Do glamour à condenação dos black blocs

Por Diogo Costa

Mídia oligopólica adorou Black Blocs, não os adora mais. E agora o círculo vicioso se completa. A ‘tática’ afasta as massas, sectariza os Blacs e a população começa a intensificar o repúdio contra as práticas da ‘tática’ anarcoprimitivista. Resumindo, os Blacks foram usados como bucha de canhão contra o PT (a orquestração da direita sempre foi neste sentido). Se não mais servirem para isto, na visão da direita, serão penalizados pelos que ontem os aplaudiam. Previsível. 

Do blog do Zé Dirceu

Mídia: do glamour à condenação dos black blocks

Por 

Uma pesquisa Datafolha sobre a atuação dos black blocs revela que 95% dos paulistanos desaprovam os seus métodos e 76% julgam que as manifestações tornaram-se mais violentas do que deveriam ser.

Vejam que foi preciso uma pesquisa de opinião pública sobre os black blocks e seus métodos para que alguns colunistas, articulistas e grande parte da mídia os condenassem agora, de uma forma um tanto covarde, já que há algumas semanas os endeusavam e os rodeavam de glamour e romantismo.

É bom lembrar que grande parte da mídia os incensou, estimulou e defendeu, quando ainda sonhavam que os black blocks seriam uma tropa de choque contra a esquerda e o PT, e contra os nossos governos.

O grave nas ações dos black blocs é que apoio às manifestações vem despencando: os 89% de apoio obtidos em junho caiu para 74% em setembro, e chegou agora a 66%. E pior: em São Paulo, o apoio da população à ação das PMs aumentou e empatou com a condenação dos métodos violentos de repressão utilizados.

Segundo o Datafolha, 42% dos entrevistados acreditam que a polícia se excedeu, ante os 42% que consideram o grau deviolência policial adequado e os 13% que acreditam que a polícia deveria ser mais violenta.

A pesquisa também revela que os apoiadores das manifestações estão entre os mais ricos: 80% dos que têm renda familiar mensal acima de 5 a 10 salários mínimos afirmam apoiá-las. O mesmo índice – 80% – aparece entre os que ganham mais de 10 salários mínimos. Entre os que têm renda familiar mensal de até dois salários mínimos, o índice de apoio cai para 54%.

Em suma, os riquinhos adoram as manifestações e as apoiam, desde, é claro, que não sejam contra eles, nem contra seus privilégios, sua riqueza, propriedades e modo de vida… Sinal dos tempos.

Redação

57 Comentários

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  1. Não lembro de ter visto a

    Não lembro de ter visto a mídia apoiando ou glamourizando esses caras; pelo contrário, desde que se identificou a presença deles, os jornais passaram a noticiar “uma manifestação PACÍFICA blábláblá, mas aí uma MINORIA DE BADERNEIROS blábláblá”…

  2. Carapuça

    Para a direita os Black Blocs são petistas radicais.

    Para a extrema esquerda os BlacK Blocs são os inconformados com o governo do PT.

    E os Black Blocs ainda estão tentando descobrir contra o que são contra. 

    1. O que corrobora a tese de que

      O que corrobora a tese de que atendem os interesses da direita.  Não há programa, não há objetivo declarado, os alvos são tão difusos quanto as ideias (salvem os orelhões). Nada mais demotucano. Para quem está afogando, jacaré é tronco. 

  3. Como se diz …

    … no quadrilátero ferrífero em Minas:

    “Há malas que vêm de trem” (ou, há males que vem para o bem).

    Querendo ou não, esses black blocs, com a sua atuação perante o patrimônio público, conseguiram o que todo político almeja: acabar com as manifestações.

    Pelas pesquisas mostradas, depois da atuação destes black blocs, a grande maioria da população se retraiu em manifestações, deixando esses sozinhos. 

    Que não é exatamente positivo para a democracia, mas que baixou a fervura, isso sim. E o governo federal, ao criar alguns pequenos programas em resposta às manifestações pacíficas, ganhou alguns pontos. 

    Solução mais inteligente do que solução egípcia. 

  4. como o PT e outros !
    Usando dados do data folha outro covarde.
    Esta errado e veremos se está invisibilidade eh passageira.
    O medo e o pavor das vozes das ruas esta assustando o estabelecido, a instisfacao nao para ai. Nada de um olhar de lado, por suas causas e vamos encarar os problemas de frente. Bate e arebenta Senhor. O tempo m
    Nao vao calar, com seus medos e deuses. Passarao ou passarinho!

    1. Medo não, desprezo completo pelos parasitas fantasiados

      Medo? Volta pro play guri…

       

      Black Blocs são parasitas, nada mais do que isto. Parasitas a serviço da direita. E se não cumprirem bem com o seu torpe papel, serão descartados dentro em breve. Não fazem, nunca fizeram e nunca farão revolução em nenhum lugar do mundo. Por onde esses parasitas dos movimentos sociais passam, destroem a esquerda a atuam a favor da direita, dando-lhes argumentos para aumentar cada vez mais a repressão.

       

      Parasitas que só agem com um advogado à tiracolo!  Quem tem medo desses parasitas? São dignos de pena, de piedade ou de desprezo, nada mais do que isto. No dia que estourar uma revolução social no Brasil, se é que um dia irá estourar, os parasitas fantasiados são os primeiros que vão fugir e voltar, como ratazanas, para os esgotos de onde saíram, ou para a barra da saia da mãe. São parasitas e agentes a serviço da reação e da direita, nada mais do que isto.

  5. Será que os riquinhos adoram

    Particularmente, não tenho apreço pelos black-blocs e suas ideias. Mas há quem deles seja apreciador. Mesmo agora, podemos localizar nos sites afora vozes que apoiam, inclusive, a violência contra policiais. Riquinhos, dizem alguns. E é interessante notarmos uma limitação fundamental nesse apoio. Será que os riquinhos – ou não riquinhos – apoiadores do movimento adoram mesmo as manifestações dos black-blocs e as apoiam na saúde e na doença, na alegria e na tristeza? Vejamos.

    Agressor de coronel em manifestação de SP foi preso em flagrante (http://bit.ly/1eVTHUM), noticiaram os jornais. E nunca mais ouvi falar no preso. Nenhuma vírgula sobre ele, da parte de quem quer que seja, embora haja, aqui e ali, pessoas que apoiaram a sua conduta.

    É preciso que os que apreciam a conduta de quem agrediu o coronel da polícia militar lembrem que o ato abstratamente imputado aos black-blocs teve consequências concretas, por ora, para pelo menos um dos envolvidos no caso, o qual “(…)foi preso em flagrante por tentativa da homicídio e associação criminosa.”

    Caso o ministério público ofereça denúncia por tentativa de homicídio e o juiz da vara do júri para a qual for distribuído o processo a receba, o rapaz preso em flagrante irá a júri popular – penso eu que com grandes chances de condenação, pois as imagens das agressões são extremamente sensibilizadoras de eventuais jurados.

    É possível, no entanto, que a família do rapaz contrate um advogado muito bom – naturalmente muito caro – e o jovem não vá ao júri. O efeito colateral, no entanto, terá sido, talvez, devastador. Existem famílias que quase vendem os olhos da cara para pagar honorários advocatícios na tentativa de livrar o filho da prisão. Advogados consomem poupanças, carros, às vezes até casas… O que um pai e uma mãe não fariam para livrar o filho da cadeia, afinal de contas? Alguém aqui já terá visto um presídio ao vivo, tendo ido fazer uma visita ao mesmo? Não é, definitivamente, um lugar turístico, daqueles a que se queira voltar nas próximas férias. A propósito, não há registro de solidariedade em relação ao rapaz preso. Aplaudem o ato e esquecem miseravelmente o sujeito ativo do ato aplaudido…

    Até onde sei, no momento em que escrevo estas linhas medíocres, o rapaz que foi preso em flagrante encontra-se em algum presídio. Certamente seus pais estão em casa, sem poder dormir – quem dormiria com um filho num presídio?

    Há consequências concretas para ações que nós, do conforto dos nossos lares, de onde escrevemos, estamos esquecendo. Vejo, aqui e ali, com relativa frequência, pessoas aprovando a postura de agressão ao coronel da PM. Alguns mais afobados acham que a coisa deve virar regra, a partir de agora. Não tenho notícias, no entanto, de que nenhuma caravana esteja indo prestar auxílio ao rapaz preso. Não tenho informações sobre quaisquer “correntes”, “rifas”, ou coisas que as valham para socorrer a família deste jovem no pagamento de honorários advocatícios.

    Espero que, caso a família do rapaz não disponha de recursos financeiros, a defensoria pública atue a contento. Registro que há muitos defensores públicos competentíssimos. Por último, em se concretizando a atuação de um “advogado dos pobres”, pago pelo Estado, não posso deixar de me sentir tocado pela ironia da situação: um militante anarquista sendo defendido pelo Estado… Até que o Estado não terá sido tão ruim assim, afinal de contas, caso um defensor público atue. O Estado – sempre tão achincalhado, ainda mais agora – terá sido muito melhor do que tantos que aplaudem, aplaudem e não movem uma palha concreta para socorrer o “herói” do ato aplaudido, que padece no presídio, com um processo no horizonte para responder!

    PS. Um certo jornalista, preso por portar uma garrafa de vinagre, foi muito melhor servido no quesito solidariedade…

    1. O universitário preso por

      O universitário preso por agressão contra o tal coronel, já  constituiu advogado, Dr. Guilherme Braga, da Braga e Martins Advogados. Não precisará da assistência gratuitafique tranquilo. O estudante está preso no 2° distrito policial do Bom Retiro, caso  tenha intenção de visitá-lo.

  6. Em face da “grande adesão “

    Em face da “grande adesão “ ao grupo que usa da violência dita “revolucionaria” para dar fim ao capitalismo e à violência policial, é presumível que está declarada a guerrilha urbana com “amplo apoio” da população.

    Neste estado de guerra declarado espera-se que a parte da população que aderiu esteja  preparado para os combates.

    “Ousar lutar, ousar vencer !”.

  7. Numa tentativa de criar

    Numa tentativa de criar factóides…vale tudo.  A questão não é apoiar a polícia, a questão não é apoiar black blocs……muito menos violência. a questão é entender que todo esse movimento serve para minar a governabilidade…..é a espetacularização  de episódios para minar o governo. Gera clima de insegurança e quem perde é o país.  Qualquer pessoa que esteja pensando em investir aqui, recuará por conta desses conflitos sem eira nem beira.   Enquanto as pessoas não entenderem que não se trata de apoiar esse ou aquele….estaremos todos fazendo o jogo da direita….nos dividindo cada vez mais…minando nossa economia. Já estão surgindo teses, matérias etc……perdemos tempo tentando analisar um movimento que nem pauta tem.  Qual razão dosBB’s? Estão insatisfeitos com o quê? Por que nunca os vejo em manifestações pertinentes como Alston/Siemens?  Em frente das grandes mídias? Em frente aos fóruns, tribunais?? Ou até mesmo lutando na periferia? Um grupo que aparece para desestabilizar…que uso do vandalismo e da violência não merece apoio de ninguém….esquerda ou direita!!   Por enquanto são incidentes, quebra-quebra, vandalismo…..mas e quando morrer alguém??  

    1. A questão é saber quem esta

      A questão é saber quem esta manipulando os black blocs, simples. Não é a direita tradicional, mas..poxa

      quem tiver oportunidade que tente conversar com algum deles, tirem suas próprias conclusões, tenho a 

      minha.

  8. Na epoca do golpe de 64,

    Na epoca do golpe de 64, trabalhava no jornal Ultima Hora, um dos inimigos mais focados pelos militares golpistas.

    Vivenciei, passo a passo,  como tudo aconteceu.

    Portanto aprendi olhar para o ceu e perceber quando vai chover.

    Pelo que vejo, se não houver uma atitude rapida e seria do governo, vamos ter tempestade.

    Não consigo entender como meia duzia de pessoas fecham uma das mais importantes estradas do pais, incendeiam varios onibus e caminhões, se  apoderam de um veiculo tanque, com toneladas de material explosivo e ninguem aparece para intervir, apesar da população acompanhar tudo ao vivo pela televisão.

    Não consigo entender como a maioria ainda qualifica tudo isso como uma “manifestação”.

    Quando se queimam, sucessivamente, carros de policia e importantes rodovias federais são bloqueadas, não se trata mais de “manifestação”, mas de tentativa de derrubada de governo.

    Estão plantando um clima de insegurança, para a população passar a considerar o governo debil para manter a “ordem”.

    É golpe velho.

    O 64 foi tramado da mesma forma.

    O cabo Anselmo, funcionario da CIA, era o “black Block” de antes.

     

    1. EU JÁ VI ESSE FILME, infelizmente.

      Concordo com o seu comentário, Autonomo, e com o da Dê, logo abaixo. E gostaria  de perguntar: A quem interessa toda essa convulsão social, beirando uma guerra civil, e, apesar de todas as mazelas que ainda existem em nosso país, se há motivos para esses conflitos?   Quem está por trás de todo esse estado de guerra que, psicologicamente, está nos abalando? Há de se descobrir, pois há alguns meses coisas estranhas e “coincidências” estão nos colocando pulgas na orelha, e meu pai que viveu bem os fatos de 1964, se vivo fôsse diria:  EU JÁ VI ESSE FILME!

      1. Um velho filme.

        Cara Marly, saúdo a saudade do seu pai, que viveu como eu, aquela época, e posso garantir-lhe, as circunstancias eram bastante parecidas, e queira Deus, que as cenas seguintes, não repitam-se. Foram extremamente duras e dolorosas, e nem imagináveis por esta geração que goza hoje, de liberdade de expressão.

    2. Medo deste momento.

      Caro autônomo, posso assinar embaixo ?

      Eu ia escrever algo igual.

      A polemica que o comentário do Diogo elevado a post, pelo blog causou, deve ser entendida assim: Quem vivenciou a época em que o Estado estava vulnerável, e a direita e a TFP, convenceram uma sociedade civil despolitizada, a aceitar uma revolução, para consertar as coisas, jamais aceitam estes extremismos feitos por vãndalos a serviço de partidos de alugueis, que querem incendiar o país, para devolvê-lo às elites e aos militares, choca-se com alguns sonhadores que têm a liberdade de expressão respeitada pelo dono do blog, mas estã extrapolando este direito, e nem imaginam o que poderia acontecer com uma hipotética queda da atual governança do país.

  9. Vandalismo,…. vandalismo,…. opa!

     Devemos nos organizar para levantar junto às autoridades, os dados pessoais de cada um desses imbecis que for preso, … nome, endereço, propriedades dele e da família, … o nome e o endereço do advogado que for defende-lo, …. etc…etc… Depois, exercendo o sagrado direito de protestar, vamos vandalizar todas as propriedades ligadas ao referido imbecil e aos seus defensores… obviamente iremos com máscaras do anonymous, para legitimar nossa ação…

    1. E um comentário idiota desses está com 5 estrelas!

      A que nível chegará a radicalizaçao aqui? Entao, em nome da crítica — que considero justa — aos BBs, pode-se agir exatamente como se censura a eles? Vamos passar a usar a Lei de Taliao? Vamos incentivar esse clima de “pega, caça, capa”? 

      ESSE COMENTÁRIO DO FRANCISCO É INCITAÇAO AO CRIME! 

  10. Falta base para a análise do fenômeno.

    Estou acompanhando esta discução, até um pouco atrasada, sobre os Black Blocks dentro deste site, e percebo que as pessoas ainda partem de visões muito caricatas. Falta uma visão de processo das manifestações para se compreender o fenômeno.

    Em primeiro lugar é necessário lembrar que não é uma exclusividade dos Black Blocks não terem um programa político. Aliás, querer cobrar deste movimento esta posição demonstra mais que o comentarista ainda não entendeu nada dos novos tempos e ainda parte do princípio da lógica de entidades representativas.

    Devemos lembrar sempre que o maio de 68 na França não tinha assim uma plataforma política tão aprimorada quanto se acha. Qual é o propósito de lemas como “é proibido proibir’? Afinal, a revolta daqueles jovens era contra o marasmo da sociedade da sua época, com sua hipocrisia de falar em liberdade e ainda possuir estruturas sociais autoritárias.

    E qual é a diferença neste contexto com o Brasil? Claro que há uma disparidade ENORME quando se analisa dados sociais entre estes dois países nos dois momentos históricos. Mas ao mesmo tempo existia lá, como existe aqui hoje, um discurso de que já avançamos muito e o Brasil nunca foi tão bom como agora.

    Isso é, por mais que muita gente da direita não queira ver, um fato. Mas dados estatísticos muitas vezes não revelam a satisfação da população. O consumo cresceu e com isso surgiram novos problemas para serem revelados, que antes eram deixados de lado porque a preocupação da população era outra (é muito mais fácil aceitar um ônibus lotado quando se está preocupado em como vai comer no fim do dia).

    Os problemas vão sendo solucionados e surgem outros, e nossas características autoritárias estão travando vários avanços em nossa sociedade. Esse autoritarismo se expressa na incapacidade de nossos dirigentes em escutar os reclames da população. Isso é visto e sentido em vários momentos, e este ano está cheio de exemplos.

    Tendo essa visão como pano de fundo, vamos tentar compreender como ele começou a ser posto em prática. Infelismente não tenho datas para tornar esta análise mais rica, mas vamos lá:

    A virada ocorre em junho com as manifestações de São Paulo, quando há uma repressão descomunal da polícia frente aos manifestantes. Aos poucos, começam a surgir pessoas impondo essa prática. Percebam que no começo ela é difusa e não há muita influência. A influência aumenta somente na medida em que os movimentos começam a bater de frete com o poder público.

    Em São Paulo, os black blocks não tiveram uma participação tão ativa quanto no Rio de Janeiro. E porque? Acredito que isso ocorre devido a:

    1. A falta de palavra do prefeito do Rio com os professores grevistas, quando promete escutá-los e depois volta atrás.

    2. A necessidade de outra pauta agregadora para que seu papel torne-se importante.

    Ou seja, os Black Blocks não tem mesmo um programa estabelecido devido à sua atitude ser contrária às decisões feitas por cúpula, onde não há participação da população. São desconfiados com agremiações e entidades representativas, pois estas na verdade mais engessam os movimentos do que mudam alguma coisa, muitas vezes devido à compromissos partidários. Aliás, o PT conseguiu articular muito bem os movimentos sociais mais antigos dentro de seu governo, fragilizando-os. O MST é um exemplo tácido disso. Tanto as políticas sociais quanto os acordos de cúpula diminuiram sua influência para uma completa inexistência do movimento nos dias de hoje.

    E o grande problema hoje é que não há nenhum canal aberto concreto com essa população mais jovem para compreender o que eles querem. Entendam que lá naquele distante 68, De Gaulle deve ter tido o mesmo problema para entender aqueles jovens de Paris que gritavam e quebravam tudo, reclamavam de um monte de coisas, mas muitas vezes sem muita coerência. Agora vemos um bando de mascarados aqui que faz o mesmo.

    Acho que o grande erro dos partidos políticos hoje é esse. Falta esse canal. A estrutura dos partidos exige que se entre no jogo pré-estabelecido, e essa galera quer algo novo, menos vertical e mais horizontal. Demora muito tempo para ser escutado dentro dessas estruturas antigas, e eles já estão cansados de verem suas reenvendicações serem deixadas de lado devido à estabilidade do governo ou pactos entre oligarquias antigas.

    Esses jovens estão loucos para participar da tomada das decisões, mas estão cansados de verem a juventude ser utilizada e manipulada. Afinal, não podemos esquecer que essa galera viu como os cara-pintadas foram usados. Quebrar as coisas é um meio de não sofrerem com a manipulação.

    Enfim, acho que o extremismo que vemos hoje foi gerado pela própria inoperância de nosso sistema político que tenta mais cooptar do que ouvir e assimilar reenvendicações. Para fechar, sugiro assistir os vídeos abaixo que revelam muito sobre a forma como essa geração pensa sobre eles mesmos.

    http://www.youtube.com/watch?v=c6DbaNdBnTM

    http://www.youtube.com/watch?v=vj09ccT7POQ&feature=c4-overview&list=UUIQKmegqyDHa_eHDg9nVRgQ

  11. A direita ressuscita pelas mãos dos fantasiados

    A DIREITA RESSUSCITA PELAS MÃOS DOS FANTASIADOS – Não há nenhuma novidade na ‘tática’ Black Bloc. Desde Seattle eles atuam em diferentes pontos do globo terrestre. O que mudou a política na América Latina não foi a ‘tática’ dos fantasiados. A mudança de época na América Latina, em especial na América do Sul, deveu-se a uma luta política travada durante décadas por partidos, movimentos e sindicatos de esquerda.

    O grande catalisador das mudanças econômicas, políticas e sociais da América do Sul, nos últimos 12 anos, foi a organização e a solidariedade de experiências entre partidos, organizações, sindicatos e movimentos sociais diversos, amalgamados primeiro no Foro de São Paulo, a partir de 1990, e, posteriormente, na experiência do Fórum Social Mundial, iniciado em Porto Alegre em 2001.

    Este Fórum que se repetiu na capital gaúcha em 2002, 2003 e 2005. Em todos esses fóruns colocou-se mais de 150.000 pessoas nas ruas. Pessoas de diversas partes do Brasil, da América Latina e do mundo inteiro. O Fórum Social Mundial foi o contraponto mais eficaz à desgraça neoliberal e foi justamente a forma de luta empreendida ali que começou a alterar a correlação de forças em nuestra America.

    Não foram fantasiados parasitas de movimentos sociais que soterraram a ALCA! Quem soterrou a ALCA foi Lula, Chávez e Kirchnner, na IV Cúpula das Américas, que foi realizada na cidade argentina de Mar del Plata, em novembro de 2005. E isso foi fruto de lutas sociais e políticas que acumularam forças durante décadas!

    Lá em Porto Alegre já tínhamos a presença dos parasitas fantasiados. Enquanto a massa de mais de 150.000 pessoas ocupava as ruas com pautas bem definidas, os parasitas iam com o único e primordial objetivo de entrar em confronto com a Brigada Militar, para deleite do Grupo RBS e dos outros órgãos da imprensa pestilenta que veiculavam dia e noite os confrontos entre os parasitas fantasiados dos movimentos sociais e a polícia, como se isso fosse o principal numa manifestação com mais de 150.000 pessoas, com gente do mundo inteiro!

    A ‘tática’ dos parasitas fantasiados só interessa à direita, só fortalece à direita, só dá os motivos que a direita precisa para aumentar cada vez mais a repressão. Os parasitas sequestram as pautas dos movimentos sociais e sindicais, não propõe nada que preste e destroem esses movimentos por onde passam, como tentaram fazer inutilmente nos Fóruns Sociais Mundiais e como fizeram, efetivamente, em vários outros movimentos, como o Occupy Wall Street.

    A direita só tem a ganhar com a ‘tática’ dos parasitas fantasiados. A esquerda que mudou a América dos Sul não tem nada, absolutamente nada a ver com esses parasitas fantasiados. Quem mudou a Venezuela não foram os parasitas fantasiados, mas sim a luta popular e de massas comandada por Hugo Chávez e pelo Movimento V República. Quem mudou a Bolívia não foram os parasitas fantasiados, mas sim a luta popular e de massas capitaneada por Evo Morales e pelo MAS. No Equador foi exatamente igual, na Nicarágua, idem, etc, etc e etc.

    A luta política é fundamental para alterar a correlação de forças em qualquer país do mundo. A ‘tática’ dos parasitas fantasiados é contraproducente, não presta para nada. Aliás, só presta para fortalecer a direita com as suas teses de aumento da repressão estatal, de endurecimento da legislação penal e de respeito à ‘ordem’.

    A esquerda deve se manter a centenas de léguas de distância desses parasitas fantasiados. A atuação desses grupelhos afasta as massas populares! A atuação desses grupelhos sequestra as pautas de luta dos movimentos sociais. A atuação desses grupelhos não contribui em nada, em absolutamente nada para a luta da esquerda, muito antes pelo contrário.

    São agentes a serviço da direita (voluntária ou involuntariamente). A ‘tática’ desses fantasiados pseudo revolucionários fortalece o campo dos demagogos e dos populistas que logo subirão nos palanques para defender a família, a propriedade e a ordem. 

    E, pior ainda, agem como milicianos “oferecendo” proteção para manifestantes! Ora tenha a santa paciência! Os movimentos sociais não precisam da proteção desses parasitas. Isso é falso, isso é uma maneira dos parasitas poderem se achegar nas legítimas manifestações e desvirtuá-las com as suas imbecis ‘táticas’ que só interessam à direita. A truculência policial aumenta justamente graças a ‘tática’ dos fantasiados!

    A única coisa que os parasitas fantasiados vão conseguir empreender (pelo menos vão tentar) é a destruição do processo de mudanças capitaneado pelas lutas populares, estudantis, sindicais e de diversos movimentos sociais, feita a duras penas durante décadas e mais décadas de acúmulo de forças na América do Sul.

    Porque os parasitas não foram às ruas quando vivíamos na época dura do neoliberalismo?

    Porque vão somente agora, quando a América do Sul experimenta um inédito processo de ascensão social, de distribuição de renda, de diminuição das desigualdades sociais, de afirmação das soberanias nacionais, da tão almejada integração econômica, polícia e social dos países da região, de vigência do mais longo período de democracia política tido e havido na história dos países sulamericanos? Porque será…

    Tem algo mais reacionário do que isto? Impossível, não há nada mais reacionário do que isto. A ‘tática’ dos parasitas fantasiados está sendo o oxigênio que a direita perdeu ao longo da última década. Só não vê isso quem não quer ver.

    Fora parasitas fantasiados!

  12. Abaixo a chantagem e o charlatanismo

    ABAIXO A CHANTAGEM E O CHARLATANISMO – Centenas de milhares de pessoas no Brasil são oriundas das lutas estudantis, sindicais e populares. A luta pela desmilitarização das polícias, pela sua unificação e pelo fim dos autos de resistência, por exemplo, é histórica, não é nova.

    Como também não é nova a luta contra o fim da Lei da Anistia (auto-anistia), pela punição aos torturadores, estupradores e ocultadores de cadáveres a serviço do regime militar. Estas centenas de milhares de pessoas que militam há décadas nos mais diferentes movimentos, do campo e da cidade, conhecem perfeitamente bem a mão pesada dos órgãos de repressão do Estado.

    Fundar a CUT em 1983 ou o MST logo em seguida foi uma experiência não muito agradável para os que se engajaram nestas duas grandes empreitadas.

    Tudo isto tem que ser dito e enfatizado porque hoje no país há uma espécie de esquizofrenia (muitas vezes estimulada propositalmente). Nesta esquizofrenia, um contingente considerável, majoritário entre os milhares de lutadores sociais do país tem sido colocados numa falsa e chantagista dicotomia.

    Fazer uma crítica contra a ‘tática’ Black Bloc virou uma automática e mentirosa aceitação das práticas policiais! Isto é uma aberração. Mas não é surpreendente que esse maniqueísmo cínico e mentiroso dos pés a cabeça esteja sendo utilizado. Nem mesmo partidos de esquerda que fazem oposição ao governo federal tem sido poupados.

    É o caso do PSTU, que já produziu documentos oficiais criticando a ‘tática’ dos anarcoprimitivistas e até mesmo de importantes figuras públicas do PSOL. Mais de uma vez, e desde o mês de junho, os alertas tem sido dados de forma insistente e até mesmo chata, de tão repetidas vezes que se tem feito tais alertas. Quais sejam?

    Os fantasiados são parasitas dos movimentos sociais, eles não tem nenhuma proposta sobre coisa nenhuma. Tem apenas o ódio comum contra absolutamente todos os partidos de esquerda (em especial contra o PT). Este grupo fantasiado possui também ligações com o Anonymous, braço da CIA que é utilizado há bastante tempo para provocar desestabilizações em distintos lugares do globo terrestre.

    Não são a mesma coisa, mas possuem laços cada vez mais estreitos.

    Como já foi dito inúmeras vezes anteriormente, setores da esquerda caíram no conto do vigário de que poderiam cerrar fileiras com máscaras e fantasias anarcoprimitivistas para conferir potência à sua luta política. No início, até pode ter rendido alguns frutos essa enviesada compreensão da realidade.

    Passado certo tempo, o que temos é a multiplicação de fatos onde movimentos sociais, estudantis e sindicais veem sequestradas as suas pautas por esses mesmos grupos que alguns românticos um dia decidiram apoiar. O saldo é que hoje não se fala mais nos movimentos sociais, sindicais, estudantis ou nas pautas dos mesmos. O que aparece cotidianamente nos meios oligopólicos de comunicação é o “saldo” das quebradeiras de vidraças, de ônibus, paradas de ônibus, lixeiras e caixas eletrônicos.

    A população passou aos poucos da alegria com a novidade fantasiada para a desconfiança e até mesmo para o repúdio puro e simples. E onde vai parar essa ‘tática’? Vai parar onde àqueles que se deram ao trabalho de conhecer um pouco mais a história recente já sabem de longa data.

    Vai parar na despotencialização dos partidos de esquerda, no alvorecer de partidos populistas, no reforço dos partidos conservadores que, mais cedo ou mais tarde, serão chamados para dar um jeito na “baderna” promovida pelos fantasiados. Ou seja, a ‘tática’ tem como efeito frutos muito pequenos e imperceptíveis. A ‘tática’ tem como efeito propiciar o discurso que a direita e que a polícia estão esperando para descer o sarrafo não apenas nos fantasiados, mas em todos os movimentos sociais. 

    A ‘tática’, ao fim e ao cabo, só interessa à direita. Foi assim que esses grupelhos destruíram movimentos, por exemplo, como o Occupy Wall Street.

    Nada de novo, tem sido assim em todos os lugares onde esses grupos conseguem um mínimo de enraizamento. Destroem os partidos de esquerda e não raras vezes surge um ‘Berlusconi’ da vida, populista, demagogo, defensor da família, da moral e da ordem, para dar vazão aos sentimentos já cansados de uma população ainda mais cansada de depredações.

    É necessário continuar a crítica ao aparelho repressor estatal, com tem sido feito há muito tempo. Mas é também necessário, e inadiável, que não se permita que as chantagens de charlatães de todos os naipes imperem neste momento.

    Ou seja, críticas às polícias, mas sem uma única concessão que seja aos charlatães que colocam a defesa de fantasiados ou de mascarados como sendo uma questão de princípios. Não, quem critica fantasiados, como o PSTU e outros partidos de esquerda, definitivamente, não está do lado da polícia! 

    Quem diz o contrário, lamentavelmente, apresenta-se como um chantagista e como um mistificador, nada mais do que isto.

    1. “Crítica” policial e tática caluniosa

      Como já se tratou de explicar a este ardoroso “crítico” dos Black Blocs, “o ‘saldo’ das quebradeiras de vidraças, de ônibus, paradas de ônibus, lixeiras e caixas eletrônicos” é resultado da ação da polícia, não dos manifestantes. Como este “crítico dos Black Blocs” a tempo integral finge não saber, não interessa a ninguém — nem aos Black Blocs — iniciar um confronto com a polícia. Todos os confrontos recentes entre manifestantes e polícia foram resultado de ataques não provocados ou de reações a provocações da própria polícia infiltrada entre os manifestantes. Qualquer “crítica” que ignore este fato básico é uma reafirmação da versão policial dos confrontos e, portanto, uma colaboração com a polícia. Não há como escapar disto: quem divulga a versão policial de um fato e baseia nela a sua “crítica” está colaborando com a repressão.

      Não bastasse, o nosso “crítico” acrescenta calúnias da sua própria lavra às mentiras da polícia. Dizer, por exemplo, que os Black Blocs foram responsáveis pela derrota do Occupy Wall Street é de um ridículo atroz, que o nosso “crítico” só se permite porque conta com a ignorância do público em geral sobre o Occupy Wall Street e pela convicção de que basta afirmar uma mentira com suficiente ênfase para que a maioria acredite nela. O movimento Occupy Wall Street foi derrotado por si mesmo, pelas suas incoerências internas, pelos seus compromissos mal disfarçados com a “esquerda” do Partido Democrata, pela desarticulação generalizada dos movimentos sociais norte-americanos, não como resultado da ação dos Black Blocs — que, por sinal, foram um dos pouquíssimos grupos que atuou com coerência e consequência ao longo de todo o movimento. Dizer que os Black Blocs são responsáveis pelo sarrafo baixado nos movimentos sociais é, além de ridículo, ofensivo: a polícia baixa o sarrafo nos movimentos sociais desde sempre; a polícia mantém a população das periferias e favelas sob estado de terror constante há décadas; a polícia invade residências de madrugada, sequestra, tortura e assassina impunemente, e o nosso “crítico” quer agora fazer crer que a primeira tentativa ainda incipiente de reação a décadas de terror é responsável pela violência policial.

      Passemos com um ligeiro riso de mofa sobre a “reivindicação histórica” de “unificação das polícias”, que só piora ainda mais a posição dos colaboradores da polícia: se existe há tanto tempo, porque a PM ainda espanca e assassina impunemente?

      Ao contrário do que faz o “crítico”, não vou tecer especulações nem fazer ilações fantasiosas sobre os interesses que movem o sr. Diogo Costa (e os do seu herói, o coveiro do PT, Zé Dirceu). Baseando-me apenas nos fatos observáveis, digamos que se trata de um aspirantezinho a líder genial dos povos — ou talvez apenas a um posto de coronel da polícia revolucionária — que assimilou bem as práticas de calúnia e difamação dos seus semelhantes, e as manipula com a mesma desenvoltura que o faziam, por exemplo, os membros do partido dito comunista na Espanha em 1936-39 ou, mais perto de nós no tempo e no espaço, as acusações de “agente da CIA” lançadas contra o Lula por membros do partido dito comunista brasileiro. Para desgraça dele, porém, assim como a violência policial começa a ter uma resposta à altura nas ruas, também a calúnia stalinista, privada do seu monopólio sobre as comunicações dos movimentos populares e da ação da polícia política, não deixa de ter resposta imediata.

        1. Ao contrário dos colaboradores da polícia

          Eu respondo a quem me fala aberta e claramente, mesmo que o meu interlocutor tente disfarçar um ataque pessoal como “crítica” geral.

          1. Falou o demente graduado!

            Nazista, diz o maior burro já surgido neste blog! Envergonhe-se, caro burro com pós graduação. Tu está passando vergonha na frente de todo mundo.

          2. Diogo, o cara é 1 provocador, e tá conseguindo o que quer…

            Aí vc o xinga, fica mal para você. Todo mundo aqui sabe que vc nao é policial, isso é baixaria dele. Responda de cima, nao baixe ao nível dele. O clima do tópico fica insuportável, e a racionalidade evapora. 

            Te calar e te colocar numa posiçao que afaste o desejo dos outros de te ler é exatamente o que ele quer, nao faça o jogo dele. 

          3. Opa!

            Ninguém aqui disse que o Digo Costa é policial, alto lá! Eu, por exemplo, disse (e expliquei por que) que ele está colaborando com a polícia.

            E está. Ele e qualquer pessoa que tome como certa e divulgue a versão policial dos confrontos.

             

          4. Não concordo em absoluto,

            Não concordo em absoluto, Almeida. O  quepe que o Diogo sonha em usar é este:

          5. Verdades breves

            O fato é que, pelo critério simples e insofismável que descrevi, você não tem como negar que é colaborador da polícia, e fica aí se esgoelando.

    2. Primitivista e delirante é você.

      Além de oportunista e intelectuamente desonesto. Primeiro manuseia Lenin segundo sua conveniência política, agora vem usar leninistas com o mesmo propósito. O PSTU, além de muitas outra correntes de esquerda marxista, criticam politicamante os black blocs, porém não saem por aí vociferando, pela aplicação, do rigor das leis do estado burguês, sobre o que consideram companheiros lutadores equivocados. Deixam isto muito claro nos seus documentos:

      “Antes de tudo, queremos reafirmar que defendemos os ativistas desses grupos (os black blocs) contra a repressão policial, como o fazemos com todos os que participam das mobilizações. A origem da violência é a exploração capitalista e a repressão da polícia”.

      Fonte: http://www.pstu.org.br/node/19855

      Qualquer agrupamento marxista ou leninista, mesmo sem concordar com a política do PSTU, assinaria embaixo desse posicionamento. O máximo que você vai encontrar, para defender sua posição, são os “comunistas” de aluguel do PCdoB, comprados com alguns carguinhos no governo “popular”, mas acho que eles não ousariam tanto, até agora não se posicionaram de forma direta no assunto, para pedir a prisão de lutadores, não têm coragem, afinal é um partido que se diz “herdeiro” da luta armada no Araguaia, do levante de 1935…

      1. Nem pra burro serve…

        Uma vez burro, sempre burro. 

         

        Não conhece as diferentes correntes do anarquismo e ainda quer debater alguma coisa!

         

        Vá estudar rapaz. E quem defende a repressão policial é a direita, desde sempre!

         

        Agora a direita tem a faca e o queijo na mão, graças a “revolucionária” tática dos Blacs…

         

         

        1. Escrotíssimo Diogo Soares de Costa,

          Gaúcho bunda mole, filho de uma guaipeca fedorenta, cagado e largado entre as coxilhas, mentiroso e oportunista safado; viu como não é só você que sabe xingar?

          Argumente, não xingue ou manipule, como nesse caso, em que você cita os grupos de esquerda que criticam os black blocs, sem mencionar que eles não defendem a repressão.

          Você “argumenta”:

           

          “Não conhece as diferentes correntes do anarquismo…”

          O que tem a diferença entre anarquistas a ver com as calças? Você citou nominalmente o PSTU, eu mostrei o documento onde eles deixam claro, que suas críticas nada tem a ver com pedir e apoiar a repressão policial ao grupo, pelo contrário, dizem que defendem esse grupo contra a repressão dos governos capitalistas, inclusive de certo governo “popular”.

          Neste outro documento, fica mais claro ainda:

          “Contra a criminalização dos movimentos: liberdade imediata ao Black Bloc e a todos os presos políticos!” ( http://www.pstu.org.br/node/19983 )

          ” O PSTU, antes de tudo, defende aqueles que lutam e são reprimidos pelo Estado e pelos governos capitalistas, mesmo que não tenhamos acordo com seus métodos de luta e programa.
           
          De nossa parte, é pública nossa polêmica com os métodos e políticas utilizados pelo Black Bloc, assim como polemizamos com outras organizações políticas. No entanto, para nós, a defesa dos Black Blockers encarcerados por Sérgio Cabral deve ser incondicional. Trata-se da solidariedade necessária entre os que lutam. Significa defender mais estes presos políticos do governo Cabral, o ditador do Rio. Devemos impulsionar uma ampla campanha democrática para libertar os Black Blockers e todos os presos políticos do governo Cabral”.

          Como se vê, trata-se de simples interpretação de texto, nada a ver com diferenças de anarquistas.

          Essa é a diferença entre a esquerda e a direita que você representa: a esquerda sai em defesa dos que lutam contra o capitalismo; não abandonam, não viram as costas quando os companheiros equivocados são atingidos pela repressão.

  13. Black bloc no dos outros é refresco.

    Não pode é ser contra o governo “popular”.

    Acho muito divertido, ver antigos foquistas, gente que acreditava que o protagonismo de pequenos grupos substituiria e seviria de exemplo para a ação direta das massas, aparecerem agora criticando seus descendentes diretos, a garotada black bloc, que comete hoje, o mesmo equívoco que o foquismo praticava no passado, o de substituir a luta de massa, porém sem recorrer ao extremo da luta armada; os black blocs de hoje são mais moderados do que seus tios e, principalmente, a tia, foquistas no passado.

    Quando houve o sequestro embaixador americano, o revolucionário Gregório Bezerra, num primeiro momento, recusou-se a aceitar sua troca pelo sequestrado, declarou “que não concordava com o método”. Não era nenhuma posição moralista diante da violência; no passado ele esteve envolvido com a luta armada, em 1935, e tentou organizar a resistência armada ao golpe, em 1964; ele apenas discordava da tática foquista, achava equivocada e inteiramente inadequada para aquele momento da história. Teve de ser convencido pela direção do PCB para aceitar, o partido precisava de sua contribuição fora da prisão, mesmo no exílio. Na foto  histórica dos prisioneiros trocados, nós vemos um sorridente José Dirceu, que até hoje glamouriza seus “feitos” passados e agora surge condenando a violência dos outros; Gregório Bezerra não aparece na foto, embarcou contrariado na base aérea do Galeão, juntou-se àqueles que considerava um  grupo de equivocados.

    Nos anos 60/70, a imensa maioria da população brasileira igualmente não apoiava a luta armada em oposição ao regime, foi isto que causou o fracasso e a derrota fragorosa dos grupos foquistas; na época, os institutos de pesquisas, esgrimido agora pelo Zé Dirceu, apontavam índices altíssimos de aprovação do governo; a Arena, o partido do regime, recolhia votos maciços, a presença dos focos armados prejudicava a  oposição; somente depois de extinto esses focos, a oposição de luta de massas ganharia vigor para superar o regime.

     

    Em tempo:

    1) O autor dessas mal traçadas, durante a ditadura e sempre, empenhou-se na paciente luta de massas; tal com Gregório Bezerra, nunca concordou com os métodos foquistas, porém correu os riscos, ao denunciar as prisões e torturas que o regime cometia, inclusive dos companheiros foquistas equivocados, e lutar pela anistia ampla, geral e irrestrita.

    2) Zé Dirceu fez curso de guerrilha no exterior e voltou ao Brasil para pô-lo em prática; não consta que algum black bloc tenha recebido tal treinamento. Haja hipocrisia.
     

    1. Derrubar a democracia ?

        Falta dizer com todas as letras, porque o objetivo da luta armada durante a ditadura, que não tinha outra opção a não ser luta armada, era implantar uma democracia, hoje a temos, então óbvio que os que lutaram por isso devem mantê-la e aperfeiçoá-la.

          Os que querem chegar ao poder podem fazê-lo pacificamente convencendo a população, o que não se faz com paus e pedras, se forem pro pau obviamente vão perder, estão sendo mandados para o matadouro por seus supostos defensores. Se por um milagre ganharem nada indica que serão melhores que os que derrubaram. A população tem que decidir seu próprio destino pelos meios adequados e não deixar que um bando de sei-lá-o-quê se julgue no direito de fazê-lo por eles.

  14. Black bloc não é nada, não

    Black bloc não é nada, não vai dar em nada e quem vai sobrar é a policia de sempre, no futuro teremos 

    ex-black blocs policias, mãe Dinah já avisou contra black blocs só black cop’S. Agora, tem gente vendo

    revolucinários até no mac donalds..haja carência, leu sonhou e não acordou.

  15. ÀQUELES que estão se opondo a este texto:

    Sugiro que no POST das 13:55h, intitulado ” A tática Black Blocs e a razão do Estado”, leiam o link colocado pela Cristiana Castro, às 15:16h.  É impressionante!  A ser verdade, é assustador!

  16. Glamour é o que essa discussao aqui nao tem nem um tiquinho

    Tá triste! Em vez de troca de argumentos, xingamentos, baixo nível e acusaçoes de má-fé. Arre! 

    1. Provocador, ah é!?

      Então, tá! O “seu” dioguinho manipula, cita a seu bel prazer partidos de esquerda que criticam os BBs, mas sem dizer que defendem o grupo contra a repressão policial; mostro o documento do partido que ele cita, sem contextualizar, ele volta me xingando e desconversando, e eu que sou o provocador? Somente ele pode xingar por aqui, você lhe concede essa carta branca, e me chama de provocador? Apenas mostrei pra ele, a intenção deixei claro que era esta, que outros também sabem xingar; o provocador inicial dos xingamentos foi ele, quando lhe faltou argumentos, sei que tal atitude realmente não contribui, ele buscou minha ira e se congratulou com ela, o provocador real é ele; usei palavras, desculpe-me se sente ofendida ao lê-las, mas acho que estas não deveriam escandalizar nenhuma linguista.

       

      Se existe má-fé por aqui, ela pertence toda a quem já citou Lenin neste blog, para justificar entreguismo e privatização, e agora usa partidos marxistas e  leninistas para dizer que eles concordam, em abandonar os BBs para a repressão policial; a desonestidade intelectual do “seu” dioguinho é escancaradmente vizível e algo patética.

       

      Em tempo: Queira também desculpar a expressão “seu” dioguinho, se lhe ofende. Eu a respeito e lhe quero bem, mas não tenho nenhuma simpatia pela prática da desonestidade intelectual, demonstrada pelo dioguinho, acho tal atitude uma fraude intolerável, em ambientes que se pretende de construção do conhecimento. 
       

      1. O destinatário do “provocador” nao era vc, era o Tomás

        Tb lhe aprecio e lhe quero bem. E já vi várias vezes, no Portal, vc dar contribuiçoes magníficas, sobretudo em temas nao muito polêmicos. 

        Agora, N, a crítica que lhe faço, e sempre lhe fiz no Portal, quando de suas brigas com o Maestri, é que vc precisa cuidar do seu excesso de raiva, parece uma panela de pressao em que a raiva busca qualquer brecha para escapar. E aí vc “solta os cachorros”, num nível de violência verbal que afasta qualquer leitor, inclusive prejudicando a mensagem que vc quer passar. E vc nao precisa disso, porque é bom de argumentos. E olhe que nem sou muito “boazinha”,  aceito um certo nível de agressividade, de vez em quando tb solto pelo menos alguns pequeneses. Mas vc exagera… 

        Tô falando numa boa, tá? E perceba que nao estou colocando isso só em vc, tb censurei o Diogo… 

      2. Nao era vc o destinatário do “provocador”… Era o Tomás

        Esse comentário saiu duas vezes. Como nao há como apagar, editei apenas. 

  17. José Dirceu, o nome que nunca esquecemos.

    A sabedoria do companheiro Dirceu, ao compartilhar e acôrdar com a análise do Digo Costa, sobre esta (vã) tentativa de desconstrução do trabalho social do governo popular do PT, iniciada com o Lula, e continuada com a Dilma, que assusta à direita, que quer voltar ao Poder pela fôrça e pelo discurso divisionista, pregado e tentado colocar nas ruas, por estes BBs, que de revolucionários não têm nada.

    Muito diferente das manifestações do tempo em que o companheiro Dirceu, arrimentava os estudantes e parte dos intelectuais, para causas sérias e democráticas.

  18. Zé Dirceu e Reinaldo Azevedo

    Zé Dirceu e Reinaldo Azevedo fazendo coro contra os “vândalos”.  Quem diria.

    Cada um a seu modo, mas pelo mesmo motivo, manter inabalado seu status quo, os canalhas se unem no discurso.

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