que dar calote em alguém. Como dizem hoje em dia: Simples assim!

        1. Há muito mais política suja e

          Há muito mais política suja e indução forçada nos supostamente azeitados e independentes mecanismos de mercado do que sonham a minha e a vossa vã filosofia.

    3. Bem comentado.
      O Ministro Levyano quer arrecadar mais aumentando os juros e impostos. De onde este jé ruela teve uma idéia tão ridícula. Não aprendeu com os erros do passado.
      É Burro demais, fora!

      1. Bem comentado

        Drigoeira,

        ele prefere cortar gastos do governo, começando pela máquina pública (funcionalismo comissionado). Mas Dilma resiste a isso para não perder (mais) apoio político, já que os apadrinhados da base aliada estão lá. E o PT, por seu lado, também não quer, para não ver sua receita do ‘dízimo’ salarial obrigatório, que os funcionários ligados ao partido, e indicados por ela, pagam ‘voluntariamente’.

        Aí, ele olha para os programas sociais, e nem sugere isso.

        Resta então o discurso de aumento de arrecadação, que a Dilma vem alimentando sem sucesso, e ele assumindo a bronca, ou pensa que centralizadora como é, ela não esteja ao par e de acordo com o que ele diz? Se acha que ela não está de acordo, e deixa que ele o faça (diga o que quer, o que duvído MUITO), você dá razão para aqueles que dizem que ela abandonou/abdicou do governo (acredita nisso?). Ademais, o bom administrador SEMPRE é responsável pelos seus subordinados (os maus também, apesar de tentarem pular fora). Há responsabilidade por parte dos subordinados? SIM!!!, mas se fazem algo fora do ordenado ou planejado, são punidos ou dispensados.

        Como fica agora? Se o Levy for leviano, Dilma perdeu o comando, se não for, ela está de acordo com ele…tem alguma outra opção?

        1. Cortar gasto aonde???
          É o mesmo pensamento dos cabeções de planilha. Estado mínimo. Fecha o governo então aí o gasto é zero e vamos pra anarquia.
          O aumento dos juros e impostos não é idéia dele.
          O Brasil possui demanda reprimida de consumo quem não entendeu isto deve sair do ministério.

    4. Estagflação exige…

      Luiz Valentim,

      por favor me explique quem emprestará recursos/dinheiro ao governo, para rolagem da dívida interna (que passa de 65% do PIB, ou seja, mais de R$1,6 trilhão), caso os Títulos da Dívida Pública, que tem seu valor de remuneração ditado pela taxa básica, sejam balizados por uma CELIC igual a zero ou quase isso?

      Sugere um calote/moratória? Sabe o que isso causa a um país? Se você tem mais de 47 anos, deve saber, ou pelo menos ter uma ideia.

       

    1. Pois é, todo mundo sabe que o

      Pois é, todo mundo sabe que o Levy não tem apoio nenhum no governo. Não dá para por a conta da recessão no ajuste fiscal que não houve .

  3. Microeconomia:
    Fulano comeu

    Microeconomia:

    Fulano comeu dois frangos, Sicrano não comeu nenhum.

    Conclusão: Fulano está com colesterol alto e Sicrano está desnutrido.

    Macroeconomia:

    Fulano e Sicrano comeram dois frangos, então cada um comeu em média um frango e ambos estão com dieta balanceada.

    Essa história de criar recessão no setor industrial porque o tomate sofreu o efeito da seca, dá nisso.

     

  4. Não foi a política atual; foi o exaurimento da anterior

    NÃO FOI A POLÍTICA ATUAL; FOI O EXAURIMENTO DA ANTERIOR – Algumas pessoas insistem com a falácia de dizer que as dificuldades atuais do governo federal, em matéria fiscal, se devem à mudança na política econômica.

    O fato incontestável é que no ano passado, em plena vigência da política anticíclica, tivemos um déficit fiscal primário de 0,6 por cento do PIB. Não tínhamos um déficit primário desde o ano de 1997.

    Não foi a mudança da política econômica, de anticíclica para pró-cíclica, que ocasionou as restrições fiscais, mas sim o exaurimento da própria política anticíclica vigente até o ano passado.

    E quem dizia isso com todas as letras não era nenhum neoliberal, mas sim o ex Ministro da Fazenda, Guido Mantega.

    Ele passou o ano passado inteiro dizendo que era preciso recompor as finanças públicas e rever a política anticíclica, visto que o exaurimento da mesma apresentava-se de modo iminente.

    Durante 06 anos consecutivos, entre 2009 e 2014, o governo federal sustentou a economia e a renda nacionais.

    E fez isso com base em investimentos que cresciam acima do PIB e em amplas desonerações para setores específicos da economia.

    Dilma Rousseff, que criou e manteve a política anticíclica bem sucedida que tivemos até o ano passado, não se desfez dessa política por traição ou por vontade própria, mas sim porque não há mais orçamento para mantê-la.

    Até o último trimestre do ano passado a questão fiscal do Brasil estava bem equacionada.

    Tanto isso é verdade que os relatórios dos dois maiores bancos privados do país, Bradesco e Itaú, apontavam um superávit fiscal do governo federal. E apontaram isso DEPOIS da eleição, em fins de outubro!

    Foi no último trimestre do ano passado, em função da abrupta queda no valor das commodities, que as finanças se deterioraram com grande rapidez.

    Vejam o que dizia o relatório do Itaú, de 31 de outubro de 2014 (depois da eleição):

    ”À luz dos resultados recentes, revisamos nossa projeção para o superávit primário oficial do ano de 0,9% para 0,5% do PIB… (…)”

    Ou seja, previam para todos os seus clientes nacionais e internacionais, para as pessoas físicas e jurídicas, que o Brasil teria superávit primário em 2014, e não déficit.

    Outro fato inconteste é que praticamente todo mundo foi pego de surpresa com a deterioração fiscal do último trimestre do ano passado.

    Dilma não tinha outra solução a não ser mudar de rota e impedir que o déficit fiscal se mantivesse, em condições ainda piores, neste ano de 2015.

    E como foi provado por A + B, não foi a mudança na política econômica que causou a restrição fiscal atual, mas sim o exaurimento da política econômica anterior, anticíclica. O resultado fiscal de 2014 é a prova cabal disso.

    Termino com a seguinte constatação: em 2013 o setor público consolidado terminou com um superávit primário de 1,9 por cento do PIB. Em 2014 o superávit se transformou em déficit primário, de 0,6 por cento do PIB.

    Se mantivéssemos essa trajetória de deterioração fiscal em 2015, terminaríamos o ano com um déficit primário colossal, de 3,1 por cento do PIB. Nem a Grécia tem déficit primário dessa magnitude.

    As consequências dessa brutal deterioração fiscal, se não fosse estancada como está sendo, seriam ainda mais perniciosas para a população.

    Teríamos mais inflação, taxas de juros ainda maiores e uma explosão cambial incalculável. O efeito disso no emprego e na renda das gentes seria sem dúvidas algumas o mais deletério possível.

    Recuperando a parte fiscal se abre espaço para relaxar a política monetária.

    1. Resumindo então…

      Dilma quebrou o país, porque o ajuste fiscal de 2015 deveria ter sido feito lá atrás. Ao invés disso, foram anos de irresponsabilidade fiscal, maquiagem de números, pedaladas, elevação de gastos, aumento da dívida e insulto à inteligencia do seu próprio eleitorado ao mentir daquela forma pra se reeleger. E continua insultando ao dizer que não havia sinais de crise antes de Outubro de 2014 (para os “pessimistas de plantão” vem desde 2012), e tem gente que acredita.

  5. O exaurimento, a trajetória e a mudança

    O EXAURIMENTO, A TRAJETÓRIA E A MUDANÇA – Em 2013 o Brasil teve um déficit nominal (contando com o pagamento de juros e amortizações da dívida pública) de 3,25% do PIB. Em 2014 esse déficit nominal mais do que dobrou, passado para 6,7% do PIB.

    Em 2013 o Brasil teve um superávit primário (sem o pagamento de juros e amortizações da dívida pública) de 1,90% do PIB. Em 2014 o superávit primário virou déficit, de 0,63% do PIB.

    Dizer que a deterioração fiscal do Brasil é consequência da mudança na política econômica do segundo governo da presidenta Dilma é um rotundo e rigoroso absurdo.

    A deterioração fiscal, como os dados estatísticos comprovam, são consequência do total exaurimento da política anticíclica que vigia até 2014.

    As causas deste exaurimento podem e devem ser discutidas, mas negar esse exaurimento é algo inexplicável. Não há como negar o que os números gritam a um palmo do nosso nariz.

    Há uma gritaria incontida em função da mudança na política econômica a partir de 2015. Essa gritaria é perfeitamente compreensível, diga-se de passagem.

    Mas façamos um simples exercício estatístico, para demonstrar que a manutenção da política econômica anticíclica em 2015 levaria o Brasil para um caos inimaginável.

    Suponhamos que a mesma política vigente até 2014 tivesse sido mantida e que a trajetória fiscal havida entre 2013 e 2014 se mantivesse neste ano de 2015. Mantida a trajetória, o quadro no final deste ano seria esse:

    1) Déficit nominal de 10,1% do PIB (aumento de 3,45% no déficit nominal);
    2) Déficit primário de 3,1% do PIB (aumento de 2,53% no déficit primário).

    Manter uma trajetória como essa transformaria o Brasil numa mistura de Grécia, Espanha e Venezuela. Seria algo totalmente inconsequente e inviável.

    O ajuste macroeconômico feito por Dilma, embora doloroso, era e é indispensável. Era preciso estancar a deterioração nas finanças públicas e é isso que está sendo feito.

    Ou se corrigia a trajetória ruim do período 2013/2014, na questão fiscal, ou as consequências seriam trágicas. A correção do rumo, necessária, renderá bons frutos a partir do ano que vem.

     

    1. Excelente, Diogo

      Apenas observo – e acho que tu mesmo já postaste textos nessa direção – que o BC tem inviabilizado o plano fiscal ao insistir com a imbecil meta de 4,5% já no ano que vem e com as operações de enxugamento de gelo conhecidas como swaps cambiais , que já custaram 1% do pib este ano

  6. Não acho que ele tenha errado

    Não acho que ele tenha errado.

    Um ajuste de 1,2%% feito no primeiro trimestre não seria quase nada comparado aos 4,5% que eram feitos quando o FMI vinha aqui apontando o dedo no nariz, nem mesmo aos 3% que o Armínio Fraga ficava dizendo que seriam necessários (pra justificar as barbaridades prometidas nos bastidores da campanha, sem dúvida).

    … E isso logo após fechar o ano de 2014 com emprego recorde e inflação dentro do combinado (que pra muitos não significa nada, sei)!

    A vida seguiria e não estaríamos o ano inteiro nessa histeria.

    O problema todo foi a chacrinha política causada pela convergência de interesses mesquinhos de uma oposição que não aceita resultado de eleições, uma imprensa golpista, corporações polítiqueiras e uma bancada de achacadores reacionários.

    O grande “erro” de Dilma é não entregar o Orçamento e os Ministérios de porteira fechada pra “base” fazer qualquer coisa que quiser e sobrar pra ela, pro PT e pro Lula, como foi o primeiro mandato dela inteiro e os dois do Lula, quando não tinham uma semana sequer de sossego sem uma “crise” para administrar..

    Foi esse o “recado” das urnas; que ninguém quer entender porque – não só a imprensa – os cientistas e analistas políticos distorcem para o grande público ao abusarem de eufemismos: esse modelo de “sustentação política” não é mais permitido ao PT.

    Esse que é o verdadeiro “teste” das instituições: se isso vale somente para o PT, o bode expiatório, ou também pro restante dos atores políticos.

    Vai prevalecer o “suguem, suguem o que puderem depois venham pro nosso lado”?!

    1. Falando bobagem

      Nossa divida pública j á supera os 2,5 trilhões  -Em 2014, o governo federal gastou R$ 978 bilhões com juros e amortizações da dívida, o que representou 45,11% de todo o Orçamento executado no ano fruto de má gestão no controle da inflação . Nos últimos  12 meses, a dívida pública cresceu 17,28%

      Em relação ao pretenso pagamento da  divida externa brasileira Lula fez um adiantamento (não quitou), para fazer este adiantamento, ele trocou a dívida externa pela interna, mas a externa possuía juros bem menores que o Juros internos.No final esse mito não passa de mais uma ferramenta de marketing e auto promoção  que saiu caro ao povo brasileiro .

    2. Falando bobagem

      Nossa divida pública j á supera os 2,5 trilhões  -Em 2014, o governo federal gastou R$ 978 bilhões com juros e amortizações da dívida, o que representou 45,11% de todo o Orçamento executado no ano fruto de má gestão no controle da inflação . Nos últimos  12 meses, a dívida pública cresceu 17,28%

      Em relação ao pretenso pagamento da  divida externa brasileira Lula fez um adiantamento (não quitou), para fazer este adiantamento, ele trocou a dívida externa pela interna, mas a externa possuía juros bem menores que o Juros internos.No final esse mito não passa de mais uma ferramenta de marketing e auto promoção  que saiu caro ao povo brasileiro .

  7. Economista nunca erra. Não me

    Economista nunca erra. Não me lembro de um fazendo uma autocrítica quando estava na Fazenda. Seguem a cartilha de muito técnico de futebol = Eu ganho, nós empatamos e eles perdem ( e esse eles é sempre o povo que não está perto do poder ).  Sinceramente, se Dilma continuar nessa toada e o país travar de vez ( o Rio Grande do Sul quebrou e outros estados já estão com o sinal amarelo, indo pra vermelho, se a economia não der um sinal de melhora ) , não me surpreenderia que o próprio Lula fosse até Dilma e lhe pedisse de joelhos que renunciasse e desse o lugar pra Temer  para evitar um mal pior.  Ah, e como desgraça pouca é bobagem, o doido do Maduro está doido pra entrar em conflito com a Colômbia, afinal inimigo externo é receita infalível pro povo se esquecer da incompetência de seu próprio governo ( vide Malvinas ) . Se fosse o Uribe no poder, acho que já estariam em conflito os dois países. Uma guerra na América do Sul é tudo que o Brasil precisa pro dinheiro internacional picar a mula de vez. Aliás, não vi nenhum post sobre essa tensão entre esses dois países. 

  8. O povo também tem papel

    O povo também tem papel relevante para acordar o espítio animal dos empresários. Mas o balde de água fria que a grande míodia despeja diariamente na cabeça do povo impediu que ele cumprisse seu papel.

  9. Na política, há derrotas que

    Na política, há derrotas que mais a frente se mostram vitórias. Me explico = para serem reeleitos, tanto FHC e Dilma negaram a realidade. Só que, após a eleição, ela veio. No caso de FHC, quebrou o país. Se o FMI não tivesse ajudado, seríamos hoje uma Argentina. Agora, se ambos não tivessem ganho suas reeleições, seriam bem avaliados. FHC seria lembrado como o criador do real e Dilma como um dos períodos mais prósperos do Brasil. Temo que, se Lula for eleito em 2018, corra o risco de também pôr abaixo o que os dois mandatos dele conseguiu ( vide o que está acontecendo agora com Bachelet ). 

  10. Microeconomia X Macroeconomia

    Microeconomia:

    Fulano come dois frangos e Sicrano não come nenhum.

    Resultado: Fulano está com colesterol alto e Sicrano está desnutrido.

    Macroeconomia:

    Fulano e Sicrano comeram, em média, um frango cada. Então ambos estão alimentados e sem problemas de saúde.

    É essa a política econômica do Brasil de hoje: Destruir o setor industrial (via juros altos e dólar artificialmente valorizado) para compensar o efeito climático no tomate e na cebola.

     

  11. Delfin poderia começar

    Delfin poderia começar assim: Ilma Presidenta Dilma. Está ficando cada vez mais difícil defender seu governo. Sei que agora não mais importa o que faça. Se bocejar será criticada pelo bocejo. Se não bocejar também levará bronca da impren$$a. Mas o que incomoda pessoas como nós, que ainda acreditam em um governo voltado para a inclusão e melhoria de vida da população, é a bipolaridade. Boceja em um dia e diz que não bocejou no dia seguinte. Esta incapacidade de montar um plano mínimo de governo, e se ater a ele, está minando ainda mais sua já desgastada base. E não me refiro à sua base no congre$$o. Fica claro para tudo e todos que o governo está acéfalo. Isto é verdade?

    Estou me sentindo neto da Velhinha de Taubaté, falecida nos idos mensalônicos de agosto de 2005. Se hoje fosse viva, provavelmente não teria ido à Pauli$sta com um cartaz dizendo que o DEOPs deveria tê-la enforcado, mas certamente não atenderia a seu telefonema. 
    Por favor, pare um pouco para pensar. Respire. Monte um grupo pequeno, coeso e organizado que avalie a crise política e proponha soluções. Ouça as sugestões e só depois anuncie as decisões conjuntas. Acredite na solução proposta e não a inviabilize um dia depois.
    Obrigado,

  12. Nassif

    Suspeito que você agora se equivoque.

    Tudo bem que você esteja tentando mobilizar apoio para a Dilma tentar terminar o mandato com um mínimo de decência, mas suspeito que, em termos de credibilidade política (e não de voluntarismo), é o Delfim que está certo: a Dilma é que é definitivamente inviável; o problema é ela, e não o resto do mundo.

    O esgotamento do lulismo até seria evitável se ela tivesse agido com mais perspicácia estratégica há 4 anos atrás, antes de se abraçar ao espantalho do “combate à inflação” e desistir de reduzir as taxas de juros. Mas perspicácia estratégica é algo que ela definitivamente não tem (assim como muitas outras qualidades esperadas de um estadista). Agora já era.

    O Delfim estava certo quando reclamava para que os governos do PT reconhecessem que estavam tocando uma política de destruição da indústria brasileira, e clamava para que fisessem uma autocrítica. Estava certo antes e está certo agora, reclamando por uma autocrítica da Dilma.

    Quem ela acha que é para se dar ao direito de ficar amuada diante de críticas? a imperatriz do Brasil? É essa imperatrizinha empoada que se acredita “republicana”? Que tal o republicanismo começar por ela?

    Se os petistas fossem mais argutos, embarcariam na canoa do Helio Bicudo. O impeachment da Dilma parece ser hoje a única alternativa de sobrevida para o PT.

    Para a esquerda e o progressismo em geral, a manutenção da Dilma na presidência traz uma vantagem ímpar: o desgaste completo e definitivo do PT e da grande farsa do lulismo… e o tão esperado fim da já quase agonizante hegemonia petista na esquerda brasileira contemporânea.  Estarão, então, finalmente abertas as condições para a emergência de uma nova frente de esquerda, quem sabe até capaz de aprender com a insuficiência do lulismo e do petismo-realmente-existente.

    Outro mundo é possível!!!

    1. Abraçado a direita, quinta-coluna defende golpe de estado

      O golpista mequetrefe, abraçado ao PSDB, aos nazi-fascistas da Avenida Paulista e aos grupos mafiosos de mídia defende que a solução para os problemas do Brasil é fazer um golpe de estado! 

       

      Que tipo de dignidade pode ter alguém que propões um golpe de estado como solução para os problemas atuais do Brasil? Ora, nenhuma. Tem a mesma dignidade de golpistas como Aécio Cunha ou Gilmar Dantas. 

       

      Como representante patético de grupúsculos fantasiados, que imaginam ser o junho de 2013 uma espécie de outubro de 1917, o golpista mequetrefe manda às favas os escrúpulos e cerra fileiras com a direita mais reacionária deste país. 

       

      Pensar o quê de alguém que faz textos tendo como base pesquisas do Datafolha ou do Ibope? É ingenuidade? É má-fé ou é pura e simplesmente burrice mesmo?

       

      As agremiações microscópicas da pretensa esquerda tem orgasmos múltiplos ao imaginar o Partido dos Trabalhadores prostrado frente ao fascismo. Por isso são legendas microscópicas e irremediavelmente apartadas das massas. 

       

      A direita já tem mais um aliado. Um aliado que se diz de esquerda mas que tem como objetivo principal e único de seus disparates operar a suposta derrocada do PT. 

       

      É a ”esquerda” que se abraça com adoradores de Hitler e de Mussolini para tentar, em vão, destruir a mais efetiva experiência popular da esquerda brasileira em todos os tempos, que atende pelo nome de Partido dos Trabalhadores. 

      1. Dioguinho, meu filho

        Eu sei que você gosta de dar piti, rodar a baiana e amaldiçoar a pimenta do acarajé quando o cu tá pegando fogo…

        Tudo bem, cada um sabe das suas hemorróidas.

        Mas você pode ficar tranquilo, abraçadinho com a Dilma, porque eu quero mais é ver esse governismo todo ir pro ralo assim mesmo: abraçadinho.

        Vai, filho, vai!

        1. Absolutamente notável!

          A comprovação cabal e incontestável a respeito das táticas da pseudo esquerda e dos adoradores de Hitler e Mussolini está exposta, a céu aberto. 

           

          Os extremos, à direita e à esquerda, se juntam e se irmanam no ódio e no desprezo a Lula, a Dilma, ao Partido dos Trabalhadores e, evidentemente, no rancor que sentem porque pela primeira vez na história do Brasil a esquerda saiu da cadeia ou do gueto e empreendeu o maior processo de mobilização social da nossa história. 

           

          Não é nenhuma novidade que a direita e a esquerda, a propósito de disseminarem o seu ódio incurável contra as conquistas recentes do povo brasileiro, se unem alegremente para tentar em vão destruir esse recente processo. 

           

          A novidade, para os desavisados, é que esse congraçamento, que essa impressionante confraternização de golpistas, de pseudo militantes de esquerda e de adoradores de Hitler e Mussolini aconteça de forma tão exuberante e convicta, para que todo mundo veja o ridículo desse festerê. 

           

          O bom disso é que essas pessoas passam vergonha na frente de todo mundo aqui no blog, algo deveras interessante. 

      2. Sr Diogo, por favor pare de

        Sr Diogo, por favor pare de falar asneiras!

        Em qualquer país civilizado do mundo, a nação está acima de interesses pessoais e corporativos e isso não acontece com os políticos brasileiros!

        A presidente sabe que tem que cortar ministérios cortar cargos comissionados, cortar apoio às milhares de ONG’s cortar projetos sociais, como as diversas bolsas que só criam desocupados, e beneficiam ladrões,  para que talvez, o país volte aos trilhos em 1 ou 2 anos.

        Não o faz porque não interessa ao partido, quer para não deixar “desempregados” os aliados quer para manter votos de cabresto a esse povo sofrido e necessitado.

        Em contrapartida, o legislativo só aprova coisas de interesse particular ou se vota a favor do governo só o faz em troca de cargos e liberação de verbas(isso não é corrupção?).

        O judiciário é lento e julga de acordo com interesses na matéria!

        Dezenas de políticos de diversos partidos são acusados de venderem a pátria mãe gentil e estão milionários dentre eles o chefe do senado e da câmar federal!

        Fala sério, você tá falando em golpe?

        Golpe é o que foi dado em nós brasileiros!

        Em qualquer outro país europeu ou no Japão ou nos EEUU, esse governo já teria caido!

      3. Sr Diogo, por favor pare de

        Sr Diogo, por favor pare de falar asneiras!

        Em qualquer país civilizado do mundo, a nação está acima de interesses pessoais e corporativos e isso não acontece com os políticos brasileiros!

        A presidente sabe que tem que cortar ministérios cortar cargos comissionados, cortar apoio às milhares de ONG’s cortar projetos sociais, como as diversas bolsas que só criam desocupados, e beneficiam ladrões,  para que talvez, o país volte aos trilhos em 1 ou 2 anos.

        Não o faz porque não interessa ao partido, quer para não deixar “desempregados” os aliados quer para manter votos de cabresto a esse povo sofrido e necessitado.

        Em contrapartida, o legislativo só aprova coisas de interesse particular ou se vota a favor do governo só o faz em troca de cargos e liberação de verbas(isso não é corrupção?).

        O judiciário é lento e julga de acordo com interesses na matéria!

        Dezenas de políticos de diversos partidos são acusados de venderem a pátria mãe gentil e estão milionários dentre eles o chefe do senado e da câmar federal!

        Fala sério, você tá falando em golpe?

        Golpe é o que foi dado em nós brasileiros!

        Em qualquer outro país europeu ou no Japão ou nos EEUU, esse governo já teria caido!

        Ah o golpe revolucionário de 1917 fna Rússia czarista, foi dado pela esquerda viu! e com consequências catastróficas para aquele povo!

      4. Agressividade.

        Hoje li no portal IG que os impotentes sexuais são mais agressivos quando comentam na internet. Acredito. Acho que os ignorantes também. Então, cuidado povo daqui. Cordialmente.

        1. Que notável nível intelectual!

          Olhem o nível intelectual dos cidadãos que começaram a empestear este blog. 

           

          O burraldo leu no iG, repito, no iG! Leu no iG uma idiotice qualquer a respeito da potência ou da impotência sexual masculina. 

           

          Segundo o burraldo, a agressividade e a ignorância tem relação direta com a impotência sexual masculina! Uau, mas que constatação científica mais impressionante! 

           

          Não é admirável ler um portal qualquer e a partir dessa superficial leitura sair por aí cantarolando sensos comuns? Quão ignorante, agressivo ou não, tem que ser um rapaz que lê uma matéria num portal e que acredita nessa matéria como sendo uma incontestável verdade científica?

           

          O nível intelectual de quem escreve uma frase estúpida como a que está aí logo acima, não é superior ao de uma criança de 02 anos. Talvez se assemelhe ao nível intelectual de um chimpanzé reumático. 

          1. Relaxe!

            Relaxe querido, foi apenas uma brincadeira, uma tentativa de fazer você notar que a agressividade que há nos seus comentários impede que as pessoas respeitem suas opiniões. E a “matéria” não fala de impotência sexual, fala da impotência de mudar os fatos da vida, é superficial mas pertinente, pena que falas dela sem ter lido, e deve-se ler de tudo não? Enfim, pensei errado e achei que perceberias a brincadeira, mas não, continuas o bronco que prefere que a forma se sobreponha ao conteúdo. Tome uma cerveja e seja feliz como eu. Beijos querido.

      5. Então qual é solução?

        Já que você que é contra os “golpistas” me diga qual seria solução? Você realmente acredita que Dilma  possui os requisitos para terminar o seu mandato sem levar o Brasil para o abismo? Quem você chama de esquerda? PSTU,PC do B?  Quem destruiu a sua pretensa  experiência popular da esquerda  foi a próprio PT com corrupção, incompetência e soberba. O que você sabe sobre as massas ou proletário? Você teria coragem de confrontar os 10 funcionários que foram demitidos na empresa em que trabalho e justificar a sua “experiência popular”. Eu tive que abrir mão de CLT para continuar trabalhando. 

        Seu dogmatismo doutrinário não permite livre pensamento. Sua cartilhinha é muito estreita e obsoleta para os tempos atuais.Fui metalúrgico com 15 anos e participei de greves e passeatas inclusive  com o Brahma muito próximo. Gostaria de ver o seu curriculo pessoal já que se  manifesta contra a tal elite branca e coxinhas. Aposto que possue um Iphone, usa lacoste e adora um conforto burguês

      6. Então qual é solução?

        Já que você que é contra os “golpistas” me diga qual seria solução? Você realmente acredita que Dilma  possui os requisitos para terminar o seu mandato sem levar o Brasil para o abismo? Quem você chama de esquerda? PSTU,PC do B?  Quem destruiu a sua pretensa  experiência popular da esquerda  foi a próprio PT com corrupção, incompetência e soberba. O que você sabe sobre as massas ou proletário? Você teria coragem de confrontar os 10 funcionários que foram demitidos na empresa em que trabalho e justificar a sua “experiência popular”. Eu tive que abrir mão de CLT para continuar trabalhando. 

        Seu dogmatismo doutrinário não permite livre pensamento. Sua cartilhinha é muito estreita e obsoleta para os tempos atuais.Fui metalúrgico com 15 anos e participei de greves e passeatas inclusive  com o Brahma muito próximo. Gostaria de ver o seu curriculo pessoal já que se  manifesta contra a tal elite branca e coxinhas. Aposto que possue um Iphone, usa lacoste e adora um conforto burguês

        1. A solução é bem simples

          Basta que vigaristas, safados, pulhas, fascistas, nazistas e demais representantes da escória política do Brasil e do mundo abdiquem de tentar dar um golpe de estado. 

           

          Aí está a simples e singela solução para o momento atual, conjuntural, do Brasil. E para o futuro também. 

           

          Outra solução bastante eficaz seria colocar na cadeia todo e qualquer nazista e ou fascista que defende golpes de estado. Democracia é coisa séria e não devemos permitir que ratos a destruam. 

           

          Por fim, (não sei nem porquê estou fazendo isso) sou um ex metalúrgico, com um imenso orgulho da minha primeira profissão: Mecânico de Manutenção de Máquinas formado pelo SENAI. 

           

          De modo que tu deveria parar de escrever idiotices sem nexo e deveria também parar de pregar a favor de golpes de estado. Não vai ter golpe nenhum e Dilma cumprirá integralmente o seu mandato, outorgado de forma livre e soberana pelo povo brasieliro. 

           

          Quem não está satisfeito que reivindique o que acha ser correto. Mas que lembre sempre do básico: o pleito de 2018 está logo aí. 

  13. “fecha o jornal, desliga o note e amua.”

    O Brasil não tem tempo para  a presidente fazer análise:Se ela “fecha o jornal, desliga o note e amua.”Impedimento já!

  14. ”Deu para sacar o que é o

    ”Deu para sacar o que é o hospício Brasil?”

      Não. A pergunta seria a seguinte:

     Deu pra sacar o hospício governo Dilma ?

      A bem da verdade nem hospício é.

      Não existe nem hospício e muito menos governo.

     Estamos a ( tem crase Alan Liberal ? ) deriva.

     Então não é hospício. É falta de rumo.

     E foi por falta de rumo que Cristóvão Colombo descobriu a America.

       Oxalá aconteça conosco.

      Ou seja,por acaso.

    1. Se coube Comissão Executiva da Mandioca, cabe Anarquista Sério

      Anarquista Sério,

      Não é para qualquer país um anarquista sério. E ainda mais difícil é um anarquista que quer colocar ordem na casa.

      Eu não gosto de ver especificidade no Brasil, mas sou obrigado a concordar que deve haver alguma coisa diferente aqui nos trópicos.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 03/09/2015

  15. Delfim fala de ajuste há

    Delfim fala de ajuste há muito tempo. Embora um pouco mais sofisticado com o passar dos anos, é a velha linha que defendeu ao cabo do milagre, apoiada na fábula (e bota fabula nisso, diria um crítico do delfinato como Ignácio Rangel, Ver “O que é a poupança interna”, in: Ciclo, tecnologia e crescimento) da cigarra e da formiga. Aliás, eis o motivo pelo qual o Geisel pôs o Delfim pra correr antes de lançar o II PND.

    1. Beh…

      Desculpem, a crítica de Rangel a Delfim não foi no final do milagre, mas sim no final dos anos 70. Beh, dá mais ou menos na mesma, já que a solução do ilustre economista era amais ou menos a mesma na crise do milagre, na crise do II choque do petróleo e agora, sob roupagem levyana. E, por óbvio, os resultados também: pau nas costas dos trabalhadores. 

       

  16. Sejamos honestos

    Pobre de um país que dá valor a opinião de um sujeito como esse. 

    Pelo amor de deus, olhem o histórico desse homem, os estragos que fez na economia nacional, sem falar nos verdadeiros crimes como exluir parte da população dos cálculos econômicos e esconder inflação para não reajustar salários.

     

  17. Rombo no Orçamento (N. Toedter)
    Aumento de impostos, atualmente assunto dominante nos nossos noticiários. Ministros e os mais diversos agentes políticos alongam seus comentários e declarações sobre a crise pela qual passa o país. Circunspectos buscam nos elucidar sobre a inevitabilidade de adoção de medidas que possam reabastecer os cofres ou caixas da nação. De forma inexplicável, de súbito, de um ano para o outro acabou o dinheiro. Têm caixas estaduais que não conseguem pagar os salários dos próprios funcionários. Entre tudo o que dizem não se vislumbra a menor explicação do motivo que levou a essa situação. Talvez esperam que a gente acredite que tenham sido as propinas da Petrobrás. O que de fato caracteriza os nossos tempos é a distância a que é mantida a população da verdade. Não há homem público que venha dizer que de a muito tempo o país é perdulário, está vivendo acima de suas posses. Começou quando se livraram do Getúlio. Até então o Brasil era um país jovem, que tinha tudo para se desenvolver, ser alguém importante no contexto mundial. Passou então a atender aos acenos do dinheiro fácil e no seu “formoso céu, risonho e límpido” apareceu uma nuvem negra chamada DÍVIDA PÚBLICA.  Convenhamos, foi um fenômeno que também se alastrou pelo mundo e hoje está mostrando seus efeitos nos mais diversos quadrantes. No que diz respeito ao nosso país o portal AUDITORIA CIDADÃ nos mostra que em 2012 gastamos em JUROS e SERVIÇO DA DÍVIDA um total de 753 bilhões, ou sejam 43,98% do total dos gastos federais. Em 2014 passamos a 978 bilhões, 45,11% do total. Um aumento de quase 30% em dois anos! Se isso não bastasse, nos primeiros seis meses e meio do ano corrente a percentagem se elevou a 48%, metade de TUDO que o governa gasta. Os itens SAÚDE e EDUCAÇÃO ficaram em torno dos 4% cada um. Segundo a definição oficial DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL é a dívida contraída pelo Tesouro Nacional para financiar o deficit (rombo) orçamentário do Governo Federal, nele incluído o refinanciamento da própria dívida. Então já deu para sentir que ROMBO NO ORÇAMENTO não é de hoje. Já deve vir de longa data e aumenta a cada ano. Por mais que se aumente impostos, por mais que se venda patrimônio público, por mais que se corte gastos(principalmente sociais), por mais que se empobreça a população através do processo inflacionário, sempre ocorrerá a necessidade do tal “refinanciamento” da dívida, aumentando a própria e aumentando os juros.  Sabendo que não há como cobrir o ROMBO e que os meios citados para mobilizar recursos são limitados, seria bom que fossemos poupados deste “teatrinho” diário a que estamos sendo expostos. Talvez algum dia possa aparecer alguém com uma ideia efetivamente viável, capaz de resolver o problema de um país que vem sendo inclementemente explorado.

  18. A economia precisa da autocrítica de Delfim

    Prezado Luiz, então o errado é o carteiro que trouxe a notícia…….brincadeira.

  19. Os desastres de Dilma vão muito alem da autocritica

    Eles são o retrato da aplicação do ideário keynesiano nacional desenvolvimentista, tal como é.

    Sempre termina em quebradeira e crise institucional.

    A montanha russa está só começando – e, claro, os keynesianos vão colocar a culpa no liberalismo, como, aliás, sempre acontece.

    1. esse ajuste fiscal tem todas

      esse ajuste fiscal tem todas as características neoliberais, não tem nada de keynesiano.

      é o contráio de políticas anticíclicas governamentais, estão aplicando o tripé econômico goela abaixo de uma economia cambaleante.

      um país do tamanho do brasil tem que se construir em suas próprias bases, e deixar de ser economia acessória dos outros.

      neoliberalismo é bom pra país desenvolvido indicar para os outros fazerem, só ganha quem já está competitivo, se não está, termina de se afundar.

  20. Falaram igual do seu modelo de uma no cravo e outra na ferradura

     

    Luis Nassif,

    Não entendi o título logo na primeira leitura, pois introjetei algo como “A economia precisa da crítica de Delfim”. E pensei cá comigo, o que será que Luis Nassif tem a dizer sobre a crítica de Antonio Delfim Netto. Fui então lendo seu texto e demorei a entender o que você estava dizendo neste post “A economia precisa da autocrítica de Delfim” de quinta-feira, 03/09/2015 às 10:25. Só depois que tive o entendimento correto do título é que comecei a compreender o que você quis dizer no seu texto.

    A primeira observação é que a autocrítica não é própria dos gênios. Quem faz autocrítica são só pessoas medíocres que nem nós. E se o gênio fizer autocrítica é porque ele é medíocre.

    A segunda observação é que ao começar a entender o seu texto, eu reconheci que você estava falando do artigo de ontem, quarta-feira, 02/09/2015, de Antonio Delfim Netto na Folha de São Paulo, intitulado “Tragédia Fiscal” e que pode ser visto no seguinte endereço:

    http://www1.folha.uol.com.br/colunas/antoniodelfim/2015/09/1676627-tragedia-fiscal.shtml

    E realmente o artigo de Delfim Netto é muito instigante. Eu comecei a ler o artigo hoje de manhã e fiquei surpreso logo no início. Parecia que Delfim Netto tinha descambado para a turma das expectativas. Transcrevo o trecho do artigo que me surpreendeu:

    “A validade da hipótese que sustenta a ideia que o anúncio de um “forte ajuste fiscal pelo corte das despesas” pode promover o crescimento depende de um pequeno detalhe: a credibilidade do governo deve ser tamanha, que diante de seu simples anúncio, o setor privado se antecipa e mobiliza as suas forças. A vista dos recursos que serão liberados pelo ineficiente setor-governo abre-lhe a “expectativa” de crescimento, o que reacende o seu “espírito animal”.

    Isso amplia os investimentos e, logo depois, o crescimento. Infelizmente, isso é mais uma das patranhas que os economistas gostam de contar para si mesmos. Ela levou ao exagero a “expectativa racional” dos pobres agentes, até torná-la apenas um elegante jogo lógico de sucesso nas reuniões litero-musicais”.

    Quando li “Isso amplia os investimentos e, logo depois, o crescimento”, o meu susto que estava em um crescendo disparou. Disparou tanto que tive que reler a frase seguinte para entender que o que fora dito antes era uma patranha. Quando compreendi a frase: “Infelizmente, isso é mais uma das patranhas que os economistas gostam de contar para si mesmos”, eu disse para comigo: felizmente o Antonio Delfim Netto não foi capturado pela turma do mal, como ele já houvera sido há quase cinquenta anos.

    Agora, a última observação. A sua crítica a Antonio Delfim Netto, ficou parecendo a crítica que eu faço a você em querer abocanhar todos os leitores dos blogs e assim fazer crítica a presidenta Dilma Rousseff para ficar bem à direita e à extrema esquerda, mas a criticar não pelos erros que ela realmente cometeu, mas por critérios que mais parecem terem saídos das antigas revistinhas de fotonovelas: a presidenta Dilma Rousseff é teimosa, a presidenta tem personalidade de guerrilheira, a presidenta é centralizadora.

    E por fim lembro que não se deve esperar que Antonio Delfim Netto venha a dizer que ele errou ao servir os militares. Uma autocrítica muito mais simples dele e que ele jamais fará será ele dizer que não viu nada de errado no terceiro trimestre de 2013. Se mais à frente algum economista mais atencioso com os dados mostrar que o terceiro trimestre de 2013 é um ponto absolutamente fora da curva, Antonio Delfim Netto vai montar no cavalo e é bem capaz de chegar à frente de muita gente.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 03/09/2015

    1. Ao dizer que o ajuste não é o culpado, o Delfim o alfinetou

       

      Luis Nassif,

      Confesso que não havia lido o seu post na íntegra e agora após o haver lido, eu cheguei a considerar que talvez devesse fazer este comentário à parte, pois o que tenho a dizer seria bem diferente, uma vez que agora dei mais atenção ao seu texto ao contrário do que ocorreu, quando do meu comentário acima, em que dei mais atenção ao artigo de Antonio Delfim Netto. Há razões que justifiquem que eu faça esse comentário aqui junto ao meu comentário anterior.

      Por não ter lido o seu post na íntegra é justo que eu faça uma correção no que eu dissera. Antes cabe deixar mais claro o título que eu dei ao meu comentário anterior. Se pudesse ser um título maior, ele seria: “Outros, e eu me incluo dentre eles, falaram igualmente ao que você diz a respeito de Antonio Delfim Netto do seu modelo de uma no cravo e outra na ferradura”.

      Transcrevo a seguir a penúltima frase do meu comentário anterior e que eu considero que me equivoquei, pois o parágrafo todo não diz bem o que se deve concluir do seu post, e faço antecipadamente os acertos nas frases de modo a melhorar a gramática e o conteúdo:

      “Agora, a última observação. A sua crítica a Antonio Delfim Netto ficou parecendo a crítica que eu faço a você em querer abocanhar todos os leitores dos blogs e, com esse intuito, você faz crítica à presidenta Dilma Rousseff para ficar bem à direita e à extrema esquerda, mas você a critica não pelos erros que ela realmente cometeu, mas por critérios que mais parecem terem saído das antigas revistinhas de fotonovelas: a presidenta Dilma Rousseff é teimosa, a presidenta tem personalidade de guerrilheira, a presidenta é centralizadora”.

      Eu me equivoquei em ver na sua crítica a Antonio Delfim Netto a mera intenção de bater a destro e a canhestro para criar polêmica e aumentar a audiência. Eu não devia dar importância a este mecanismo de chamar atenção que você utiliza. Até porque já reconheci várias vezes que, embora esse procedimento leve para o mau caminho, ele tem a vantagem de impedir que o blog vá em direção ao pensamento único.

      Não que você não tenha utilizada essa tática. Utilizou-a de forma subliminar ao defender a presidenta Dilma Rousseff da acusação divertida ou terá sido diversionista de Antonio Delfim Netto em acusar à presidenta Dilma Rousseff de não ter animado o espírito animal. Nas suas palavras, resumindo o que teria dito o Antonio Delfim Netto:

      “. . . o “espírito animal” não acordou porque Dilma não fez a autocrítica”.

      A sua crítica é uma proteção a muitos e muitos posts que você já publicou aqui e que ainda vai publicar. Você se revoltou foi contra os dois seguintes parágrafos do artigo de Antonio Delfim Netto:

      “O que está acontecendo não tem nada a ver com o ilustre ministro Levy nem mesmo com o seu programa de “ajuste”. Aliás, não há indicação segura de que o dispêndio do governo tenha caído. A recessão (que talvez leve a um encolhimento do PIB da ordem de 2,5% em 2015) já estava anunciada na estagnação de 2014.

      A queda de 0,7% do PIB no 1º semestre de 2015, contra o último de 2014, ocorreu quando o “ajuste” não havia sido posto em prática. E para a queda de 1,9% do PIB no segundo trimestre, a contribuição do “ajuste” foi negativa. O encolhimento do PIB vem destruindo –pela redução da receita– o já precário equilíbrio das unidades federativas, cujo grau de endividamento cresce. Elas também querem aumento de impostos, o do ICMS!”

      Você deve ter lido estes dois parágrafos e se rebelado: “como assim, o Joaquim Levy não tem nada a ver com o que está acontecendo agora?” você deve ter dito, “se é o Joaquim Levy quem eu culpo por todos os desajustes fiscais que estamos vivendo?” E para o seu deleite há que se reconhecer que você não está só.

      É, você foi muito preciso em explicar os textos de Antonio Delfim Netto. Antonio Delfim Netto sempre foi um grande defensor do empresariado paulistas. Não se pode nunca esquecer que enquanto Mario Henrique Simonsen elevou a carga tributária de 24% para 27% do PIB nos cinco anos de Ernesto Geisel, Antonio Delfim Netto reduziu a carga tributária de 27% do PIB para 24%.

      Agora, o texto dele foi para falar o óbvio. A história da fada da confiança é história para boi dormir. E vale tanto para Joaquim Levy como para a presidenta Dilma Rousseff. Ou talvez eu devesse dizer não vale tanto para a presidenta Dilma Rousseff como não vale para Joaquim Levy. Você resumiu o artigo de Antonio Delfim Netto naquilo que ele fala contra a presidenta Dilma Rousseff esquecendo que aquela mesma acusação ele não considerava válida em relação a Joaquim Levy. A crítica de Delfim Netto à presidenta Dilma Rousseff era para ficar bem com os leitores da Folha de S. Paulo, mas na primeira parte do artigo ele desmentia qualquer crítica que se repousasse na confiança.

      No sentido de desmistificação da confiança no agente público para fazer e acontecer na economia vale pegar o que Rodrigo Medeiros escreveu no artigo dele que virou o post “Ressaca econômica? Por Rodrigo Medeiros” de quarta-feira, 24/06/2015 às 14:53, aqui no seu blog e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/blog/rodrigo-medeiros/ressaca-economica-por-rodrigo-medeiros

      Ali, o Rodrigo Medeiros foi bem didático em mostrar como não tem fundamento econômico a crença na fada de confiança. Foi tão didático que posteriormente, em artigo que também virou post, o Rodrigo Medeiros por um momento também me assustou como sendo alguém que se tinha debandado para o lado ruim da economia. No post “Breve comentário sobre o caos adiante do ajuste em curso, por Rodrigo Medeiros” de terça-feira, 01/09/2015 às 19:21, ele diz logo na primeira frase:

      “De acordo com os mais variados indicadores de confiança, é possível dizer que a perspectiva não é positiva no horizonte próximo para o Brasil”.

      Depois junto a um comentário meu enviado terça-feira, 01/09/2015 às 08:36, ele explicou assim o que ele entendia por confiança para o agente econômico, em comentário que ele enviou terça-feira, 01/09/2015 às 10:17:

      “Para um “agente econômico”, a confiança é baseada na perspectiva de lucro (empresário) ou de emprego (trabalhador). Se essas perspectivas caem, a confiança é reduzida. Só há uma forma de melhorar a confiança, portanto. A economia precisa retomar algum crescimento, algo que não está colocado no horizonte próximo”.

      Sem dúvida que, nos termos em que ele definiu confiança, Rodrigo Medeiros está certo. Os empresários só vão investir quando começarem a sentir que os ganhos dele estão crescendo. É o aumento do lucro que atiça o espírito animal deles.

      Agora, achar que a presidenta Dilma Rousseff escolheu o Joaquim Levy para que ele pudesse trazer a confiança para economia, é mais próprio de quem não só acredita na “confidence fairy” como também acredita que a presidenta Dilma Rousseff acredita. Um dia as pessoas vão descobrir que Joaquim Levy foi escolhido por três prosaicos motivos. O primeiro era que ele era conhecido por Joaquim Levy mãos de tesoura. O segundo deve-se ao fato de ele já bem conhecer a forte e aguerrida bancada do PMDB do Rio de Janeiro e terceiro porque ele poderia ser útil em aplicar o golpe de luta búlgara conhecida como “minha vingança será maligna” no Paulo Skaf.

      O endereço do post “Breve comentário sobre o caos adiante do ajuste em curso, por Rodrigo Medeiros” é:

      https://jornalggn.com.br/blog/rodrigo-medeiros/breve-comentario-sobre-o-caos-adiante-do-ajuste-em-curso-por-rodrigo-medeiros

      O que me parece é que por dever de ofício, os Keynesianos resolveram bater no menino de Chicago como se fosse preciso atacar as ideias anacrônicas daquela turma. É só olhar o texto de Paul Krugman de terça-feira, 01/09/2015, e que Droubi transcreveu no comentário dele enviado quinta-feira, 03/09/2015 às 16:13, e que está um pouco acima do meu, para ver que o mundo todo sempre foi Keynesiano. E são ainda mais keynesianos os que ocupam cargo no governo, pois não se chama não keynesiano para ministro da Fazenda em país desenvolvido.

      Aliás, como eu tenho repetido aqui há bom tempo, até eu que não sou economista, há mais de 20 anos, já fazia boutades com aqueles economistas, como dizer em 1994, quando Robert Lucas foi escolhido para o Nobel de Economia, que o prêmio era concedido para quem desenvolvesse ideia genial, mas quando a ideia fosse considerada falaciosa. Eu dizia isso com base no que acontecera com a economia americana que se desenvolvera muito às custas dos altos déficit no período de Ronald Reagan e que se relançara depois da crise do final do governo de Ronald Reagan através da redução expressiva do juro americano.

      Só quando se percebe essa mania de ser crítico dos economistas de Chicago, é que se entende a parte final da entrevista de Luiz Gonzaga Belluzzo concedida a Márcia Pinheiro para a Revista Brasileiros e que apareceu aqui no seu blog como post intitulado “Crise: A Troika Brasileira” de sábado, 29/08/2015 às 19:46, originado de sugestão de Antonio Ateu. O endereço do post “Crise: A Troika Brasileira” é:

      https://jornalggn.com.br/blog/antonio-ateu/crise-a-troika-brasileira

      A entrevista foi muito boa, embora eu não concorde com a ideia dele de centrar crítica no sistema tributário brasileiro pelo fato de ser um modelo injusto. Considero que essa avaliação não leva em conta o dinamismo do sistema capitalista que faz a transferência da carga tributária ao longo da cadeia produtiva. Agora criticar o ajuste fiscal no Brasil, comparando-o com o ajuste na Grécia, pareceu-me sem nenhum fundamento com o que ele conhece de economia.

      E o Luis Gonzaga Belluzo volta hoje às páginas deste seu blog com o post “Belluzzo: a democracia está em perigo” de quinta-feira, 03/09/2015 às 19:27, originado de entrevista que ele concedeu ao Ricardo Leopoldo para o Estadão com o título de “O ajuste fiscal foi um erro de diagnóstico”. O post “Belluzo: a democracia está em perigo” pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/belluzzo-a-democracia-esta-em-perigo

      Na entrevista, a Luis Gonzaga Belluzzo diz o contrário do que disse Antonio Delfim Netto. Diante da seguinte pergunta:

      “Como o sr. avalia a nova mudança de gestão fiscal pela presidente Dilma?”

      Luis Gonzaga Belluzzo dá a seguinte resposta:

      “O ajuste fiscal é um desajuste. Isso foi um erro de diagnóstico. O ajuste fiscal está provocando seu próprio desajuste, com queda de receitas e impacto dos juros sobre o Tesouro. Esse desajuste deprimiu investimentos, reduziu o crédito e elevou o desemprego. Vários economistas apontam que a carga de juros chegará a 8% do PIB e o déficit nominal atingirá 9% do PIB em 2015. O desajuste na economia levará o PIB para uma queda forte neste ano, próxima a 3%”.

      Ora, a culpa toda da queda do PIB é o aumento do juro feito em cima de um país que deixou de crescer desde o 3º trimestre de 2013, pois a partir de então o país veio no solavanco, mas sabidamente não se conseguiria engrenar. Só que o aumento do juro foi obrigatório, e dele já se sabia desde que os Estados Unidos entraram em recessão, portanto, em 2007, uma vez que, quando a economia americana começa a recuperar, as economias de periferia precisam enfrentar a praga da desvalorização das moedas nacionais. Praga, entretanto, que quando bem conhecida e quando se prepara adequadamente para ela, só traz ganhos ao país.

      Centrar fogo contra o ajuste fiscal é tão tacanho que até permite que um não economista acuse os críticos de não entenderem da economia.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 03/09/2015

  21. Economia não é ciência, segundo Delfin Neto.

    Economista prevê muito bem o passado. Poucas foram as previsões feitas por economistas que se comprovaram. Economistas e astrólogos, um com suas previsões econômicas e outro com seus horoscópios, fazem previsões genéricas que na maioria das vezes mostram-se incorretas, por isso mesmo não leio horóscopo nem acredito em previsões econômicas.

  22. Vá Levy, vá pela sombra.

    Delfin errou porque apoiou quase exatamente o que praticou. Em seu tempo, Delfin foi além. Instituiu o arrôcho salarial por meio da falsificação dos índices de inflação. E é graças a política financeira criada por ele que tivemos as reposições que culminaram nos planos Collor e Plano Verão. Que por sua vez, geraram mais reposições.

    Esta temática econômica que visa controlar a inflação enxugando a liquidez da economia comprovadamente não funciona aqui no Brasil. É uma teoria estrangeira ultrapassada, assim como Delfin e suas idéias.

    A diferença é que aqui foi criado uma espécie de mecanismo de redistribuição de renda.  Que opera via tributação. A tributação elevada age como uma ralo, que suga daquele que tem renda para consumir, tributos que são redirecionados para programas assistencialistas.

    E os tributos aumentaram gradativamente até que se estabeleceu um equilíbrio entre consumo x verba para programas sociais. Quem sabe fazer conta de padeiro entende que um aumento na tributação diminui o consumo, diminuindo a tributação, o que diminui a verba disponível para atender à população de baixa renda.

    Pôxa, isto é tão simples, tão ridiculamente simples. Mas eu nunca leio isso na mídia. Falam de bolsa, de agência de classificação de risco, de cotação de US$, de desemprego, de um monte de coisas. Mas eu nunca vi alguém explicando isto à sua audiência.

    E eu não acredito que voce, Nassif, não tenha entendido, mas em todo caso, há um fator que não pode ser negado e que não compõe as teorias tecnicístas da economia, por que é aqui que foi criado e é utilizado. NÃO HÁ RECURSOS PARA PROGRAMAS ASSISTENCIAIS SEM DETERMINADO PATAMAR DE CONSUMO. E O CONSUMO CAI QUANDO A TRIBUTAÇÃO AUMENTA. LOGO, NÃO SE PODE ATACAR A INFLAÇÃO VIA INSTRUMENTOS DE RECESSÃO PORQUE ISSO INVIABILIZA A FILOSOFIA PETISTA DE GOVERNO.

    Então, de duas uma, ou o PT anula tudo o que fez na economia desde janeiro ou o PT deixa de ser governo, porque perde sua base de apoio eleitoral.

    A inflação, num cenário como este, tem que ser combatida pela produção. OFERTA FAZ O PREÇO CAIR, POR COMPETITIVIDADE GERADA PELO EXCESSO DE PRODUÇÃO. E esse, meu caro Nassif, é o único caminho para reduzir os preços,  sem derrubar o consumo.

    A única teoria econômica que faz sentido agora é aquela que (voce deve lembrar) contratava trabalhadores para abrir buracos onde absolutamente nada seria colocado. Na sequência, trabalhadores eram contratados para fechar os buracos que tinham sido abertos. Se vc entende de economia sabe do que eu estou falando.

    O que mais me revolta é que um partido que se denomina Partido dos Trabalhadores não consegue sequer enxergar isso.

     

  23. Elegeram um poste…

    …agora aguentem o poste. Um poste não sabe gerenciar, articular politicamente e nem ter ideias brilhantes em economia. Ora, o brasileiro está tendo aquilo que pediu! Além disso, espero que Lula tenha sido o último dos populistas. Acho engraçado o Nassif falar que FHC tinha um discurso engana-trouxa quando de longe o gênio desse tipo de conversa é Lula. No mais, eis a estrada para a ruína: 1) Certas pessoas acham que o país não deve ter responsabilidade fiscal. Ou seja, que devemos passar um cheque em branco para nossa adorável classe política. 2) Quando as contas estão para estourar, são contra qualquer ajuste fiscal para colocar as coisas nos eixos. Se bem que… pela bomba ter sido alimentada por mais de um ano apenas para o governo ganhar a eleição, qualquer ajuste fiscal ia ser inócuo de qualquer jeito. O ajuste fiscal deveria ter começado em janeiro de 2014. Agora já era. 3) Depois que a bomba estourou, essas mesmas pessoas defendem o calote, reclamando de juros escorchantes. Não dá para levar a sério esse tipo de gente. Antes tivessem uma rígida responsabilidade fiscal nos tempos de bonança ao invés de reclamar que estão endividados! Um bando de irresponsáveis os que ainda defendem esse tipo de picaretagem “ideológica”.

  24. Fica difícil dar atenção às

    Fica difícil dar atenção às opiniões do tal ex-ministro, sendo que seu DNA histórico não é muito associado com resultados econômicos, políticos e sociais satisfatórios.

    A economia brasileira é periférica e assim como tal, é dependente da venda de produtos do setor primário, em especial no exterior.

    Por isso, não se deve confiar que a bonança seja contínua ou mesmo que as benesses do governo manterão a maioria dos setores “raising up forever”. 

    Os ditos “ajustes” – com autocrítica ou não – só servem mais uma vez para provar o quanto frágil é a economia (e por consequência a política) brasileira.

    A conta é simples, se alguém gasta mais do que arrecada não racionalizando seus proventos e seus custos futuros, o resultado fica restrito a um só espectro: o negativo.

    O pior de tudo isso no fim, é quem vai ser escolhido para aportar os passivos…

  25. Gerentona.

    Dilma não perdeu o rumo, na presidência, como alguns afirmam. Isso, porque Dilma nunca teve rumo para a presidência.
    Nossa presidenta tinha uma forte ideologia e mesmo um caráter forte, a partir de suas origens como militante e guerrilheira. Mais tarde adquiriu reputação de boa gerente no Rio Grande, na área de energia, e com essas credenciais foi para o Planalto trabalhar com Lula. Após a saída de José Dirceu, Dilma assumiu a Casa Civil, que dirigiu com seu conhecido autoritarismo. Sem experiência legislativa ou cargo eletivo, Dilma nunca precisou negociar em sua vida. O diálogo nunca fez parte de sua experiência existencial, nem profissional.
    Esse fato e um notório despreparo para exercer a presidência explicam a situação em que se encontra o Planalto, centro do poder, e, por consequência , o Brasil, objeto da gestão.
    Não seria de espantar, portanto, atitudes e pronunciamentos da presidenta, no contexto de uma crise sem precedentes, criada por ela e pela conjuntura extra nacional.
    Uma crise, além das consequências nefastas, constitui uma grande oportunidade. As sociedades políticas só se transformam com as crises e com as revoluções.
    A recessão norte americana dos anos 30 permitiu que Roosevelt redirecionasse o país, seja do ponto de vista econômico, cultural e moral, simultaneamente. Keynes foi o maior gênio econômico do século XX, mas realizou seu milagre econômico com a ajuda de fatores muito além da economia. Ao lado de um grande presidente, mobilizou a sociedade para entender a dimensão da realidade. Convocou a nação a um sacrifício comum para que os benefícios também fossem comuns. O esforço de guerra, por fim, selou a coesão e o desenvolvimento dos americanos.
    Infelizmente não temos nem um Keynes nem um Roosevelt. Estamos profundamente divididos , seja no campo político seja no campo dos interesses, mesmo os legítimos. Não prevemos nem desejamos nenhuma guerra.
    O que poderia nos unir neste momento?
    Não sei. Não vejo mesmo nem um caminho virtuoso proposto por ninguém.
    Uma coisa, porém, é certa. O aprofundamento da crise, e esta crise vai chegar muito além do fim do poço, no limite, vai produzir uma solução.
    A racionalidade democrática que desejamos, ou o carisma populista que nos levará do limbo para o inferno. Jorge Cunha Lima no site do IG.

  26. o que vai acontecer no Brasil nos próximos anos

    Uma imagem vale mais do que mil palavras: uma década de desemprego alto, é o que promete a política de Levy e Dilma.

    http://krugman.blogs.nytimes.com/2015/09/01/the-triumph-of-backward-looking-economics/?module=BlogPost-Title&version=Blog%20Main&contentCollection=Opinion&action=Click&pgtype=Blogs&region=Body

     

    Paul Krugman - New York Times Blog SEARCH  

    The Triumph of Backward-Looking Economics

     SEPTEMBER 1, 2015 2:03 PM September 1, 2015 2:03 pm 62 CommentsEmailShareTweetSaveMore 

    We don’t get to do many controlled experiments in economics, so history is mainly what we have to go on. Unfortunately, many people who imagine that they know how the economy works go with what they think they heard about history, not with what actually happened. And I’m not just talking about the great unwashed; quite a few well-known economists seem not to have heard about FRED, or at least haven’t picked up the habit of doing a quick scan of the actual data before making assertions about facts.

    And there’s one decade in particular where people are weirdly unaware of the realities: the 1980s. A lot of this has to do with Reaganolatry: the usual suspects have repeated so often that it was a time of extraordinary, incredible success that I often encounter liberals who believe that something special must have happened, that somehow the events were at odds with what the prevailing macroeconomic models of the time said would happen.

    But nothing special happened, aside from the unexpected willingness of the Fed to impose incredibly high unemployment in order to bring inflation down.

    What did orthodox salt-water macroeconomists believe about disinflation on the eve of the Volcker contraction? As it happens, we have an excellent source document: James Tobin’s “Stabilization Policy Ten Years After,” presented at Brookings in early 1980. Among other things, Tobin laid out a hypothetical disinflation scenario based on the kind of Keynesian model people like him were using at the time (which was also the model laid out in the Dornbusch-Fischer and Gordon textbooks). These models included an expectations-augmented Phillips curve, with no long-run tradeoff between inflation and unemployment — but expectations were assumed to adjust gradually based on experience, rather than changing rapidly via forward-looking assessments of Fed policy.

    This was, of course, the kind of model the Chicago School dismissed scathingly as worthy of nothing but ridicule, and which was more or less driven out of the academic literature, even as it continued to be the basis of a lot of policy analysis.

    So here was Tobin’s picture:

    PhotoCredit

    Here’s what actually happened:

    PhotoCredit

    Unemployment shot up faster than in Tobin’s simulation, then came down faster, because the Fed didn’t follow the simple rule he assumed. But the basic shape — a clockwise spiral, with inflation coming down thanks to a period of very high unemployment — was very much in line with what standard Keynesian macro said would happen. On the other hand, there was no sign whatsoever of the kind of painless disinflation rational-expectations models suggested would happen if the Fed credibly announced its disinflation plans.

    So how does the decade of the 1980s end up being perceived as a defeat for Keynesians? To see it that way you have to systematically misrepresent both what happened to the economy and what people like Tobin were saying at the time. In reality, Tobinesque economics looks very good in the light of events.

     

  27. Realmente o Brasil virou um sanatório

    e estamos agora incluído nele pela maioria dos “comentários” . Alias a grande maioria não tem nada a ver com o texto do Nassif. Tem até um que confunde Lord Keynes com o capeta.

    Que tristeza!

  28. Escolha “Levyana”

    E então? A escolha de um ortodoxo para a Fazenda não era justamente para dar uma injeção de confiança na economia brasileira?

    Mais um exemplo de que sempre é uma péssima ideia seguir os ditames do mercado e de seus ventríloquos na mídia.

  29. ‘PELO AMOR DE DEUS, MUDE A POLÍTICA ECONÔMICA’

    Em entrevista exclusiva ao 247, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) reafirmou seu apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff, mas pediu mudanças urgentes na política econômica, capitaneada pelo ministro Joaquim Levy; segundo ele, a alta taxa de juros é a principal responsável pelo problema fiscal do País; “Concretamente, nós não temos como avançar neste País com essa taxa de juros, e vale dizer: o impacto sobre a inflação não existe”, diz; o petista afirma que o problema do déficit tem que ser resolvido fazendo justiça tributária: “Não aceitaremos cortes em programas sociais, na Educação ou na Saúde”

    http://www.brasil247.com/pt/247/rio247/195235/'Pelo-amor-de-Deus-mude-a-pol%C3%ADtica-econ%C3%B4mica‘.htm

  30. O cachorro subiu no telhado

    Ministro Levy permanece no cargo, diz Mercadante

    MARINA DIAS, DE BRASÍLIA, 03/09/2015 17p7 – Atualizado às 17p7

    O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quinta-feira (3) à Folha que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, permanece no cargo.

    “Levy fica. A reunião foi muito boa”, afirmou Mercadante.

    O ministro da Casa Civil participou de uma reunião com a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, além de Nelson Barbosa (Planejamento), para dar unidade interna em torno do chefe da equipe econômica para evitar que ele deixe o cargo por falta de apoio.

    Mercadante concederá uma entrevista coletiva a jornalistas ainda esta tarde para, segundo assessores, tranquilizar o mercado, que estava agitado com a possibilidade de Levy deixar o cargo.

    SINAL DE APOIO

    Depois de conversa com o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, nesta quarta-feira (2) em Brasília, a presidente deu uma orientação interna à sua equipe mais próxima para deixar claro que seu governo vai perseguir a meta de superavit de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano.

    Nesta segunda (31), o governo enviou ao Congresso uma proposta de Orçamento para 2016 com previsão de deficit primário de 0,5% do PIB.

    Nesta quinta, pela manhã, a presidente Dilma tratou do tema com assessores mais próximos e reforçou a orientação de que, em entrevistas, eles destaquem que o governo vai estudar medidas para buscar cumprir a meta fiscal de 0,7% em 2016.

    Na própria quarta-feira, por sinal, logo depois de receber Trabuco numa audiência fora da agenda oficial, a presidente fez questão de enfatizar que seu governo não havia abandonado a meta de superavit primário prevista para o próximo ano.

    Segundo a Folha apurou, na conversa com Trabuco, Dilma ouviu o relato de que o anúncio do Orçamento com deficit estava enfraquecendo o governo e poderia gerar uma crise de confiança no mercado, provocando uma disparada na cotação do dólar. Ou seja, Trabuco defendeu a posição de Levy, que trabalhava no Bradesco antes de aceitar o convite para ser o ministro da Fazenda do segundo mandato da petista.

    RECLAMAÇÃO

    Levy cancelou a viagem que faria hoje para a Turquia, onde participaria da reunião de ministros de finanças e presidentes de banco centrais do G20.

    Nesta quarta, o ministro procurou a presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, para reclamar de isolamento e falta de apoio no governo, pondo em dúvida sua permanência no cargo se a situação não mudar.

    Depois de falar com o ministro por telefone e ouvir que ele sentia “perda de apoio” para sua política de ajuste fiscal, a presidente fez uma defesa pública de Levy, dizendo que ele “não está desgastado” nem “isolado” no governo. “Isolado de mim ele não está”, disse Dilma, após cerimônia no Palácio do Planalto.
     

    1. subiu no telhado mesmo

      mas ninguém bota o galho dentro. Nestes tempos recentes, todo mundo – até os analistas políticos  –  esqueceu o consagrado conceito de ‘fritura’.

  31. Delfim é mais um cabaça de

    Delfim é mais um cabeça de bagre da instituição contrária.

    A eleição de 2014, na opinião do eleitorado, beneficiaria o projeto de emprego e distribuição de renda pela candidatura vitoriosa. 

    Mas a presidenta Dilma resistia a um vinculo de relacionamento importante com o mercado.

    Quem intermediava a economia com preços de valor – sem trabalhar – previu mudar essa situação em 2015. Explico porque:

    A cadeia de investimentos serve para fazer o país crescer, mas o país tem que tropeçar na hora certa para fazer privatizações do bem pronto para lucratividade.

    Como Aécio se compara a perda desse projeto de fenômenos voando? 

    Em nada, o fato de o país estar em recessão é a prova da desforra. 

    As fatias nas empresas passaram a se concentrar para a mudança, fora do patamar institucional. 

     

  32. O hospício é aqui.
    Tem de

    O hospício é aqui.

    Tem de criticar a política econômica da Dilma, e ao mesmo tempo livra-la da responsabilidade pelo desastre que essas políticas economicas estão produzindo no Brasil como se dela não fosse a responsabilidade.

    Com impeachment ou sem impeachment seremos, em breve, governados pelo Sr. Crise.

     

     

  33. Para mim, acabou: os rentistas estão governando o Brasil


    Nem o empresariado e nem o trabalhador.

    Todos eles estão no mesmo saco de pancadas disparada pelo ajuste de Levy, que está derrubando a produção ( a única coisa boa para deter a inflação, aumentando a oferta de bens ).

    Aqui só os rentistas – que vivem de juros – máxime o sistema bancário – que continuará no lucro abusivo e totalmente improdutivo para o País.

    Se Levy não sair: o Brasil vai quebrar, embora nossa situação esteja confortável, diante das dívidas existentes em todo os países. A recessão mundial está nos atingindo e é o mercado interno que poderá suportar os golpes de juros extratosféricos disparados por Levy. E mais: tributos irão ainda mais derrubar a frágil estrutura de nossas empresas, que estão devendo e muito no exterior e, o que é pior, em dólares.

    A única solução é a saída de Levy, instalando moderação nos juros e aumentando, ainda mais, o financiamento das empresas privadas, para que possam comprar dólares e pagarem suas dívidas. E o Brasil tem, por ora, um suporte nas reservas cambiais. Pode vendê-las às empresas brasileiras, que passariam a dever ao País, em real.

    Parece até um ideia que parece que poderia ir contra o interesse público, mas na ponta de toda a atividade econõmica de nosso País estão as empresas que devem e muito ao exterior, onde se endividaram no tempo que os juros eram muito baratos e o dólar estava sendo segurado por Mantega.

    Agora, a situação mudou. Quem devia, em dólares, teve sua dívida multiplicada por dois, face à desvalorização – que foi mundial, diga-se de passagem. A única saída é incentivar a produção e fazer a roda virar novamente do lado certo, com a criação de empregos e colheita de riquezas, que poderiam fazer muito bem para a nossa economia.

    Com a política de Levy, estamos perdidos. Quer mais impostos, quer subir os juros, um conluio contra as empresas, contra os trabalhadores, contra o País.

    Os americanos estão rindo à toa: aumentaram os juros, o dólar voltou para a casa do Tio Sam, derrubou as bolsas de todo o mundo e agora os irmãos do norte podem comprar, em todo o mundo, a preço de pechincha os bens até soberanos de todos os países, incluindo, obviamente, o nosso.

    Arrependi em ter votado em Dilma. Hoje teria votado em algum candidato da esquerda mais radical, pois teria certeza que não comporia, jamais, com o sistema financeiro, que terá, cada vez mais, lucros em cima da desgraça do povo brasileiro.

    1. O ajuste levyano

      Também penso mais ou menos assim.

      O Levy errou o tempo e as medidas do ajuste. Conseguiu somar ajuste + lavajato + crises internas e externas + SELIC criminosa.  Aplicou a mais pura teoria neoliberal sem olhar o cenário. De quebra, carreou bilhões para bancos nacionais e estrangeiros e a sempre lembrada turma da bufunfa.

      Aos 99 % restou a conta.

       

    2. O qeu se fez no passado foi

      O qeu se fez no passado foi uma campanha sistemática de que o petismo seria contra o rentismo e até, se chegasse ao poder, mataria banqueiro de fome por não ganhar o que merecia. Quando é fato que nos governos petistas esses ganharam 20.000% menos do que mereciam, mas matar de fome , nunca

       

      ===========

      COM CRISE OU SEM CRISE, BANCOS BRASILEIROS TÊM CADA VEZ MAIS LUCRO

       

      http://opiniaoenoticia.com.br/economia/com-crise-ou-sem-crise-bancos-brasileiros-tem-cada-vez-mais-lucro/#.Vc42ofuGy7E.facebook

       

      STF CONFIRMA LEGALIDADE DE MP QUE PREVÊ CAPITALIZAÇÃO DE JUROS

      http://veja.abril.com.br/noticia/economia/stf-confirma-legalidade-de-mp-que-definiu-juros-sobre-juros-no-mercado-financeiro

      NYT: JUROS NO BRASIL FARIAM AGIOTA AMERICANO SENTIR VERGONHA

      http://veja.abril.com.br/noticia/economia/nyt-juros-no-brasil-fariam-agiota-americano-sentir-vergonha

      NO CARTÃO, JUROS DE  QUASE 1000% AO ANO

      http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,no-cartao-juros-de-quase-1000-ao-ano,176932e

  34. O espírito animal não acordou

    O espírito animal não acordou porque as elites corruptas, serviram filé mignon para os destinatários, com nosso dinheiro e com promessas pós golpe que tentam e tentam dar e cada vez se desqualificam mais.

    O diabobão sempre esteve do lado da oposição golpista. O que forçou o ajuste fiscal foram as ameaças de impeachment por descumprimento dos ajustes para cumprimento de metas.

    Se o Delfim está copiando a linguagem do fh, não demora muito e ele vai pronunciar para a Nação que é preciso esperar o bolo crescer para depois dividí-lo. Só que, não vai colar. uf!

  35. Porque comentaristas esculacham outros? Basta emitir opinião !

    Quando faço comentário outros podem ler ou não.

    outros podem aceitar parte do que falei , tudo ou nada, simles assim.

    não to dizendo por mim , mas vejo comentaristas decretando verdadeira guerra e esculachando partidos.

    Em tudo há falhas , mas, to gostando muito desse momento ,nunca tinha visto larão rico ir pra cadeia.

    Nunca tinha visto resgate de tanto dinheiro.

    até dinheiro do Maulf que as instituições estrangeiras imploraram pra devolver só tá vindo agora.

    não sei porque tanto ódio se estamos estirpando nossos  tumores.

    `Só mesmo com PT no poder a justiça poderia ser tão rigorosa, os rigores da lei foram despertados mesmo que possa haver  objetivos não republicanos.

    Essa história de maior corrupção é bobagem , pois, o Brasil nunca teve corruptômetro.

    Acho até que agora a corrupção e menor ,pois, nos Governos Militares e FHC(do engavetador geraldobrindeiro)a 

    a ocasião fêz muito ladrão. Quem era doido de apurar corrupção de governo militar?

    A época dos coroneis e capitaes do mato nem se fala. politica café com leite? huuummm!

    To adorando essa quadra nacional. Não adianta rotular o outro.

    Se não assumirmos os erros de nossos correligionáros não adianta o dedo em riste. ninguém cai nessa mais.

    a Porca -midia esquece ue Goebells não funciona.

  36. Em qualquer país sério, um

    Em qualquer país sério, um economista que age como garoto de recados de Lula, o lobista da Odebrecht, já estaria no limbo e ignorado faz tempo. Delfim esteve sempre lá, bem ao lado do governo, seja no regime militar, seja no lulopetismo. Fracasso atrás de fracasso, eis que o economista continua sendo um confiável conselheiro aos olhos dos poderosos e dos jornalistas. Sua opinião sobre economia continua valendo muito, pelo visto, a ponto de todos quererem saber o que ele pensa que aconteceu e, mais importante, que vai acontecer.Delfim Netto é realmente sui generis. Dependendo do dia, não sei se aplaudo de pé seus artigos, ou se tomo um Plasil para evitar o embrulho estomacal.

  37. tento aprender economia…

    mas está ficando cada vez mais difícil, complicado

    desisto e fico com a impressão de que a única coisa constante e certa na economia é a culpa

    entender de economia é isto mesmo que acabei de ler e que me levou a desistir de aprender?

  38. De fato, Delfim é o que há de

    De fato, Delfim é o que há de mais maravilhoso. Essa turma de oposição , mais ainda dos anti-petistas ditos de esquerda, sempre foram  contra Delfim e turma por defenderem, como aconteceu, que Lula seria o maior presidente do Brasil. E por isso não deu trelha quando era ministro e a turma brizolista queria acabar com o imposto sindical

  39. nessas horas, mudanças nesse sistema eleitoral

    Difíceis críticas e autocríticas. Imagino (nem consigo imaginar) um ou uma presidente nesse sistema eleitoral, com reeleições eternas de parlamentares, coronéis e neocoronéis, e tendo que se equilibrar numa ampla coalizão. E a gente no não menos difícil equilíbrio entre apoiar criticamente (remember o Partidão no “apoio crítico” nos tempos de Sarney, “os fiscais do Sarney”) ou criticar radicalmente seja pela esquerda, seja pela direita. É inviável a curto prazo, mas que tal pelo menos aventar a idéia do parlamentarismo (precedido de mudanças, aperfeiçoando a votação no sistema proporcional ? (não ao distrital misto, puro ou com gelo, o que seria um retrocesso – Wanderley Guilherme dos Santos tem umas coisas a dizer sobre tal “modernidade).

    1. ” Caros Amigos “, a reler o Podemos espanhol (entrevista)

      e sugiro, e acho que não é fugir ao tema do post-título. Revista-Jornal mensal Caros Amigos nas bancas. E a grata surpresa por uma revolução democrática e (o que alguns chamam de tergiversação e ilusão), uma 3 ª via.

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