Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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A eleição argentina e sua repercussão geopolítica, por André Araújo

 
Por André Araújo
 
A ELEIÇÃO ARGENTINA E SUA REPERCUSSÃO GEOPOLÍTICA – O apogeu econômico e político da Argentina se deu em 1938, quando seu Chanceler, Carlos Saavedra Lamas, ganhou o Prêmio Nobel da Paz por ter conseguido a paz na Guerra do Chaco entre Paraguai e Bolívia.
 
A sua não entrada ao lado dos Aliados na Segunda Guerra, o início do peronismo em 1943 e o fato de tornar-se refúgio de nazistas a partir de 1945 carimbou a Argentina como Pais pouco confíavel ao sistema ocidental de poder.
 
A Argentina só entrou como membro das Nações Unidas por pressão do Brasil, a vontade dos EUA era deixá-la fora, como fizeram com a Espanha, por ser considerada simpatizante do nazi-fascismo, a Argentina só declarou guerra à Alemanha em março de 1945 por violenta pressão dos EUA, em 1945 expulsou o Embaixador americano Spruille Braden.
 
O grande boom da Argentina foi a frigorificação da carne inventada pelos ingleses, o que deu à Argentina por cinquenta anos o rótulo de maior exportador de carne bovina do mundo, fazendo o esplendor do campo argentino e o brilho de Buenos Aires, a Paris da América do Sul, cidade das luzes, da cultura, das artes.

 
A riqueza da Argentina de 1885 a 1935 fazia do Brasil da época uma tapera. Grandes transatlânticos vinham da Europa diretamente à Buenos Aires sem parar no Brasil. Os ricos criadores de gado tinham mansões em Paris e Londres e argentino virou sinônimo na Europa de milionário. Ao contrário do Brasil, as mansões nas estâncias imitavam chateaus franceses e castelos ingleses onde servia-se a francesa e mordomos à inglesa atendiam as portas.
 
O peronismo foi um processo de redistribuição da riqueza do campo nas cidades, especialmente Buenos Aires. Perón, que assumiu plenos poderes em 1946,  passou a controlar a exportação de carne através do IAPI-Instituto Argentino de Promocion del Intercambio e tabelou o preço internamente, de maneira que os operários de Buenos Aires comiam filet mignon todo dia, a riqueza se espalho e a indústria floresceu especialmente em metalurgia e tecidos.
 
A comida era tão barata que famílias de funcionários de médio escalão almoçavam todo dia em restaurantes no centro de Buenos Aires. Essa festa durou até 1953, fim da primeira fase do peronismo, quando acabaram as reservas.
 
A Argentina acumulou imensas reservas durante a Segunda Guerra, era celeiro de carne e trigo da Europa com sua produção interna desorganizada, a Argentina só exportava e não importava por causa da guerra, acumulou divisas que deram para gastar nos oito anos seguintes.
 
De crise em crise se arrasta da queda de Perón em 1953 até hoje, a Argentina perdeu o bonde da História mas tinha um capital humano admirável, povo altamente educado, o sistema educacional formado pelo Presidente Domingo Faustino Sarmiento é de excepcional qualidade e se manteve durante todas as crises.
 
Brasileiros que conheceram a Argentina na década de 50, como eu, levaram um choque ao ver o refinamento das confeitarias em grande quantidade, o povo ultra bem vestido, jornaleiros de terno e gravata, meninos saindo de escolas públicas de blazer estilo londrino, São Paulo era uma aldeia comparado com Buenos Aires, a Avenida Corrientes com cinemas e teatros colados um ao outro, até as duas horas da manhã as ruas movimentadíssimas com restaurantes e bares funcionando, iluminação farta, uma quantidade enorme de livrarias, mostrando um povo culto e sofisticado.
 
A  população basicamente europeia, o equipamento urbano em abundância, o metro de Buenos Aires é de 1914, parques imensos e super bem ajardinados, como Palermo, os edifícios de apartamentos elegantes com estilos Art Nouveau,  Art Deco ou classico francês, os bairros residenciais no modelo inglês de Olivos e Martinez, palácios residenciais de imensos terrenos com coudelaria para os cavalos.
 
O ponto de desconexação dessa sociedade que parecia perfeita foi a riqueza excessiva do campo contra a modéstia de vida da classe proletária urbana de Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé, Rosário. O peronismo foi uma tentativa de redistribuição dessa renda do campo mas não soube parar no processo e acabou por descapitalizar o campo.
 
O grande inimigo do peronismo foi sempre o campo. Peron sabia manejar, Evita não, agrediu o que pode os “terratenientes”, expressão da aristocracia rural, o kirchenismo, um puxadinho do peronismo, faltava aos dois Kirchner o carisma do casal Perón, continuaram nessa luta contra o campo, mas Cristina exagerou, em 2013 deixou de abrir a Feira Rural de Palermo, a maior da Argentina, uma exibição mundialmente conhecida, maior que qualquer feira rural brasileira, o que foi tomado como um insulto ao agro argentino. Não precisava ter sido insolente a esse ponto, o campo é que sempre garantiu a economia da Argentina, nenhum Presidente antes deixou de abrir  La Rural. Cristina brigou com todos, com o agro, com a indústria, com o comércio, com os sindicatos, com os EUA, com os bancos, não tinha a mínima capacidade gerencial ou política, o marido era muito mais equilibrado, sem o marido ela perdeu o eixo da sensatez. Os anos Kirchner viram o rebanho de gado de corte cair de 55 milhões de cabeças para 39 milhões, no ranking dos exportadores de carne o País caiu de 2º para 7º lugar, suplantado pelo pequeno Uruguai.
 
A tarefa de Macri é muito difícil, recuperar a economia argentina é  mais complicado do que relançar a economia brasileira, a Argentina está sem reservas internacionais, apenas 19 bilhões de dólares para um economia de 480 bilhões de dólares é nada, só os compromissos fixos de 2016 são de 27 bilhões.
 
Mas a eleição de Macri vai mudar vários eixos na América do Sul, Cristina Kirchner tinha conflito com todos os vizinhos e Macri obviamente vai tentar desfazer tantos nós de desentendimentos e já avisou que vai bater de frente com a proto-ditadura venezuelana, muito ligada à Cristina, Chávez comprou bilhões de dolares de bônus argentinos em monentos de crise.
 
Essa virada afetará toda a América do Sul, com reposicionamento de peças no tabuleiro do xadrez geopolitico.
Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

68 Comentários

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  1. Ironia da história = por

    Ironia da história = por muito tempo o sonho do Brasil era no futuro ser parecido com a Argentina. Infelizmente a Argentina hoje sonha em ser o Brasil, pois, na comparação econômica, os argentinos estão muito atrás de nós. Pra começo de conversa, os dados econômicos do governo ( o IBGE deles ) é totalmente desacreditado. Dilma e Mantega fizeram muito esforço para que também chegassemos a esse ponto, com sua contabilidade criativa. Ainda bem que essa dupla é incompetente. 

     

  2. A imagem da Argentina hoje

     

    Com asas o juiz americano Thomas Griesa defendendo a sua espécie.

    Sem crédito externo como liberalizar a economia, principalmente a taxa de câmbio? Um acordo com os abutres?

    Caso não consiga a curto prazo respirar em divisas internacionais restará apenas uma brutal desvalorização da moeda. Coisa absolutamente negativa para a popularidade do novo presidente nas classes abaixo da média.

    Quero ver como o Macri administrará a situação, será um governo de ajuste com nível aceitável de impopularidade ou um novo de la Rua?

     

    1. Atriz brasileira condenada a pagar 85 mil/mês p/marido americano

      Não sei porque lembrei da Argentina, da Petrobrás, da maior esmeralda da História contrabandeada da Bahia pra lá…

      O que me “consola” é que ainda que casos similares sejam investigados, processados e julgados por policiais, promotores e juízes daqui (desta nossa vergonho, digo, brilhosa zelite), os resultados seriam os mesmos (há até exemplos…).

      E nós (quase) todos, meros posseiros indígenas desta grande “demarcação” entre o Oiapoque e o Chuí, óóó!

      Tóp, tóp, tóp…

  3. Excelente lembrança. Mas

    Excelente lembrança. Mas quero pontuar um tema acerca do tema eleição de Macri, que bons conhecedores da Argentina têm ciência, mas a imensa maioria não. 

    Há algo que nossa mídia de direita burra como uma porta e desinformadora como poucos não quer dizer.

    O “liberal” Macri será um amigão do “petralha” Brasil.

    E por uma simples razão: ninguém briga com quem lhe dá de comer. 

    A Argentina recebe, por vias tortas, financiamentos do BNDES. Também recebe dinheiro emprestado, dólares, ajudas de todo tipo do Brasil. E há anos. Quando a corda aperta, correm para Brasília. 

    Recebe zilhões de investimentos brasileiros. Setores estratégicos inteiros de sua economia são dominados por nossas empresas. Investimentos que outros países não fazem, com medo das loucuras de gestão e da quebra de contratos. 

    Grande parte das maiores empresas argentinas têm hoje donos brasileiros. Até os vinhedos de Mendoza estão sendo comprados por brazucas.

    Além disso, Brasil é o maior comprador dos seus produtos. 

    Como se não bastasse, é o maior emissor de turistas, que gastam a rodo nas calles de Buenos Aires, comprando tudo e em grande quantidade. As mesmas lojas outrora refinadas que o autor do artigo refere hoje apresentam preços em três moedas: peso, dólar e…..real. Nossa moeda é valorizadissima inclusive no mercado paralelo, para acumular, como o dólar. 

    Os cursos de português explodiram nos últimos anos.  

    Satisfazer os brasileiros é ponto básico na Argentina de hoje. Não importa o governo, a ideologia, o discurso. E o Macri, que pode ser de direita, mas é empresário e conhece o mundo real, não vai deixar de fazer isso. A direita deles talvez seja menos delirante do que a nossa.

    Mais: o Brasil que lhe dá de comer poderá refrear seus impulsos à Menem e Collor, que ele tem. Ele não terá coragem de comprometer todo o projeto de integração e as politicas kirchneristas de inclusão. 

    Pode ser engraçado, mas a integração latioamericana – ideia da esquerda – pode ser salva da canalha reacionária justamente pela força do capitalismo brasileiro, que Lula impulsionou na região com risinhos e afagos. Para benefício de todos. 

    Quem vai agradecer, no fim das contas, são os “negros villeros” (expressão deles) das inumeráveis favelas (villas, para eles) da periferia de Buenos Aires e outras cidades. 

     

  4. O comentarista oficial desse

    O comentarista oficial desse blog, Andre Araujo, tem suas convicções ideologicas e as mostra constantemente com absoluta certeza, cercadas de citações, datas, nomes. Podemos dizer ate que se apresenta com certa empafia, propria aos conservadores, que em geral se consideram os donos da verdade.

    Andre discorre sobre a guerra do Iraque e, contrariando a visão da maioria, diz que ela nada tem a ver com o petroleo.

    Mas como ele, alem de outros assuntos, entende tambem mais sobre o petroleo, pode ser que tenha razão e nos todos sejamos ingenuos.

    Na semana passada, ele nos ensinou tambem que a Africa “precolonial” não tinha cultura e que os colonizadores europeus a touxeram aos barbaros de la.

    Pena que ele não tenha dito isso a Picasso e a outros grandes pensadores ocidentais, que tanto estudaram a cultura africana. Não teriam perdido  tempo com algo, para ele, banal.

    Agora nos ensina sobre a historia da Argentina, “de crise em crise”.

    So esqueceu de citar o desastre que foi para aquele pais ficar tanto tempo dominado por ditaduras militares.

    Talvez, como acha que a ditadura brasileira fez muito bem ao nosso pais,considere que a de la tambem “desenvolveu” os argentinos.

  5. Ótimo comentário

    Ao contrário do Sr. Antonio Rodrigues, considero este um dos mais felizes textos do André Araújo no GGN. Me agradou sobretudo o elogio à postura digna de Macri em relação ao que acertadamente chama de proto-ditadura venezuelana. O silêncio de Dilma é vergonhoso, não bastasse todas as suas trapalhadas.

    Tivessem as pessoas ‘de esquerda’ uma visão histórica das coisas (o saudoso e insuspeito Leandro Konder mostrou em “A derrota da dialética” que nossa ‘esquerda’ não aprendeu nada com Hegel, portanto é incapaz de pensar historicamente), admitiria que o ciclo peronista já vai tarde. Seria bom que os resquícios de getulismo, cristalizados no Planalto brasiliense, tivessem o mesmo destino.

     

  6. Macri pode espernear à

    Macri pode espernear à vontade, ou fingir que esperneia, contra a Venezuela. O próprio André Araújo matou acharada quando disse:

     “Chávez comprou bilhões de dolares de bônus argentinos em monentos de crise.”

    A Venezuela é importante não só para o resto dos integrantes do Mercosul (exceto talvez para o protetorado americano subserviente do Paraguai) mas para a própria Argentina.

    De resto, impressiona o cinismo e a cara-de-pau do nosso querido André Araújo que defende ditaduras europeias colonialistas genocidas na áfrica em nome da “civilização” e acusa a Venezuela, que tem um governo que investe em educação e saúde da sua população, de proto-ditadura. Deve ser uma proto-ditadura porque em 2002 resistiu a um golpe de estado, mais um, patrocinado pelos Estados Unidos da América, grande força civilizatória do mundo, que o diga o Iraque.

    1. Meu caro, no começo do

      Meu caro, no começo do governo Chavez havia uma expectativa mais razoavel de viabilidade politica e economica., ele estatizou a Eletricidad de Caracas S.A. EDC, acompanhei essa transação de perto e Chavez foi corretissimo, pagou o valor de mercado e deu um almoço ao presidente da controladora americana (AES), Chavez era um tipo carismatico e ainda estava na fase construtiva mas foi deslizando na sua logica economica e depois de sua morte o sucessor, que não tem um décimo

      da inteligencia de Chavez, descambou e está levando a Venezuela ao abismo politico, social e economico. É um fato.

      As eleições de agora terão os tres potenciais candidatos anti-Maduro na cadeia ou impossibilitados de concorrer.

      Isso é democracia?

       

      1. Democracia teria sido o

        Democracia teria sido o governo Carmona, que tentou chegar ao poder via um golpe de Estado, apoiado pelos EUA.

        Esse é o tipo de Democracia defendido pelos demais Carmonas, devidamente presos, lugar de golpista é na cadeia.

  7. Apesar disso..

    Interessante ver a origem da evolução dos Argentinos e pq eles tão mais evoluidos que nós.

    Quanto a Cristina, apesar de varios erros, o seu candidato terve 48%, se fosse ela? Teria vencido então não acho que acabou nada.

    Os Argentinos, assim como outros Latinos tem uma “amor” pelo personalismo.

    Qto a mudança Geopolitica vem ocorrendo, sempre que diminui o crescimento muda-se a direção. Assim foi a chegada da esquerda e agora com a direita.

    1. 48% para quem tem a maquina

      48% para quem tem a maquina do peronismo para usar como quiser não é tanto, Macri não tem nem um partido solido e teve 52%, isso reflete o cansaço da população com o modelo peronisra baseado mais na retórica do que na eficiencia.

  8. Daria uma melhor nota a essa

    Daria uma melhor nota a essa ilustrativa e pertinente  “viagem” pela história do nosso vizinho se algumas lacunas não comprometessem o sempre bem vindo equilíbrio político-ideológico de qualquer texto. Refiro-me especificamente a omissão com referência à ditadura militar que num lapso de seis anos matou aproximadamente 30.000 argentinos, afora as torturas e outras sequelas próprias de regimes autoritários. Sem esquecermos da aventura que foi a Guerra das Malvinas. 

    Também, como diriam os advogados, “causa espécie” o silêncio acerca do governo de Carlos Menem que irrompe a primeira experiência nos moldes do Consenso de Washington na AL e as derivações positivas e negativas a partir daí. 

    Por fim, como sempre, essa mesma fixação da Direita para cima da Venezuela. Antes até mesmo de abordar os graves e prementes problemas da Argentina, da qual acaba de ser eleito presidente, o senhor Macri antecipa ações para arrostar essa nação – independente e soberana tal qual a dele – já é um (mau)sinal do que teremos pela frente. 

    1. Interessante.

      Pois é, simplesmente foram suprimidas as estripulias da dupla Menem-Cavallo, que hoje fazem a alegria dos fundos abutres americanos,.

      Como esquecer-se do Corralito?

      Como esquecer-se do Estado de Sítio anunciado por De la Rua?

      Interessante também a supressão da Ditadura Militar argentina, cujo final melancólico foi a humilhante derrota na Guerra das Malvinas.

       

    2. “Fixação”? E o Felipe González?

      Então o Felipe González, declarado persona non grata por Maduro, é de direita? Ele, que estava outro dia palestrando no Instituto Lula? Fala sério, JB!

      Note as palavras escritas no painel atrás dos dois na foto abaixo. Reconhece a palavra-chave, aquela pela qual tanto lutamos? Vamos lá, você consegue…

      1. Depois de muito esforço

        Depois de muito esforço intelectual, talvez apenas um pouco menor que o teu para escrever esse comentário sob resposta, consegui ler a frase.

        Sim, e daí? Defendi ditaduras ou defendi a não interferência sobre nações independentes, um princípio basilar que rege as relações entre os povos? 

        Talvez não seja sintomático para ti, merce da tua sapiciência, mas para este tolo é: um sujeito é eleito para governar um país recheado de problemas internos e suas primeiras declarações são de ameaças a um país soberano e integrante do mesmo sub-continente. Como aceitar isso como normal e corriqueiro? 

        Citei Direita porque é a Direita o baluarte contra qualquer país governado com viés esquerdista. Porque é a Direita que compartilha vários erros e equívocos com a Esquerda, mas só um lhe é bem caracerístico: a hipocrisia e a pretensão de ter um mundo a seu modo e semelhança. 

    3. O horroroso Menem era

      O horroroso Menem era peronista tal qual Cristina Kirchner e depois de Presidente foi eleito Senador e pertencia ao bloco aliado dos Kirchner. Não fiz um historico da Argentina porque para isso precisaria de muito mais espaço que um post,

      dei umas pinceladas historicas para traçar um pano de fundo das eleições da semana passada.

      1. Que comparação esdrúxula: na

        Que comparação esdrúxula: na Coreia do Norte só é permitida candidatura única, na Venezuela as eleições contemplam todos os segmentos políticos que desejarem disputá-las.

    1. Negativo. Adolf Hitler foi

      Negativo. Adolf Hitler foi eleito democraticamente em 30 de janeiro de 1933, seu Partido teve a maioria das cadeiras e escolheu Hitler como Chanceler, Getulio Vargas foi eleito em 1934 de depois virou ditador, as primeiras eleições venezuelanas foram

      mais ou menos regulares, apesar do registro eleitoral de 2 milhões de colombianos às pressas MAS as condições das eleições nunca foram limpas, sempre foi espalhado pelas milicias chavistas que a maquina sabia o voto de cada um porque lá se usa a identidade como cedula eleitoral e o povão sempre achou que Chavez sabia em quem cada um votou..

      Houve uma deterioração do ambiente eleitoral e nesta eleição há suspeitas generalizadas de fraude sendo preparada, tanto que nosso TSE não vai mandar observadores, nem a União Europeiam nem a OEA, só a UNASUL, que é um entidade criada por Chavez.

      1. FALSO!
        Hitler já era

        FALSO!

        Hitler já era chanceler, posição obtida por meio de uma manobra parlamentar com outros partidos conservadores, preocupados com o crescimento dos comunistas nas últimas eleições. Tampouco os nazistas conseguiram a “maioria das cadeiras”, como afirma ignorantemente o sr. Araújo.

        O partido nazista, assim como os demais partidos de direita, estavam em decadência desde as eleições de 1932, e assistiam temerosos a constante ascensão dos comunistas. O presidente Hindenburg governava por meio de decretos de emergência, pois não conseguia formar uma maioria no parlamento. Nesse contexto, os comunistas propuseram uma moção de desconfiança contra o chanceler von Papen, resultando na dissolução do parlamento. Foi nesse contexto que houve o acerto entre os conservadores e o partido nazista, levando Hitler à chancelaria, que dois meses depois convocou eleições, marcadas pela violenta repressão e perseguição dos partidos socialistas e comunistas(um processo eleitoral que nem mesmo pelos padrões reacionários do sr. Araújo pode ser considerado democrático e livre).

        Não fosse a destruição dos mecanismos democráticos com a chegada de Hitler ao poder, com o consentimento e mesmo o apoio dos demais partidos de Direita, o curso natural da Democracia alemã no período seria a chegada inevitável do bloco socialista-comunista ao Poder. 

         

  9. Macri homofóbico

    Pq a direita tem que ser regressista, sempre regresssita

    e, como não poderia deixar de ser, homofóbicohttp://www.taringa.net/post/offtopic/19051829/Esto-es-macri-entre-otras-cosas-homofobico.html

    1. Direita ou esquerda? Onde?

      Se voce olhar pelo mundo a fora para o que é esquerda e direita verá cenários bem diferentes…

      O que é esquerda e direita nos EUA?

      Obama é esquerda e Bush é direita…

      Quem libertou os escravos nos EUA foi a DIREITA!

      Voce conseguiria imaginar no Brasil, o DEM, os Democratas fazendo a libertação dos escravos?

      Houve alguma ação CONCRETA NO BRASIL para os ex-escravos desde sua libertação e durante TODO SÉCULO XX com recursos dos impostos?

      E na libertação os escravos que lutaram com o Norte foram contemplados com uma disfarçada reforma agrária…

      Eles fizeram isso no século XIX e já estamos no século XXI sem um final a vista….

      A DIREITA NOS EUA NÃO GOSTA ajudar empresas que estão para quebrar, isso não significa que não o façam!

      Lembra de Crise de 2008? DO Lehman Brothers que quebrou, se fosse no Brasil de FHC ele teria sido salvo ainda que quebrasse o país….

      Então nossa mídia aponta para os EUA como modelo, mas o que somos É MUITO DIFERENTE do que é por lá!

      Essa dúvida é normal por que nossos olhos olham sempre para fora, assim como nossa mídia tem seu esteriótipo nos EUA e Europa e sem crítica o importa para cá…

      Ande pelas nossas ruas e veja o PASSIVO DE MISÉRIA QUE AINDA ESTÁ ENTRE NÓS…

  10. Quem ainda se lembra do Efeito Orloff?

    Por que as recentes eleições presidenciais na Argentina pouco valem para se antever o cenário político do Brasil para 2018.

    Parece-me inadequado tentar enxergar na eleição de Mauricio Macri para presidente da Argentina um sinal da reedição do Efeito Orloff da década de 90 do século passado e, a partir daí, antecipar algo sobre a alternância do poder federal no Brasil. E não só pelo considerável hiato temporal entre a recente eleição presidencial argentina e a próxima no Brasil.

    No Chile, em 2010 e 2014, assistimos duas alternâncias de poder no comando do governo central. Michelle Bachelet – Sebastián Piñera- Michelle Bachelet, sem que isso refletisse em nada nas eleições brasileiras correspondentes.

    A situação política atual de Brasil e Argentina guarda diferenças que a primeira vista não se mostram tão evidentes.

    Na Argentina, parece-me ter ocorrido um caso clássico de alternância. Um partido sofre desgastes naturais após 12 anos no poder e é substituído por outro mais afinado com o momento da economia e do eleitorado. Uma reprodução do modelo típico que ocorre nos EEUU. Não lembro-me de, em minha vida, ter visto Democratas ou Republicanos terem obtido mais do que três mandatos consecutivos.

    No caso do Brasil, sem dúvida, após quatro mandatos consecutivos, o PT está desgastado. Ocorre que, a partir da insubmissão e insubordinação de Aécio Neves à vontade das urnas, seguiu-se um ano do mais desbragado golpismo. Golpismo impuro e bruto, incapaz de qualquer proposta alternativa de governo, e isso desgastou também o PSDB junto à opinião pública. O PMDB está associado ao poder desde a redemocratização, isso há três décadas, e, além disso, carrega os efeitos do desastre Eduardo Cunha.

    E mesmo lideranças aparentemente novas, como Marina Silva, já estão precocemente desgastadas. São mais do mesmo.

    Acrescente-se a isso a Operação Lava Jato e seus promotores na mídia mainstream que cuidaram com denodo de satanizar a política e temos como resultado que não há na política brasileira alternância viável, no momento atual, com as figuras já conhecidas do eleitorado.

    Cenário propício para o “novo” ou para o aventureiro. E o “novo”, necessariamente, não precisa ser significado de desconhecido.

    O grande palco para testarmos hipóteses sobre 2018 não me parecem as eleições nos países vizinhos. Nem mesmo na Venezuela, com sua classe média à direita, tão “bolivariana” e reacionária quanto sua congênere no Brasil. Mas com uma esquerda que não guarda relação com a brasileira – uma diz-se socialista e miliciana, a outra quer-se por social-democrata e republicana.

    O palco parece-me ser as eleições municipais de 2016, aqui mesmo, no Brasil. E nelas é interessante prestarmos especial atenção à eleição paulistana, pois lá estarão presentes o “novo” e o aventureiro.

    Deste ponto da plateia de onde as enxergo, as eleições municipais de 2016 parecem-me o camarim onde os personagens de 2018 estarão provando o figurino.

     

    PS.: partituras de Cambalache para pandeiro e tamborim estão à disposição para consultas na Oficina de Concertos Gerais e Poesia.

  11. Dessa vez André faiou. E nem

    Dessa vez André faiou. E nem vou citar as falhas políticas que os demais comentaristas já, precisamente, apontaram. Como todo bom paulistano, André compara Buenos Aires dos anos 50 a São Paulo. Acontece que Buenos Aires é capital do país e deve ser compara à nossa capital nos 50 que era o Rio de Janeiro e não São Paulo. Comparando corretamente, duvido que Buenos Aires se comparasse em beleza ao Rio dos anos 50, até mesmo em atividades culturais. Se BA tinha teatro na Corrientes, o Rio tinha a Bossa Nova em peso. Nem as confeitarias se comparam porque a Colombo é mais bonita (a meu ver) do que o Tortoni. Concordo que o povo argentino tinha formação escolar superior e sempre demonstrou apreço pela leitura, o que se comprova pela quantidade de livrarias até hoje. O mesmo não pode ser dito de nosotros.

    Além disso, é muito fácil elogiar um país quando não se é o pobre dele. A Argentina de André não deve incluir a província de Jujuy, onde a pobreza é antiga e insiste em não combinar com o cenário. Que fique claro que minha opinião é apenas para contrapor um certo complexo que senti nas palavras de André, e não um ato contra a Argentina, país que me agrada muito em vários sentidos. 

    1. E evidente que o Rio supera

      E evidente que o Rio supera qualquer cidade em beleza natural, não tratei de beleza natural e sim de “atmosfera” cultural, não esquecer que a Argntina tem 3 Premios Nobel de Literatura. Quanto a Confeitaria Colombo, é linda, um patrimonio do Rio, MAS É UMA SÓ, Buenos Aires tinha na decada de 50 300 confeitarias lotadas na hora do chá das cinco, a Colombo é unica.

      1. Duvido muitíssimo que Buenos

        Duvido muitíssimo que Buenos Aires tivesse 300 confeitarias como a Colombo nos anos 50. Nenhuma cidade do planeta tem isso.

        Creio que está delirando. 

         

      2. Só uma correção:

        Só uma correção: a Argentina não tem prêmios Nobel de literatura. Borges e Cortázar bem que mereceram (principalmente o primeiro), mas não levaram. Na América Latina, só o Chile tem mais de um: Gabriela Mistral e Pablo Neruda. 

    2. Em 1950 São Paulo já era a

      Em 1950 São Paulo já era a caoital economica do Brasil e Buenos Aires da Argentina, foi nesse contexto economico que comparei uma com outra.

  12. A mudança, foi a internet…

    Ainda que a direita vença em qualquer lugar, será IMPOSSÍVEL esconder o desvio de qualquer evento por um período razoável.

    Apesar do Brasil ser governado pela esquerda, o poder da direita se manifesta com muito mais força no Brasil do que ocorrerá agora na argentina ou que ocorreu no chile de Pinera!

    Nestes paises foram presos os ditadores, julgados militares e presos ex-presidentes que VENDERAM seus paises.

    Aqui FHC é membro honorário da alta burguesia e saudado pela elite!

    Não creio que possa haver comparações no que a direita lá poderá fazer sem que haja reações violentas e ainda estamos há 3 anos de uma próxima eleição presidencial…

  13. Errado !

      ” no ranking dos exportadores de carne o País caiu de 2º para 7º lugar, suplantado pelo pequeno Uruguai ” . Não . Foi suplantado pelo Paraguai !!! 

  14. Pois é!

    Se o Brasil tivesse uma direita inteligente este seria o momento de surfar, mas os caras são ruins demais.

    Vejo no futuro uma polarização positiva entre Lula e Macri. Lula se dá muito bem com governos de direita.

  15. Imprecisão

    Imprecisão histórica…

    ….mais uma vez, André Araújo discorre sobre temas sobre os quais não possui qualquer conhecimento.

    O período que Araújo afirma ser o “auge” é conhecida na historiografia argentina como a “Década Infame”, iniciada pelo golpe de Estado e subsequente ditadura do general Uriburu. No plano econômico, o contexto internacional é a Grande Depressão, e a política econômica protecionista adotada pela Grã-Bretanha(definidas durante a Conferência de Ottawa de 1932, na qual se determinaram uma série de tarifas protecionistas, fechando as economias dos países da Commonwealth), o que, no caso argentino, resultou no desfavorável Pacto Roca-Runciman, que causou sérios prejuízos à economia argentina.

    O momento mais baixo desse período na história argentina foi o assassinato, em pleno Senado, do senador Lisandro de la Torre, forte opositor do Pacto Roca-Runciman, que denunciava as falcatruas praticadas pelos frigoríficos ingleses com seus parceiros argentinos.

    A afirmação de Araújo de que as políticas intervencionistas tiveram início com as políticas distributivas do governo Perón (o que denota, além da ignorância dos gfatos históricos, o forte viés ideológico dos textos do sr. Araújo, notório por suas posições elitistas e preconceituosas, o que o torna opositor natural de políticas de distribuição de renda)também está completamente incorreta.

    Assim como outros países no período(incluindo os EUA do New Deal), as políticas de maior intervencionismo na Argentina tiveram início na década de 30, com as políticas de obras públicas iniciadas no governo do general Justo(“Plan Económico Nacional”) como forma de combater a recessão em que se encontrava a economia argentina.

    A afirmação de que o chanceler Saavedra Lamas teria “conseguido” a paz na Guerra do Chaco é simplesmente absurda. A influência negativa do chanceler no processo de paz é quase consensual nos relatos dos participantes das negociações na época, sejam eles brasileiros, americanos e mesmo argentinos, assim como a historiografia, que apontam a influência negativa do chanceler Lamas, que colocava seus interesses pessoais(dentre eles, conseguir o prêmio Nobel)à frente das necessidades dos países envolvidos, conseguindo forte desconfiança tanto da Bolívia quanto do Paraguai.

    Esse pequeno texto do professor Moniz Bandeira sobre o tema é bastante ilustrativo.

    http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-73291998000100008&script=sci_arttext

    Enfim, mais um artigo do senhor Araújo que não possui qualquer fundamento, eivado dos lugares comuns de leitores de orelha de livros, e altamente contaminado pelo viés ideológico do autor.

  16. Artigo muito interessante

    Artigo muito interessante sobre  pompa,beleza,cultura,dinheiro e poder.Esses ¨pequenos¨ detalhes que diferenciam os eleitos dos simples mortais.

    Mas, como tenho uma memória curta,fui buscar algumas informações nos jornais de 2001/2 , época pré Kirchner.

    Desemprego de 25% não é pouca coisa.Fome e miséria também não .Para quem se importa,é claro.

    Talvez seja por isso que quase metade dos eleitores tenham votado na continuidade do ¨Kirchnerismo¨.

  17. Masacre de Napalpí

    Masacre de Napalpí

      

    La Masacre de Napalpí es el nombre con el que se conoce la matanza de 200 indígenas de las etnias qom y mocoví a manos de la policía chaqueña y grupos de estancieros, acaecida el19 de julio de 1924, hace ya 91 años, 4 meses y 5 días, en la Colonia Aborigen NapalpíProvincia del ChacoArgentina.

    Fue una de las masacres de mayor magnitud cometida en Argentina durante el siglo XX.

     

    Índice

      [ocultar1Antecedentes2La masacre3Paradigma del despojo4Pedido de perdón de la Provincia del Chaco5Véase también6Notas7Referencias8Enlaces externos

     

    Antecedentes[editar]

    Unos cuarenta años antes, el ejército argentino había lanzado una campaña militar para someter a los pueblos indígenas del Chaco que dio como resultado la muerte de millares de indígenas y la desintegración social y cultural de numerosas etnias en las actuales provincias argentinas de Formosa y Chaco que en ese momento eran territorios nacionales.

    Se fundaron numerosos fortines con el fin de mantener a raya a los indígenas vencidos. Sus tierras fueron vendidas a colonos europeos, en particular italianos y franceses, quienes pronto las destinaron a la producción de algodón. Numerosas tribus fueron confinadas en reducciones en donde fueron sometidas a un régimen de explotación muy cercano a la esclavitud. Una de tales reducciones era Napalpí, nombre qom (toba) que significa, precisamente, lugar de los muertos, fundada en 1921 y cuyo nombre actual es Colonia Aborigen Chaco.

    Los aborígenes de la reducción, de la etnia qom, se dedicaban al cultivo de algodón y estacionalmente al cuidado de las haciendas de los colonos de estancias vecinas.

    En 1924 las autoridades de la reducción dispusieron que los indígenas debían entregarles el 15% de su producción de algodón. Esta quita compulsiva provocó gran descontento entre los habitantes.

    A ello, se le sumó cierto grado de efervescencia popular producido por el resurgimiento en las comunidades de prácticas chamánicas asociadas con un cierto mesianismo. Aparecieron líderes indígenas que aseguraban que los dioses volverían a la Tierra y les devolverían la vida a los indios que habían sido «mal muertos por los blancos».

    Empezaron a producirse enfrentamientos en los que grupos de indígenas comenzaron a matar animales y saquear granjas de los colonos. En junio un chamán llamado Sorai fue asesinado por la policía en un confuso episodio y poco tiempo después, probablemente en venganza, mataro un colono francés los indígenas. El gobernador del Chaco, Fernando Centeno, inició los preparativos para una feroz y brutal represión.

    La masacre[editar]

    El día 19 de julio de 1924 muy temprano, un grupo de unos 130 hombres, entre policías, estancieros y civiles blancos de la zona, fuertemente armados con fusiles Winchester y Mauser, rodearon el campamento donde se habían reunido los indígenas alzados que, armados tan sólo con palos, bailaban en una fiesta religiosa organizada por los chamanes en la zona del Aguará, un área considerada sagrada por los qom ubicada dentro de los límites de la colonia. Convencidos de que los dioses los protegerían de las armas de fuego de los hombres blancos no pudieron ofrecer resistencia a los disparos dirigidos al campamento durante cuarenta minutos. Luego los blancos entraron al mismo para rematar a machetazos a los indígenas que quedaban, muchos moribundos, incluidos mujeres y niños.

    A finales de los años veinte, el periódico Heraldo del Norte recordó así el hecho:

    Como a las nueve de la mañana, y sin que los inocentes indígenas hicieran un sólo disparo, [los policías] hicieron repetidas descargas cerradas y enseguida, en medio del pánico de los indios (más mujeres y niños que hombres), atacaron. Se produjo entonces la más cobarde y feroz carnicería, degollando a los heridos sin respetar sexo ni edad.

    El 29 de agosto —cuarenta días después de la matanza—, el ex director de la Reducción de Napalpí Enrique Lynch Arribálzaga escribió una carta que fue leída en el Congreso Nacional:

    La matanza de indígenas por la policía del Chaco continúa en Napalpí y sus alrededores; parece que los criminales se hubieran propuesto eliminar a todos los que se hallaron presente en la carnicería del 19 de julio, para que no puedan servir de testigos si viene la Comisión Investigadora de la Cámara de Diputados.

    En el libro Memorias del Gran Chaco, la historiadora Mercedes Silva, confirma el hecho y cuenta que al mocoví Pedro Maidana, uno de los líderes de la huelga «se lo mató de manera salvaje y se le extirparon los testículos y una oreja para exhibirlos como trofeo de batalla».

    En el libro Napalpí, la herida abierta, el periodista Mario Vidal detalla: «El ataque terminó en una matanza, en la más horrenda masacre que recuerda la historia de las culturas indígenas en el siglo XX. Los atacantes sólo cesaron de disparar cuando advirtieron que en los toldos no quedaba un indio que no estuviera muerto o herido. Los heridos fueron degollados, algunos colgados. Entre hombres, mujeres y niños fueron muertos alrededor de doscientos aborígenes y algunos campesinos blancos que también se habían plegado al movimiento huelguista».

    Un reciente microprograma de la Red de Comunicación Indígena destacó:

    Se dispararon más de 5000 tiros y la orgía de sangre incluyó la extracción de testículos, penes y orejas de los muertos, esos tristes trofeos fueron exhibidos en la comisaría de Quitilipi. Algunos muertos fueron enterrados en fosas comunes, otros fueron quemados.

    En el mismo audio, el cacique toba Esteban Moreno, contó la historia que es transmitida de generación en generación:

    En las tolderías aparecieron soldados y un avión que ametrallaba. Los mataron porque se negaban a cosechar. Nos dimos cuenta que fue una matanza porque sólo murieron aborígenes, tobas y mocovíes, no hay soldados heridos, no fue lucha, fue masacre, fue matanza, por eso ahora ese lugar se llama Colonia La Matanza.

    La Reducción de Napalpí había sido fundada en 1911, en el corazón del Territorio Nacional del Chaco. Las primeras familias que se instalaron eran de las etnias Pilagá, Abipón, Toba, Charrúa y Mocoví.

    En julio de 1924, Federico Gutiérrez (corresponsal del diario La Razón) escribió: «Muchas hectáreas de tierra flor están en poder los pobres indios, quitarles esas tierras es la ilusión que muchos desean en secreto».

    Paradigma del despojo[editar]

    Napalpí no fue una matanza aislada, sino una práctica recurrente del poder político y los terratenientes – con la mano de obra policial o militar – para privar a los pobladores originarios de su forma ancestral de vida e introducirlos por la fuerza al sistema de producción. Todos los historiadores revisionistas coinciden en esa mirada y, en el libro La violencia como potencia económica: Chaco 1870-1940, Nicolás Iñigo Carrera afirma: «Los aborígenes de la zona chaqueña vivían sin la necesidad de pertenecer al mercado capitalista. La violencia ejercida hacia ellos, por la vía política con la represión y por la vía económica tuvo como objetivo eliminar sus formas de producción y convertirlos en sujetos sometidos al mercado. […] Se comenzó a privar a los indígenas de sus condiciones materiales de existencia. Se inició así un proceso que los convertía en obreros obligados a vender su fuerza de trabajo para poder subsistir, premisa necesaria para la exitencia de capital. Un modo de vivir había sido destruido».

    Además de someterlos, el gobierno quería ampliar los cultivos, dar tierra a grandes terratenientes y concentrar a los indígenas en reservas. Siempre la versión oficial, «civilizadora y cristiana», hablaba de malones o enfrentamientos despiadados. Pero los muertos siempre eran pobladores originarios. Acerca de estos imaginarios combates, el historiador Alberto Luis Noblía remarca que «las naciones aborígenes chaqueñas no practicaron el malón, usual en otros pueblos. Todo lo contrario, los inmigrantes llegados de Europa nunca fueron perseguidos por los entonces dueños de las tierras. Al contrario, el colono supo encontrar en el indígena mano de obra barata».

    El 21 de julio de 1925 —un año después de la matanza—, el ministro del Interior, Vicente Gallo, reconocía los deseos del presidente Alvear: «El Poder Ejecutivo considera que debe encararse definitivamente, como un testimonio de la cultura de la República, el problema del indio, no sólo por razones de humanidad y de un orden moral superior, sino también porque una vez incorporado a la civilización será un auxiliar valioso para la economía del norte del país».

    Los testimonios de testigos oculares hablan de unos doscientos muertos. Las fuentes coinciden en señalar que no hubo resistencia alguna por parte de los indígenas, por lo que el hecho fue, en la práctica, un fusilamento masivo seguido de actos aberrantes:

    …les extraían el miembro viril con testículos y todo, que guardaba la canalla como trofeo… Los de Quitilipi declararon luego que estos tristes trofeos fueron exhibidos luego, haciendo alarde de guapeza en la comisaría… Para completar el tétrico cuadro, la policía puso fuego a los toldos, los cadáveres fueron enterrados en fosas… hasta ocho cadáveres en cada una… (y algunos quemados).

    Ninguno de los hombres que cometieron la masacre murió o resultó herido y nunca se realizó una investigación ni se llevó a juicio a los culpables.

    Pedido de perdón de la Provincia del Chaco[editar]

    En enero de 2008, el gobierno de la Provincia del Chaco pidió disculpas públicas y oficiales por la masacre y rindió homenaje a la única sobreviviente, Melitona Enrique, que cumplía 107 años ese día y que fallecería el 13 de noviembre de 2008.1

    Fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Masacre_de_Napalp%C3%AD

  18. O sempre assertivo

    O sempre assertivo (demasiado assertivo) articulista, adepto de explicações semi-esquemáticas para o complexo fenômeno histórico é um renitente defensor das virtudes do colonialismo.

    A resistência dos oprimidos ao longo da história é sistemanticamente tratada com desdém. A visão prevalente é a dos acontecimentos como decorrência de “acertos e erros” dos protagonistas oficiais de nossos tempos.

    Dito em outros termos, luta de classes é fantasia. 

    André é um pragmático. 

    Cercar teses simplórias de certezas (dele) inquestionáveis, confeitadas por uma enxurrada de dados de enciclopédia, muitos dos quais “de per si” corretos não ^são suficientes para torná-las inquestionáveis, “certas”. 

    Chamou-me atenção, no texto principal, a presença de um vocábulo que diz muito do pensamento conservador, muito mais até do que todo esse arrazoado. 

    A palavra? “Insolente”. 

    Cristina foi – ou é -, segundo o André, uma “insolente”. 

    Precisa mais? Ato falho, palavra falha. 

     

     

     

     

  19. “e ver o simples que de tudo emana”

    O verso de Renato Teixeira e sua poesia “Maravilhas” simplifica tudo:

    A Argentina está à venda!

     

  20. Então………………..

    Para quem gosta de história, este arrazoado histórico que o AA fez do passado recente da Argentina, pode interessar e até relembrar com saudades, aos que foram lá, como eu, naquele período, mas….

    Sobre os últimos governos argentinos, principalmente os Kirchner, ficou ele na superfície, pois o principal, que é a economia, pouco esclareceu. Sobre os Fundos Abutres tão defendidos pela justiça do império então…………..

    Outro item que ousou mas não elucidou foi a repercursão geopolitica da eleição junto aos parceiros do Mercosul e a Alba, tendo em vista que a direita sempre flertou com os falcões do império. Isto ainda é uma incógnita, mas em um de seus comentários recentes sobre o mesmo assunto, disse ele -” a argentina é um zero para os EU.”

    Então …………..

  21. Volver à la derecha

    André Araujo, sera que ainda dançamos um tango em Buenos Aires? Se não ha mais pistas para dança nos bons restaurantes (Tomo 1 continua entre os melhores ?), podemos sempre beber um bom vinho portenho trocando ideias da geopolitica mundial. A proposito, muito boa suas analises sobre a Petrobras e a moral americana no programa Brasilianas. Do meu ponto de vista, bem melhores que essas sobre os Kirchner e à volta da direita à Argentina. Mas não faz mal, mantemos o vinho. E o papo.

  22. Ah, AA – como eu senti saudades da sua parcimônia…

    Quanto tempo, AA!

    Já estava com saudades desse seu “olhar enviesado” sobre a história. Mas nesse post, você se igualou ao brazilianista Thomas Skidmore (Or Less)…

    Vamos lá, só que de baixo pra cima:

    1. Venezuela “proto-ditatorial”? Depois de 19 eleições? Francamente, você parece daqueles que ainda acredita que os EUA são uma democracia sob forma de republicanismo bi-partidário e eleição indireta para presidente, não é mesmo?

    2. Argentina acolheu nazistas e não era “confiável” – mas os EUA fizeram a Operação Paperclip, acolheram Wherner Von Braun, Hermann Oberth, Josef Mengele e que tais (sim, Mengele foi acolhido nos EUA antes de ser proibido de fazer testes com eugenia por lá e, por isso, se mandou para a América do Sul, morrendo em Embu das Artes-SP sob a proteção da ditadura militar brasileira).

    3. E os EUA eram “confiáveis”? Muito pelo contrário – a formação da ONU foi uma determinação dos vencedores, dos fortes – os EUA só não puderam vetar a entrada das nações que a URSS impôs – Romênia, Hungria, todas elas lutaram do lado dos alemães nazistas. E entraram na ONU.

    Nã é por nada não, hein, mas você já teve argumentos melhores. Forte Abraço!

    1. Então…………………

      E aí AA, cadê os argumentos ? Não aqueles lero-lero de que , imitando o Moro, ” de que nada a ver “!!!!!

      Queremos argumentos contra argumentos !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

      Êta batalha boa. Mas diga-se no camo das idéias !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    2. Não bastam eleições para ter

      Não bastam eleições para ter democracia, Hitler foi eleito democraticamente, Fidel Castro sempre fez eleiçõs, Saddam Hussein tambem, até a monarquia note coreana faz eleições. Todos os potenciais candidatos contra Maduro estão presos.

      1. Eleição pra Fuhrer
        Exato,

        Eleição pra Fuhrer

        Exato, Hitler foi eleito democraticamente Fuhrer da Alemanha, esse é o nível de conhecimento histórico que podmeos esperar nos comentários de André Araújo.

        Já George W. Bush foi eleito democraticamente com menos votos que seu opositor!

        1. O sistema alemão era e sempre

          O sistema alemão era e sempre foi de parlamentaristo, quando se diz que Hitler foi eleito subentende-se que foi pelo sistema que imperava na Alemanha e é o mesmo de hoje, isto é, foi feito Chanceler pelo Parlamento, não é preciso explicitar isso porque qualquer pessoa com algum conhecimento sabe do que se está falando.

          Tampouco foi eleito como Fuhrer e sim como Kanzler, Chanceler, titulo equivalente a Primeiro Ministro, Fuhrer foi um titulo criado depois da lei Habilitante que lhe deu plenos poderes.

          1. Qualquer pessoa com um mínimo

            Qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento sabe que

            1) o partido nazista já estava em decadência nas eleições de 1933;

            2) o acordo conservador que levou Hitler à chancelaria foi resposta ao crescimento dos comunistas nas eleições;

            3) com a chegada de Hitler à chancelaria, as eleições eram realizadas com violenta repressão aos socialistas e comunistas, bem diferente das eleições “livres e democráticas” de seu comentário;

            O que subentende-se em seu comentário é a tentativa, intelectualmente desonesta, de culpar a Democracia pela ascensão do nazismo, um movimento fascista baseado na violência que, apesar do sucesso inicial, impulsionado pela crise econômica, já estava em decadência nas eleições de 1933, expressamente citada pelo senhor em seu comentário.

            Por fim, a lei Habilitante é um exemplo da “Democracia livre” sob a qual o nazismo se consolidou na Alemanha, ambiente nada democrático.

            Expliquei melhor em outro comentário, no qual o senhor, mais uma vez, tenta falaciosamente atribuir a ascensão do nazismo à Democracia.

            FALSO!

            Hitler já era chanceler, posição obtida por meio de uma manobra parlamentar com outros partidos conservadores, preocupados com o crescimento dos comunistas nas últimas eleições. Tampouco os nazistas conseguiram a “maioria das cadeiras”, como afirma ignorantemente o sr. Araújo.

            O partido nazista, assim como os demais partidos de direita, estavam em decadência desde as eleições de 1932, e assistiam temerosos a constante ascensão dos comunistas. O presidente Hindenburg governava por meio de decretos de emergência, pois não conseguia formar uma maioria no parlamento. Nesse contexto, os comunistas propuseram uma moção de desconfiança contra o chanceler von Papen, resultando na dissolução do parlamento. Foi nesse contexto que houve o acerto entre os conservadores e o partido nazista, levando Hitler à chancelaria, que dois meses depois convocou eleições, marcadas pela violenta repressão e perseguição dos partidos socialistas e comunistas(um processo eleitoral que nem mesmo pelos padrões reacionários do sr. Araújo pode ser considerado democrático e livre).

            Não fosse a destruição dos mecanismos democráticos com a chegada de Hitler ao poder, com o consentimento e mesmo o apoio dos demais partidos de Direita, o curso natural da Democracia alemã no período seria a chegada inevitável do bloco socialista-comunista ao Poder. 

             

      2. O comentário do André Araújo

        O comentário do André Araújo é bastante esclarecedor, vejamos.

        1) Os nazistas são repulsivos, principalmente, por conta de sua ideologia racista e, nesse ponto, quem teria mais em comum com eles, os bolivarianos ou o sr. Araújo?Basta uma leitura em alguns dos comentários que o sr. Araújo frequentemente faz contra indígenas e negros para saber a resposta.

        2) Ao chegar no Poder, a primeira coisa que os nazistas fizeram foi destruir os mecanismos democráticos, o que denota a mais absoluta incompatibilidade dos ideias nazistas com os valores da Democracia. Vemos aqui mais uma convergência com o sr. Araújo, que se vale da infundada comparação com o nazismo como forma de desqualificar o regime democrático, que ele, obviamente, odeia.

         

  23. Bem poucos comentários, se é

    Bem poucos comentários, se é que houve algum, retrucou as afirmações do texto, retificou suas conclusões ou acrescentou algo reevante ao conteúdo. Eu gostaria de bater quase nas mesmas teclas do AA, para explicitar um pouco mais porque será tão difícil recuperar pelo menos em parte o explendor que a argentina tinha quando JK começou seu governo.

    Em 1920, a argentina tinha uma das mais extensas redes ferroviárias do mundo, com 47 mil km (atualmente são 36 mil km). Tudo pertencente ao setor privado, eficiente, projetado principalmente para escoar a produção agrícola dos pampas, uma região no centro-leste da argentina com área maior do que a do estado de MG, inteiramente plana, com terra de extrema fertilidade e chuvas bem dosadas em volume e distribuição no tempo. No período 46-48, Perón estatizou as ferrovias e a ineiciência resultante elevou o preço dos transportes. Ao mesmo tempo, transferiu boa parte da renda do campo para as cidades por meio de políticas diversas, mas no processo não criou um empresariado industrial urbano. Tampouco se mexeu na alta concentração de terras no campo, que havia criado uma burguesia rural tão rica que vivia na Europa, não na Argentina. Em resumo, demoliu-se um fundamento econômico sem construir outro. A Argentina não conta com uma burguesia industrial de porte, elemento essencial para que um país cresça em um regime capitalista.

    Curiosamente, também no Brasil Getúlio estatizou as nossas ferrovias, que também tinham a considerável extensão de 34 mil km. Aqui a inefciência gerencial da malha foi tão grande que em 1956 o déficit do sistema ferroviário devorava 14% da receita da União. 

    O sistema educacional argentino era excelente, mas foi decaindo e hoje está gravemente danificado. Os governos militares destruíram quase toda a pesquisa científica de ponta nas universidades e os numerosos grandes cientistas se exilaram, seja por perseguição política, seja por falta de condiçoes de trabalho. Como os militares brasileiros tinham uma visão mais esclarecida do valor da pesquisa científica, aqui criaram um bom sistema de pós-graduação e de pesquisa, fianciados pela Capes e pelo CNPq. Milhares de cientistas argentinos vieram para o Brasil e muitos deles tornaram-se expoentes de nossa ciência. Mas a nata da nata, como sempre, foi para os EUA. Até hoje, é impressionante a relevância dos cientistas argentinos nos EUA. Por exemplo, Juan Maldacena, Professor em Princeton, é hoje um dos maiores físicos teóricos do mundo.

    Mesmo com a decadência do sistema educacional argentino, o povo continua muito mais culto do que o brasileiro e a mão de obra é muito mais qualificada. A Volvo cntinua enviando as peças de Curitiba para que os seus motores sejam montados em Cordoba exatamente por causa desse diferencial. 

    Em parte, o exílio da ciência argentina se deve ao espírito cosmopolita da população. Jorge Luis Borges, talvez o maior escritor das américas, em criança já era bilingue, e o inglês foi sua segunda língua. Educou-se em Genebra, não em Buenos Aires, e morreu em Genebra. Disso decorreu um povo pouco apegado ao seu país. Voltando ao Borges, ele apontou que para o argentino o nacionalismo é uma abstração sem conteúdo. O argentino se sente cidadão do mundo, não membro de uma nação. Embora eu ache que o nacionalismo excessivo seja uma das maiores pragas da humanidade, também penso que uma nação tem pouco futuro se não contar com um povo que se identifique com ela e dela se orgulhe (sem os ufanismos idiotas que vejo aqui no blog, claro!). Se a nação não empolgar nem seu próprio povo, quem empolgará? A elite econômica da Argentina é muito mais entreguista do que a brasileira. Sem informações sobre o assunto, sou capaz de apostar que os argentinos têm muito mais dinheiro no exterior do que os brasileiros, guardadas as proporções entre os dois PIBs.

    Assim como no Brasil, a economia foi e continua sendo muito prejudicada pelas ondas de estatização seguidas de privatização e nova estatização, tudo com fundo ideológico e pouco pragmatismo e avaliação econômica séria. Também lá existem as repedidas ondas de câmbio muito apreciado, que afetam tão negativamente a economia.

    Por fim, a cereja do bolo da idiotice política argentina: a tendência do seu povo ao excesso e ao radicalismo. Só um povo radical criaria o tango, a celebração musical da sensualidade. Os nomes dos próprios partidos políticos já revelam essa vocaçao radical. Aliás, a palavra radical compõe o nome de alguns dos partidos. Por causa disso, a ditadura argentina foi a mais violenta das que surgiram na Amérca do Sul, os políticos de esquerda adoram fazer bravatas na política externa, negando dívidas e fazendo outras besteiras. Como disse o AA, a Argentina não é vista como um pais sério, muito menos um pais confiável.

    Não creio que a Artentina volte ao explendor dos anos 1930 e 1940.

    1. Esse “explêndido” comentário

      Esse “explêndido” comentário é mais um exemplo das perspectivas ideológicas, sem qualquer embasamento histórico ou fatual que critiquei em mais esse fantasioso e superficial artigo do André Araújo.

      Atribuir a prosperidade argentina à maravilhas do livre-mercado e sua decadência à intervenção estatal são exemplos não apenas de uma monstruosa ignorância histórica, mas também das limitações impostas pela camisa de força ideológica voluntariamente utilizada por certos articulistas e comentaristas.

      Em meu comentário, rebati cada argumento falacioso presente no pobre artigo de André Araújo, citando FATOS históricos, não rococós ideológicos, vastamente comprovados.

      Daniel Klein cita como exemplo da decadência argentina seus governos militares, “esquecendo” que, a maioria das ditaduras argentinas(principalmente a última, notoriamente a mais danosa para o país), foram estabelecidas justamente para implementar os lenga-lenga liberais que ele tanto ama.

      Durante a ditadura do general Videla, com seu Processo de Reorganização Nacional, o ministro Hoz implementou uma política econômica baseda nos ensinamentos da Universidade de Chicago, influenciado pela experiência chilena durante a ditadura de Pinochet.

    2. Nossa, quantos erros,

      Nossa, quantos erros, mentiras e interpretações falhas. Sem contar o português canhestro, de doer os olhos.

      Sim, os argentinos têm muito dinheiro no exterior, sobretudo no Uruguai. E muito dólar guardado no colchão. Mas isso não significa de modo algum que não tenham nacionaismo ou ligação com seu país.  Essa sua descrição bate, no máximo, com a elite porteña, que de fato não se sentiu nunca parte do país. O povo do interior e mesmo da capital exceto a elite não é assim. A população em geral tem sim um sentimento de pertencimento nacional.  As pessoas colocam dinheiro no exterior para poderem sobreviver às mil crises que afetam o país periodicamente. Os argentinos se cansaram de serem ludibriados por governos que fazem o impensável a cada 15-20 anos. Não tem nada a ver com falta de nacionalismo. 

      O atual sistema educacional argentino é tão ruim que seus alunos do ensino básico conseguem a proeza de terem notas piores no PISA do que os contrapartes brasileiros. No nível universitário, então, a distância é abissal. A outrora respeitável UBA é uma favela perto das melhores universidades brasileiras – que são as melhores da América Latina. E as outras são ainda piores. O erro está em culpar os Kirchner por isso. A decadência vem de muito antes. Pelo menos desde os anos 90. 

       

      E nem em sonho a mão de obra argentina no setor industrial é melhor do que a brasileira. Haja vista a imensa dificuldade das empresas brasileiras que se instalam lá em contratar técnicos qualificados. Têm de trazer todos do Brasil. A Argentina é um país fortemente desindustrializado e é difícil achar pessoas com cursos nessas áreas. Nos anos que vivi lá não conheci um só designer industrial, por exemplo. 

      Os seus pitacos sobre estatização e privatização nem merecem maiores comentários, de tão pouco informados que são. Poucos países sofreram tanto com a falta de um Estado funcionando bem como a Argentina. E poucos sofreram nas mãos do liberalismo como eles. 

       

       

  24. Não faltou isto no teu relato?

    A las 12:40 del frío y nublado jueves 16 de junio de 1955 realizan su bautismo de fuego la gloriosa Fuerza Aérea Argentina y la Aviación de la Marina de Guerra Argentina: 40 aviones oscurecieron el cielo de Buenos Aires. 22 North America, 5 Beerchraft, 4 Gloster y 3 Anfibios Catalina bombardean y ametrallan valientemente civiles indefensos en Plaza de Mayo y alrededores. El saldo de la gloriosa gesta fueron más de 300 muertos, entre ellos un colectivo (autobús) repleto de niños. Luego de la masacre los valientes pilotos huyen hacia Uruguay, cubriendo de honor las gloriosas fuerzas militares que representaban. Es el primer y único bombardeo a una ciudad abierta realizado en el mundo (es decir a una ciudad neutral, libre de guerra alguna o conflicto armado) con el agravante de haber sido realizado por sus propias fuerzas armadas.

     

     

  25. O problema da Srª K.

    Foi brigar com os barões da imprensa. E a derrota não foi acachapante como voicefera o Clarin.

    Macri não pode deter a deteorização do preços das commodities.

    A antiga Argentina ruralista (e os que apostam no modelo do “fazendão”) estão fadados à dependência.

     

    1. Ela não brigou só com a

      Ela não brigou só com a imprensa, brigou tambem com a Union Industrial, com a Sociedad Rural Argentina, com o Uruguai, com

      os EUA, com o Chile, com a União Europeia e com quem mais aparecesse na frente.

  26. No periodo pre-Kircher,

    No periodo pre-Kircher, quando Eduardo Duhalde inventou como candidato um Nestor Kircher que ninguem na Argentina conhecia, a economia argentina conseguiu um feito impar, uma moratoria muito bem negociada pelo ultimo Ministro da Economia, Roberto Lavagna, que toda a logica do mundo indicava que deveria ser mantido por causa de sua alta credibilidade internacional APESAR DA MORATORIA que ele, Lavagna, negociou com grande dignidade e habilidade.

    Mas o casal Kirchner temia que o sucesso de Lavagna no salvamento da economia arrentina após a tragédia dos quatro Presidentes em um ano, tornaria Lavagna um concorrente politico no futuro e resolveram demiti-lo por razões puramente de interesse pessoal do casal, perdeu-se nessa mesquinhez um personagem patriota e de alta competencia por causa de

    dos interesses puramente egoistas dessa dupla da pequena politica provinciana.

  27. Sabe o que realmente me

    Sabe o que realmente me incomoda no tal Macri? Ter na folha de serviços o cargo de presidente de clube de futebol. Não engulo políticos que passaram por clubes de futebol, qualquer que seja (sou Timão até a morte, mas jamais votaria no Andres Sanches). De resto, é aguardar, apesar de sempre achar a Argentina um balaio de gatos (com todo respeito aos hermanos), acho que devido aos políticos argentinos. Não que os nossos sejam melhores….

    1. Concordo com você. O carimbo

      Concordo com você. O carimbo do futebol é pavoroso para qualquer carreira politica não traz nada de bom e tudo de ruim.

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