Como conciliar diretas com ataque imediato à crise, por J. Carlos de Assis

Movimento Brasil Agora

Como conciliar diretas com ataque imediato à crise

por J. Carlos de Assis

O senador Roberto Requião me convenceu de que não há alternativa política para o Brasil fora de eleições gerais em todos os níveis. Eu resistia a essa hipótese não por falta de simpatia por processos democráticos radicais mas pelo fato de achar que a sociedade tem estado sob um stress tão grande por conta do virtual afundamento do país, em todas as áreas, que não poderia esperar pelos três meses, no mínimo, para uma preparação de eleições presidenciais e parlamentares, sem atacar o problema da economia.

Depois de refletir, acho que encontrei uma alternativa intermediária. Teria de seguir os seguintes passos: renúncia de Temer, de Rodrigo Maia e de Renan Calheiros, todos envolvidos na Lava Jato; ou cassação imediata, nos dois últimos casos, em processos de ética na Câmara e no Senado. Uma Câmara e um Senado com direções renovadas e insuspeitas criariam uma comissão especial para determinar o processo eleitoral. As duas casas criariam outra comissão especial para estabelecer um plano econômico de emergência até as eleições.

Note-se que, pelo menos por enquanto, foram as cúpulas dos partidos, do Executivo e do Congresso as grandes envolvidas na delação do executivo da Odebrecht. É provável que, em novas delações, já que há outros executivos da empresa na fila dos depoimentos, possa aparecer mais gente, inclusive do Baixo Clero. Contudo, espera-se que nem todos os deputados e senadores sejam corruptos; e, se muitos deles o são, espera-se que, por medo das conseqüências, acabem agindo de forma republicana.

A sociedade tem que ter paciência em relação às condições morais do Parlamento pelo fato de que não há solução institucional fora do Congresso. Câmara e Senado são os poderes máximos do Estado, os únicos colegiados que são eleitos por todo o povo. Normalmente pouco pode se esperar deles pois dançam segundo a música. Em crise, porém, todo mundo acaba se ajustando a um novo compasso. Mesmo porque os financiadores tradicionais desaparecem por medo de serem pegos por corrupção ativa.

Um plano econômico emergencial pode ter resultados práticos a muito curto prazo, já que, ao contrário do que apregoa Henrique Meirelles e seus cúmplices na banca, os fundamentos da economia brasileira são excepcionalmente bons. O problema fiscal, tão apregoado, não existe. Temos uma dívida pública da ordem de 70% do PIB, ainda baixa por padrões internacionais, e não obstante ser continuamente inchada por uma taxa de juros pornográfica arbitrada pela equipe econômica.

Externamente, temos uma confortável posição de reservas de quase 400 bilhões de dólares, o que nos permitiria retomar o crescimento a altas taxas, sem precisar de capital externo privado. O empresariado interno, se confrontado com uma taxa de juros mais baixa, não teria outra alternativa a não ser investir produtivamente, gerando empregos e renda para a população. Tudo isso numa situação de depressão econômica, que justifica investimento público deficitário sem risco de inflação.

São essas as linhas gerais do plano econômico de emergência que, junto com outros economistas como Luiz Gonzaga Belluzzo, elaboramos a pedido do senador Requião. A importância de fazer um plano desses, fora do Governo, é sobretudo simbólica: mostra aos parlamentares que estão sendo empurrados para aprovar a PEC-55 que há alternativa para a política econômica que não passe pelo estrangulamento do setor público e do Estado. E é por aí que se pode desconstruir a ideologia de construir no Brasil, em dez anos, o Estado mínimo.

Redação

19 Comentários

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  1. Primeiramente, fora temer e

    Primeiramente, fora temer e os milhares de golpistas! E um bom dia a todos os não golpistas! Aos golpistas, vão td sifudê com bastante força! O plano é bom, pelo menos tira fora o pessoal do quanto pior melhor, fhc clinton e sua máfia, que estão desde junho de 2013 pondo fogo no país!

  2. Acrescentaria

    Impeachment de TODOS os ministros do STF.

    A tibieza e a submissão aos achaques da mídia são incompatíveis com o exercício do Direito e a defesa da Constituição federal.

    Nunca seremos grandes com um Judiciário golpista e covarde.

  3. Então, depois de golpistas e

    Então, depois de golpistas e achacadores chegarem até aqui vão dizer “ok, fomos longe demais, eleições gerais já!”, é isso?

    Ora, quem viu nas eleições de 2014 o proprio candidato das forças golpistas pronunciar com todas as letras “suguem, suguem o que puderem e depois venham para o nosso lado” ainda acredita que esse  tipo de proposta entra no ouvido deles?

    Os golpistas, achacadores, oportunistas, fascistas e sociopatas foram pro tudo ou nada; já passaram do ponto de retorno.

    Depois falam que o “erro” do PT, PT, PT foi buscar conciliação: não é isso que estão propondo?

    Não há a menor chance de se restaurar uma dmocracia minimamente decente sem, pelo menos, mitigar o poder de intimidação da rede globo. É isso que os valentões de butiquim do centrão, inclusive, se recusam a perceber. Ela cruzou os braços em relação à anistia do caixa 2. Deu toda mostra que não quer nem nunca quis aliados, mas, sim, subordinados, ameaçados permanentemente. Até mesmo dentre os aliados golpistas.

    Como sempre a esquerda está mais uma vez passos à tràs.

    Do site Brasil 247:

     

    Globo não quer que você vote para presidente

    Antonio Cruz/ Agência Brasil

    Depois de apoiar um impeachment sem crime de responsabilidade – ou seja, um golpe – que colocou Michel Temer no poder, o grupo Globo pressente a queda da “pinguela” e defende que, neste cenário, não ocorram eleições diretas no Brasil; em editorial publicado nesta terça-feira, o jornal O Globo, de João Roberto Marinho, que se aliou a Eduardo Cunha durante o impeachment, diz que “não há motivos para jeitinhos”; no entanto, pesquisas mostram que 63% querem a renúncia imediata de Temer e 91% são contra eleições indiretas, com um novo presidente eleito por um Congresso com mais de 200 parlamentares investigados; contra a vontade popular, Globo defende a eleição indireta e comenta-se que seus candidatos seriam o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia; numa pesquisa Datafolha sobre eleições diretas, Lula cresceu e lidera em todos os cenários
     

    13 de Dezembro de 2016 às 06:37 // Receba o 247 no Telegram Telegram

     

     

    247 – A Globo, que apoiou o golpe militar de 1964 e só pediu desculpas 50 anos depois, também foi peça decisiva no golpe parlamentar de 2016, que afastou a presidente Dilma Rousseff sem crime de responsabilidade e instalou Michel Temer no poder.

    Agora, a Globo já pressente a inevitável queda de Michel Temer, mas prepara o chamado “golpe dentro do golpe” – ou seja, a eleição de um presidente biônico por um Congresso em que mais de 200 parlamentares são investigados.

    Em editorial publicado nesta terça-feira, O Globo explicita sua posição: é contra eleições diretas em caso de queda da “pinguela”. Ou seja: o jornal da família Marinho não quer que você vote para presidente, embora 63% dos brasileiros, segundo o Datafolha, defendam a renúncia imediata de Temer com eleições diretas (leia aqui). Num levantamento Paraná Pesquisas, 91% são contra a escolha de um presidente pelo Congresso (leia aqui).

    Especula-se, em Brasília, que a Globo tenha dois possíveis candidatos para a eleição indireta: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia. Numa escolha pelo voto, Lula desponta em primeiro em todos os cenários (leia aqui).

    Segundo o jornalista Fernando Morais, é a Globo quem hoje governa o Brasil. Confira:

     

     

    Abaixo, o editorial contra eleições diretas:

    Não há alternativa fora da Constituição

    Caso o governo Temer se inviabilize, não há por que inventar soluções quando a Carta prevê todas as possibilidades de escolha de novo presidente

    O conteúdo da pré-delação do primeiro dos 77 executivos da Odebrecht a que a imprensa teve acesso faz jus ao apelido de “fim do mundo” que este grande acordo de contribuição premiada ganhou. Divulgados na sexta à noite pelo “Jornal Nacional”, da Globo, fatos relatados pelo ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira Cláudio Melo Filho, em troca de redução de pena, são mesmo abrangentes e atingem políticos dos partidos mais importantes. Inevitável conjecturar, diante disso, sobre o que poderá trazer o testemunho do próprio Marcelo Odebrecht.

    O ex-executivo da empresa jogou estilhaços em Michel Temer, ao confirmar gestões do então presidente do PMDB a fim de obter apoio financeiro da empreiteira a campanhas eleitorais do partido. Não ficou configurada alguma retribuição de Temer, nem o presidente pode ser processado por fatos ocorridos antes do mandato. Mas a simples menção do seu nome no contexto da Lava-Jato o enfraquece e a seu governo, na antessala de votações decisivas para o andamento de reformas sem as quais o país não sairá da crise.

    O PMDB do Senado, o núcleo mais forte do partido, também sai avariado do depoimento de Melo Filho. Estabelecem-se vínculos perniciosos entre a liberação de dinheiro da Odebrecht e o recebimento, em troca, de emendas em MPs e a aprovação de projetos de interesse da empresa. O clássico toma lá, dá cá.

    Neste ramo, destaca-se o senador Romero Jucá (PMDB-RR), chamado pelo ex-executivo de “o resolvedor da República no Congresso”. Também não escapam o ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, e o secretário do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI), Moreira Franco. Nem os senadores Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Renan Calheiros (AL), o primeiro considerado o sucessor de Renan na presidência do Senado, em fevereiro. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, também foi citado.

    A lista é grande, inclui o inevitável Eduardo Cunha, e não livra o PT, representado por Jaques Wagner, Marco Maia (RS) e Antonio Palocci. Por coincidência, na modalidade de compra e venda de emendas a MPs e projetos de lei no Congresso, o ex-presidente Lula e seu filho Luiz Cláudio acabam de ser denunciados pelo MP de Brasília por atuarem nesse comércio subterrâneo. Do lado dos tucanos, fazem parte das delações de Melo Filho o governador Geraldo Alckmin (SP) e o ministro José Serra.

    O ecletismo é amplo. E também por isso cresceram especulações sobre o futuro, caso o governo Temer continue a se fragilizar. Como no Brasil há, na vida política, uma conhecida tendência ao salvacionismo, têm surgido fórmulas para a substituição de Temer, como se isto já não estivesse previsto na Constituição. Nada há, portanto, a fazer a não ser seguir as regras que lá estão e em leis correlatas.

    Foi assim no impeachment de Dilma Rousseff, sob o acompanhamento do Supremo, avalizador do processo. Caso a gestão de Temer seja interrompida depois do dia 31, quando chega ao fim a primeira parte do mandato no qual ele foi investido presidente, seu substituto será escolhido em eleição indireta, realizada em até 30 dias após ter sido declarado vago o cargo. Pode concorrer todo brasileiro nato, com mais de 35 anos.

    Não há, então, motivos para “jeitinhos”. A história brasileira tem exemplos de fracassos no uso desses atalhos. Seguir a Carta é o melhor antídoto contra mais confusões e a defesa eficaz de um mínimo de segurança jurídica, básica em crises desta envergadura.

     

    1. Lucinei.Esqueceram de contar

      Lucinei.

      Esqueceram de contar que se Temer renunciar até 31 de dezembro a Constituição prevê Eleições Diretas. A Globo é a cara-de-pau maior… Mistura todo mundo no seu Editorial, sem nenhuma cerimônia, mesmo pessoa quemnão se tem provas, como Lula, que é apenas acusado de algo pela paranoia de procuradores liberados para assim agir, porque tem o respaldo da própria Globo.

       

      1. Sim, Alexandre.
        Mas, o que

        Sim, Alexandre.

        Mas, o que faria o MT renunciar antes do dia 31 se a UDN não quer isso?

        Em outras palavras, esse é o maior trunfo dele para resistir às chantagens e tentar se safar, em vez de chutar a pinguela no desfiladeiro.

        Arrisco até dizer mais: vejo mais chances até de ele renunciar no dia primeiro do que no dia 31. Seria um acordo muito mais realista com a UDN.

  4. Kanitz apresentou uma solução interessante,

    que seria uma anistia condicional para os corruptos,  na qual o corrupto não seria processado, se atendesse às seguintes exigências:

    . confessasse todas as benesses recebidas,

    . renunciaria a cargos públicos para o resto da vida, sejam cargos eletivos, nomeados ou decorrentes de concursos públicos,

    . pagaria o Imposto de Renda sobre o total recebido,

    e mais alguns itens. 

     

    A justificativa do Kanitz para isto é que as empresas corromperam essencialmente titulares de cargos, mas não os vices/suplentes (exceto, claro, alguns mais notórios). Saindo os titulares, os vices/suplentes “limpos” estariam renovando inteiramente o ambiente político. 

    Eu ainda acrescentaria mais alguns detalhes a esta proposta:

    Ela deveria valer por um período curtíssimo de tempo, por exemplo durante no máximo uns 15 dias; talvez incluindo os inúmeros processos dormentes na justiça;

    Perderia para o resto da vida o título de eleitor (assim não poderá se eleger para nenhum outro cargo);

    Caso o corrupto estivesse em gozo de uma aposentadoria mais gorda, ele seria imediatamente transferido para o regime geral do INSS, e havendo mais de uma aposentadoria, estas deveriam ser cortadas;

    Um corrupto que não se confessasse, mas fosse delatado por algum terceiro, este terceiro seria gratificado com, por exemplo, 10% dos bens do corrupto (operação Joaquim Silvério dos Reis, ou Judas, se quiser), mesmo sendo este Judas também um corrupto notório;

    Se uma investigação comprovasse a corrupção de um corrupto não-confesso, este seria condenado a uma pena mais longa e seus bens confiscados, exceto, talvez a moradia de menor valor comercial. 

    A sociedade brasileira ganharia se livrando de corruptos em postos de comando e se renovaria. 

    Como medidas assim nunca seriam aprovadas pelo Congresso, por motivos óbvios, um plebiscito resolveria a questão.

     

     

  5. Vocês estão em uma situação

    Vocês estão em uma situação complicada. O STF é composto por criminosos, o senado em sua maioria foi comprado e o congresso também foi comprado, e não preciso dizer que o seu ministério público trabalha alegremente para a CIA. Está tão feio que talvez a única solução fosse como vocês dizem na rua: “Jogar uma bomba atômica em Brasília”.

    Vocês precisam “limpar a casa” antes, não têm plano que consiga dar certo quando a maioria dos que devem implementá-lo estão na verdade tentando sabotá-lo. Vocês precisam se livrar da rede Globo, prender todos os membros do STF, julgar por crime de alta traição (com pena de morte) o Moro e o Janot (para servir de exemplo para os outros traidores), cassar o mandato de todos os que votaram pelo golpe de estado e prender Aécio e o Serra (conhecido agente da CIA).

    Sim, é drástico, é quase certo que vocês terão ter que sujar as mãos, e provavelmente vai acabar em algumas mortes (acham que os conspiradores vão cair em silêncio?). Mas ou vocês limpam a casa ou os “ratos” vão acabar com a casa antes que vocês tenham qualquer chance de colocar ela em ordem.

  6. impossível

    “Como conciliar diretas com ataque imediato à crise”    ?

    Impensável, impossível, inviável. 

    O ataque imediato deve ser à globobo. Que é a fábrica da crise. Fora essa, não há outra solução.

    plimplim.

  7. Eleições diretas? Mas serão diretas mesmo?

    Abrir eleições diretas neste momento é o mesmo do que dar uma sobrevida aos pequenos delinquentes que fazem parte do chamado baixo clero.

    Temos trezentos picaretas, se numa melhor das hipóteses colocássemos um supremo, que também é picareta, a trabalhar 12 horas por dia sem fim de semana e muito menos férias seria possível eliminar uns 50 destes picaretas, que seriam substituídos por suas mulheres, filhos ou sobrinhos, pois o problema principal não é podermos ou não votar, mas sim a manipulação que é feita pelos meios de comunicação que estão junto com as rádios de crentes picaretas com 100% da comunicação.

    Ou seja, no fim de um ano teríamos trocado 6 por meia dúzia e a bagunça continuaria, pois se não tivéssemos os 300 picaretas titulares teríamos a sua reserva.

    Eleiçoes diretas é uma verdadeira farsa, pois não seriam diretas.

  8. A grande ilusão. Eleições diretas como purga das casas …….

    A grande ilusão. Eleições diretas como purga das casas legislativas.

    Há determinadas pessoas que na ausência de propostas mais concretas e radicais pensam que eleições diretas em todos os níveis purgaria da política brasileiro grande parte que ela tem de ruim.

    Esquecem estes senhores que estas pessoas que seriam purgadas por alguns processos diversos foram eleitos pelo voto universal e direto. Poder-se-ia pensar, mas retirando estes picaretas a classe política seria purgada do seu pior, esqueceram estas pessoas do triste espetáculo na Câmara dos Deputados que votou pela admissibilidade do impedimento de Dilma, se viu claramente que além das personagens principais que poderiam ser eliminada no processo de purga há mais duas centenas de personagens caricatas, bizarras e completamente sem a mínima noção de decência pública que permaneceriam nos seus cargos, e principalmente aqueles que fossem purgados elegeriam os seus filhos, esposas ou primos no seu lugar.

    Por que digo que seriam eleitos sucedâneos aos que fossem citados e purgados tanto da Câmara alta como da baixa do parlamento? Simplesmente porque o mecanismo que leva estes ao poder continuaria intacto. A imensa maioria dos eleitos das câmaras são pessoas proprietárias ou com fortíssimos vínculos aos meios de comunicação nas médias cidades, e aqueles que não têm este vínculo direto são geralmente bancadas religiosas também com vínculos a meios de comunicação.

    Tudo que não se deve fazer é antecipar as eleições, pois fica mais fácil para o eleitor ver num período mais longo a qualidade de seu eleito. Seria melhor tratar da propriedade dos meios de comunicação do que fazer novas eleições.

    Nada adianta se retirar os corruptos mais notórios e deixar as suas metástases ocupando o seu lugar, talvez tenhamos que passar pelo agravamento da crise, com todos os males que ela trará ao país do que procurarmos atalhos que simplesmente transferirão os problemas para daqui a dois ou três anos.

  9. “Tecnicamente” : nação+enganação=indignação.

    Olá debatedores,

    maxima venia,  mas essas questões abordadas pelo autor,  não resolvem nossos problemas. Não resolvem nada nem no curto , nem no médio e nem no longo prazos.  Apenas acomodam  os ânimos  ao  esquema social de MERDA que existe por aqui. 

    Eleição direta para presidência da república com esse congresso? Só para enganar trouxa. Nada muda, vez que o poder executivo EXECUTA AS LEIS elaboradas pelo LEGISLATIVO que, se falhar, tem o auxílio do JUDICIÁRIO para não deixar dúvidas da existência de nossas “instituições sólidas” em estado de sublimação rumo à sublevação!

    Um arranjo social do tipo “engana trouxa”. Uma divisão de trabalho que não divide renda  que existe desde sempre aqui no Quintal da américa… sim!  Não se trata de “canção da américa” não. É quintal  mesmo, e da américa!

    Portanto, desculpe-me caro autor, mas não dá não. Ou melhor, até que dá, mas, antes, precisaremos reformar a casa. 

    Vamos falar então de reformas.

    Prossigo.

    Essa PEC-55, por exemplo, SERÁ APROVADA. e promulgada, ou melhor, vamos combinar, outorgada! .Ou melhor ainda , já foi outorgada. O TEATRO CIRCENSE que veremos no senado ocorrerá   apenas para enganar trouxas! “Me engana que eu gosto”!

    Sei que a PEC55, ou calibre 45, ops, 45? que partido é esse? Enfim, sei que a PEC ,  proposta de enganação constitucional –  agora vem com  outro  número enganador ,mas, dane-se o outro número com a proposta e tudo mais. Não passa de uma proposta de  enganação  com outro número). É só isso.  Em suma, essa PEC já foi outorgada “nos bastidores” do poder podre e fedorento!

    E não para por aí ! É natal! 

    Falar em reforma da previdência aqui é falar de reforma do regime geral da previdência social.  Noutras palavras, é falar do regime pago pelos IDIOTAS trabalhadores empregados;  é falar do regime geral de “pobresa” social.  

    É falar para os trouxas, os babacas que trabalham em prol da nação!!!!  

    É falar para celetistas SEM carteira assinada!

    É uma forma de enganação social que vem capengando, pois, enganando a cabecinha minúscula dos otários que esperam algo dos “direitos sociais”. 

    É aquela velha e nova história de São josé da costa rica versus São Salvador!

    É falar da prosperidade da “guerra fria” que corre, friamente, nos cabos do TCP/IP.

     Reparem bem pessoal, os imbecis celetistas, noutras palavras, os trabalhadores subordinados e estúpidos que trabalham e pagam a maioria dos tributos nessa terra brasilis  dominada por… haja paciência, nem vou dizer o “adjetivo”  que me vem à cabeça…%¨&$ , não passam de um bando massificado de estúpidos trabalhadores em prol da nação!

    Gente querida, porém, estúpida!

    E  nação, ora, vamos combinar: Nação  uma ova!

    Vejamos um outro episódio sobre reformas:

    Indagado  ontem no roda viva, sobre a questão da DRU,  o secretário da previdência  limitou-se a dizer e/ou interpretar a pergunta da advogada,   mais ou menos assim, tentarei  ser claro. Vejamos.

    A DRU, ora a DRU existe. É uma emenda. Logo, segue os ritos democráticos no congresso.

    E o congresso, que representa o povo, tem sua dinâmica. Dinâmica essa que não podemos adentrar por que somos “técnicos”. Nossa questão aqui é meramente “técnica”.

    E técnica, tecnicamente,  é técnica, compreende?  Nesse sentido, se a DRU existe, é por que ela  existe, compreendeu tecnicamente?

    Explicando melhor:  Se algo existe é por que existe e não dá pra negar que existe. Então, já que ela, a DRU, existe, nós temos de levar isso em consideração, ou seja, ela é o que é por que é. E a reforma da nossa  previdência, ou melhor, do REGIME GERAL de “POBRESA” antissocial, para celetistas sem carteira assinada,  extremamente  “deficitária”, prestes a falir para todo o sempre, precisa ser feita. E não haverá DRU que nos impedirá!

    Portanto, quanto à DRU, volto a dizer, ela existe gente!  Ela tá aí pra o que der e vier, entenderam?  Não nos cabe outra coisa a não ser  reconhecer sua existência. Ademais, uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa. O que “é” , “é” , já o que não é, não pode ser!, como nos ensina o estagira. Portanto, a DRU “é”.

    Concluindo:  Dru é Dru. Reforma da previdência é reforma da previdência!

    E finalizando esse assunto de DRU; ora,  vamos esquecer esse assunto!  

    Bola pra frente que atrás vem gente brasil!

    Quanto aos militares? Não, não. Militares não. Deixa prá lá os militares. Nossa reforma da previdência deficitária é só para idiotas!

    Bom, não sei se fui claro, mas, foi mais ou menos isso que deu para entender tecnicamente, compreenderam?

    Prossigo.

    Enfim,  os estúpidos trabalhadores celetistas ( sem carteira assinada) que também recebem via caixa dois, ou via EIRELI ( ao fundo uma forma de “legalizar” a “reforma trabalhista PEJOTISTA  e empreendedora  de ARAQUE!)  vão pagar o PATO pateta que pulou a janela e quebrou a tigela!

     

    Finalizando senhores, essa nação do tipo enganação, causa-nos profunda indignação.

    Técnica e matematicamente falando, seria asssim:  nação+enganação=indignação.

    Francamente…

     

     

     

  10. Diretas já!

    A crise foi fomentada para derrubar a Dilma, mas o feitiço virou contra os feiticeiros da direita. Diretas Já é a única solução para o país. Agora não adianta nada se o PSOL pousar de vestal, se o PSB achar que é muito poderosos e os velhos esquerdistas continuarem sonhando com outubro de 1917. A esquerda e a centro-esquerda deve se unir em torno do Lula. O Brasil não aquenta até 2018 com está quadrilha tucano/peemedebista que está aí ungida pela direita.

  11. Não existe saída sem a organização dos trablahadores

    Volto a insistir no tema. A saída proposta, via eleições diretas, pode salvar o país do caos radical imediato e do impasse político, mas certamente ela carregará todos os defeitos do contexto atual: influência exorbitante da mídia golpista, dinheiro à rodo do grande capital e assim por diante. No médio e no longo prazo estaríamos novamente diante dos ataques contra os direitos políticos e sociais dos trabalhadores, desta vez “legitimados” por uma eleição feita num caldo de cultura podre. Apesar de tudo, seria melhor do que esse governo golpista que vai tentar salvar-se em seus estertores, utilizando a aprovação de toda parafernália de maldades exigidas pelo mercado. Se o vencedor destas eleições fosse um representante do campo progressista (pra utilizar uma expressão bem abrangente) tanto melhor. Ganharíamos algum tempo mais e poderíamos aproveitar para nos organizar melhor. Seria fundamental no plano político a consolidação de uma frente de esquerda construída radicalmente nos princípios da democracia socialista: voz e voto para todas as correntes poíticas. E no plano social urge, mais que tudo, a construção sob os mesmos princípios de um conselho geral de trabalhadores. Somente assim poderemos resistir aos golpes em andamento e aos que virão, além de ser condição sine qua non para o processo de ruptura definitivo com o passado colonial e racista do país. 

  12. Eleição direta no modus operandi de 2010, 2014, do Impeachment?

    É preciso se aprofundar no tema de uma Eleição Direta Já, antes de propô-la.

    Pode ser uma solução paliativa de durabilidade mínima ou com resultado positivo.

    No atual quadro político e social brasileiro de beligerância e divisão da população em ao menos cinco correntes: pró-Lula + esquerdas moderadas; bolsonaristas + os militaristas; antipolítica; Judiciário morista; e direita tradicional não há resultado positivo uma nova Eleição Direta, por quê?

    O perdedor não irá aceitar a vitória de um candidato para além do seu grupo. No dia seguinte já se podem voltar as manifestações de Fora Presidente! Este Presidente não me representa!

    Sem uma pacificação social anterior não adianta nova eleição.

    Sem regras definidas e que deem igualdade de condições para os candidatos, impedindo de que a velha mídia capitaneada pela Rede Globo, Veja, Folha, Estadão, Istoé, Zero Hora, Band, SBT, Record e poucas mais façam da Eleição uma nova guerra, um assassinato constante da reputação dos candidatos de esquerda e dos progressistas e defensores dos interesses nacionais não dará certo.

    24 horas do dia destruindo a reputação e propostas dos candidatos X, W e Y e exaltando os candidatos K e Z sem contar suas verdadeiras propostas?

    Velha mídia aliada de um Judiciário seletivo e que fique inventando denúncias contra os candidatos X, W e Y, sem provas cabais só com convicções, em telejornais de 30 minutos seguidos contra um candidato? Com capas de revistas semanais colocando o candidato com imagem de presidiário? E, manchetes diárias de que o candidato que não é o da mídia oligopólica não presta? Sem contar as prisões espetaculares, televisionadas ao vivo, a mando de Moro na Lava-Jato contra os adversários da Globo na semana da Eleição?

    E, a gente se digladiando nas redes sociais numa revolta social coletiva, idêntica à 2010, 2014 e no Impeachment com a sociedade dividida, que chegou ao ponto de familiares e amigos de longa data não se falarem mais, uns acreditando nas manchetes garrafais e no noticiário Global e outros descendo a lenha na Globo, de que adianta?

    Eleição direta ou indireta com a Globo no comando não mudará nada.

    Só dará legitimidade para o candidato dela, se este for eleito.

    Se este perder a coisa volta ao estágio de inviabilidade do Governo, de tentativa de mandar no Governo, nas votações de Projetos do Congresso que o Governo desejar aprovar, continuará a realidade de assassinar reputações, de ameaças até, ao seu mandato via MPF e Judiciário morista, porque o Político e o Partido Político do Presidente eleito governam contrários aos interesses da velha mídia, que são os mesmos do Mercado e do Imperialismo do Norte.

    Sem pacificação nacional, sem regras claras entre todos os poderes brasileiros de como se proceder em uma Eleição não adianta Eleição Direta. Será tudo como antes.

    Poder midiático, Poder econômico, Judiciário, Legislativo e Executivo precisam ser domados para termos uma Eleição civilizada e justa, sem favorecimento de nenhuma candidatura, e, se precisa de um convencimento da sociedade para aceitação do resultado.

    Sem contar que devemos ter uma Eleição em igualdade de condições para todos os candidatos. E deles devemos esperar civilidade.

    Realizar nova eleição em busca de legitimidade do Presidente?

    Do jeito que está o Brasil e como acontecem eleições por aqui não vai adiantar de nada.

    No dia seguinte da Eleição já se estará tramando a derrubada do Presidente eleito se for da esquerda; e os 54 milhões de eleitores de Dilma não ficariam nada satisfeitos, se fosse legitimado um Presidente de direita, já que Dilma foi eleita para Governar com uma plataforma progressista até 31 de dezembro de 2018.

    Enfim, sem regras claras pré e pós Eleição e pactuadas por todos os agentes sociais, do Judiciário, da mídia, da política, do Poder econômico nacional, da sociedade civil, das entidades de classe, sem exceção de ninguém e com sanções dos que infringirem as regras não adiantará nada, continuaremos vivendo em uma sociedade dividida.

    Ou se cria o espírito de aceitar a vitória, de saber perder, de se querer colaborar para a construção de um Brasil desenvolvido, soberano e Justo e melhor para todos viverem ou será mais do mesmo uma nova Eleição Direta de imediato.  

    Ai vão me perguntar sou contra a Eleição Direta? Não.

    Porém, não é em um passe de mágica, em uma palavra mágica nova Eleição Direta que se soluciona este Brasil de hoje.

    TROCA O PRESIDENTE E RUMAMOS EM DIREÇÃO À ESCANDINÁVIA…, é assim? Claro que não!

    Em 3 meses, com a proposta posta em discussão pelo Senador Requião, como se pacificar o País para minimamente haver uma Eleição honesta e sem favorecimentos de nenhuma candidatura, com as propostas de cada candidato sendo explicitadas de maneira integral e com igualdade de tempo e direitos dos principais candidatos?

     

    1. “Ou se cria o espírito de

      “Ou se cria o espírito de aceitar a vitória, de saber perder, de se querer colaborar para a construção de um Brasil desenvolvido, soberano e Justo e melhor para todos viverem ou será mais do mesmo uma nova Eleição Direta de imediato.”

      O PSDB acabou com isso… levará décadas para consertarmos.

      A direita descobriu que se derrotada, não precisa esperr o término do mandato da esquerda. A esquerda aprendeu que tudo é um jogo de cartas marcadas.

      Não existe saída sem tacar os golpistas na cadeia e enforcar uma boa parte deles. Qualquer coisa diferente disso é anti-civilizatória.

  13. Senador apoiado pelos “agoristas”

    O senador Marcelo Crivella, apoiado pelos “agoristas” à prefeitura da mui sofrida São Sebastião do Rio de Janeiro, depois da traição por este perpetrada contra a sra. Dilma Rousseff, foi favorável à PEC 55 em primeiro turno, em fins de novembro.

    Como esse senador traidor votou na aprovação em segundo turno? Ainda não sei.

    Mas é sempre bom lembrar que o “agorismo” apoia esse tipo de político e, por consequente, suas práticas.

    Portanto, muito cuidado ao ler todo esse bla-bla-bla do “agorismo”.

  14. Além de lançar a candidatura
    Além de lançar a candidatura de Wagner Moura pelo PSOL, a Esquerda tem que focar em desmontar o discurso privateiro de Roberto Justus, já que ele é o favorito para vencer uma eleição direta.

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