Fora de Pauta

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Redação

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  1. http://cbn.globoradio.globo.c

    http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/miriam-leitao/2016/01/12/SINAIS-TROCADOS-NA-ECONOMIA-DEIXAM-APENAS-EFEITO-NOCIVO-DOS-JUROS-ALTOS.htm

    ALO MIRIAM LEITÃO ESQUECE A INFLAÇÃO – No seu comentario de hoje na CBN a jornalista Miriam Leitão assinala com razão a ambivalencia da politica economica entre noticias de abertura de credito pelos bancos publicos exatamente queno o BC dá sinais que vai amentar os juros e coroa seu pensamento com a afirmação “”neste momento tem que combater a inflação”, siguindo o montra antigo dos economistas da Casa das Garças, todos eles ligados ao mundo rentista, para quem a inflação é pecado mortal porque corroe seus ganhos sem trabalhar e espalham que a inflação é mortal para todos.

    É um pensamento economico ortodoxo e convenional, do passado. O pensamento economico mudou consideravelmente depois da crise de 2008. Novas fontes de discussão como o Institute for New Economic Thinking, o INET, reunindo 790 economistas de grande peso no mundo vem propondo uma REVISÃO dos conceitos que prevaleceram no “mainstream”

    ortodoxo a quem atribuem por suas falhas a grande crise de 2008.  O INET conta com Premios Nobel (Sehn e Stiglitz), economistas de ponta de Harvard (Rogoff), MIT (Simon Johnson), London School of Economics (Helene Rey, Charles Goodhart), New School (Foley), UC Berkerley (Eichengren), Oxford ( Beinhocker, Hendry) Bank of England (Aldane), Fundo Monetario (Zhu Min, Vice Diretor), U.of Chicago (Heckman),  todos esses nomes preparam papers fundamentais de rediscussão das premissas congeladas do pensamento monetarista classico. Até a propria Universidade de Chicago está revisando esses canones, um dos quais é o combate à inflação via taxa de juros e a austeridade contra a recessão.

    Politica economica é fazer opções e estabelecer prioridades. Não se pode fazer todos os bons fundamentos de uma vez, as vezes  uns são opostos a outros, como bem apontou Miriam Leitão, então é preciso ESCOLHER o mais urgente.

    Miriam usou exemplos médicos na sua fala de hoje, vou aproveitar esse gancho da propria jornalista com meu exemplo médico. Quando um paciente entra no hospital com pneumonia e é diabético, o protocolo é o medico tratar da doença aguda, a pneumonia, que pode mata-lo em dias ou horas e deixar de lado a doencia cronica, a diabetes, que poe matar mas só a longo prazo. Todos os esforços então se concentram no mal mais perigoso, sem desconhecer que existe outra doença que depois deve ser tambem tratada quando passar o perigo da doença aguda.

    Não teria sentido o médico tratar do diabetes e deixar a pnumonia solta. A inflação é o diabetes e a pneumonia é a recessão e seus corolarios de paralisia de setores, quebra de empresas, miseria e desemprego.

    Para tratar da recessão é preciso esquecer da inflação por enquanto, todas as forças e ações tem que ser no sentido de

    tratar da crise e por consequencia do emprego, é a questão fatal, a inflação incomoda mas não mata.

    A razão do BC subir juros é combater a inflação mas para que? Em primeiro lugar não vai conseguir aumentando o,5 % , nem se puxar a SELIC para 50% vai fazer abaixar o preço do tomate, da cebola e da batata. Derrubar a produção acaba com os empregos mas não baixa os preços porque estes agora são determinados pelos custos. O industrial prefere não fabricar se for para vender abaixo do custo portanto os preços não vão baixar por mais alto que subam os juros.

    Essa é a crença errada de Miriam e de muitos outros que se guiam por conceitos cristalizados sem perceber enormes mudanças no ambiente social, politico, demografico, energetico, geopolitico internacional.

    O tomateiro prefere não plantar do que vender abaixo do minimo. Portanto a alta da SELIC vai apenas engordar o rendimento dos rentistas e estourar mais o orçamento da União, não vai baixar a inflação depois de promover estragos.

    O Premio Nobel Joseph Stiglitz em recente entrevista disse algo importante: Os economistas dos paises emergentes e os professores de economia que lecionam nas Universidades desses paises estudaram nos Estados Unidos ou Inglaterra ANTES da crise de 2008, absorveram as lições que hoje são superadas, a visão da economia e de seus conceitos e modelos está mudando em todo o mundo, temo que os economistas do Brasil estão usando cadernos antigos e superados.

    Amanhã vou postar artigo com base em paper da economista Lynn Parramode do INET sobre a falacia do conceito de AUSTERIDADE, que ela desmonta do começo ao fim, mostra o carater mitologico e falso do AJUSTE FISCAL e critica a logica desses conceitos como ferramentas de politica economica atual.

     

  2. Porque o preço do petróleo é tão baixo?

    Do Blog Informação Incorrecta

     Em Junho de 2014, o preço do barril de petróleo tinha atingido 106 Dólares.

    “Nunca mais teremos um preço abaixo dos 100 Dólares, os tempos do petróleo barato acabaram” foram as palavras dos especialistas. De facto, o barril tinha chegado até 144 Dólares e nada fazia prever uma queda significativa: todo o mundo económico começou a fazer previsões tendo como base um preço acima dos 100 Dólares.

    Ontem o barril foi vendido em troca de 30 Dólares. O que aconteceu?

    Na verdade aconteceram não uma mas várias coisas. E, como sempre acontece em casos como estes, nada é tão simples como parece.

    Arábia: o peão enlouquecido
    Ou na Arábia Saudita enlouqueceram ou estão a interpretar um papel: guerra no Yemen, financiamentos para o Estado Islâmico, pacto secreto com o arqui-inimigo israel e, claro está, preço do petróleo ridiculamente baixo.

    Apenas duas possíveis explicações? Talvez, vamos vê-las.

    1. a Arábia decidiu aproveitar do particular momento de incerteza vivido nos Estados Unidos para desenvolver um papel de protagonista no Oriente Médio.

    E que haja incerteza nos EUA é evidente: até poucos anos atrás, o caso-Síria teria sido resolvido à boa maneira americana, com botas no terreno, tropas de “manutentores de Paz”, implementação dum regime “democrático”, depois retirada para deixar atrás um País no caos. Foi exactamente isso que aconteceu no Iraque, no Afeganistão, na Líbia. Mas com a Síria a coisa está diferente: há quatro anos que Washington “quer” mas “não pode”.

    Somarmos a isso um Presidente que desiludiu e que em breve será substituído (eleições em Novembro): Obama não fará grandes coisas nestes últimos meses de Casa Branca. Eis portanto que a família real de Riad decidiu jogar as suas cartas: afundo contra os xiitas da região (Yemen e Irão) e preço baixo do petróleo para…? Pois, para quê? Para estrangular a Rússia? Mas a Rússia não é o alvo da Arábia. Para estrangular o Irão? O Irão não se estrangula só com o petróleo barato. Não, o preço baixo neste alegado protagonismo de Riad não encaixa no quadro geral. Então pode ser que a explicação possa ser a sucessiva.

    2. a Arábia actua como peão dos Estados Unidos, baixando o preço do crude para pôr em dificuldade a Rússia, verdadeiro objectivo desta guerra de preços.

    Isso faz muito mais sentido. E as aventuras bélicas de Riad fazem parte da bem conhecida estratégia 
    do caos tipicamente americana.

    A Arábia faz o trabalho sujo: traz o Isis na Síria para desestabilizar o regime local, traz as tropas de radicais islâmicos até as fronteiras do Irão, traz o Isis no interior dum Iraque que estava a afastar-se de Washington, ataca um País (o Yemen) que é miserável mas que está do lado político errado (perto do Irão) e num ponto geográfico errado (às portas do Mar Vermelho). Miserável e azarado.

    Definitivamente, a segunda hipótese parece fazer bem mais sentido.
    Mas que tal um mix das duas explicações? Um desempenho (talvez provisório e/ou aparente) dos Estados Unidos da região, concordado com uma Arábia que ao mesmo tempo está desejosa de desenvolver um papel central no Oriente Médio, começando com a eliminação da oposição xiita (condição que satisfaz também os EUA): uma casa real já não apenas fornecedora de petróleo mas também entidade agregadora política e religiosa. Afinal, os três protagonistas regionais (Arábia, EUA e israel) têm muito em comum e, sobretudo, têm inimigos em comum: um Irão apoiado pela Rússia (e aqui faz sentido o petróleo barato como arma).

    Se o joguinho funcionar, boa parte do Oriente Médio ficará suficientemente “ocidentalizado” e controlado, mesmo permanecendo islâmico (sunita). Tudo sem que um único soldado de Washington tenha que sujar as botas com a areia (a não ser aqueles enviados no Iraque para apanhar as moscas do Isis).

    Se o joguinho funcionar… mas será mesmo assim? E ao longo de quanto tempo a Arábia pode permitir-se preços tão baixos? Porque a moeda tem dois lados.

    Com preços como estes, a China adquire cada vez mais petróleo saudita (bem barato) e abandona aquele russo, um pouco mais caro. Os Russos perdem? Depende do ponto de vista: perdem (temporariamente) vendas, mas ganham em armazéns, que ficam cheios. Tentamos ver a coisa numa outra óptica: os Sauditas vendem petróleo com uma margem de lucro praticamente nula, os Russos acumulam crude que poderá ser vendido a preços bem melhores uma vez passada a tempestade.

    Será que em Washington não sabem disso? Sabem, sabem… Significa isso que Washington espera “arruinar” Moscovo no prazo de poucos meses? Altamente improvável: a Rússia não é a Venezuela, há mais do que petróleo. Há o gás, por exemplo, e muito. Uma imensidade de gás que a Europa, por exemplo, continua a comprar.

    O que Washington pode esperar é pôr em algumas dificuldades Moscovo, não mais do que isso. Mas, em troca, arrisca matar no berço a sua mais querida criatura, o shale oil: vale a pena?  

    Outsider: o fracking
    Simpática a explicação não é? Simpática mas um pouco “simples”, porque pressupõe a existência de grandes amigalhaços, com os mesmos projectos e em perfeita sintonia. Assim não é.

    A Arábia Saudita é petróleo e tâmaras. Enquanto é possível condicionar o resto do planeta com a produção de petróleo, com a exportação de tâmaras a coisa já é mais complexa.

    A indústria americana do fracking projectou os seus investimentos tendo como base a previsão de que
    o petróleo iria permanecer na faixa de 70 – 130 Dólares por barril: os EUA gastaram mais de 5.000 bilhões para exploração e desenvolvimento. Isso produziu uma enxurrada de petróleo, o que reduziu a quota dos produtores da OPEP no mercado. A Arábia Saudita estava a perder terreno em relação aos seus concorrentes, tanto da OPEP quanto do fracking.

    Hoje, na base do colapso dos preços do petróleo, podem estar factores económicos: o excesso de oferta da matéria-prima face a desaceleração económica global e o valor do Dólar. O aumento do valor do Dólar tem sido especular face a diminuição dos preços do petróleo, porque o petróleo é negociado em Dólares. Isso é: os Países com outras moedas, para comprar petróleo, devem primeiro comprar Dólares, que desta forma se torna uma moeda mais procurada e portanto aumenta o seu valor.

    Dólar mais caro significa petróleo mais caro: então a procura do petróleo desce e os produtores têm que reduzir a extracção para manter o preço estável. Em tempos de estagnação económica, como acontece nestes anos, seria normal reduzir a produção. Mas isso não aconteceu: na verdade, a produção de petróleo bruto aumentou apesar da recessão. Porquê? Porque a Arábia Saudita elaborou um plano para eliminar os produtores de óleo de xisto (shale oil) e recuperar a parte de mercado perdida.

    Seria um grave erro subestimar este factor: do ponto de vista da Arábia o petróleo é tudo. Além das tâmaras, claro. Com o preço atingido ontem, 30 Dólares por barril, a industria do shale oil ficaria exterminada ou quase (extrair petróleo com o fracking é bem mais caro do que com o método clássico dos poços), mas os Sauditas também têm os problemas deles: a margem de lucro por cada barril cai de forma abrupta, até o ponto que a casa de Riad  precisa de abrir os cofres para atingir as reservas após ter destruído o seu orçamento.

    Já 80 Dólares por barril seria conveniente do ponto de vista saudita mas continuaria a conceder margem de manobra para o fracking. Solução optimal? Entre 50 e 60 Dólares por barril. Esta seria a faixa de preço que eliminaria o shale oil mas não sobrecarregaria demais as finanças árabes.

    Todavia há um problema. Por causa do preço reduzido, mais de mil torres de fracking foram eliminadas nos EUA (e adeus autonomia petrolífera proclamada pelo simpático Obama), todavia a produção de óleo de xisto ainda não parou. E nem vai parar. Por qual razão? Porque o agricultor que descobriu ter petróleo debaixo do seu campo antes recebia 50.000 Dólares por mês da companhia petrolífera, hoje recebe apenas 5.000 Dólares (porque a companhia teve que cortar os preços para sobreviver): mas do ponto de vista dele são sempre 5.000 Dólares que entram em caixa sem mexer um dedo. As companhias continuam a produzir, com uma margem mínima e sacrificando a pesquisa, no entanto sobrevivem à espera de tempos melhores.

    Resultado: preço nos 30 Dólares e Arábia Saudita que queima dois bilhões de Dólares por semana para cobrir os buracos orçamentais. É uma situação que a casa de Riad não pode manter ao longo de muito tempo: a guerra contra o shale oil parece ter sido parcialmente perdida.

    Também porque nestes dias Teherão apresentou, perante uma plateia de 137 empresas estrangeiras, novos modelos contratuais para a exploração das reservas de petróleo e gás que as autoridades locais pretendem aplicar já em 2016. Com termos contractuais mais favoráveis (em particular, a duração dos contratos que passa de 5 para 25 anos), o Irão tem o objectivo de aumentar a sua produção de petróleo de 2.9 milhões de barris por dia para 4.7 milhões de barris (isso também explica toda a pressa que a Arábia tem tido para abater o regime iraniano).

    Perdida (parcialmente) a guerra contra o shale oil, com o Irão a dobrar a produção atraindo investidores estrangeiros, é normal que o preço do petróleo volte na casa dos tais 50-60 Dólares por barril já neste ano. Isso permitiria ganhos aos produtores tradicionais mantendo em sofrimento os novos produtores de petróleo de xisto. O que parece a solução optimal, apesar desta representar uma derrota do ponto de vista da Arábia, disso não há dúvida.

    A China
    Arábia, Irão, Estados Unidos, Rússia… não estamos a esquecer alguém? Ah, pois: a China!

    Como já realçado, a China atravessa um momento de dificuldade. E a China é o maior importador mundial de petróleo. O que aconteceria nesta altura se o barril voltasse aos “clássicos” 100 ou mais Dólares? Falamos dum País que já enfrentou dificuldades para encontrar gasóleo suficiente para pôr em marcha os seus camiões.

    A verdade é que a China está sedenta de petróleo, precisa desesperadamente dele para que a sua máquina de produção continue a funcionar. Máquina de produção “sua”? Não: máquina “nossa”. Façam um inventário mental para lembrar quantas empresas ocidentais investiram (e de que maneira!) no mercado chinês; espreitem nas lojas, na parte debaixo dos objectos à venda, e vejam quantas vezes aparece o “Made in China”. Pensem na miríade de importadores, nas unidades de produção lá deslocadas.

    A simples verdade é que o preço baixo do barril tem ajudado até agora Pequim a atravessar uma das piores alturas económicas dos últimos anos. Uma ajuda muito, muito preciosa. Ninguém deseja que a máquina chinesa se parta, nem os Americanos (sobretudo eles), porque o resultado seria catastrófico. Numa economia doentia e globalizada como a nossa, a falha da fábrica do mundo poderia trazer consequência inimagináveis.

    Pode ter sido esta uma das razões do preço baixo do petróleo? Difícil responder, ninguém fala do assunto. Mas a ideia dum barril barato para fazer falir a Rússia parece algo um pouco …”naif”. A Rússia não irá dobrar-se por causa do preço do petróleo, pois a Rússia não é só petróleo (a Arábia sim, é só isso). O Irão, como acabamos de ver, está a preparar-se para aumentar a produção e pôr em dificuldades os Árabes com ofertas bem mais aliciantes. O shale oil sobrevive (mal e apenas por enquanto). E, no meio disso, a Aramco está a ser vendida e passará nas mãos de Wall Street (toda não, custa demais). Talvez seja o caso de não subestimar a situação económica chinesa para justificar também um barril tão barato.

    Mas quanto petróleo há?
    Mas num mundo como o nosso, que queima petróleo duma forma assustadora, quanto petróleo em excesso existe actualmente? A resposta varia consoante as fontes. Não só: mas é preciso também considerar o actual nível de produção (que não depende apenas da Arábia) e o andamento da procura ao longo dos próximos meses. O que é “excesso” hoje pode ser “escassez” amanhã ou até “hiper-excesso”.

    Tentamos fazer duas contas.
      No total, dizem os analistas, há um excedente de 2 milhões de barris de petróleo por dia. Isso é: a cada dia são produzidos 2 milhões de barris de petróleo que ultrapassam a procura mundial. Toda culpa da Arábia? Até um certo ponto: é verdade que os Sauditas estão a bombear como desgraçados (e são os maiores produtores agora), mas também é verdade que:
    o Irão não corta a sua produção; pelo contrário, como vimos tenciona duplica-la, ou quase, no prazo de alguns meses;no período Janeiro-Agosto do ano passado a produção de Rússia, Canada e Brasil cresceu 2%: para 2016 as previsões indicam que Brasil e Reino Unido (este com o brent) continuarão o crescimento até meados do ano;no Canada e nos EUA começa a ser visível o efeito do preço demasiado baixo: menos 1 milhão de barris de shale oil por dia neste ano (em 2015, com o petróleo de xisto, os EUA tinham-se tornado os primeiro produtores mundiais de petróleo).a procura de petróleo nos Países Ocidentais está em queda, e não desde hoje. A Europa consumia 671 milhões de toneladas de crude em 2004, 10 anos depois o nível é de 549 milhões: -20% em 10 anos. Mesmo discurso nos EUA.Para que o excesso de petróleo (que é real: os armazéns das reservas – 1.400 milhões de barris – estão cheios ate os limites) desapareça, é precisa pelo menos uma das duas seguintes condições:
    que alguém corte na produçãoque a procura aumente.Acerca do segundo ponto o discurso parece estar fechado. Com a China em dificuldade (maior comprador mundial), não se vê ninguém que possa substitui-la.

    Acerca do primeiro ponto a questão é mais complexa. EUA e Canada já baixaram a produção (e não de forma voluntária: simplesmente, o investimento já não compensa) e isso terá os seus efeitos (- 1 milhão barris/dia). Para a segunda metade de 2016, como afirmado, é previsto que apenas Brasil e Reino Unido (e talvez a Rússia, mas é improvável) continuem nos actuais níveis, pelo que a oferta deverá ser mais reduzida e o preço deverá subir (esta não é nenhuma notícia “censurada”, é suficiente ler um qualquer relatório, como o da Morgan Stanley).

    Subir quanto? Não muito, provavelmente em volta de 50 Dólares/barril. Não mais, porque caso contrário o shale oil dos EUA poderia tornar-se competitivo. E, em qualquer caso, só na segunda parte do ano. Portanto, e por enquanto, prováveis ainda 6 meses de preços baixos, talvez até 20 Dólares/barril (parecia um disparate esta previsão da Goldman Sachs feita no final do ano passado, mas pelo visto…). Por qual razão 20 Dólares ao barril? Porque algumas empresas americanas de shale oil poderiam resistir até a fasquia dos 25-20 Dólares.

    Possíveis mais de 6 meses de preços tão baixos? Não. Com preços como estes entra em risco a finança: 50% dos títulos emitidos pelas companhias energéticas podem ficar sem coberturas e falamos aqui de 180 biliões de Dólares. Seria o montante mais elevado após a crise de 1939.

    Resumindo…
    Resumindo: neste artigo podem encontrar tudo e o contrário de tudo. Arábia contra o shale oil americano, Americanos cúmplices da Arábia para manter o preço baixo, Rússia em dificuldades, Rússia que ganha… lamento, pessoal, esta é a nossa sociedade, é assim que funciona.

    Queremos fazer um pouco de luz? E vamos a isso. Mas para que tal aconteça, esqueçam a história do preço baixo para fazer falir a Rússia: esta não pode ser (e não é) a única explicação, em jogo aqui há muito mais do que isso.

    A Arábia Saudita quer eliminar a concorrência porque sabe que os próximos tempos serão muito complicados. O objectivo é o Irão, contra o qual está a atirar não apenas petróleo barato mas armas com jihadistas em anexo. Neste aspecto, a Arábia tem pressa, uma pressa danada porque o acordo sobre o nuclear entre Irão e EUA (e o fim das relativas sanções) arrisca ser um golpe muito duro.

    Outro objectivo é o shale oil: em 2015 Riad perdeu o primeiro lugar como produtor mundial de petróleo e isso mina o seu papel de (quase) monopólio no mercado do crude.

    Os EUA? Esperam. Afinal só podem ganhar duma luta entre “inferiores”. Perdem o shale oil? Pouco mal, quem sabia (Rothschild, Blackrock, etc.) já tinha retirado o seu dinheiro dos activos petrolíferos, quem perde agora são os peixes pequenos. E o shale oil não desaparece, fica sempre aí, debaixo da terra. Quando a situação melhorar, será extraído outra vez. Entretanto os Sauditas são obrigados a vender as joias de família, como a Aramco. Wall Street agradece, isso bem vale o coma do shale oil.
    Entretanto encaixam uma Rússia em temporária dificuldade (isso sim, vende menos petróleo do que antes).

    A Rússia? Não irá falir por um barril vendido em troca de 30 Dólares, nem 25 ou 20. A situação é parecida com aquela dos EUA: fica à janela e observa. A China compra dos Sauditas? Sim, por enquanto sim. Mas voltará a tocar a campainha, é só questão de alguns meses: e os armazéns russos estão cheios, será só fazer caixa.

    E a propósito da China: se a Arábia tem pressa, Pequim não brinca. Desvalorizar o Yuan pode funcionar ao longo duns tempos, mas não muito. Ou encontra uma saída e bastante rápida ou quando o petróleo voltar a subir (final do ano?) serão dores. Para todos.

     

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  3. Soja faz renascer Estrada Amazônica

    Do Blog Ambiente Acreano

     

     

     

    Por Fabiana Frayssinet, da IPS Miritituba, Brasil, 7/1/2016 –

    A rodovia BR-163, antigo sonho colonizador da Amazônia dos militares brasileiros, foi ressuscitada pelos agroexportadores, dentro de um plano para reduzir custos através de suas hidrovias. Mas sua reconstrução acentuou problemas históricos de desmatamento e posse da terra, e anuncia novos conflitos sociais.A imagem da Amazônia, uma floresta tropical úmida que abriga a maior diversidade do planeta, pouco se assemelha à dos 350 quilômetros que unem os municípios de Santaréme Itaituba, ambos no Estado do Pará.  

    Entre os atuais terminais portuários, o de Santarém, onde confluem os rios Amazonas e seu grande afluente Tapajós, e o distrito de Miritituba, às margens deste último, em Itaituba,se vislumbra pequenos arvoredos salpicados por grandes plantações de soja. O gado bovino pastando mansamente ou descansando à sombra das escassas árvores, se abrigando das altas temperaturas acentuadas pelo desmatamento, é a única espécie visível de mamífero.

    “Há 30 anos, quando viemos para cá, era só floresta”, contou à IPS a camponesa Rosineide Maciel, que junto com sua família observa uma máquina nivelando um trecho da estrada em frente ao seu rancho. Ela não esquece aquele tempo quando, junto a milhares de migrantes brasileiros, chegou atraída pela oferta de terras dos planos de ocupação amazônica, oferecidos pelos governos militares da época.

    Graças à pavimentação da estrada, desde 2009, demora menos para transportar sua mandioca, o arroz e os corantes até Rurópolis, a 200 quilômetros de sua propriedade. “Depois que a estrada melhorou, ficou mais fácil. Antes, para chegar a Rurópolis havia muitos altos e baixos. Se tinha lama, demorávamos três dias”, recordou Maciel.

    A BR-163, construída na década de 1970 e que chegou a ficar praticamente intransitável, une Cuiabá, capital do Estado do Mato Grosso – principal produtor e exportador nacional de soja –, a Santarém. Dos seus 1.400 quilômetros, onde é intenso o tráfego de caminhões carregados com toneladas de soja e milho, ainda faltam cerca de 200 para serem asfaltados e outros tantos estão cheios de lombadas.  

    No inverno, a baixa visibilidade provocada pela poeira vermelha amazônica, e, no verão, a lama geradapelas intensas chuvas causam acidentes diários. Ainda assim, comparada com o passado, é um paraíso para os caminhoneiros que em época de colheita a percorrem pelo menos cinco vezespor mês. “Quando começou a vir a soja para Santarém, há três anos, às vezes eu demorava de dez a 15 dias. Hoje fazemos o percurso em três, se não chove”, detalhou à IPS o caminhoneiro Pedro Gomes, do norte do Mato Grosso.  

    A BR-163 termina em Santarém, na entrada de um porto da empresa norte-americana Cargill, onde embarca seus grãos e os transporta pelo rio Amazonas para o Oceano Atlântico, e dali para os principais mercados mundiais, como China e Europa.Esse e outros portos construídos ou planejados por outras companhias em Santarém, Mirititubae Barcarena (em Belém, capital do Pará, na desembocadura do Amazonas) são parte de uma infraestrutura logística que, somada à pavimentação da estrada, busca economizar custos com frete terrestre e marítimo.

    Dessa maneira, foram reduzidos,a partir do Mato Grosso, os dois mil quilômetros que os caminhões percorriam até os saturados portos das regiões Sul e Sudeste do país, como Santos, no Estado de São Paulo, ou Paranaguá, no Estado do Paraná. A Associação de Produtores de Soja do Mato Grosso calcula em US$ 40 a economia do frete por tonelada.

    “A saída por portos do Norte, como Santarém, dá competitividade. A BR-163 é fundamental, um corredor de exportação e uma necessidade para o país e a região”, ressaltou José de Lima, diretor de Planejamento de Santarém. Porém, o modelo agroexportador é questionado por outros. Com a consequente explosão da soja no Pará, aumentou a ocupação ilegal e subiu o preço da terra.

    “A pavimentação da BR-163 aqueceu o mercado de terras. Em uma região onde impera a posse ilegal de terras e não existe ordenamento territorial, issogera uma série de conflitos sociais e ambientais”, explicou à IPS Maurício Torres, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa). “Se desmata não para produzir, mas para a apropriação fraudulenta da terra. Uma frase comum usada na região da BR-163 é que ‘dono é quem desmata’, ou seja, o desmatamento ilegal passa a ser um instrumento de apropriação de terras públicas”, acrescentou.

    Em 2006, o governo lançou um programa de desenvolvimento sustentável para a área de influência da BR-163, para reduzir os impactos socioambientais provocados pela sua reconstrução, mediante projetos autossustentáveis para as comunidades locais. Mas foi “um pouco abandonado”, disse à IPS a reitora da Ufopa, Raimunda Nogueira.“Se as comunidades ao redor da BR-163 não forem fortalecidas, a tendência é que passem por um processo de transformação incrível, por exemplo, que o preço da terra aumente e os pequenos vendam, aumentando os latifúndios”, acrescentou.

    O desmatamento em grande escala teve lugar na década de 1980, com a exploração da madeira. Porém, isso não deixou áreas “desnudas”, segundo a reitora, porque a agricultura de subsistência “manteve diversas escalas de regeneração florestal”. Mas, “quando os grandes produtores chegaram, cortaram todas essas áreas em fase de regeneração que mantinham certo equilíbrio”, pontuou Nogueira, que estima que cerca de 120 mil hectares foram transformados em plantações de soja.

    Por sua vez, Torres se refere ao surgimento de outros problemas sociais, como a prostituição, inclusive de menores de idade. “Há cidades centenárias do Paráque poderiam se converter em grandes bordéis de caminhoneiros”, ressaltou.Os moradores de Campo Verde, povoado de seis mil habitantes a 30 quilômetros de Miritituba, que vivem da produção de palmito e de serrarias, já antecipam esses efeitos nos canteiros de construção.

    O povoado ficará na junção da BR-163 e com a Transamazônica, estrada com mais de quatro mil quilômetros que cruza todo o norte brasileiro.“Por aqui vão passar apenas os transportadores de soja. Calcula-se que serão, em média, 1.500 caminhões por dia. Calcule os acidentes que teremos com todos esses caminhoneiros que vêm como loucos e nem freiam”, questionou à IPS a líder comunitária do povoado, Celeste Ghizone, que também teme a chegada da criminalidade e das drogas.

    A nova logística permitirá exportar, a partir de 2020, 20 milhões de toneladas de grãos, dos 42 milhões que Mato Grosso produz atualmente. O sonho das empresas agrícolas é continuar ampliando o corredor da soja, construindo uma ferrovia até Miritituba.“É importante destacar que a BR-163 asfaltada não é uma infraestrutura local, mas serve para os grandes produtores de soja do Mato Grosso. O Estado do Pará se converterá em um mero corredor de transporte de soja”, lamentou Torres.

     

    Envolverde/IPS Foto: Fabiana Frayssinet/IPS

     

    http://ambienteacreano.blogspot.com.br/

  4. O direito de manifestação no Brasil

    “…início do Estado Democrático de Direito no Brasil com a Constituição de 1988, que favoreceu a atuação conjunta do poder público com a sociedade em diversos aspectos. No Estado Democrático de Direito brasileiro, a Administração Pública é pautada pelo princípio da legalidade – Estado de Direito – e pelo exercício da democracia, por meio do instituto da representação, com possibilidade de participação popular nas decisões estatais. Destaca-se que o Estado Democrático de Direito, diferente do Estado Liberal, garante proteção que vai além dos direitos de propriedade, protegendo, por meio da legislação, um elenco de garantias fundamentais embasadas no denominado “Princípio da Dignidade Humana”, respeitando a hierarquia das normas e a separação dos poderes (LA BRADBURY, 2006).”

    https://jus.com.br/artigos/29506/o-direito-de-manifestacao-no-brasil#ixzz3ic3Q2DCP 

  5. Luis Nassif:
    Nos ultimos dois

    Luis Nassif:

    Nos ultimos dois dias enviei ao seu blog, atraves desta coluna, Fora de Pauta, uma carta aberta a Fernando Morais esperando que ela fosse publicada em forma de post.

    Não obtive sucesso. Apesar da insignificancia do remetente, o destinatario é alguem de reconhecido valor e o assunto tratado poderia reabrir uma relevante discussão.

    As tais biografias não autorizadas, que foram, recentemente, autorizadas pelo Supremo, não representam assunto encerrado. Ainda provocarão novas questões que serão debatidas.

    Nos proximos dias, a sociedade, certamente,  abordara novamente o tema, com a publicação programada de uma biografia de Geraldo Vandre, feita contra sua vontade.

  6. Gurus da direita discutindo uns com os outros – do DCM

    Treta na direita: Reinaldo Azevedo debocha de Olavo de Carvalho, que chama Constantino de ‘bosta’

     

    Postado em 12 de janeiro de 2016 às 8:00 pm    Share1

    Começou assim: Kim Kataguiri, o mais famoso e cabeludo dos 893 líderes do Movimento Brasil Livre, fez críticas a Jair Bolsonaro por causa de sua visão, na opinião de Kim, nacionalista.

    Fãs de Bolsonaro ficaram indignados e chamaram Kim de anão moral, entre outros vitupérios. Reinaldo Azevedo saiu em defesa do japonês. Olavo de Carvalho criticou a postura de Azevedo e seus ataques “infundados” a Bolsonaro.

    Reinaldo respondeu dizendo que Olavo não sabia ser “mestre”. Como de costume, Olavo desafiou Azevedo para um debate. No meio da confusão, chamou Rodrigo Constantino de “bosta”.

    Esse é o pensamento vivo da direita brasileira, senhoras e senhores.

     

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  7. Um contraponto com a mesma intensidade

     

    Nassif e demais comentaristas,

     

    A “grande” mídia brasileira faz uma propaganda nazista contra Lula, o PT e o Governo Dilma.

    É preciso organizar o contraponto a essa campanha nazista !

  8. PHA, um Fausto Wolff atualizado ou o nosso atual Nataniel Jebão

    FHC em Hollywood: vai ganhar o Oscar

    De roteiro copiado…    Imprimirpublicado 13/01/2016 no Conversa Afiadaposto ipiranga

    Sugestão de Dona Mancha

    Saiu na seção do Flavio Ricco, no UOL:

    Cinema vai contar a história do Plano Real, de Itamar a FHC

    A história do Plano Real, criado em 1994 para estabilizar a economia, vai para os cinemas com apoio da Globo Filmes e direção-geral de Rodrigo Bittencourt.

    A ideia é contar com um grupo de atores, o mais próximo possível do ideal, para viver figuras públicas como Itamar Franco (morto em julho de 2011), Fernando Henrique Cardoso, Gustavo Franco e Edmar Bacha, entre outros. Roda em fevereiro.

    (…)
    Será a glória!

    William Bonner deveria fazer o papel de FHC!

    E a Urubóloga de D. Ruth!

    É Oscar na certa!

    O Plano Real ganhará o prêmio de “roteiro copiado” do Consenso de Washington.

    Essa Globo…

    Paulo Henrique Amorim

     

  9. Drive: A Surpreendente Verdade Sobre o Que Nos Motiva por Dan Pi
    Drive: A Surpreendente Verdade Sobre o Que Nos Motiva, por Dan Pink

    A ciência das motivações ensina que não somos tão manipuláveis e previsíveis quanto imaginam.

    [video:https://youtu.be/uG9JfvbENu8%5D

    por Daniel H. Pink, escritor e consultor motivacional.

    https://en.m.wikipedia.org/wiki/Daniel_H._Pink

    No LinkedIn:

    https://www.linkedin.com/pulse/surpreendente-verdade-sobre-o-que-nos-motiva-rafa-spoladore?trk=eml-b2_content_ecosystem_digest-recommended_articles-51-

    TED:

    [video:https://youtu.be/rrkrvAUbU9Y%5D

  10. Homem com 131 anos, foi pai com 100 anos.

    No AC, homem que teria 131 anos pode ser o mais velho do mundo

    Ex-seringueiro nasceu em 10 de março de 1884 em Meruoca (CE). Hoje, ele mora no interior do Acre  (Foto: Alexandre Santana/Arquivo pessoal )

    http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2016/01/homem-de-131-anos-que-mora-no-ac-pode-ser-o-mais-velho-do-mundo.html……..

     

    José Souza nasceu no Ceará e trabalhou como seringueiro no Acre.

    ‘Tem gente que pensa que a gente mente a idade dele’, diz filha de 30 anos.

    Às vezes ofende porque está tudo registrado, os documentos dele já passaram por perícia para saber se eram falsificados e nada de anormal foi encontrado. Está tudo registrado em cartório e fórum”, destaca.

    Carterira de trabalho de Souza também registra o ano de nascimento em 1884 (Foto: Alexandre Santana/Arquivo pessoal)

    Certidão de nascimento de Souza, que comprova sua idade de 131 anos  (Foto: Alexandre Santana/Arquivo pessoal)

     

  11. Papo de bar

    Papo de bar XV

     Com Emanuel Cancella

     

    FHC e Aécio Neves

    Como prometido pelo PGR Rodrigo Janot, a sociedade espera uma conclusão e a aceitação das denúncias contra Aécio Neves, duas vezes delatado, bem como de FHC, este pelos cem milhões de propina, pela compra de petroleira na Argentina. Provas não faltam mais!

     

     

     

    Para contrariar a mídia, economia começa a melhorar:

     

    Vendas do comércio varejista crescem 1,5% em fevereiro, informa IBGE

    De acordo com o instituto, em relação ao mesmo período do ano anterior, as vendas subiram 3,8%

    Produção agrícola cresce 8,1% em 2014

    O valor da produção agrícola brasileira chegou a R$ 251,2 bilhões em 2014. SAFRA | Quinta, 5 de Novembro de 2015 – 15:19

     

    Em resposta à mídia que prega o desemprego em massa:

     

    Sete concursos para ficar de olho em 2016  Estadão , 07 Janeiro 2016 | 16:17

     

    IBGE. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já abriu as inscrições de concurso público com 600 vagas. O prazo para se candidatar ao certame vai até o dia 28 de janeiro.

     

    Correios. Anunciado desde o ano passado, o concurso para carteiro e operador de triagem e transbordo (OTT) ainda não saiu do papel. Em nota, a empresa informa que está “reavaliando os estudos sobre a quantidade de vagas a serem preenchidas, bem como a necessidade de força de trabalho em cada localidade”. A reavaliação ocorre em decorrência de determinação do Departamento de Coordenação e Controle da Empresas Estatais (DEST), que estabeleceu novo limite ao quadro de efetivo dos Correios.

     

    INSS. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) abriu concurso público para o preenchimento de 950 vagas em carreiras da autarquia: 800 são de nível médio para técnico do seguro social e 150 para analista do seguro social, destinadas exclusivamente a graduados em serviço social. Os salários iniciais são de R$ 4.886,87 e R$ 7.496,09, respectivamente.

    As inscrições já estão abertas e vão até o dia 22 de fevereiro pelo site do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe). O edital pode ser acessado no Diário Oficial da União e no site do Cespe.

     

    Caixa Econômica Federal. O banco estatal diz que não há previsão de realização de novos concursos. Contudo, a validade da atual seleção termina em 16 de junho de 2016. Logo, se a Caixa precisar de funcionários em seu “banco de reserva” terá de realizar uma nova seleção. O banco ainda esclarece, por meio de nota, que o “concurso 2014, para o cargo de técnico bancário novo, foi realizado para composição de cadastro de reserva, sem obrigatoriedade de aproveitamento de todos os candidatos.” O Banco do Brasil, outra estatal que costuma realizar concursos anualmente, não confirma a abertura de novas vagas.

     

    Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina. O Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina lançou concurso público para preencher 50 vagas de auditor fiscal de controle externo, nas especialidades de administração, contabilidade, direito, economia, engenharia civil e informática. A remuneração chega a R$ 11.607,42. As inscrições já estão abertas e vão até 3 de fevereiro, pelo site do Cespe. O concurso terá fases de provas objetivas e de avaliação de títulos.

     

    Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região. O Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, com jurisdição no Pará (PA) e no Amapá (AP), divulgou edital de concurso para os cargos de Analista Judiciário e de Técnico Judiciário. Também haverá a formação de cadastro de reserva. As chances estão divididas entre diversas áreas de formação, com remunerações que alcançam R$ 5 mil para nível médio e que variam entre R$ 8 mil e R$ 10 mil para nível superior. As inscrições para a seleção ocorrem entre 8 e 27 de janeiro, no site do Cespe. Os candidatos serão avaliados por meio de provas objetiva e discurs iva, previstas para serem aplicadas em 13 de março, nas cidades de Belém (PA), Marabá (PA), Santarém (PA) e Macapá (AP).

    Unifesp. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) vai realizar concurso com 214 vagas para todos os níveis de escolaridade. As inscrições já estão abertas e ocorrem até 5 de fevereiro pelo site da Vunesp. As vagas possuem salários iniciais de R$ 1.739,04 a R$ 3.666,54, mais auxílio alimentação de R$ 458,00. A distribuição das oportunidades será entre os diversos câmpus: Baixada Santista, São José dos Campos, Diadema, Guarulhos, Osasco e São Paulo.

     

    E o salário. Oh! Tiveram ganhos acima da inflação!

     

    Governo regulamenta salário mínimo de 2016 no valor de R$ 880.

    Mínimo atual é de R$ 788; novo valor corresponde a reajuste de 11,6%.

    Impacto do reajuste para as contas do governo será de R$ 30,2 bilhões. Globo, G1, 30/12/2015

     

    Aposentados que ganham acima do mínimo terão reajuste de 11,28%

    Valor refere-se à variação do INPC, divulgada pelo IBGE na sexta-feira (8).

    Com isso, o teto da Previdência Social para 2015 fica em R$ 5.189,82.

    Globo, G1, 11/01/2016

     

    Rio de Janeiro, 13 de janeiro de 2015 

    OAB/RJ 75 300              

                   

    Emanuel Cancella é coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ) e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP). 

    OBS.: Artigo enviado para possível publicação para o Globo, JB, o Dia, Folha, Estadão, Veja, Época entre outros órgãos de comunicação.

    http://emanuelcancella.blogspot.com.

    https://www.facebook.com/emanuelcancella.cancella

     

     

     

     

     

  12. VAMOS REZAR

    Vivendo em zonas de conflito, 24 milhões de crianças não têm acesso à educação, alerta UNICEF

    Publicado em 12/01/2016 Atualizado em 12/01/2016   AUMENTAR LETRA DIMINUIR LETRA  

    Número é quase um quarto dos 109,2 milhões de jovens entre seis e 15 anos vivendo em áreas de confronto. Sudão do Sul, Níger, Sudão e Afeganistão apresentam percentagens mais altas de abandono escolar.

    No Afeganistão, 40% das crianças com idade prevista para frequentar o ensino fundamental não estão adquirindo educação formal. Foto: UNAMA / Fraidoon Poya

    No Afeganistão, 40% das crianças com idade prevista para frequentar o ensino fundamental não estão adquirindo educação formal. Foto: UNAMA / Fraidoon Poya

    O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) destacou, nesta segunda-feira (22), que cerca de 24 milhões de crianças vivendo em zonas de conflito não têm acesso à educação formal. O número equivale a quase um quarto do total de 109,2 milhões de jovens residentes em 22 países afetados por confrontos, com idade escolar equivalente ao ensino fundamental. Apesar dos desafios, a educação permanece o setor de investimento humanitário mais subfinanciado.

    De acordo com o levantamento realizado pela agência da ONU, o país com a maior taxa de abandono escolar associada a confrontos armados é o Sudão do Sul, onde 51% das crianças entre seis e 15 anos não têm acesso ao ensino fundamental. No Níger, o índice chega a 47%. O Sudão é a terceira nação com o valor mais alto (41%), seguido pelo Afeganistão (40%).

    “Escolas equipam as crianças com o conhecimento e as habilidades de que precisam para reconstruir suas comunidades quando os conflitos acabam e, no curto prazo, oferece estabilidade e uma estrutura necessário para lidar com o trauma que elas experimentaram”, afirmou a chefe de Educação do UNICEF, Jo Bourne. De acordo com o representante do UNICEF, “quando as crianças não estão na escola, elas enfrentam riscos mais elevados de abuso, exploração e de recrutamento por grupos armados”.

    Em zonas de conflito, as escolas se tornam uns dos poucos ambientes seguros onde os jovens podem brincar e aprender. A falta de segurança e de verbas, porém, impõe dificuldades ao trabalho de organizações humanitárias junto às populações. Em Uganda, por exemplo, onde o UNICEF presta assistência a refugiados sul-sudaneses, o orçamento da educação está subfinanciado em 89%.

     

     

  13. EUA caminham para modelo brasileiro de identificação racial.

    http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160112_neymar_racismo_jf_cc

    Neymar Jr. | Foto: AFP

    Os critérios com que brasileiros e americanos se identificam racialmente estão se aproximando, diz Reginald Daniel, professor de sociologia da Universidade da Califórnia (Santa Barbara).

    Ele afirma que, aos poucos, os Estados Unidos estão deixando para trás um modelo de classificação rígido e binário, que enquadrava a maioria da população nas categorias branca ou negra. Com a imigração latina e o crescimento de casamentos inter-raciais, cada vez mais americanos se veem como multirraciais.

    Já o Brasil, onde historicamente vigora um modelo racial mais flexível, percorre o caminho inverso: cresce no país o número de pessoas que se identificam como pretas ou negras e repelem termos que designam grupos intermediários, como pardo ou mestiço.

    A tese está no livro Race and Multiraciality in Brazil and the United States: Converging Paths? (“Raça e multirracialidade no Brasil e nos EUA: caminhos convergentes?”, em tradução livre), escrito por Daniel após vários anos de pesquisa nos dois países.

    Em entrevista à BBC Brasil, o professor afirma que o estigma ligado à escravidão ainda impede que muitos brasileiros assumam sua ancestralidade africana.

    Daniel, americano que se define como multirracial, comentou o silêncio do jogador Neymar diante das ofensas raciais que sofreu em partida no início do mês, na Espanha.

    “Se não fosse famoso, Neymar correria os mesmos riscos de um preto ou pardo que topasse com a polícia à noite na zona norte do Rio.”

    Leia os principais trechos da entrevista.

    BBC Brasil – Muitos no Brasil – particularmente no movimento negro – têm cobrado Neymar e outras figuras públicas a se identificar como negras e a se posicionar publicamente contra o racismo. Como avalia a postura?

    Reginald Daniel – O movimento negro está tentando transmitir uma mensagem de unidade na luta antirracista e quer que mais pessoas falem sobre isso. A estratégia faz todo o sentido, mas acho problemático o discurso de que, para entrar na luta pela libertação negra, uma pessoa não possa reconhecer uma identidade que a conecte também à brancura.

    Reginald Daniel – O movimento negro está tentando transmitir uma mensagem de unidade na luta antirracista e quer que mais pessoas falem sobre isso. A estratégia faz todo o sentido, mas acho problemático o discurso de que, para entrar na luta pela libertação negra, uma pessoa não possa reconhecer uma identidade que a conecte também à brancura.

    Foto: Reuters

  14. CRISTIANO RONALDO PELO AMOR DE DEUS RECEBA O GAROTINHO!

    Fãs palestinos e jordanianos tentam ajudar vítima de ataque a conhecer CR7

    Por EFE | 

    13/01/2016 15:58

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         Texto  7 pessoas lendo 0Comentários

    O pequeno Ahmad Dawabshe de 4 anos perdeu os pais e o irmão em incêndio em julho e teve 60% do corpo queimado

    EFE

    Menino de 4 anos quer conhecer Cristiano RonaldoDivulgaçãoMenino de 4 anos quer conhecer Cristiano Ronaldo

    Um clube de torcedores palestinos do Real Madrid e outro jordaniano iniciaram em conjunto uma campanha para que Ahmad Dawabshe, que perdeu os pais e o irmão em um ataque de extremistas judeus contra sua casa e sofreu queimaduras em 60% do corpo, viaje para a Espanha para conhecer seu ídolo, Cristiano Ronaldo.

    Mobilizações no Facebook e no Twitter nos últimos dias deram destaque à campanha, que tenta devolver a esperança ao garoto de 4 anos, único sobrevivente do incêndio em julho do ano passado.

    De acordo com o presidente do clube de torcedores Merengue Palestina, Khaled Suman, a iniciativa foi idealizada e impulsionada por seu grupo e recebeu o apoio do Blanco Jordania, do país vizinho. Eles escreveram uma carta à equipe espanhola solicitando ajudar para levar o menino até lá.

    “Escrevemos para o Real Madrid, pedindo-lhes apoio para levar a Ahmed a Madri. Esta criança sofreu um trauma terrível e, apesar de tudo, continua amando o Real Madrid, tem muitas fotos dos jogadores, o escudo e a bandeira”, relatou Suman, cujo grupo tem cerca de 2 mil integrantes, à Agência Efe.

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    “O pequeno precisa de apoio emocional e de algo que lhe dê uma esperança, algo bonito em sua vida que o alegre e o conecte com o mundo”, acrescentou.

    Segundo o presidente do clube de torcedores, o Real se disse disposto a ajudar e indicou os procedimentos a seguir, através da Federação Palestina de Futebol. Entretanto, ainda é preciso que os médicos apontem o melhor momento para a viagem.

    Ahmad Dawabshe permaneceu internado por meses em um hospital israelense, sendo tratado das queimaduras sofridas. Seu irmão de 18 meses morreu na hora, enquanto seus pais não resistiram aos ferimentos e às infecções causadas pelas graves queimaduras dias depois.

    O ataque causou comoção em Israel e na Palestina e foi duramente condenado pelas autoridades israelenses, que o qualificaram de “terrorismo judeu”. Recentemente, foi anunciada a prisão de dois dos suspeitos de cometerem o crime.

     

     

  15. Intolerância ao leite é moda

    Ciẽncia?

    Quem paga a pesquisa?

    Do Diário de Notícias de Lisboa

    “Intolerância ao leite é moda”

    Pub

    A endocrinologista Isabel do Carmo afirma que a suposta intolerância à lactose é uma moda, para a qual não existe qualquer fundamento científico, e que resulta da influência da indústria de produção de soja.

    Este é o tema que a especialista vai tratar, hoje, durante o seminário “Consumo de leite e laticínios — O que pode estar a mudar”, num painel subordinado ao tema “Elogio do leite”, no qual vai explicar a relação entre o leite e a evolução do ser humano, na Europa.

    “O ser humano estabeleceu-se há sete mil anos com o pastoreio. Nessa altura o adulto perdia a lactase. Houve depois uma mutação que permitiu que desdobrasse a lactose”, explicou à Lusa.

    Isso significa que há milhares de anos que os europeus possuem essa enzima chamada lactase, que desdobra a lactose, e permite ao organismo processar este açúcar presente no leite, pelo que considera que “a história da intolerância ao leite está mal contada”.

    “A mutação tem sete mil anos. E não há nenhuma mutação atual ao contrário. A intolerância é uma moda, que suspeito seja influência da indústria norte-americana de produção de soja e leite soja”, afirmou.

    A médica sublinha, a propósito, que a tendência para se deixar de consumir derivados de leite também não faz sentido, visto que estes alimentos não possuem lactose.

    “Quando o leite se transforma em iogurte ou queijo, mesmo para quem tenha efetivamente intolerância, deixa de haver lactose e passa a haver ácido láctico [a lactose transforma-se em ácido láctico por fermentação] e o valor nutricional mantém-se”.

    Isabel do Carmo aconselha que quem suspeitar de intolerância faça testes laboratoriais para confirmar, porque o leite tem um valor nutricional como nenhum outro, sendo um alimento completo para crianças e quase completo para o adulto.

    A mesma ideia defende Pedro Graça, da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, que vai moderar um debate sobre os “factos, mitos e enganos” relacionados com o consumo do leite, para quem o leite fornece “uma série de nutrientes de forma muito concentrada”.

    O ponto de partida do debate será o decréscimo do consumo de leite e laticínios em Portugal e na Europa, e tentar perceber o que leva algumas pessoas a terem receio de consumir leite.

     

    Existem três perspetivas: a saúde, com as intolerâncias, o ambiente, com o impacto que as vacas têm no consumo de energia e na produção de gases com efeito de estufa, e os direitos dos animais, com as condições em que são criados.

    As questões de saúde serão as mais discutidas, porque, do ponto de vista alimentar, é um “excelente alimento”, que permite a produção de derivados e a sua utilização para diversos fins culinários, e, do ponto de vista nutricional, fornece proteínas, vitaminas e minerais de elevada qualidade e baixo valor energético – “dois copos de leite fornecem um terço das necessidades diárias de uma pessoa”.

    Além disso, é possível hoje em dia extrair a gordura (saturada) do leite, reduzindo os riscos para a saúde, essencialmente cardiovasculares, associados ao seu consumo.

    “O leite é também um produto relativamente barato, o que é importante numa altura de grandes desigualdades sociais. O leite é democrático, acessível a todas as bolsas”, acrescentou o também diretor do Programa Nacional de Alimentação Saudável.

    O responsável lembrou que, recentemente, o leite surge associado ao risco de desenvolvimento de alguns tipos de cancro, quando há um consumo elevado e regular, mas sublinha que esta é apenas uma “hipótese de trabalho que não está validada cientificamente”.

    Relativamente à intolerância à lactose, Pedro Graça salienta que sempre houve e continuará a haver, mas o especialista não tem certezas de que esteja a aumentar, a não ser que, no seu conjunto, as alergias têm vindo a aumentar.

    “O que não sabemos das alergias é a relação entre o hospedeiro e as substâncias agressoras. O que sabemos é que estamos em mudança do ponto de vista ambiental. Há substâncias novas ligadas ao alimento e à produção alimentar, como conservantes e aditivos, mas também o ar que respiramos. Tudo junto pode originar um conjunto de casos”.

    Para o especialista, entre prós e contras, o importante é que os consumidores tenham informação correta e possam, esclarecidamente, fazer as suas escolhas.

     

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