Agricultura familiar representa 77% dos empregos no setor agrícola

Sugerido por felipeguerra

Da ONU

No Brasil, agricultura familiar representa 77% dos empregos no setor agrícola

Relatório lançado nesta quinta-feira (26) afirmou que a agricultura familiar é uma das principais atividades geradoras de novas fontes de trabalho na América Latina e Caribe. Na América do Sul, a participação da atividade nos empregos agrícolas é significativa, oscilando nos países analisados entre 53% (Argentina) e 77% (Brasil).

Os dados são do resumo executivo do relatório “Perspectivas da Agricultura e do Desenvolvimento Rural nas Américas 2014: uma visão para a América Latina e Caribe”. O documento foi lançado durante o Encontro de Ministros da Agricultura das Américas em Buenos Aires, Argentina, e produzido pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
 
Na América Central, a agricultura familiar representa mais de 50% dos empregos no setor agrícola em todos os países, com exceção da Costa Rica (36%). No Panamá representa 71% e em Honduras 77%.

 
Depois de crescer por dois anos consecutivos (2010-2011), o valor das exportações agrícolas na América Latina e Caribe diminuiu 1,8% em 2012, mas as importações continuaram na tendência crescente mostrada a partir de 2009, com 10% de crescimento no ano passado. A queda do valor em 2012 foi explicada pela redução em 20% das exportações de café – principalmente Brasil e Colômbia – e de oleaginosas, que produzem óleos e gorduras – com queda na Argentina e Paraguai.
 
De acordo com a secretária executiva da CEPAL, Alicia Bárcena, apesar da desaceleração agrícola da região em 2013, em 2014 se esperam condições econômicas que possam promover o crescimento econômico e agrícola regional.
 
“Essas tendências deverão ser sustentadas por políticas voltadas não só para melhorar o desempenho da agricultura comercial, mas também aumentar a inclusão exitosa da agricultura familiar nas cadeias de valor”, disse Bárcena.
 
A partir de 2014, a produção e as exportações agrícolas na região receberão o impulso da recuperação da demanda global, que por sua vez será incentivada pelo crescimento dos países em desenvolvimento e expansão de sua classe média, sempre e quando não existam os efeitos adversos de condições meteorológicas extremas ou por um dólar mais fraco.
 
A CEPAL, a FAO e o IICA estimam que na próxima década os preços agrícolas vão cair em termos reais, de modo que devem ser tomadas medidas para aumentar o investimento, a produtividade e a eficiência da agricultura. Dessa forma, o setor pode conseguir enfrentar da melhor maneira os riscos climáticos e econômicos que têm efeitos mais duradouros sobre os preços.
Sobre o Brasil, o documento também observou aumento nas exportações de milho em 2012 – 20 milhões de toneladas, quase o dobro em comparação a 2011. A Argentina exportou pouco mais de 16 milhões no mesmo período, e pela primeira vez foi superada pelo Brasil no envio desse produto.
 
De acordo com o relatório, o Brasil se manteve como principal exportador de carne de ave na América Latina e Caribe em 2012, ao gerar quase 89% das transações, e é previsto que em 2021 aumente seu domínio para quase 92%. O país também lidera as exportações de carne de porco e bovina – 71,6% e 51,7%, respectivamente.
Redação

2 Comentários

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  1. Pois é…
    E 90% deste empregos possuem alguma irregularidade.
    Trabalho no campo é diferente de trabalho na cidade, mas sofre a mesma regra e legislação.

  2. Essa história de agricultura

    Essa história de agricultura familiar na maioria das vezes é pretexto para alimentar a lenda do ” bom homem do campo”, e políticas voltadas a eles, que se colocadas na ponta do lápis teriam retorno deficitário e não se justificariam. A evolução de um país está nas cidades, onde está o conforto, a educação, o conhecimento, este último tão necessário para nosso país. é nas cidades que o estado consegue maximixar os investimentos. A produção agrícola em grande escala é inevitável em vista do aumento populacional. Os empregos rurais são precários e destinados a acolher uma população sem educação e para a qual não vale mais a despesa. Toda a população paga hoje por uma previdência para esses  trabalhadores, cujos empregadores nunca contribuíram para o INSS. Bilhões que se estivessem nas escolas, pesquisas, estrutura, gerariam muito mais riquezas para o país. A superação desse modelo atual é necessária. 

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