Eleições: das balas de prata aos temas complexos

Houve um período em que ou o país acabava com a saúva, ou a saúva com o Brasil. Havia aqueles que achavam que governar era apenas abrir estradas.

Essa tipo de visão monofásica é característica da sociedades pouco evoluídas, com baixo grau de inteligência coletiva. Curiosamente o Brasil parece composto de diversas camadas arqueológicas. Mas nenhuma é tão anacrônica quanto as discussões públicas sobre projetos de país.

O sujeito saca uma bandeira única para ingressar na discussão.

O macroeconomista primário dirá que basta superávit fiscal para devolver a confiança ao agente econômico e o crescimento se fazer por si só. O desenvolvimentista primário dirá que bastará criar demanda para a oferta surgir.

Fernando Henrique Cardoso julgava que bastaria estimular grandes grupos financeiros ligados ao mercado mundial, para o desenvolvimento vir a reboque.

***

Uma ala liberal vende a ideia de que o único papel do Estado é prover educação. Garantida a educação, os demais fatores virão atrás: desenvolvimento, redução das desigualdades.

Processos de desenvolvimento são sistêmicos, uma articulação dos diversos fatores. Nenhum fator necessário para o desenvolvimento é suficiente. Ou seja, basta por si.

Voltemos à educação. É possível desenvolver o país até determinados níveis valendo-se da super-exploração da mão de obra não especializada. Se pretender saltos posteriores, terá que oferecer empregos de valor agregado.

E aí entram as complementariedades da visão sistêmica. Não se terá desenvolvimento sustentado sem educação universal e de qualidade. Mas também não se terá educação de qualidade sem o desenvolvimento paralelo.

Um projeto educacional não se faz no vazio. As pessoas estudam na perspectiva de uma profissão no meio ou no fim do curso. E um país valoriza mais ou menos a educação dependendo do seu nível de desenvolvimento. É só lembrar a geração de engenheiros que largou a profissão quando houve o desmonte do setor de construção.

***

É por esses aspectos que um projeto de desenvolvimento é composto por diversos fatores, obedecendo e compondo a mesma lógica e obedecendo inclusive a requisitos de temporalidade.

Fala-se muito no milagre coreano, entendido como fruto da educação. Antes dela, houve um início de industrialização amparada pelo Estado e por uma moeda desvalorizada. Ganhava-se com mão de obra barata (na moeda local e em dólares). Depois, à medida que os salários cresciam, crescia a capacitação e os investimentos do país em pesquisa e desenvolvimento.

***

O Brasil chegou a um estágio em que tem presente todas as peças do quebra-cabeças do desenvolvimento, de mercado de capitais potencialmente dinâmico e políticas de apoio a pequenas e micro empresas; de um ensino universalizado avançando para formação técnica; de grandes bancos públicos a mercado interno pujante.

***

Daí a importância de se sair da monocultura temática para as visões complexas de projetos de desenvolvimento. É por aí que precisam ser analisados os programas explícitos e implícitos dos diversos candidatos a presidente. Para saber quem perde e quem ganha com cada qual. Mas, principalmente, entender qual deles aponta com mais consistência o futuro.

 

 

Luis Nassif

71 Comentários

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  1. Modelo coreano

    Está esquecendo de um detalhe, Nassif, a Coreia tem bases militares norte-americanas. E o afluxo de dólares dos soldados, que gastam na Coreia com diversão, ficando o dinheiro no país.

    Algumas décadas atrás se falava em vender parte do nordeste para os aposentados japoneses viverem aqui como ricos devido a diferença de cotação da moeda deles. Trariam muito dinheiro para a economia local, ao invés de trazer para lucrar com o juro alto e levar de volta como é hoje.

  2. Parabéns, LN pela matéria e

    Parabéns, LN pela matéria e Alexis pelo comentário.

    Resumindo, é isso mesmo que será a eleição deste ano. Simplesmente a escolha entre um projeto de desenvolvimento autônomo contra um projeto de desenvolvimento ligado às grandes potências, pena que ainda não explorado corretamente pela campanha do PT. Lembrando que o segundo é apoiado pelo verdadeiro partido de oposição – a midia nativa, com o G.A.F.E. à frente.

    Basta comparar, na essência, os programas declarados ou não e os grupos de interesse de um e de outro. O resto, como já escreveu o jornalista Cony, é o luar de Paquetá.

  3. Programa de Governo e Projeto da Nação

    Embora o nome principal do post nos remeta a uma “salada” conceitual, da leitura do texto se observa que Nassif, desta vez, coloca em discussão um assunto mais abrangente em relação ao esperado desenvolvimento do país. Nassif espera com isso elevar o nível das discussões sobre o tema e, devo reconhecer, embora simples, o texto ficou bom.

    Durante algum tempo, Nassif (provavelmente devido à sua formação) nos trouxe discussões sobre desenvolvimento nacional principalmente baseadas em aspectos macro-econômicos. Desta vez, o componente da “educação” traz mais ingredientes ao “caldo” de onde sairia o melhor caminho de desenvolvimento para o Brasil e, eventualmente, onde poderiam ser discutidas as plataformas políticas das diversas candidaturas. Há mais elementos, que acredito serão citados ao longo destas discussões.

    No texto, treze vezes é utilizada a palavra “desenvolvimento” ou variedades dela, porém, acho fundamental discutirmos o rumo ou destino desse desenvolvimento. Ou seja, para onde vamos como nação. Qual modelo de nação deseja-se, pois é o projeto de nação o que irá indicar as prioridades das equações de desenvolvimento.

    Acredito estejam em jogo duas grandes correntes:

    1.       Desenvolvimento do Brasil como nação independente, economia planejada, relacionamento preferencial com os nossos vizinhos e com políticas sociais fortes e afirmativas, que façam extensivo este desenvolvimento para todos os brasileiros e, por extensão, aos países vizinhos;

    2.       Desenvolvimento do Brasil dentro do contexto global das nações já consideradas desenvolvidas. Encaixamento (re-encaixamento) do Brasil dentro da pirâmide de desenvolvimento global, cuja ponta não nos pertence, mas sim ao mundo financeiro geograficamente estabelecido no hemisfério Norte. Trabalharemos como as pirâmides financeiras do Telexfree, ou seja, retirando riqueza desde baixo e levando para os donos do mundo, fora do Brasil.

    O Programa do PT é claramente definido no item 1 acima. Os programas de Aécio e da Marina correspondem essencialmente ao item 2, sendo o programa tucano mais tímido em relação ao capital financeiro, porém, embora fortalecendo a estrutura econômica nacional em torno a empresas privadas e respeito ao livre mercado, este caminho nos leva inexoravelmente aos verdadeiros donos do mundo: o poder financeiro. Já a Marina, oferece o mesmo, apenas que sem necessidade da intermediação tucana, entregando diretamente o país ao sistema financeiro global e as riquezas brasileiras às ONGs internacionais, que compactuam com este triste destino outorgado ao Brasil: um provedor de matérias primas e alimentos.

    Enganam-se os que pensam que esta luta é de dominação direta por conglomerados externos, mas sim se trata de “desculturização” das nossas próprias elites, que fazem o trabalho sujo de levar – de mão beijada – as riquezas do Brasil para o mundo. Antes eram os filhos de cacique, que voltavam de Portugal de terno e gravata. Hoje são 20 mil famílias poderosas, com casa em Miami. È Brasil contra Brazil assim como PT vs. anti-PT que viraram estas eleições.

    Assim, o primeiro passo da nossa caminhada deveria ser criar mais consciência cívica na população e, ao mesmo tempo, trazer gradativamente as elites de volta, a acreditar novamente que Brasil é sim a nação do futuro e que é bom morar aqui.

    Aqui entre nós, embora seja uma ação ditatorial, juro que taxaria em forma radical estas estúpidas viagens de meninos a Disneyworld. Famílias brasileiras gastaram mais levando meninos a Disney, durante os meses de Junho e Julho, que todo o dinheiro que turistas estrangeiros trouxeram para o Brasil durante a copa do mundo.

    1. “O Programa do PT é

      “O Programa do PT é claramente definido no item 1 acima”:

      Sim, mas olhe o que o Nassif disse:

      “Fernando Henrique Cardoso julgava que bastaria estimular grandes grupos financeiros ligados ao mercado mundial, para o desenvolvimento vir a reboque”

      O que implica que Nassif realmente acredita que FHC ja teve alguma intencao boa a respeito do Brasil.

      Nao so eu nao acredito como vejo o mesmo problema com Aecio.  Ele simplesmente NAO pensa no Brasil, e muito menos em seu povo.  Ele acha que o Brasil eh outra colonia mineira dele, so que bem grandona.

      Quando a gente nao acredita nas intencoes do politico…  nao ha barata que aguente!

    2. Taxar a Disney?

      Se as famílias gastaram mais levando crianças a Orlando e Miami do que turistas estrangeiros gastarm no Brasil, a pergunta a se fazer é : por que o Brasil é incapaz de oferecer serviços turísticos que atraiam os estrangeiros ou mesmo os brasileiros?

      Além do fato que a referência cultural da classe média brasileira são os EUA, e isso vale tanto para o consumismo desenfreado quanto para a fascinação com os ícones da cultura norteamericana como Disney, as alternativas existentes no Brasil são escassas e caras. Custa mais barato passar uma semana no Caribe com tudo incluso o que em um resort no nordeste, sem contar que a qualidade do serviço em regra geral é incomparavelmente melhor. Durante a Copa, os preços em hotéis, restaurantes e lanchonetes no Rio dispararam.

      Enquanto não fizer um trabalho de fundo para desenvolver a indústria turística nacional além das praias e das bundas, com qualidade e preços mais acessíveis, esse desequilíbrio permanecerá, e não é taxando as viagens a Disneyworld que resolverá o problema.

      1. Respeito, mas não concordo

        Embora eu já tinha citado esse assunto como apenas hipotético (ditatorial da minha parte, falei brincando), cabe apenas aqui uma reflexão pessoal entre cada um de nós.Respeito a sua decisão de ir ao Caribe, pois é mais barato do que no Nordeste. Respeito também que exista gente que prefira viver em Miami, por diversas razões. Até a CBF compreende isso e leva jogos da seleção para lá.

        Imagino que, assim mesmo, você respeitará a opinião de quem ache uma bobagem levar as crianças para os EUA a ver um rato e um pato de mentirinha. Brasil merece muito mais do que isso. Alguns preferimos gastar aqui o nosso dinheiro, pois ele fica em casa e é reinvestido novamente, gerando emprego e riqueza. O Brasil não é para ganhar dinheiro e gastar fora, mas é para senti-lo seu também. Seja solidário com quem escolhe para governar e colabore com o sucesso da sua própria opção política, qualquer que seja esta opção, caso contrário, você não está votando, mas apenas transferindo responsabilidade.

         

        1. Respeito

          Alexis, também respeito sua opinião.

          Nunca fui pro Caribe, ficar torrando no sol feito lagarto numa pedra literalmente não é minha praia, seja no Nordeste ou em qualquer outro lugar do mundo. Também nunca fui pra Disney nem tenho vontade de ir. Você não precisa me convencer sobre o interesse cultural das figuras do Mickey, do Donald e do Pateta, sem contar que ficar em média 40 minutos na fila de cada atração me dá ojeriza só de pensar.

          Apenas constato (inclusive como europeu é algo que sempre me impressionou) como o modelo de consumo brasileiro, e isso inclui o consumo cultural, é voltado para os EUA. Shopping Center, consumismo desenfreado, admiração pela cultura norteamericana, entre os quais os parques da Disney são uns dos principais símbolos. Se você for ver, não se trata somente da classe média tradicional : não é por acaso que as viagens para Miami e Orlando batem recorde ano após ano em consequência da ascensão de milhões de pessoas à “nova” classe média graças às políticas implementadas pelo governo do PT. Ou seja, essa admiração (eu diria até esse deslumbramento) pelo modelo cultural norteamericano é compartilhada por todas as classes socioeconômicas brasileiras.

          Por outro lado, o incentivo ao turismo no Brasil é muito limitado e a qualidade dos serviços em regra geral é baixíssima. Dei o exemplo dos resorts nordestinos, muito mais caros do que qualquer alternativa equivalente em outros países do mundo, apesar do serviço frequentemente inferior.

          Posso falar do patrimônio histórico que não é valorizado e muito menos preservado, salvo algumas raras exceções. Ouro Preto conseguiu a façanha de perder o título de Patrimônio da Humanidade da UNESCO, devido ao péssimo trabalho de conservação (e nem falo do absurdo que foi um caminhão ter derrubado uma fonte do Século XVIII – como é que se deixa caminhões circularem no meio desses monumentos históricos tomar nenhuma medida de proteção?). No Pelourinho em Salvador, quando fazem obras de restauro, são geralmente limitadas a uma nova camada de pintura na fachada, sem que exista um plano claro de recuperação ou revitalização da área. Em todas as grandes cidades a especulação imobiliária tem feito enormes estragos e provocado a destruição de dezenas de construções históricas para dar lugar a edifícios.

          O turismo ecológico por sua vez é fraco, mal explorado e mal preservado. Fui para a Chapada Diamantina há dois anos ; é uma região maravilhosa mas explorada muito abaixo do seu potencial. O mesmo podemos dizer do Pantanal, Amazonas e outras regiões do país. E não posso deixar de mencionar a tragédia da Serra da Capivara no Piauí, onde as pinturas rupestres mais antigas das Américas estão completamente abandonadas.

          Basta ver na Europa e nos EUA quanto o turismo representa para a economia para entender o potencial gigantesco que o Brasil desperdiça com a incompetência demonstrada nesse setor.

          Não sei se uma exploração melhor do turismo faria com que a classe média brasileira desistisse de ir até Orlando tirar foto ao lado do Mickey para aproveitar as oportunidades existentes por aqui. Pessoalmente tenho dúvidas em função da influência cultural que mencionei acima ; porém com certeza a quantidade de estrangeiros visitando o Brasil aumentaria sensivelmente, o que traria todos os benefícios que você menciona em termos de geração de empregos e riqueza.

          Quanto à questão de opção política e voto, não sou brasileiro portanto não tenho direito a voto ; ainda assim não me furto a expressar e assumir minhas preferências políticas e tento fazer um trabalho de esclarecimento junto às pessoas que estão dispostas a trocar ideias e discutir questões de fundo, e não demonizar o adversário/inimigo.

          1. Oi Nicolás

            Obrigado pelo texto bonito que fez e pela paciência em escrevê-lo. Honra-me muito saber a sua consideração em tomar-se toda essa moléstia em responder. Eu também não sou brasileiro de nascença, mas moro há quase 30 anos por aqui. Não voto, mas ajudo ao país a crescer, com minha pequena empresa e dando emprego a alguns.

            Concordo muito com os argumentos que levantou. O Brasil, durante muito tempo, foi pensado para alguns milhões da classe mais abastada. Avião ou ônibus; Hotel resort ou favela, etc., ou seja, nunca foi pensado para uma grande classe média, que deveria estar espalhada pelo território nacional em cidades médias comunicadas pelo trem. Mas não é.

            Eu mesmo sinto falta de pousadas honestas (tipo 2 estrelas0 para um orçamento de família classe média e de transporte urbano para a classe média. Espero chegar até lá.

            Sobre o turismo, gente como nós temos capacidade de nos surpreender e enxergar toda essa maravilha que é o Brasil, em todos os aspectos. Apenas para dar exemplo, tenho em casa mais de 2000 LPs de vinil, com a melhor música brasileira possível, coisa que, se depender da mídia, estaria perdido. O Brasil está aí para ser descoberto e para gostar dele.

            O turismo vai melhorar junto com a preparação da infra-estrutura urbana e de segurança que Brasil ofereça aos turistas. Assim como na copa, que tudo funcionou bastante melhor do que o brasileiro estava acostumado.

            Brasil deve definir a sua opção turística: Negócio, aventura ou festa (carnaval, etc.). Acredito em todas as opções, mas principalmente nas duas últimas. Brasil está muito distante. Na Europa a gente faz turismo depois de poucos km de trem, pois já está em outro país. Aqui o turista deve vir com muita segurança e clareza sobre o que irá encontrar.

            O Brasil não conhece Brasil. Todo o mundo aqui devia ser turista por alguns dias e olhar novamente o Brasil. Vai amar e se surpreender.

            Valeu amigão!

             

          2. Talvez o Ciência sem Fronteiras melhore alguma coisa!

            O brasileiro não tem o mínimo conhecimento do mundo nem sabe o que é turismo! Quando qualquer um das nossas classes A e B ganham algum dinheiro que lhes permite viajar para o exterior os primeiros destinos são Miami e New York, simplesmente porque na sua “cultura” estes são os destinos preferenciais.

            Talvez com o projeto de Ciência sem Fronteiras, que está permitindo jovens universitários estudar um ano no exterior esta visão mude, se eles não apreenderem nada pelo menos eles saberão que Orlando não é o máximo em termos de turismo, e abrirão os olhos para o mundo.

            Tem muitos jovens que antes de pleitear a bolsa já estão estudando chinês e outras línguas “exóticas” para poder fazer seus estudos em outros países.

            Um dos maiores problemas do Ciências sem Fronteiras era exatamente a fronteira da língua, tanto que no primeiro ano as universidades portuguesas ficaram repletas de alunos brasileiros (o programa limitou agora a quantidade de alunos a Portugal).

            Muitos acham que neste projeto estão indo somente jovens da classe A ou B que já tem desembaraço e já conhecem outros países, mas não é bem assim, há bons alunos das nossas universidades que chegam a perguntar nos grupos de redes sociais criados por eles se é necessário PASSAPORTE para viajar para o exterior! Estes que fizeram esta pergunta são os que sem o programa de estudo iriam para Orlando!

            Quanto aos “brilhantes” empresários brasileiros que estão indo para a Flórida estão ocorrendo situações hilárias, tais como aqueles que compram casa nos USA e depois de algum tempo retornam correndo com o rabo entre as pernas porque descobrem que tem que pagar imposto de renda bem mais alto que no Brasil (a alíquota máxima do IR norte-americano é em torno de 46%!).

  4. O voto na santinha

    Ao votar em Marina há quem pense estar votando numa Santa e não num projeto neoliberal que será prejuizo para ele eleitor(a). Por isso a imprensa, banqueiros e abutres que apoiam a santa não querem saber de discutir modelos de visão de estado, politica…O verdadeiro estelionato eleitoral

    1. Excelente Henrique

      Em momentos da sua entrevista, o Murilo falou o mesmo que já tínhamos levantado aqui no blog, de que empresários brasileiros, propositalmente, quase com certeza mancomunados com a candidatura tucana, paralisaram investimentos e adiaram pagamentos a fornecedores, querendo fomentar este clima que sustenta o discurso do Aécio.

  5. Nassif faz duas afirmações interessantes:

    Temos baixo grau de inteligência coletiva e  faltam discussões públicas sobre projetos de país

    A alavanca do desenvolvimento é a coletividade. Não ocorreu no Brasil, salvo com  “populistas” como Vargas e Lula, exatamente os que menos abandonaram as discussões públicas

    Fossemos uma sociedade com inteligência coletiva e com discussões públicas não chegaríamos aos caos nos transportes, saúde e educação e justiça com criminalização da pobreza

    Frutos da invasão por mercenários que formaram a elite que se consolida com o escravismo e os golpes que derrubaram ou manietaram governos que pensaram acabar com o sistema de casa grande e senzala e tentaram formar um país com inteligência coletiva e políticas para todos

  6. “O sujeito saca uma bandeira

    “O sujeito saca uma bandeira única para ingressar na discussão”:

    Ainda Aecio entao:  nao ha UM assunto nacional que Aecio domina.  Por enquanto, a “bandeira unica” dele consiste em atacar o governo(!) pois ele nao tem nada aas maos pra mostrar.

    A gestao dele em Minas demonstra isso claramente.

  7. NA CONFUSÃO ESTÁ O PERIGO

    Os programas se confundem às vezes, com muitas ações onde quase todos concordam

    DE ACORDO

    O mais engraçado é que, de todos os programas de governo apresentados, a maior parte dos assuntos corresponde a boas ideias em que todos estão de acordo.

    Todos querem melhorar: a saúde (SUS), mais médicos, Bolsa Família; Habitação popular; segurança pública, transporte urbano, educação integral, Reforma Agrária, ferrovias, portos, infra-estrutura em geral, etc.

    Os meios de divulgação – que promovem debates – fariam um grande favor ao Brasil se um dia chamassem a discutir para fazer um plano único de governo, em aqueles aspectos onde todos concordam, e prometer ao povo que qualquer um que for eleito fará destas políticas como “políticas de Estado”, em longo prazo e com respaldo de todas as bancadas.

    DIFERENÇA

    Separar exatamente os pontos que dividem e marcar posição cada um

    ·         Banco Central;

    ·         Dividas interna e externa ao capital financeiro;

    ·         Privatização total; PPP ou tudo estatal;

    ·         MERCOSUL e política externa;

    ·         Políticas para o BNDS;

    ·         Amazônia / Índios / soberania

    ·         Etc.

    1. “O mais engraçado é que, de

      “O mais engraçado é que, de todos os programas de governo apresentados, a maior parte dos assuntos corresponde a boas ideias em que todos estão de acordo.

      Todos querem melhorar: a saúde (SUS), mais médicos, Bolsa Família; Habitação popular; segurança pública, transporte urbano, educação integral, Reforma Agrária, ferrovias, portos, infra-estrutura em geral, etc”:

      Sim, so que nao da pra acreditar isso vindo da direita brasileira.  Quando eles tiveram chance -e nao foram poucas- eles nao moveram uma palha pelo desenvolvimento do Brasil.

      TODO o dominio deles sobre TODOS os assuntos eh estritamente ideologico, nunca tecnico.  Alias, se voce tentar se lembrar de alguma entrevista com Aecio voce vai ver que todas as criticas eram sobre a ideologia -pois tecnicamente, ele eh vazio de qualquer conteudo!

      E isso vai pra direita toda.  Nao adianta dizer que universidade paga eh uma fria -o dominio ideologico da direita ditou que universidade tem que ser paga e pronto, nao precisa de um estudo, uma pesquisa, uma unica prova.

      Ou lembre se das criticas ao Mais Medicos, para outro exemplo. TODAS ideologicas -porque todas as tentativas de criticas tecnicas esbarraram no sucesso do programa.

      Ou as criticas ao BF, que a esse ponto dispensam mais palavras gastas aa toa.

      Ou tente abrir uma discussao seria, tecnica, a respeito do assunto “reforma agraria” pra ver o que eh bom pra tosse!

      Em todo assunto voce ve isso no Brasil.  Voce  tenta falar em desenvolvimento e tem que lidar com ideologia da direita -e nao interessa o assunto, eles sao contra.

  8. O problema cultural e os temas complexos

    Tensões entre Abertura Democrática e Cultura

    A cultura é explicada como uma lente através da qual o homem observa o mundo.Causas e efeitos são compreendidos de forma diferente, por aqueles que possuem culturas diferentes e, por conseguinte, isso afeta a própria lógica social. O sistema cultural é dinâmico e sempre está mudando, em decorrência da vivência de novas experiências e pela agregação de novos conhecimentos.Para Habermas (2003, ps. 130-131) os valores culturais transcendem os fatos a as ações. Essas últimas são condensadas nas síndromes bibliográficas e históricas das orientações dos valores, sob os quais os sujeitos podem discernir entre o que é viver com qualidade e bem viver e simplesmente sobreviver. Assim, esses valores marcam a identidade de grupos e indivíduos que constituem uma parte que integra a respectiva cultura. Por essas razões, as questões morais que movem as condutas individuais estão intrinsecamente relacionadas às esferas práticas do bem viver, entendido também como autorrealização. Por isso Habermas sustenta a intrínseca relação entre a cultura e a democracia.Por outro lado, quando se tenta estabelecer a relação entre democracia e desenvolvimento, percebe-se que isso é uma coisa instável e difícil, pois a primeira pode aniquilar a segunda e a segunda pode sufocar o desenvolvimento. A necessidade de desenvolvimento gera fortes tensões e provoca, de imediato, conflito e não paz, em razão, principalmente, do aumento da necessidade de concretização de justiça social e da própria restrição ao consumir, que geram revolta nos seios populares devido ao aumento da expectativa de melhoras condições de vida (FERREIRA FL.,1972, p. 44). A conscientização e as mobilizações populares, essenciais para o alcance do desenvolvimento, agravam o quadro de insatisfação.A inexistência de serviços públicos e a fragilidade de políticas econômicas e sociais que busquem a emancipação da cidadania colocam a comunidade em um papel fundamental para reivindicação e suprimento dos referidos serviços (PINHEIRO, 1998, p. 108). Bohman (2000, p. 57) foi além e esclareceu que o pluralismo cultural, a acentuação das desigualdades e a complexidade social representam, na atualidade, desafios à democracia, pois possibilitam a produção de movimentos populares antiinstitucionais e antidemocráticos, como organizações criminosas e milícias, que só podem ser superadas de forma eficiente caso o Estado reaja, criando novos fóruns e promovendo reformas institucionais em que os cidadãos deliberem juntos e possam fazer uso da própria razão nas mais diversas formas.Biddle (1969, p. 144) explicou que a ausência de senso comunitário gera a violência local, que reflete a insatisfação das minorias em relação à autoridade e a outras frustrações da população, como desemprego, preconceito, falta de acesso ao ensino básico. Por isso, no planejamento estatal em âmbito microrregional, é importante buscar a compreensão dos fatores de violência urbana e de propostas de solução, para entender quando os indivíduos perderam – ou se algum dia tiveram – sentido de comunidade. O sentimento de não pertencer ao meio, de não ser desejado e de não compartilhar uma identidade cultural comum retratam a própria perda da dignidade humana. As experiências comunitárias e o fortalecimento das unidades familiares mostram-se, por isso, essenciais para o processo construtivo do desenvolvimento.Isso ocorre porque a questão democrática, envolvendo a cidadania, passa pelo “mundo da vida” conforme Teoria da Comunicação. Habermas (1997, ps. 111-112) explicou que esse mundo da vida é a face da cultura, e é formado por uma rede de ações comunicativas, difundidas em espaços sociais no decurso da história. As ações comunicativas, por sua vez, não são apenas alimentadas pelas tradições culturais, mas também dependem da identidade dos indivíduos socializados, que são aqueles que conseguiram se afirmar na qualidade de sujeitos de direitos, que encontram condições de apoio e de reconhecimento recíproco no meio, articulado em uma ordem legítima. Daí se conclui que a prática comunicativa cotidiana nada mais é do que um jogo entre reprodução cultural, integração social e socialização, em que a linguagem do direito pode intervir como transformadora de realidade.E aqui se assenta a proposta dialógica da Constituição Federal e da legislação infraconstitucional, verificável pelos inúmeros instrumentos legais que incentivam e possibilitam a participação direta da sociedade nas decisões públicas, como já esclarecemos. A mudança de foco do Direito de instrumento de controle social para o Direito de mudança social. Contudo, quando se passa à questão da eficácia dessas ferramentas normativas, de maturidade e de valores norteadores, nota-se a importância da cultura.Miranda (2007, ps. 255-256) preocupou-se em esclarecer algo que parece óbvio:a cultura não se confunde com a política, entretanto, em razão da sua relevância coletiva, os poderes públicos nunca lhe foram indiferentes. A posição do Estado perante os fenômenos culturais varia de acordo com épocas e regimes políticos, ambos diretamente afetados por políticas culturais. O critério principal dessa correlação é a liberdade (regimes democráticos, autoritários e totalitários), mas ela não é o único, pois também é necessário considerar as relações econômicas (regimes de economia de mercado e de direção central total), estrutura da administração pública (regimes centralizados e descentralizados), e mais especificamente dentro da cultura os aspectos religiosos (regimes de união entre Estado e religião e laicistas).Quando se adota essa perspectiva, compreende-se por que as experiências de arranjos participativos, provocados pelas novas aberturas de espaços deliberativos, estão causando profundas perturbações no modo como as decisões são tradicionalmente tomadas no Brasil. Na verdade, verifica-se uma tensão entre a permanência dos traços característicos de cultura política – como o centralismo e o clientelismo – e a possibilidade de superação e redução desses efeitos, em decorrência da maior visibilidade para o funcionamento da Administração, propiciada pela inclusão da sociedade civil nos processos decisórios (FERRAZ, 2009, p. 134).A democracia representativa é marcada pelo jogo político. A ansiedade pelo desenvolvimento imediato alimenta a manipulação da população e cria uma simbiose paradoxal entre os agentes detentores do poder. Eagleton (2005, ps. 83-84) alertou que a alta cultura pode servir como forma de persuasão moral e ferramenta de imposição de poder, à medida que permite que uma ordem governante molde para si mesma uma identidade formal e inflexível, imputada como uma arma ideológica frente a outras culturas, para buscar uma tirania do consenso.O alcance ideal do consenso, inclusive, é alvo de críticas não só de Eagleton mas também de cientistas políticos, e remontam uma discussão filosófica traçada inicialmente por Rousseau e Montesquieu. O primeiro defendia o monismo social, em que a pluralidade de grupos deveria se sujeitar a um só grupo, o Estado, detentor do poder democrático verificado pela vontade geral, contrapondo-se à teoria do pluralismo social desenvolvida por Montesquieu, que serve de contrapeso à força da organização estatal, em que corps intermédiaires precisam ser fortalecidos e mantidos fora do controle do Estado, a fim de permitir ao indivíduo, à minoria, resistir à prepotência e à injustiça da maioria (FERREIRA FL, 1972, ps. 86-87).De um ponto de vista mais pragmático, mesmo quando a maioria apresenta-se politicamente mais forte, o poder político só é eficaz na medida em que o sistema político se mantenha coeso. Indubitavelmente, a necessidade de ações comuns na vida em sociedade exige uma tomada de decisão que proteja o princípio da igualdade e reconheça a capacidade dos cidadãos em se posicionar autonomamente; o critério majoritário é o que mais se aproxima desse propósito (WALDRON, 2003, p. 160). Ora, pensar no homem como sujeito de direitos exige liberdade e respeito ao princípio da autonomia da vontade, sob pena de se consolidar a manipulação e a tirania do consenso tratadas por Eagleton.Essa tese vai ao encontro da proposta teórica de Rawls (2008, p. 560) para quem uma sociedade bem ordenada, efetivada por uma concepção pública de justiça, que valorize o indivíduo através da afirmação de sua autonomia e do incentivo à reflexão objetiva sobre seus desígnios e opiniões, promove o bem de seus membros.A consistência jurídica e a adequação social do direito dependem do princípio da igualdade, o que significa que diferenças econômicas, educacionais, religiosas, políticas, culturais, referentes ao saber, mesmo que legítimas nos respectivos campos do contexto social, não devem transitar imediatamente para o direito, sobretudo, se forem assimétricas (NEVES, 2009, p. 66).Isso permite estabelecer um diálogo e, por conseguinte, maior eficácia do planejamento público, afinal, a legitimação da atuação estatal envolve a necessidade do sistema político institucionalizar formas e procedimentos capazes de regular, disciplinar e reprimir conflitos, além de minimizar antagonismos e tensões entre indivíduos.Entretanto, a implantação de uma democracia gerencial, a ser realizada através de um planejamento comunicativo, para a realização de um “sistema de ações concretas” (GUERRA, 2005, ps. 348-349), exige que alguns pressupostos sejam observados, dentre eles, que o sujeito deve ser pensado como ator capaz de escolhas racionais. Além disso, deve-se manter a perspectiva de que as estruturas não nascem espontaneamente, elas são produzidas pelos atores; já as transformações, que são obtidas através de objetivos coletivamente definidos, ocorrem em negociações compostas de interações desiguais, conforme o poder econômico-social dos envolvidos. Esses são fatores importantes a serem considerados pelo Estado no momento da mediação.Por isso reitera-se que o planejamento público também está intrinsecamente relacionado à cultura, pois esta reflete os valores sociais, devendo ser inserida não só como objeto, mas como instrumento para a construção do planejamento na busca do desenvolvimento nas comunidades. Diante dessa percepção, é possível ratificar que para a construção de uma ordem desenvolvida não é suficiente a elaboração do planejamento por um grupo de técnicos, ou seja, um grupo isolado de especialistas; isso requer o envolvimento de toda comunidade.Percebe-se claramente a relação entre desenvolvimento, democracia e cultura. A institucionalização de uma democracia real deve ser feita a partir da conjuntura, de acordo com o caráter e as tradições de cada povo (FERREIRA FL.,1972, p. 58), buscando realizar as adaptações institucionais às peculiaridades e à formação cultural dos indivíduos, sob pena de distorções e de haver unicamente uma democracia formal.Reitera-se, portanto, a proposta de planejamento comunicativo habersiana,  subsidiada na deliberação social.É possível definir cultura política como aquela que representa um conjunto de crenças, de valores e de atitudes que orientam o comportamento político da sociedade.Nesses termos, Mahaniah (1994, p. 148) defende que para haver um regime verdadeiramente democrático, a cultura política precisa estar arraigada aos seguintes elementos: (1) aceitação da lei como reguladora e limitadora do poder estatal e como instrumento hábil para a solução de conflitos individuais e coletivos; (2) prática do associativismo para formação de grupos de interesses autônomos ao do Estado, que defendam a tolerância, a aceitação e respeitem opiniões; (3) garantia dos direitos individuais; (4) obrigação de cada indivíduo em participar da gestão pública e de práticas políticas, o que envolve capacidade eleitoral ativa e passiva. Da análise desses elementos, percebe-se que a democracia relaciona-se à liberdade e a um mínimo de espaços reais para discussão (NEVES, 2009, p. 57).Também é preciso discernir que além de liberdade política é necessário haver liberdade econômica, pois onde não há liberdade de consumo, inexiste a liberdade básica. Souza Barros (1977, ps. 216-217) apontou que a democracia não pode deixar de se apoiar no todo complexo social, e não se concebe mais pensar em democracia apenas em termos políticos, pois os filtros econômicos cerceiam direitos. Além disso, a liberdade política só é alcançada por meio da garantia de direitos sociais fundamentais, face ao desenvolvimento qualitativo, conforme explicado anteriormente.Nesse diapasão, segundo Alexy (1993, p. 487), os direitos sociais formam um conjunto de direitos sem os quais as liberdades públicas se transformariam em meras fórmulas vazias, pois aqueles exigem uma forma atuante do Estado, a fim de promover a igualdade dos hipossuficientes. Dessa proposta, e mantendo o foco no Estado Democrático de Direito, consolida-se na doutrina a ideia de direitos fundamentais operacionais e condicionantes, onde os primeiros representam direitos de liberdade e exercício de poder político, inerentes à democracia, e os últimos, um aspecto indireto desta. O conjunto desses direitos, com relação ao ambiente estatal, desempenha o papel de subsistemas constitucionais, em que a função dos direitos condicionantes é obter dos grupos sociais e econômicos adesão ao ordenamento estatal vigente, através dos direitos operacionais, ou seja, permitir que esses grupos participem do jogo político, sustentando a democracia (COUTO, 2006, p. 107). Isso corrobora a preocupação da proteção da igualdade nos processos deliberativos tratados anteriormente neste texto.Pode-se constatar que o caminho para a concretização de direitos, ou seja, para o alcance do próprio desenvolvimento, passa pela viabilidade de cobrança e de fiscalização da mobilização das comunidades, por meio de mecanismos legais que possibilitem o verdadeiro capital político e o conhecimento de como funciona o sistema social, este entendido como capital educacional agregado, bem como as predisposições da cultura, compreendida como capital cultural agregado, e as efetivas possibilidades da civilidade, que é o capital tecnológico agregado (PUGLIESI, 2009, p. 83). Dentro do capital tecnológico estão os novos recursos, como a comunicação em rede, a internet e todas as ferramentas que possibilitam a publicidade dos atos públicos e permitem maior divulgação e mobilização dos atores.Essa cultura social, segundo Amartya Sem (2010, p. 207), interfere na instrumentalidade e no papel construtivo da democracia, que cria oportunidades de melhoras qualitativas nos índices de desenvolvimento humano. Ratificando esse entendimento, o ONU-Habitat (2011, p. 5), relatório publicado no Brasil pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), constatou que as cidades podem ser abertas ou fechadas à capacidade de seus habitantes de terem acesso às decisões eparticiparem dos diferentes tipos de interação e troca. Isso traz profundas repercussões ao meio urbano, que pode tornar-se um lugar de inclusão e de participação, ou, ao revés, de exclusão e de marginalização.Portanto, para o planejamento e para a construção de espaços democráticos é necessário descobrir mecanismos limitadores e lançar uma proposta de reação inteligente a fim de superá-lo (LIBÂNIO,1985, p. 48) e um bom caminho para isso é a aquisição de conhecimentos e a descoberta, pelos indivíduos, da própria realidade.Castoriadis (1992, p. 12) destacou que espaços realmente públicos dependem da tomada de consciência do fato de que a comunidade é parte de cada indivíduo que faz parte dela e o destino da primeira pode ser definido através do que cada indivíduo pensa, faz e decide. Isso é educação cidadã, ou seja, a participação na vida pública, a qual representa a cultura em si.Por fim, lembramos que, como instrumento de desenvolvimento, o planejamento público legítimo exige um compromisso público do Estado para romper os círculos viciosos de exclusão social, o qual deve partir da cultura do povo, para integrar os indivíduos e as metas de desenvolvimento traçadas, e assim consolidar a democracia participativa e verdadeiramente legítima, conforme os valores constitucionais brasileiros.

    Revista DIREITO GV 16

    Páginas 416 à 421 

    Autor: Aline Virgínia Medeiros Nelson e Sérgio Alexandre de Moraes Braga Junior

    Artigo Completo: 

    Democracia e cultura no planejamento do desenvolvimento urbano

    http://assisprocura.blogspot.com.br/2013/12/tensoes-entre-abertura-democratica-e.html

  9. A boa pessoa da Marina vs seu péssimo projeto para a educação
    Time econômico de Marina defende privatização do Ensino Público e ensino pago em universidades públicas.

Reduzir o papel do estado na educação pública fortalecida,em palestra em Campinas, no evento "A economia Brasileira: Desafios ao seu crescimento",  Eduardo Giannetti, um dos gurus de Marina Silva para a economia, defende o ensino pago nas universidade públicas, Marina Silva se intitula "Nova" Política mas é a VELHA POLÍTICA, entreguista, liberal do estado mínimo.

http://cartacampinas.com.br/2014/08/assessor-de-economia-de-marina-silva-defende-que-aluno-da-unicamp-pague-mensalidade/

http://mariafro.com/2014/08/29/44473/

https://jornalggn.com.br/noticia/giannetti-defende-o-ensino-pago-nas-universidadesFalandoverdades 2 com Carlos Costa

    Time econômico de Marina defende privatização do Ensino Público e ensino pago em universidades públicas.

    Reduzir o papel do estado na educação pública fortalecida,em palestra em Campinas, no evento “A economia Brasileira: Desafios ao seu crescimento”, Eduardo Giannetti, um dos gurus de Marina Silva para a economia, defende o ensino pago nas universidade públicas, Marina Silva se intitula “Nova” Política mas é a VELHA POLÍTICA, entreguista, liberal do estado mínimo.

     

  10. modelo marina: Entregar o governo para a banca!

    E para o povo pobre e trabalhador… quem sabe vem algum milagre?

    Esta mistura retrógrada de neoliberalismo com o velho testamento é o verdadeiro apocalipse. 

    1. Pior eh que esse velho

      Pior eh que esse velho testamento ta com mais cara de ser verdadeiro do que o “neoliberalismo” do PSB…

      Use sua psicologia forensica pra extrair algum sentido disso, por exemplo:

      Irmão de Campos diz que é União, não donos do ‘avião-fantasma’, quem deve indenizar em Santos

      Nao bate com nada que eu conheco.  Qualquer pessoa nessa situacao estaria pulando no pescoco de quem quer que seja o dono do aviao!  E o irmao de Eduardo os esta escondendo!

      1. Seitas. Misticismo. Atraso.

        Há vínculo entre os neoliberais da banca e os crentes como marina.

        Ambos acreditam em um poder sobrenatural, uma mão invisível, definindo o destino dos homens.

        Quando dá errado (e sempre dá errado) penduram a conta no Estado. Nas costas do trabalhador.

         

        Os ricos ampliam seus privilégios enquanto os pobres…  vão receber apenas depois da morte.

         

      2. As únicas vítimas: Eduardo e seus acompanhantes

        Ivan, cada vez mais estou convencido de que tanto os aliados de Campos (Marina inclusa), quanto seus familiares, conhecem exatamente as causas do “acidente” e estão se permitindo, em nome não sei do quê, ser usados pelo poder econômico, principalmente o financeiro. O resultado disso, caso a madre seja eleita, será o desmonte de toda a caminhada social/desenvovimentista interna/externa mantida pelo PT, o que, a médio prazo, trará as consequências nefastas p/ as classes “c”, “d” e “e”, as quais voltarão p/ a desesperança dos 500 anos de História. Os interesses em jogo p/ evitar mais um mandato do “intervencionista” governo petista são gigantes, tendo em vista o potencial econômico do Brasil de hoje. Triste, muito triste!

  11. A derrubada de Jango e os temas da eleição de 2014

    Tudo fiz por um Governo democrático e justo, no qual se processassem, pacificamente, com a colaboração dos órgãos legislativos, as transformações essenciais da sociedade brasileira; quis um Governo que incorporasse à família nacional, com acesso aos benefícios da civilização do nosso tempo, os milhões de patrícios humildes do campo e as áreas marginalizadas da população urbana; empenhei-me por um Governo que exprimisse os anseios legítimos dos trabalhadores, dos camponeses, dos estudantes, dos intelectuais, dos empresários, dos agricultores, do homem anônimo da rua para, todos juntos, travarmos a difícil luta contra a miséria, a doença, o analfabetismo, o desemprego e a fome. Sobre mim recaiu, então, todo o ódio dos interesses contrariados.

    Promovi o reatamento de relações diplomáticas com as nações do mundo e assumi a responsabilidade de alargar nossos mercados, no interesse único da economia do país e do bem-estar do nosso povo. Executei uma política externa independente. Condenamos o colonialismo, sob qualquer disfarce, defendendo os princípios da não-intervenção e da autodeterminação dos povos. Nunca transigi com a dignidade do meu país e o respeito à sua soberania. Hoje, representantes estrangeiros interferem publicamente nos assuntos internos do país ou conhecidas organizações monetárias internacionais fixam, unilateralmente, condições humilhantes, em cláusulas de negociações, para ajudas ilusórias que, internamente, agravam o sofrimento do nosso povo e, externamente, aviltam os preços dos nossos principais produtos de exportação. E já se fala na execução de acordos que abrirão o caminho legal para a instalação, em nosso território, de importantes bases militares, sob o controle e o comando de outras nações.

    Decretei, brasileiros, a regulamentação da lei de disciplina do capital estrangeiro. Decretei o monopólio da importação do petróleo e a encampação das refinarias particulares. Decretei a desapropriação de terras, objeto de especulação do latifúndio improdutivo. Decretei a implantação da empresa brasileira de telecomunicações. Lutei pela Eletrobrás. Decretei a limitação dos aluguéis, dos preços dos remédios, dos calçados, das matrículas escolares, dos livros didáticos. Hoje, os aumentos incontrolados do custo das utilidades indispensáveis à vida do povo atingem limites insuportáveis.

    Promovi, por todos os meios, campanha intensiva de educação popular, para suprimir o analfabetismo em nossa Pátria. Estimulei os investimentos que promovessem maiores oportunidades de trabalho. Quis vencimentos dignos para todos os servidores públicos, civis e militares. Assegurei aos trabalhadores do campo o direito legal de organizarem seus sindicatos e defendi o salário real de todos os brasileiros, que deve acompanhar a elevação do custo de vida, respeitando a liberdade constitucional dos seus movimentos reivindicatórios legítimos.

    Bati-me pelas reformas de base, para que o Congresso as votasse democrática e pacificamente. Muitas vezes pedi a colaboração de suas lideranças partidárias. Nada foi possível obter. Mas ninguém se engane. As reformas estruturais, que tudo empenhei por alcançar, rigorosamente dentro do processo constitucional, nenhuma força conseguirá detê-las e nada impedirá a sua consecução. Neste dia, brasileiros, longe de todos, o pensamento voltado para a memória de Getúlio Vargas, que tombou sacrificado pelas mesmas forças que hoje investem contra mim, reflito sobre as permanentes verdades que o admirável estadista denunciou em sua Carta-Testamento, e anima-se a confiança que tenho no futuro do meu país. Não posso concebê-lo presa da intolerância, da tirania, da ilegalidade, que são atitudes repudiadas pelos sentimentos generosos de nossa gente.

    Extrato de:

    http://socialistamorena.cartacapital.com.br/jango-rompe-o-silencio/

  12. A atualíssima carta – testamento de Vargas no debate de 2014

    Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se novamente e se desencadeiam sobre mim.

    Não me acusam, me insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive que renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a Justiça da revisão do salário-mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente.

    Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder.

    (…)

    Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia, não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história.

    Extrato de:

    http://www0.rio.rj.gov.br/memorialgetuliovargas/conteudo/expo8.html

    1. A data não é 1954, mas sim 1908!

      Caro Assis.

      Nesta semana revi um documentário produzido pela TV Senado, intitulado “Vargas do Brasil”. Além de me espantar mais uma vez pela excelente qualidade deste programa na TV Senado, da qual ninguém espera nada! A grande novidade para mim foi a revelação feita por um pesquisador que relata o primeiro discurso público de Vargas em praça pública lá pelo ano de 1908.

      A imagem que tentam vender de Getúlio Vargas, e que até mesmo eu tinha, é que o mesmo foi se adaptando e evoluindo com o tempo. Pois o mais surpreendente de tudo é que este pesquisador identifica PRECISAMENTE o mesmo discurso da importância da industrialização do país em 1908! Uma industrialização que deveria compensar a RELAÇÃO DE TROCAS entre os países do terceiro mundo e do primeiro mundo. Ou seja, a caracterização de Getúlio como um oligarca que existiam as pencas no início do século XX é falsa, pois na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul ele já via com clareza toda a política de desenvolvimento que deveria ter um país como o Brasil, mais interessante do que a carta testamento, que foi escrita em 1954, era apresentar este pronunciamento em 1908 que talvez mostre que Getúlio não fez antes o projeto que ele tinha para o Brasil não porque ele não o conhecesse, mas sim porque outras forças retrógradas o impediram.

      Também tem uma declaração interessantíssima da neta de Getúlio Vargas que diz que o Brasil sé terá futuro quando entender corretamente o pensamento do presidente.

      1. Nota dez pelo seu comentário,

        Nota dez pelo seu comentário, também assiti o documentário, muito bom mesmo. A história ainda á de fazer justiça com  o maior brasileiro de todos os tempos “Getúlio Vargas”.   Ele enfrentou de peito aberto a direita entreguista, e nazi/facista. É lógico que foi um homem de carne e osso, acertou muito, também falhou. Confiou demais em pessoas que não mereciam confiança, acuado por pressão dos nazistas entregou Olga Prestes a seu algozes-não precisava te-lo feito.

        Aliás, a mesma camarilha que o matou, continua firme e forte entre nós.

      2. gastança do senado

        Quer dizer que a TV Senado produz documentários? Haja desperdício de dinheiro público  no Senado. Em certa ocasião, há tempo, a rádio Senado apresenta um programa de jazz feito pelo colunista Noblat. O documentário era getulista, do PTB ? Mencionava a crueldade de Getúlio como ditador, como inimigo da liberdade de expressão? Mencionava a corrupção que envolveu familiares dele, Getúlio? Ou só destaca os acertos da sua ditadura e de seu governo eleito pelo povo? O senado, com tanta gastança e com senhores idosos ou não que pouco produzem e ganham muito (Aécio, E.SUplicy, Pedro Simon, etc) podia deixar de existir, seria uma economia para a democracia. O senado, proporcionalmentem custa mais que a Câmara dos deputados. Isso é uma vergonha. Não vou votar em nenhum cadidato de SP porque eles não se comprometem a reduzir pela  metade o custo do senado e nem mencionam o fator previdenciário.

  13. Atualíssimo Dom Pedro I no debate posto nessa eleição de 2014

    O Manifesto da Independência do Brasil

    O manifesto a seguir, assinado por Dom Pedro I em primeiro de agosto de 1822, é o documento oficial em que o príncipe regente proclama a independência do Brasil, (…)

    A independência é anunciada aqui sem meias palavras e com clareza indiscutível. Em tese, esse documento tem mais valor histórico real do que o mero Grito do Ipiranga, uma proclamação apenas verbal feita  por Dom Pedro perante sua própria comitiva, e mais de um mês depois.

    Devido talvez ao seu tom crítico às elites e ao destaque que dá ao povo e à participação popular na política, o Manifesto de Primeiro de Agosto parece ter sido jogado ao esquecimento.

    Extrato da transcrição de Carlos Cardoso Aveline:

    Brasileiros,

    Está acabado o tempo de enganar os homens. Os governos, que ainda querem fundar o seu poder sobre a pretendida ignorância dos povos, ou sobre antigos erros, e abusos, tem de ver o colosso da sua grandeza tombar da frágil base, sobre que se erguera outrora. (…)

    Que luta porfiosa entre partidos encarniçados, entre mil sucessivas e encontradas facções? A quem ficaria pertencendo o ouro e os diamantes das nossas inesgotáveis minas; estes rios caudalosos, que fazem a força dos Estados, esta fertilidade prodigiosa, fonte inexaurível de riquezas e de prosperidade? Quem acalmaria tantos partidos dissidentes, quem civilizaria a nossa povoação disseminada e partida por tantos rios que são mares?
    (…)

    Brasileiros! Para vós não é preciso recordar todos os males a que estáveis sujeitos, e que vos impeliriam à Representação que me fez a Câmara, e povo desta cidade no dia 23 de maio, que motivou o meu Decreto Real de 3 de junho do corrente ano; mas o respeito que devemos ao gênero humano exige que demos as razões da vossa justiça e do meu comportamento. A história dos feitos do Congresso de Lisboa a respeito do Brasil é uma das histórias de enfiadas injustiças, e sem razões, seus fins eram paralisar a prosperidade do Brasil, consumir toda a sua vitalidade, e reduzi-lo a tal inanição e fraqueza que tornasse infalível a sua ruína e escravidão. Para que o mundo se convença do que digo, entremos na simples exposição dos seguintes fatos.

    Legislou o Congresso de Lisboa sobre o Brasil sem esperar pelos seus representantes, postergando assim a soberania da maioridade da Nação.

    Negou-lhe uma delegação do Poder Executivo, de que tanto precisava para desenvolver todas as forças da sua virilidade, vista a grande distância que o separa de Portugal, deixando-o assim sem leis apropriadas ao seu clima e circunstâncias locais, sem prontos recursos às suas necessidades.

    Recusou-lhe um centro de união e de força para o debilitar, incitando previamente as suas Províncias a despegarem-se daquele que já dentro de si tinham felizmente.

    Decretou-lhes governos sem estabilidade e sem nexo, com três centros de atividade diferentes, insubordinados, rivais e contraditórios, destruindo assim a sua categoria de Reino, aluindo assim as bases da sua futura grandeza e prosperidade, e só deixando-lhes todos os elementos da desordem e da anarquia.

    Excluiu de fato os brasileiros de todos os empregos honoríficos e encheu vossas cidades de baionetas européias comandadas por chefes forasteiros, cruéis e imorais.

    Recebeu com entusiasmo e prodigalizou louvores a todos esses monstros, que abriram chagas dolorosas nos vossos corações ou prometeram não cessar de as abrir.

    Lançou mãos roubadoras aos recursos aplicados ao Banco do Brasil, sobrecarregando de uma dívida enorme nacional de que nunca se ocupou o Congresso: quando o crédito deste Banco estava enlaçado com o crédito público do Brasil, e com sua prosperidade.

    Negociava com as nações estranhas a alienação de porções do vosso território para vos enfraquecer e escravizar.

    Desarmava vossas fortalezas, despia vossos arsenais, deixava indefesos vossos portos, chamando aos de Portugal toda a vossa Marinha; esgotava vossos tesouros com saques repetidos para despesa de tropas, que vinham sem vossa solicitação, para verterem o vosso sangue e destruir-vos, ao mesmo tempo que vos proibia a introdução de armas e munições estrangeiras com que pudésseis armar vossos braços vingadores e sustentar vossa liberdade.

    Apresentou um projeto de relações comerciais que, sob falsas aparências de quimérica reciprocidade e igualdade, monopolizava vossas riquezas, fechava vossos portos aos estrangeiros e assim destruía a vossa agricultura e reduzia os habitantes do Brasil outra vez ao estado de pupilos e colonos.

    Artigo completo:
    http://www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=422#.Ukfs8T-1uvM

    http://assisprocura.blogspot.com.br/2013/09/o-manifesto-da-independencia-do-brasil.html

  14. Cabeça de planilha

    O Nassif sonha em maximizar uma função (desenvolvimento) composta de “n” variáveis (diversos fatores/recursos) sujeita a um conjunto de restrições (inequações) que define uma lógica (ações estratégicas) cronogramada no tempo.

    Ou seja, você sai do Estado da Nação com um índice de qualidade 1 para alcançar o Estado da Nação com um índice de qualidade 2 (superior a 1) em um determinado perído de tempo, através de um projeto de desenvolvimento composto pelos diversos fatores/recursos que maximize os ganhos dos diversos grupos de interesses envolvidos, levando em consideração as fragilidades que o país apresenta.

    Esse é um problema a ser resolvido por um “cabeça de planilha”.

    1. Simplicidade é a palavra-chave

      Eu prefiro uma coisa mais simples, porém factível.

      O projeto nacional-popular, implantado a partir de 2003, investiu na eliminação da pobreza e da miséria extrema, fortalecendo o mercado interno para mais adiante.

      Aproveitando-se das condições favoráveis do mercado externo, o país ganhou dinheiro como nunca, vendendo commodities e alguns manufaturados. Pagou dívidas e acumulou reservas de quase US$ 400 bilhões.

      Cuidou de investir mais em educação e saúde.

      A taxa de emprego bombou.

      Fortaleceu a Petrobrás e investiu em pesquisa de petróleo no fundo do oceano. Descobriu o pré-sal.

      A indústria naval reergueu-se. Os fornecedores da Petrobrás bombaram.

      Veio a crise de 2008. A cabeça instintiva de operário deu um banho nos economistas e estimulou o crédito para fazer bombar o consumo: automóveis, eletônicoe e eletrodomésticos, alimentos e casa própria.

      O mercado interno fortalecido nos últimos anos respondeu aos apelos do consumo.

      Os bancos públicos bombaram. Os bancos privados nunca ganharam tanto dinheiro.

      O ciclo virtuos continuou a gerar empregos e aumentar a renda do trabalho,, distribuindo renda e diminuindo a desigualdade..

      Os cabeças de planilha quase cometeram suicídio coletivo.

      A Petrobrás foi preparada para explorar o pré-sal e já produz 500.000 barris de petróleo/dia.

      ! trilhão de dólares nos esperam para investir em educação e saúde.

      A infraestrutura do país está sendo preparada para um novo ciclo de desenvolvimento agora, lastreado no pré-sal.

      Esse projeto de desenvolvimento, lógico e simples, está sendo ameaçado pela eleição de Marina Silva…

      Eis um projeto de desenvolvimento que os brasileiros ameaçam detonar.

      E os “cabeças de planilha” ameaçam ressuscitar.

      .

  15. E não é possível viver num

    E não é possível viver num país com uma imensa massa de miseráveis. Nenhum país chegará a lugar algum se não curar as suas “chagas” sociais. Porque atrás da miséria vem degradação humana e violência.

     

     

  16. Os problemas são de fato variados e complexos

    Um bom post, pois aponta que a programação das ações de governo envolve uma vasta gama de considerações, de avaliações dos distintos problemas e da maneira como seu enfrentamento pode ser realizado de maneira coerente e harmônica no seu conjunto.  Isso tem claramente faltado no país, e o fato se escancara quase bizarramente nas campanhas eleitorais. O Brasil precisa criar com urgência uma agenda nacional de desenvolvimento social e econômico. Essa agenda tem de ser muito distinta da de um Chile ou de uma Coreia, pois somos um país com área continental, extremamente rico em recursos naturais, desde solo, água, insolação e minerais, com uma população de 200 milhões de pessoas, ainda jovem, mas que esta envelhecendo com rapidez. Essa enorme população ainda jovem é nosso maior bem.  É preciso estar ciente de que cada criança que nasce será um peso ou um propulsor do desenvolvimento, dependendo do quanto o país invista nela. O investimento nas crianças e jovens deve ser encarado como a maior prioridade do país, mas isso continua não sendo feito. Nosso índice de analfabetismo é inaceitável e não decresce.

    Nosso PIB per capta continua injustificavelmente baixo, como valor (PPC) em 2013 de US$12.118, bem menor do que o do Chile (US$20.114), Argentina (cerca de US$18 mil) e México (US$15.608). Nosso IDH e índice Gini estão piores dos que o desses países. Nosso índice de desenvolvimento é muito próximo do Peru, PIB per capta de US$11.148 e os outros indicadores semelhantes aos nossos. Todos esses países citados têm taxa de analfabetismo inferior à brasileira, e o PIB per capita do Peru deverá em breve ultrapassar o do Brasil, pois o país tem crescido entre 5% e 6% a cada ano.

    O governo petista promoveu, programas bem sucedidos de redução da miséria, e seu programa de desenvolvimento tem se apoiado no aumento do consumo. Mas temos sido muito falhos em não promover igualmente a produtividade, pois se a renda aumenta sem que a produtividade também aumente, logo as contas não fecham. É por isso que o esquema de crescimento se esgotou e entramos em estagnação. Só há um setor em que a produtividade cresce no Brasil, a do agronegócio. No resto, ela cresce muito menos do que a quase todos os países da América Latina. A produtividade do trabalho no Brasil tem crescido apenas 0,9% no presente século, e de alguma maneira essa produtividade tem de em algum momento se nivelar com os ganhos salariais, do contrário o desemprego voltará com ímpeto irresistível.

    Os gastos com saúde não têm conseguido competir com os problemas causados pela falta de saneamento básico, um dos maiores causadores de internações, principalmente de crianças. Há também um avanço um tanto precoce nas práticas médicas do país, em que os diagnósticos têm se apoiado cada vez mais em pilhas de exames bastante dispendiosos. Nossa prática médica é cada vez mais semelhante à dos EUA, um país que tem PIB per capita de US$55 mil e que despende 16% do PIB em saúde. A questão tem de ser enfrentada, pois obviamente não temos condições de praticar esse tipo de medicina.

    Enfim, os problemas são de fato enormemente variados (esta lista é só uma peque amostra), é preciso muito trabalho sério para encaminhá-los.

     

     

     

  17. Não existe bala de prata. Mas

    Não existe bala de prata. Mas existe uma condição necessária, sem a qual as “peças do quebra-cabeças do desenvolvimento” não funcionam a contento: é preciso elevar a renda no campo e por tabela dinamizar as regiões interioranas.Para sair da situação em que os 20% mais ricos têm renda 17 vezes superior aos 20% mais pobres (União Europeia, 5 vezes) é preciso ir à fonte, lá onde a pobreza brota: no campo. As estratégias, o Ministério do Desenvolvimento Agrário já têm – quase – todas traçadas (faltam políticas de garantia de preços dos alimentos). O problema é vontade política (de prefeitos e governadores, essenciais) e saber quem paga a conta.  

    1. CONCORDO E ACRESCENTO

      Margot, concordo com seu comentário, e acrescento corte nas despesas de pessoal em cargos de confianças, criado no Governo Lula/Dilma.

      1. Tiim, tiim! Já calculou

        Tiim, tiim! Já calculou quanto vai economizar cortando os cargos de confiança “criados” nos governos petistas? Porque, primeiro, você tem que subtrair os que foram criados nos governos anteriores, tucanos inclusive. Vai sobrar poucos e essa “economia” não dará pra pagar sequer uma semana de anúncios estatais inúteis na mídia partidária de oposição, quanto mais para desenvolver o Brasil. Melhor a gente se unir e lutar por uma Constituinte Exclusiva que reforme pra valer a política nacional!

  18. Faltou incluir o aspecto “balas de prata” na análise

    O texto esqueceu de incluir especificamente as “balas de pratas” na análise. Ficou muito implícita a referência. Dada a importância disso na eleição, era para ter falado expressamente sobre isso.

    1. (Acho que voce nao entendeu,

      (Acho que voce nao entendeu, as “balas de prata” do item sao especificamente as “monotematicas assassinas” do Brasil.)

      1. Entendi, mas a referência é implícita, muito indireta

        Se consta no título, merecia ser abordado expressamente. E é o assunto do momento. Não pode falar implicitamente ou indiretamente.

        1. A argola do argolo.

          Alessandre (com dois esses), a bala de prata é apenas uma metáfora. Apenas o Zorro que tinha o Tonto por parceiro e o Fantasma que Anda usavam balas de prata. E um ou outro personagem encarnado por aquele caçador de vampiros. A propósito, o símbolo químoco da prata é Ag, (do Latim (Argentum).

          1. Os comentários do fake Alvaro Já Deu cada vez mais sem sentido

            Esqueceram de pagar o percentual da propina que mata a fome dele hehehe.

  19. Análise importante

    Nassif, a análise mais importante para um segundo turno é sobre os índices de rejeição.

    Você poderia fazê-la?

    Obrigado.

  20. Ao terminarmos a leitura

    Ao terminarmos a leitura desse texto nos apossamos de uma certeza: como é paupérrimo,baixo e até mesmo indigno o debate político do país. Máxme em períodos eleitorais onde só prevalecem as acusações recíprocas de mal-feitos conjugadas com propostas mirabolantes e engendradas  sob encomenda para engabelar eleitores. 

    O Brasil hodierno é um país radicalmente diferente de vinte, trinta anos atrás. Avançamos muito em todos os setores e certamente, ao contrário das nações dita de primeiro mundo, ainda temos espaço para avançar mais dada a conjugação de recursos naturais abundantes, população relativamente jovem, infraestrutura em expansão e um mercado interno pujante. 

    Até mesmo numa área que certamente ficamos muito a dever em termos de países avançados, no caso a educação, tivemos melhoras significativas, merce de localizadas. A educação como um todo, infelizmente, ainda é um gargalo e nos faz passar vergonha. Talvez o maior desafio a ser enfrentado pela nova safra de governantes. 

    Para a nossa infelicidade, esse ainda incipiente, mas sugestivo salto de qualidade não se deu, ou se dá, em função de sínteses(palavra tão à gosto de certa candidata) provindas de fecundos embates de ideías e projetos. Não temos, isso é grave e preocupante, um projeto comum de país, mas sim visões dispersas e ações desagregadoras que primordialmente procuram atender ou justificar singularidades políticas e ideológicas. Para ser mais claro: os conflitos de egos e as concepções unilateralistas faz com que se procure um país para se adequar as mesmas quando o correto seria o inverso. 

  21. Visão sistêmica

    “Não se terá desenvolvimento sustentado sem educação universal e de qualidade. Mas também não se terá educação de qualidade sem o desenvolvimento paralelo”. Esta visão sistêmica que você aponta, Nassif, está fora do debate mais pela incapacidade cultural formatada pela mídia, que se aproveitou da desfiguração planejada da educação no período da ditadura para disparar suas agendas de embotamento intelectual. 

    A agenda da mídia tem maior efeito nas pessoas que participam de conversas sobre questões levantadas pelos meios de comunicação social do que nas pessoas que não participam deste tipo de conversas (McLeod et al. apud Traquina, 2000, p. 33). Além do acesso aos meios de comunicação e às conversas interpessoais, as pessoas possuem uma necessidade de orientação, que segundo McCombs e Weaver (1977) é definida por: “uma junção de duas variáveis: alto interesse e um alto nível de incerteza. Assim, o efeito de agendamento ocorre com pessoas que têm uma grande necessidade de obter informação sobre um assunto; devido a esta ‘necessidade de orientação’, estas pessoas expõem-se mais aos media noticiosos, provocando maiores efeitos de agendamento” (McCombs e Weaver apud Traquina, 2000, p. 33-34).

    Em outro estudo de Weaver et al. (1975, p. 67), os autores sublinham que o impacto da função do agendamento não é igual para todas as pessoas e depende da necessidade de orientação. Para as pessoas com grande necessidade de orientação, os meios de comunicação social fazem mais do que reforçar opiniões existentes, eles podem orientar a atenção para questões e tópicos específicos. 

    Basta um breve recorte da mídia para provar que o agendamento tornou-se a parte mais importante no modo eperacional dos grupos de comunicação brasileiros. Portanto, esta visão míope nas discussões políticas foi algo implantado minuciosamente e por muito tempo na cultura brasileira, através de processos contínuos e progressivos da descontrução institucional da política.

     

  22. mediocre

    Nassif:

    seu texto é mediocre.

    a argumentação é pobre por considerar  apenas  parte do que é dito.

    a argumentação é inadequada porque  tenta fazer uma retrospectiva  historica muito rudimentar.

    Ou seja, voce  pinçou um conceito e tentou, sem sucesso, mostrar a evolução desse conceito ao longo da vida politica brasileira.

    Provavelmente, os cabeça de planilha  que voce tem como  seguidores, vão adorar.

    Seu texto é parcial e segue a linha de defesa que voce  esta seguindo após a subida de Marina e a possibilidade do PT ser apeado do poder.

    Voce é muito melhor que isso.

     

    1. Respire fundo e rescreva seu

      Respire fundo e rescreva seu texto para entendamos melhor qual o teor da sua crítica.  Senão fica parecendo comentário padrão que serve para qualquer tema. Eu sei que você é bem melhor que o seu texto.  Tente de novo.

      1. Realmente, a tréplica ficou melhor! Mas…

        Concordo plenamente, o texto parece um daqueles que foi escrito uma vez e depois o Ctrl+C e Ctrl+V, entetanto a tréplica pode também ter a mesma origem, só que se aplica direitinho ao caso.

        Também tens um arquivo de crícicas aos críticos?

    2. Este ai é filhote do tio, ao menos no texto.

      Este ai é filhote do tio, ao menos no texto.

      Não consegue pensar além do que convém.

    3. Este ai é filhote do tio, ao menos no texto.

      Este ai é filhote do tio, ao menos no texto.

      Não consegue pensar além do que convém.

  23. subsídio monocultural às análises sofísticas de “ocasião faz…

    “O sujeito saca uma bandeira única para ingressar na discussão.”

    uma interpretação machadiana, destes tempos pós-modernos da política e do poder, pela boca defunta de brás cubas…

    Capítulo IV – A Ideia Fixa

    “…Quem não sabe que ao pé de cada bandeira grande, pública, ostensiva, há muitas vezes várias outras bandeiras modestamente particulares, que se hasteiam e flutuam à sombra daquela, e não poucas vezes lhe sobrevivem? Mal comparando, é como a arraia-miúda, que se acolhia à sombra do castelo feudal; caiu este e a arraia ficou. Verdade é que se fez graúda e castelã…[ia mencionar a burguesia afidalgada e suas raízes pobretonas. Mas houve autocensura.]. Não, a comparação não presta.”

    Memórias Póstumas de Brás Cubas. Machado de Assis. Edição comentada e anotada por Antônio Medina Rodrigues.

     

  24. “O Brasil chegou a um estágio
    “O Brasil chegou a um estágio em que tem presente todas as peças do quebra-cabeças do desenvolvimento, de mercado de capitais potencialmente dinâmico e políticas de apoio a pequenas e micro empresas; de um ensino universalizado avançando para formação técnica; de grandes bancos públicos a mercado interno pujante.”.                                                    Nassif, em termos de desenvolvimento, de grandes bancos publicos e mercado interno pujante pujante, estamos correndo risco de Marina ou Aecio, conforme programa, acabar com o estagio presente para entregar o pais totalmente aos bancos privados do mercado financeiro.                                                                                                            Voce nao acha que O Brasil pode perder o estagio do desenvolvimento com valores publicos – de bancos estatais – e ter que se achegar ao processo do mercado de credito casado com divida interna e externa?

  25. Nassif, vc sempre incisivo

    Nassif, vc sempre incisivo nos seus comentários, perfeito. Nassif não tem papa na lígua, igual ao Mino, tem lado. Chega deste país andar como carangueijo, são doze anos de esperanças concretas. Lula recebeu este país mais quebrado do q arroz de terceira, veja em q situação nós estamos, muitíssimo melhor, todas as condições foram fomadas ao longo destes doze anos para um salto de qualidade em todos os setores muito maior, este é o medo das oposições, só um exemplo: A montanha do diheiro do pré-sal será distribuída da seguinte maneira: 75% para educação e 25% pra saúde, ciência e tecnologia, isto incomoda muita gente “grande” neste país, eles pensam q o país é delles desde o seu descobrimento, olha, q desde 2008, vivemos uma crise global sem precedente, só em 1929 aconteceu algo igual. Não tem outra solução, o povo vai eleger o programa trabalhista novamente.

  26. o post e os comentários em

    o post e os comentários em geral são os melhores que já li neste blog desde 2006,

    juro, não é mera apologia, mas tá pa bom demais,

    alto nível, objetivo me parece pretrendido inicialmente.

    é por aí.

    show de bola da maioria,

    o assis deitou e rolou nessa, parabéns,

    é preciso notar  sua análise digamos científica, referenciando-a com vários autores,.

    só aí, haja tempo para se aprofundar.

    surprendi-me até com  visão de dom pedro,

    que deu uma boa chacolhada na elite brasileira.

    quem diria…

    acho que a soeciedadew brasileira é nuklticultural,

    a elite é que é monofásica, preconceituosa,

    cuja cobiça é  excluir a maioria para manter a hegemonia economica e política

    dominnada por ela há quinhentos anos

    e, quando começaa mudar para melhor,

    esssa elite se une aos intreresses contrários ao país para continuar expropriando-o, como sempre. .

    muito  cruel.

     

  27. Comentario

    A coreia do sul criou seu proprio parque industrial. Eles são esportadores de empresas. Fabricam de tudo e são esportadores de produtos industrializado. O Brasil sucateou o seu parque industrial. Hoje importa de cuecas, cordas de agave, maquinas e ferramentas e. O que produzimos é fabricado por uma multinacional que manda os lucros para as suas matrizes. O país precisa de um governo comprometido com o desenvolvimento do país.

  28. Além de pensar para quem

    Além de pensar para quem entregar seu voto para governar um país tão complexo, é de extrema importância que os que estão namorando Osmarina também pensem num tema nada complexo mas fundamental: o vice. Tratando-se de Osmarina é bom que já se vá pensando quem é Beto, pois há grande possibilidade, pelo jeito de ser Osmarina, dele vir a ser nosso presidente. Osmarina já saiu do PT, saiu do PV, hoje soube que largou a Rede a ver navios, portanto a possibilidade dela no governo (nem Deus há de deixar) dizer que perde o pescoço mas não perde o juízo e sair pisando duro, é alta. Pense nisso para depois não se lamentar: ai que saudade do Temer.

  29. Muito bom, Nassif!
    O gargalo

    Muito bom, Nassif!

    O gargalo do Brasil é a Educação. Somos um povo com imensas deficiências neste campo. E a tecnologia da Informação tem um dom: ela piora quem já é ruim. Outro dia mesmo eu fui pagar uma conta de R$ 135,00 num restaurante e o sistema caiu. Eu tinha dinheiro e paguei com R$ 150,00. Tive uma discussão acalorada com a dona do estabelecimento (que fazia o caixa) simplesmente porque ela não conseguia conceber que R$ 150,00-R$ 135,00= R$ 15,00. Ela queria me dar R$ 5,00 de troco. Se esqueceu das 4 operações porque só cobrava com cartões de crédito…

    Eu sou de centro-direita mas reconheço: EDUCAÇÃO BÁSICA DE QUALIDADE É TAREFA DO ESTADO. Até nos EUA é assim. 

    Japão, Coréia do Sul e China atualmente só se recuperaram porque investiram no seu povo. E só tem uma maneira de se investir num povo com resultados: educando-o. Quem tem educação básica de qualidade não vai encontrar depois muitas dificuldades pra seguir carreira. 

    O Brasil está muito pra trás. Não somos vanguarda tecnológica. Nossas universidades pouco produzem. Nossa indústria está obsoleta. Não acredito que o Pré-Sal vá mudar nossa realidade.

    O caminho pra se começar a mudar alguma coisa é se ESTATIZAR totalmente o Ensino Básico (antigos 1° e 2° Grau). Os melhores colégios do Brasil têm que dar acesso a todos. Com os tubarões do Ensino isto não será possível, eles têm que ser tirados do caminho. A Educação tem que ser federalizada (todas as escolas têm que ser federais) e o acesso tem que ser universal, por localização geográfica. O Colégio Santo Inácio (em Botafogo) têm que ter alunos do Santa Marta. O São Bento tem que aceitar alunos da Providência e do São Carlos. 

    Não sou da área de Educação e peço desculpas pela minha inocência/ingenuidade. Mas acho que é por aí…

    1. Aplaudo

      Clap ! Clap ! Clap ! Clap !

      Paulo , aplaudo a coragem de seu artigo ! Diferentemente de você , sou de centro esquerda , e sempre fui um cara esperançoso em relação ao futuro do país , mesmo com todas as nossas eventuais deficiências . Mas , nos últimos tempos tenho um sentimento de que parece termos ” batido no teto ” , isto é , não conseguiremos ir à frente sem uma grande mudança na estrutura de nossa Educação Básica , e aí vou ser mais radical , principalmente no periodo que vai do antigo Pré Escolar até a 8a Série , que é onde , em última análise , o individuo forma o caráter e desperta para o aprendizado e curiosidades da vida , de uma maneira geral .

      Concordo com você , o governo pode colocar até 20% do Pré Sal que as coisas não irão melhorar , pois o principal problema é a nossa gestão educacional , que é um verdadeiro embuste !

      São Secretarias de Educação inchadíssimas com dezenas de cargos comissionados e indicados sem nenhum critério profissional e que fazem a festa dos políticos de ocasião ; são Escolas sem quaisquer autonomia , tanto administrativa ( leia-se eleições para Conselhos Escolares – eles nem existem na prática – e para Direção , sem cartas marcadas e com mandatos de periodos pré estabelecidos ) e também financeira ( o dinheiro deveria vir direto do MEC para que cada escola possa administrá-lo livremente de acordo com as eventuais necessidades , sem passar por Prefeituras ou Secretarias corruptas que filtram essa verba com mil justificativas bizarras ) .

      Outro problema gravíssimo é a incompetência de vários Diretores e Professores despreparados e até mesmo desonestos , criando dentro da intituição escolar um clima de corporativismo negativo que esconde sérias deficiências que afetam diretamente o desempenho dos alunos . Para isto sou totalmente contra a estabilidade e a favor da meritocracia ( sim , sei que muitos vão gritar contra esta minha sugestão , mas penso que premiar os melhores profissionais é um meio eficaz de fazer o sistema melhorar ) , assim , acho que os educadores devem ser avaliados periodicamente , sendo recompensados de acordo com o seu desempenho , como qualquer outro trabalhador .

      Para finalizar , temos que investir urgentemente na Educação de Tempo Integral ( o Brasil é um dos últimos grandes países onde ela , com raríssimas excesões ainda não existe  ) , e , para isto temos que intervir nas Escolas como estrutura física , com salas de aula modernas , espaços diferenciados para atividades diversas , equipamentos , pessoal especializado como psicologos , asistentes sociais , psicopedagogos e mais orientadores .

      Ah , ia me esquecendo , abrir a Escola para o mundo real , interagindo com a sociedade , levando as experiências dos mais diversos profissionais , suas vivências e desafios para os jovens que iniciam a vida . 

      Paulo , Nassif , amigos , penso que temos um povo muito inteligente , com diversas e imensas virtudes e idéias , uma terra riquíssima , com recursos inigualáveis , mas desgraçadamente possuimos um atraso de formação secular devido aos nossos diversos enganos históricos e necessitamos correr contra o tempo para corrigi-los se quizermos ser uma sociedade diferenciada no futuro . Para isso teremos de ser organizados e exigentes para fazer da Educação o principal instrumento para alcaçar esses objetivos nobres .

      Abraços a todos .

       

       

    2. Sim todos sabemos que a

      Sim todos sabemos que a educação é a base de tudo, mas para fazer essa grande reforma educacional se faz necessário não só muito dinheiro se faz necessário essas mudanças chegar aos municípios, a educãção básica além da valorização dos professores.Já ouvi discurso da Dilma informando que os investimentos da educação passará pelos professores além de haver uma discussão onde a educação prima´ria passaria a ser de responsabilidade do governo federal.

  30. Marina até tentou apresentar

    Marina até tentou apresentar um programa um pouco mais amplo e complexo para ser discutido, mas em 24 horas os petistas e os evangélicos conseguiram canalizar tudo para uma questão pouco importante, a do casamento gay.

    Já no caso do PT, que ainda não apresentou seu programa de governo, tudo se resume ao pré-sal, que doravante proverá todo o Brasil de educação e saúde. Como se todas as outras riquezas deste país, se tivessem sido bem usadas e houvesse comprometimento da sociedade com a sua educação, já não tivesse sido o bastante para isso.

     

     

  31. Dinheiro na mão é vendaval

    Sem grana, Nassif, neca de pitibiribas rs rs rs

    Repito a resposta do post:

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-problema-cultural-e-os-temas-complexos-por-assis-ribeiro#comment-427146

    Individualismo cultural assimétrico num campo democrático novo

    Excelente artigo da FGV, relaciona e contextualiza diversos aspectos da vida cidadã.

    Vale ressaltar que no campo do conhecimento, onde assimetrias prosperam junto com as desigualdades, a oportuna lembrança do encandeamento da política com a econômia, numa mesclargem contingente e necessária, nos leva a ponderar sobre o artigo a seguir, como uma derivação da máxima:

    Aquele que deve, não vive, é vivido pela dívida.

    Onde está o direito da alguns nos escravizarem sem consulta e de forma subreptícia?

    Quebradeira Brasileira: Olha a bomba que vai estourar a partir de 2015 no Brasil  

    Olha a bomba que vai estourar lá por 2015 !

    Olha a bomba que vai estourar lá por 2015 !
    Só falta a CEF e o BB darem o cano na hora da quebradeira !

    Leiam e observem a análise ponderada,
    Muito bem explicada pelo

    Economista Waldir Serafim.

    SAIBA O QUE LULA FEZ DE 2002 A 2010 COM A “DIVIDA INTERNA/EXTERNA” DO BRASIL

    Você ouve falar em
    DÍVIDA EXTERNA e DÍVIDA INTERNA
    em jornais e TV e não entende direito vamos explicar a seguir:

    DIVIDA EXTERNA é uma dívida com os Bancos, Mundial, o FMI e outras Instituições
    no exterior em moeda externa.

    DIVIDA INTERNA é uma dívida com
    Bancos em R$ (moeda nacional) no país.

    Então, quando LULA assumiu o Brasil,
    Em 2002, devíamos:
    Dívida externa = 212 Bilhões
    Dívida interna = 640 Bilhões
    Total da dívida = 851 Bilhões

    Em 2007 Lula disse que tinha pago a dívida externa.

    E é verdade, só que ele não explicou que,
    Para pagar a dívida externa,
    ele aumentou a dívida interna:

    Em 2007, no governo Lula:
    Dívida Externa = 0 Bilhões
    Dívida Interna = 1.400 Trilhão
    Total da dívida = 1.400 Trilhão

    Ou seja, a dívida externa foi paga,

    mas a dívida interna quase dobrou.

    Agora, em 2010, você pode perceber que não se vê mais na TV e em jornais algo dito que seja convincente sobre a Dívida Externa quitada. Sabe por que?
    É que ela voltou…

    Em 2010 no governo Lula:
    Dívida Externa = 240 Bilhões

    Dívida Interna = 1.650 Trilhão
    Total da dívida = 1.890 Trilhão

    Ou seja, no governo LULA,
    a dívida do Brasil aumentou em 1 Trilhão!!!

    Daí é que vem o dinheiro que o Lula está gastando no PAC,

    Bolsa família, bolsa educação, bolsa faculdade, bolsa cultura,
    Bolsa para presos, dentre outras mais bolsas… E de onde tirou 30 milhões de brasileiros da pobreza !!!

    E não é com dinheiro do crescimento, mas sim, com dinheiro de ENDIVIDAMENTO.

    Compreenderam?
    Ou ainda acham que Lula é mágico?

    Quer mais detalhes,
    sobre a dívida interna e externa do Brasil? Acesse o site:
    http://www.sonoticias.com.br/opiniao/2/100677/divida-interna-perigo-a-vista

    Os brasileiros, vão pagar muito caro pela atitude perdulária do governo Lula,
    que não está conseguindo pagar os juros dessa
    “Dívida trilhardária”.

    Tendo que engolir um “spread”(txa. Juros)
    muito caro para refinanciar os “papagaios”,
    sem deixar nenhum benefício para o povo,
    mas apenas
    DÍVIDAS A PAGAR por todos os brasileiros,
    Que pagam seus impostos…!!!

    A pergunta que não quer calar é:
    Dilma vai continuar esta gastança?

    REPASSE PELO BEM DO PAÍS !

    ACORDA BRASIL !!!

    Para maiores esclarecimentos, leia artigo de Hélio Fernandes no site:http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=6379

    Cada cidadão brasileiro tem uma dívida, feita pelo Lula, de quase 1.0 MILHÃO DE REAIS.

    Dá para entender por que a Dilma manda maquiar os balanços federais?
    Porque as contas não fecham.
    Este bando nunca administrou nada.
    Estão quebrando o Brasil !
    É só olhar para o nosso PIB, o “crescimento” das nossas indústrias; o tamanho da dívida interna; a falta de infraestrutura etc.

     

    1. Não acho que o Lula é mágico,

      Não acho que o Lula é mágico, tenho a mais absoluta certeza! Pois como foi possível acabar com o racionamento de energia e os apagões assim que o PT assumiu o governo o federal? Não foi instalado um poste sequer, e o apagão acabou! Só pode ser magia.

      Como é que o superávit da balança comercial disparou já no início do governo do PT?  Não houve tempo para recuperação da indústria, só pode ser mágica! 

      Mas como não há mágica, são apenas truques, acredito que nestas duas “mágicas” foram revelados os truques da sobretaxa de energia, e do dumping. Praticados sem nenhum alarde do PIG nos governos anteriores. 

      Acorde você, ou assuma que você quer de volta a roubalheira!

       

       

    2. Cara vai estudar primeiro, só

      Cara vai estudar primeiro, só de falar que LULA criou bolsa preso já deu para notar que o resto todo é balela, auxilio reclusão foi criado em 1966, por uma determinada categotia, logo depois por algumas outras e, na Constituição de 88, se tornou direito das famílias de todos os presos que contribuiam com o INSS.

  32. Eleições: das balas de prata aos temas complexos

    Concordo, plenamente, com a matéria, nós somos uma sociedade já com um nível de desenvolvimento complexo, a solução não é simples como muitos chegam a afirmar em suas pregações !!

  33. Discordo!

    “É por aí que precisam ser analisados os programas explícitos e implícitos dos diversos candidatos a presidente. Para saber quem perde e quem ganha com cada qual”

    Respondo com outra frase: “A discussão de valores nos programas de governo, como ocorre nos países desenvolvidos, é amadurecimento da Política porque é o que separa a sociedade. Afinal, todos são a favor de Educação, Saúde, Segurança e crescimento”.

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