A revolução digital cultural de Juca Ferreira e seus malucos-belezas

Conheci Juca Ferreira no inicio da gestão Gilberto Gil no Ministério da Cultura.

Ele havia lido artigos meus, dos anos 90, defendendo a criação de uma economia da música brasileira. Dizia, então, não apenas do potencial econômico da música brasileira, mas diplomático e de marketing da marca Brasil.

A seu pedido, fiz uma palestra em uma encontro de Conselhos de Música estaduais. Lembro-me ter falado do avanço das então incipientes redes sociais e da importância de se definir uma estratégia de inserção da música brasileira nesse novo ambiente.

A marca Brasil tinha três ingredientes fortes para conquistar a juventude mundial: meio ambiente, sensualidade e jeito descolado e alegre do brasileiro. E o meio digital era o adequado para propagar esses valores, porque trabalhando com imagens (e cores) e música. Sugeria a criação de departamentos que preparassem divulgadores para entrar nas redes sociais vendendo o modo de ser brasileiro.

Só faltava o modelo de negócios, campo no qual os norte-americanos são imbatíveis.

Dei algumas sugestões que não avançaram por razões de burocracia.

Mais importante, no grupo trazido por Gil conheci um grupo de pensadores digitais definitivamente antenados com o novo, a começar do maluco-beleza Cláudio Prado. E, principalmente, com a visão da arte como um fator cultural e de integração dos diversos Brasis. Tudo sob a batuta de Juca.

Lembrei-me do período Francisco Weffort na Cultura de FHC. Quando comecei meus escritos sobre a economia da música, Weffort convidou-me a integrar um futuro Conselho da MPB. Declinei do convite mas me dispus a acompanhar as reuniões, para poder sugerir temas e divulgar decisões.

A primeira reunião teria sido um regalo, se os músicos se limitassem a tocar: um grupo de músicos fantásticos… com seus instrumentos. Mas as ideias! A primeira proposta foi a de que as verbas da Cultura deveriam passar pelo conselho para impedir que fossem desperdiçadas com “bandinhas do interior”. A reunião vazou e o Conselho morreu.

Ficou claro, desde aquele momento, a dificuldade de tratar com um meio como a música e as artes em geral, com muito talento mas muito ego impedindo qualquer ação mais racional. E nas reuniões com os conselhos de música, já na era Gil, essa dificuldade era nítida.

No meio do encontro, um grande pianista do Rio insurgiu-se contra os produtores, dizendo que na cadeia produtiva da música o elo mais importante era o músico. Disse-lhe que não. No Brasil, o músico era matéria prima abundante e de alta qualidade. O elo mais importante era a pessoa que pudesse pensar novos modelos de negócio.

Mas o exército mambembe de Gil conseguiu proezas inacreditáveis.

A cultura tem um lado tradicional (a cultura regional), um lado empresarial (a indústria do audiovisual) e um lado transgressor (os jovens definitivamente fora do eixo). A estratégia de Juca contemplava as três frentes.

Em relação à cultura regional, os Pontos de Cultura foram uma política de ruptura. Selecionavam grupos de cultura variados, de tribos indígenas a jovens de periferia, entregavam equipamentos de audiovisual e cursos para que pudessem produzir seus vídeos.

Fiz um Brasilianas com um encontro desses grupos em Fortaleza, a Teia, como diziam. Grupos indígenas, quilombolas, sambistas, maracatus desfilando pelas ruas da cidade, em um espetáculo inesquecível de brasilidade. O projeto esbarrou na burocracia da prestação de contas.

Em relação à indústria do audiovisual, em vez da mera distribuição de verbas, o MinC definiu políticas estruturantes, como a Lei do Cabo, que induziu os canais a cabo a investir em coprodução com empresas nacionais. Houve um renascimento da indústria, com a consolidação de inúmeras empresas produzindo filmes ou prestando serviços terceirizados para empresas estrangeiras.

Em relação aos fora do eixo, as verbas da Cultura permitiram a criação de circuitos nacionais de shows organizados por novos grupos definitivamente “udigrudis”. Na juventude, o próprio Juca, assim como Cláudio Prado, morou em comunidades que pretendiam criar sua própria economia.

Sua nomeação para Ministro permitirá a retomada dessas estratégias. E também um bônus extra para o governo Dilma. Se a intenção da presidente, depois de eleita, é se aproximar também dos novos movimentos digitais, encontrou o interlocutor perfeito.

A presença de Capilé – o controvertido e brilhante guru das Casas Fora do Eixo – no coquetel de posse de Dilma já foi um sinal.

Luis Nassif

17 Comentários

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  1. Acredito que na cultura, na

    Acredito que na cultura, na saúde, no esporte ou em qualquer outra área, os principais problemas são, nessa ordem: ego demais de algumas pessoas em relação ao talento, a burocracia da máquina pública e o desconhecimento, por envolvidos nas atividades, das rotinas para captação de recursos e prestação de contas na esfera pública, o que leva gente de boa fé a cometer erros na tentativa de fazer as coisas acontecerem.

    Que Juca Ferreira e sua equipe sejam muito bem sucedidos.

     

  2. sinais positivos para inserir

    sinais positivos para inserir esses fenomenos culturais

    tão importantes numa política nacional se possível de longo prazo,

    que deixe um legado, como já deixou essa participação  de gil-juca no ministério.

    crescer na diversidade, como disse uma pessoa no vídeo.

    1. Desqualificação e difamação

      Desqualificação e difamação pelo teclado através das redes é o que mais há, como se comprova por esse tipo de comentário. Fazer alguma coisa significativa, num país complicadíssimo e tão rico culturalmente como o Brasil, é que são elas!

  3. Em meio a polêmicas de Marta

    Em meio a polêmicas de Marta Suplicy, petistas lotam posse de Juca Ferreira

    Por Hylda Cavalcanti, Rede Brasil Atual

    http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2015/01/petistas-nao-falam-oficialmente-sobre-marta-suplicy-mas-lotam-posse-de-juca-ferreira-7483.html

     

    Transmissão do cargo para ministro foi marcada por referências implícitas à senadora, que deu entrevista no domingo (11) criticando o partido

    Brasília – Passado um dia da entrevista da senadora Marta Suplicy (PT-SP) para o jornal O Estado de S. Paulo sobre o PT, ninguém do diretório nacional da legenda se pronunciou oficialmente sobre as críticas feitas por ela aos seus principais dirigentes. Formalmente, apenas. Porque informalmente o episódio transformou a posse do novo ministro da Cultura, Juca Ferreira, hoje (12), em uma espécie de ato político de apoio à pasta e à nova gestão do Executivo no setor.

    Na entrevista, a senadora chamou o presidente nacional do partido, Rui Falcão, de “traidor’, disse que o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) é “inimigo do Lula” e acentuou que “ou o PT muda ou acaba”. As colocações ampliaram a crise que já estava instalada entre Marta Suplicy e o governo desde dezembro passado, quando ela entregou o cargo de ministra da Cultura e depois, quando criticou a indicação de Ferreira para sucedê-la no posto.

    A solenidade contou com a participação de nove ministros do governo e vários parlamentares da base aliada. Mercadante disse que não falaria no assunto, mas destacou que Ferreira possui uma bela história em defesa da cultura e alfinetou: “O discurso dele diz tudo”.

    Ferreira agradeceu o amplo apoio que tem recebido pelo governo para seu retorno ao cargo por ele ocupado entre 2008 e 2010. Em entrevista concedida antes da posse, o novo ministro da Cultura afirmou ainda que se sentiu agredido com as declarações da senadora, qualificou a atitude como “revanchismo” e chamou de irresponsabilidade “a forma como ela tratou uma pessoa honesta, com quase 50 anos de vida pública que não tem um desvio sequer”.

    A fala foi uma resposta à formalização de denúncia por Marta Suplicy à Controladoria Geral da União (CGU), nos últimos dias. Na denúncia, são citadas supostas irregularidades em convênios firmados por Ferreira no período em que foi ministro (assumiu o cargo logo após a saída de Gilberto Gil), com uma entidade que presta serviços à Cinemateca Brasileira. O montante envolvido nas irregularidades seriam, conforme acusou a senadora à CGU, de aproximadamente R$ 105 milhões.

    ‘Não tão boa’

    Juca Ferreira ressaltou que vai esperar a apuração da controladoria para se pronunciar a respeito, mas que “põe a mão no fogo” pela gestão da Cinemateca durante o período em que ocupou a pasta. Enfatizou que o problema de Marta Suplicy não é com ele e que ela “não foi tão boa como ministra da Cultura da forma como foi quando prefeita de São Paulo”.

    O secretário-geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, salientou que Juca Ferreira é um “excelente ministro”. “Temos uma confiança enorme nele, que fará um mandato inovador, aberto, valorizando a cultura brasileira. É um excelente companheiro de governo”, acrescentou.

    O mesmo tom foi repetido pelos demais integrantes do primeiro escalão do governo, como os ministros Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), Eleonora Menicucci (da Secretaria de Políticas para Mulheres), Nilma Lino Gomes (Igualdade Racial), Arthur Chioro (Saúde), Tereza Campello (Desenvolvimento Social), Vinícius Lage (Turismo) e Carlos Gabas (Previdência Social).

    O vice-presidente do PT, José Guimarães (PT-CE), afirmou que a legenda deverá tratar do assunto em reunião nos próximos dias, mas a princípio, ninguém deverá se pronunciar sobre as declarações da senadora.

    Já o secretário-geral nacional do partido, deputado Geraldo Magela (DF), deu a entender que não haverá posicionamento público sobre o caso, porque se trata de um conflito interno do partido. “O PT é uma metamorfose ambulante, nós estamos sempre mudando, sempre melhorando”, frisou, dando a entender que esse tipo de confronto é natural dentro da sigla.

    Caminho sem volta?

    Nos bastidores, lideranças acham que o rompimento da senadora com o PT entrou num caminho sem volta e que isso poderá ser observado nos próximos meses, com a saída dela para alguma outra legenda. Mas, a princípio, há uma preocupação na cúpula petista no sentido de evitar confrontos, para que a própria senadora tome a iniciativa de se afastar.

    “O entendimento feito entre os petistas, principalmente no Senado, é de que ela (Marta) está querendo um motivo para se vitimar, está agindo como um empregado que não trabalha porque está louco para ser despedido pelo patrão. A intenção é não reagir e aguardar o desenrolar dos acontecimentos”, disse um parlamentar petista.

    Declarações do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), veiculadas em sites e veículos de comunicação, surpreenderam. Ex marido de Marta, mesmo estando separado da senadora há mais de dez anos, Suplicy não costuma falar a respeito de problemas que envolvam a ex-companheira. Desta vez, reagiu às críticas feitas pela senadora e enfatizou que não vê motivos para ela estar magoada com o PT, acrescentando que a ex-ministra foi mais prestigiada por Lula e pela presidenta Dilma Rousseff do que ele.

    “É fato que há problemas no partido como divulgado e isso machuca a todos nós, que somos do PT, inclusive eu, que sou fundador do partido. Precisamos reconhecer nossos erros, mas ela foi reconhecida pelo partido quando foi ministra do presidente Lula e da presidenta Dilma, bem mais do que eu. Pedi uma audiência com a presidenta há um ano e meio e espero ser atendido antes do fim do meu mandato, em 31 de janeiro”, frisou Suplicy.

    As declarações de Marta foram consideradas desastrosas para outros parlamentares do PT que se aventuraram a comentar a crise, como o deputado Vicente Cândido (SP). “É um desastre saído de alguém que teve todas as portas abertas pelo partido e que, justamente por isso, não deveria jogar para cima tudo o que a legenda lhe proporcionou.”

    Juca Ferreira, por sua vez, afirmou que além do apoio da presidenta, está confiante na sensibilidade da equipe econômica à necessidade de recursos para o setor. “Ainda que desafiada a prover ajuste fiscal em nosso país”, disse em seu pronunciamento – em meio à repercussão dos cortes de gastos a serem feitos no Orçamento da União para este ano.
     

  4. Maluco Beleza

    Turco:

    Depois de todo esse tempo acompanhando seu blog, você sabe que estamos com você nessa empreitada maluco-beleza.

    Como a gente faz para apoiá-lo nessa?

  5. Cultura não é perfumaria. Dá-lhe, Juca.

    Acompanhando algumas experiências dos pontos de cultura, nas capitais de dois estados, durante os governos de Lula, vi o quanto eles foram importantes, por sua horizontalidade e democratização, valorizando-se o que se fazia efetivamente à margem dos grandes e médios circuitos da arte da alta classe média. Infelizmente, perderam espaço no primeiro governo Dilma, bem como iniciativas relativas às mídias alternativas como políticas de juventude. As manifestações de junho do ano passado pegaram o governo Dilma de calças e saias nas mãos, porque entre outras coisas para ela cultura é perfumaria (com Ana de Hollanda, Marta Suplicy no Minc…), algo cosmético, elitista e de pouca importância, algo ligado às “artes”, coisa de uns poucos. Nada disso. Agora, ainda em relação à cultura, no sentido mais amplo do termo, falta Dilma contemplar com outros olhos e ações as políticas de minorias (principalmente em relação aos índios e às questões de gênero, principalmente em relação aos direitos de homossexuais) e as políticas ambientais, que têm a ver com o modus vivendi de toda a população – urbana, rural e das matas.

  6. Não entendi o trecho

    Não entendi o trecho “esbarrou na burocracia do prestar contas.”  Como é dinheiro público, cada centavo tem que ser justificado – claro que sem que isso signifique uma burocracia kafkaniana escrita por paulo coelho (rs). 

    Agora uma coisa que eu acho um paradoxo = o underground receber dinheiro público. Que eu saiba , o punk não recebeu uma libra de dinheiro do governo inglês. PAra mim, a prioridade seria todo o dinheiro da cultura ir para setores importantes, mas que não têm mercado suficiente para se manter por si mesmo. A impressão que eu tenho é quem menos precisava mais consegue verbas públicas. 

    1. O punk só foi contracultura bem no começo

      Que eu saiba , o punk não recebeu uma libra de dinheiro do governo inglês.

      Caro Joel, te aconselho a estudar melhor a história da música punk e também do reagge na Inglaterra. Sem a condição anterior de uma indústria cultural já forte e rentável na música da Inglaterra ( que vem de antes dos Beatles e foi reforçada com o sucesso deles) você nunca teria sequer ouvido falar dos punks! Isso só aconteceu (você conhecer punks) porque eles foram admitidos nas grandes gravadoras e produzidos por produtores famosos e com acesso ao mercado e publicidade. Sem esses fatores eles nunca passariam de shows de periferia para menos de 100 pessoas. Não receberam um centavo do governo Inglês porque nunca precisaram e você usar isso como comparação para a condição que se vive no Brasil onde a indústria cultural é toda formada por empresas estrangeiras, ou por monopólios que desprezam a cultura brasileira como a Globo, é uma comparação ingênua e completamente fora da realidade. E caso você não saiba o que “matou” o movimento punk foi justamente ele ter se adaptado a indústria cultural. Existem até pessoas que defendem que essa foi a estratégia usada pela direita e pelos consevadores para matar o movimento punk – torná-lo uma moda! Em pouco tempo os punks originais se ressentiram dos seus ídolos agora milinários e passaram a desprezar a cultura punk. 

      Já o reggae de Bob Marley sempre foi um mistério para mim como teria conseguido sucesso. Até que ao ler a biografia de Marley surgiu o nome de Chris Blackwell da Island Records. Chris passava férias na Jamaica e foi apresentado ao The Waylers de Bob Marley e Peter Tosh. A influência de Chris levou o The Waylers para a Inglaterra e conseguiu que Eric Clapton gravasse “I shot the Sherif “. O resto eu penso que você já sabe…

      Chris Blackwell e a Island Records já eram grandes nessa época e isso foi fundamental para o sucesso posterior de Bob Marley. Só para você ter ideia além de Marley a Island Records gravou  TrafficKing CrimsonEmerson, Lake & PalmerJethro TullCat StevensGrace JonesFreeFairport ConventionJohn MartynSly and RobbieSparksSpooky ToothNick DrakeRoxy MusicRobert PalmerMelissa EtheridgeThe Cranberries and U2.

      Com um padrinho desses tudo fica mais fácil né?

    2. (…) todo o dinheiro da

      (…) todo o dinheiro da cultura ir para setores importantes,(…)

      Poderias seres mais explícito e delinear esses tais “setores importantes”?

      O que seriam? Recitais de madames em “cafés-societies”? Somente música clássica? Teatro… fiquei numa dúvida dos diabos, porque, pra mim, funk é cultura, sim! Detesto-o, mas é cultura! Rock ‘n roll é cultura. Grafite, pichação… entendo por cultura tudo aquilo que é feito por um povo, não importando classe social ou titularidade acadêmica.

      Desculpe-me, mas seu comentário, do modo como posto reforça o preconceito contra “as bandinhas do interior”.

    3. Prestação de Contas

      Prezado Joel,

      Trabalho na fiscalização de convênios aqui no Minc, principalmente dos convênios com os governos estaduais e prefeituras que por sua vez conveniam com os Pontos de Cultura. Na maioria dos casos os Pontos de Cultura tem uma dificuldade enorme em prestar contas dos gastos. São artistas, ativistas culturais e não contadores. Os estados e prefeituras deveriam ajudá-los nisso mas não é o que ocorre. O novo Marco Regulatório da Sociedade Civil está vindo para “deburocratizar” a prestação de contas e focar mais no cumprimento do objeto dos convênios, o que não isenta a boa e regular aplicação e utilização de recursos públicos. Um exemplo de boa utilização e aplicação de recursos públicos com os Pontos de Cultura é a rede de PCs de Caxias do Sul-RS. http://www.caxias.rs.gov.br/cultura/texto.php?codigo=552

  7. Nassif me fale mais sobre economia da música brasileira.

     Não conheço suas ideias sobre economia da música brasileira, mas gostaria sinceramente que você em algum texto posterior se aprofundasse melhor neste assunto. Sou músico profissional, compositor, pianista, arranjador e produtor e sempre defendi que o Brasil deveria incentivar e se utilizar de sua música popular da mesma forma que os EUA fez com seu cinema, e com sua música também. A qualidade e varidade da música popular brasileira é infinitamente maior do que americana, mas a ignorância da elite brasileira sempre trata a música popular e os músicos com um forte preconceito e desprezo. A criação de uma economia da música, com apoio consistente do governo faria um bem enorme não só para a cultura do Brasil mas também para sua economia e para a auto estima do brasileiro, assim como colocaria a cultura do Brasil em maior destaque no cenário internacional. Sou capaz de afirmar sem risco de errar que a música poderia ser transformar no principal produto de exportação do Brasil.

    Se puder depois me dar mais informações sobre suas ideia eu agradeceria .

  8. “A primeira proposta foi a de

    “A primeira proposta foi a de que as verbas da Cultura deveriam passar pelo conselho para impedir que fossem desperdiçadas com “bandinhas do interior”.” 

    Kkkkkkkkkkkkkkkk

    Artista também é gente! Sujeito a todo o tipo de asneira, inclusive a egolatria. Eis o porque da importância de mentes mais abertas a coordenar o processo. Não tenho autoridade para falar sobre o Juca; mas, tendo gostado, no geral, da administração do Gil, acho que foi uma boa escolha da Dilma o colocar na Cultura. Quanto ao modelo de negócios, não tem jeito: tem de ter a intervenção governamental como houve na décadas de 40-50, com a Rádio Nacional levando as emissoras privadas a terem de correr atrás. Desde Fernando de Noronha que o modelo de negócio no Brasil é o extrativismo. Ou o governo, a mola propulsora, investe, ou nada sai do lugar. Infelizmente.

  9. Regionalismo dá dinheiro?

    Não! Reginalismo não dá dinheiro nem publicidade, então “setores importantes da cultura” devem ser os regionais, que precisam de grana para existirem , realizar festivais e encontros. A publicidade só com patrocínio de estatais e em horário não nobre da TV aberta, por que na parabólica e nas pagas ninguém assiste. Cabe intervenção federal na Tvs para obrigarem mostrar cultura em horário nobre.

  10. Os Pontos de Cultura eram

    Os Pontos de Cultura eram verdadeiros pontos de inclusão social e artística. Vi o efeito deles algumas vezes, em cidades diferentes. Espero que voltem com tudo agora. Em relação às redes, tenho sincera curiosidade para saber em que pé anda  o Fora do Eixo. Existe muita polêmica em torno disso, muitos artistas se sentiram lesados pelas práticas deles, outros jovens artistas viam como uma grande oportunidade fazer parte da Rede. Mas o que notei é que essa rede de artistas e músicos se transformou numa rede de produção política. Não sei mais se tem a adesão daquela mesma juventude que a formou. De um lado vejo uma supervalorização da rede e de outro uma depreciação, gostaria muito de ler alguma opinião ponderada e bem informada sobre.

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