Há 70 anos, presos de Auschwitz eram libertados

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Com libertação dos prisioneiros de Auschwitz, há 70 anos, mundo conhecia o horror

De O Globo

Com a chegada do exército da União Soviética, no dia 27 de janeiro de 1945, terminava para os sete mil prisioneiros que restaram no campo de concentração de Auschwitz um martírio indescritível. Durante toda a madrugada, os crematórios do campo haviam funcionado a pleno vapor, matando cerca de dez mil pessoas – as últimas de um total de 1,1 milhão que perderam a vida entre 1940 e 1945 no complexo perto de Cracóvia, no Sul da Polônia.

Na pressa de liquidar o maior número possível de prisioneiros, os homens e mulheres das SS encarregados do campo chegaram a enviar para os crematórios prisioneiros ainda vivos. Milhares de outros tinham sido transferidos, nos dias anteriores, em longas caminhadas de centenas de quilômetros, para outros campos de concentração na Alemanha, como Bergen Belsen ou Buchenwald. Com a libertação, o mundo conheceu de vez a dimensão do plano de extermínio de Adolf Hitler. A data da liberação se tornou o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto.

Exatas sete décadas depois, a vítimas serão lembradas numa cerimônia transmitida para o mundo inteiro, que contará com a presença de sobreviventes da tragédia e representantes de 28 países. Segundo Piotr Cywinski, diretor do Museu Auschwitz-Birkenau, o encontro é importante porque Auschwitz deve continuar servindo de “advertência para o futuro, a fim de que nunca mais se repita”.

Para o historiador e cientista político Arnd Bauerkämper, da Universidade Livre de Berlim, os temas Auschwitz, Holocausto e Terceiro Reich eram, antigamente, tabus na Alemanha.

– As pessoas evitavam falar porque associavam (tal assunto) ao sentimento de culpa. Era a geração dos criminosos nazistas. Já na Alemanha Oriental, comunista, o Holocausto era mais lembrado. No entanto, o foco não eram as vítimas judias, mas sim a resistência comunista — diz Bauerkämper.

Hoje, a geração dos criminosos está quase toda morta, e os atuais alemães encaram o assunto sem nenhum bloqueio. Entretanto, o relacionamento com os judeus nada tem de simples. Se o anti-islamismo cobra força por meio de movimentos como o Pegida (Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente), que organiza marchas islamofóbicas em diversas cidades alemãs, uma nova onda de antissemitismo também preocupa o país. Bauerkämper diz, porém, que o antissemitismo contemporâneo é influenciado pelo conflito entre judeus e palestinos, não tem a mesma natureza de ódio do período nazista:

– Muitos são contra a política de Israel, e não contra os judeus da Alemanha.

O VIOLONCELO QUE SALVOU UMA VIDA

Na próxima terça à noite, a Orquestra Filarmônica de Berlim fará um concerto em memória das vítimas, com leitura de trechos do livro “A noite”, em que Elie Wiesel, Prêmio Nobel da Paz, abordou a vida no campo para onde foi deportado junto com a família quando era adolescente. O concerto também lembrará Alma Rosé, sobrinha do compositor Gustav Mahler morta no campo, onde regeu uma orquestra de moças. Um dos violinos dessa orquestra será tocado no concerto, bem como outros instrumentos que pertenceram a vítimas.

A caminho da Polônia, onde deverá participar de um evento da próxima sexta-feira, a violoncelista Anita Lasker-Wallfisch, de 89 anos, conta que tinha 18 quando chegou a Auschwitz. Seus pais tinham sido deportados e mortos dois anos antes. Ainda na rampa da seleção — momento mais temido pelos judeus, porque um movimento de mão tinha o poder de significar vida ou morte —, a jovem ouviu a pergunta que salvou a sua vida e, mais tarde, também a de sua irmã Renate, um ano mais velha.

– A encarregada da orquestra perguntou o que eu fazia antes. Eu respondi que tocava violoncelo. Ela disse que a orquestra precisava de uma violoncelista. Minha vida estava salva – lembra.

Sob a regência de Alma Rosé, que já era uma violinista famosa em Viena quando foi deportada, a orquestra de moças no campo era amada até por Josef Mengele, o abominável médico de Auschwitz. Frequentemente, Anita era solicitada por Mengele para tocar “Träumerei”, de Robert Schumann.

– Os nazistas amavam a música. Nós não tocávamos diretamente para os deportados que chegavam, mas eles nos ouviam porque treinávamos todo dia perto da rampa. Nossa música era a última coisa que ouviam antes de morrer – diz Anita.

Esther Bejerano, nascida na Alemanha, perto da fronteira com a França, em 1924, chegou a Auschwitz mais ou menos na mesma época de Anita e Renate. Quando chegou, foi indagada pela polonesa Zofia Tchaikowska, que tinha recebido das SS a ordem de tirar da rampa da morte as mulheres jovens que podiam ser “aproveitadas” na orquestra. Respondeu que sabia tocar piano, função de que a orquestra não precisava. Em seguida, veio a pergunta: “E acordeão?”

– Aí eu respondi: “acordeão também”. Eu nunca tinha pegado num acordeão, mas, por sorte, consegui tocar mais ou menos bem a música solicitada, a canção alemã “Du hast Glück bei den Frauen” (“Você tem sorte com as mulheres”). Fui aceita – lembra Esther.

Mas o preço da sobrevivência foi alto. Ela recebeu dos nazistas a ordem de tocar logo no portão de entrada do campo.

– As pessoas que desciam dos trens acenavam aliviadas, porque pensavam: “onde se toca música a situação não pode ser muito ruim”. Essa era a tática dos nazistas para que todos os “selecionados” entrassem sem nenhuma resistência nas câmaras da morte – conta. – Mas nós sabíamos o que ia acontecer. Acompanhávamos de perto a tragédia dessas pessoas. Eu tocava com lágrimas nos olhos, mas não podia me recusar ou avisar às vítimas porque tinha atrás de mim os SS com as armas apontadas.

PIOLHOS E HUMILHAÇÃO

A situação piorou em outubro de 1944, quando Alma Rosé foi morta, e a orquestra não conseguia mais atrair a simpatia dos SS. Anita e Renate foram obrigadas a participar da “marcha da morte”, no frio do inverno, para Bergen Belsen, onde morreu Anne Frank.

Renate lembra as últimas semanas de prisão:

– Em Bergen Belsen não havia mais câmaras de gás, mas as pessoas morriam de doença e fraqueza. Tínhamos piolhos, sofríamos de disenteria, e as moças não tinham nenhum produto para se proteger durante a menstruação. Mas o pior era a humilhação nas mãos dos nazistas.

Em meados de abril de 1945, as duas foram libertadas por tropas inglesas. Foram para a Inglaterra em 1946. Anita fez parte de uma orquestra inglesa até a sua aposentadoria. E o violoncelo continua sendo parte da família. O filho e o neto são violoncelistas. Já Renate se tornou jornalista, tendo sido, até a sua aposentadoria, correspondente de importantes jornais alemães.

Esther foi libertada no campo de concentração de Buchenwald, para onde a transferiram depois de Auschwitz. Ela morou algum tempo em Israel e voltou para a Alemanha, que nunca deixou de ver como sua pátria.

– O perigo da extrema direita é grande de novo – avalia.

Para esclarecer os jovens sobre os resultados do extremismo, ela dá concertos de músicas judaicas, que mistura ao hip hop. Seu próximo concerto será na semana que vem, lembrando a data.

* Correspondente

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

24 Comentários

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  1. No video abaixo da Pathé ,

    No video abaixo da Pathé , feito ainda no calor dos acontecimentos, em 1945, o mundo começava a descobrir o que se passava nos campos de concentração. Esse aqui era o de Buchenweld que estava sendo desfeito. Pode-se observar milhares de corpos amontoados, sobreviventes em estado deplorável e ainda flagrar muito dos funcionários alemães capturados trabalhando no local. Muitos deles podem ser vistos sendo agredidos por pessoas que se revoltavam com o que viam. 

    Triste que ainda hoje, cenas semelhantes à essa, por motivos diversos,  sejam frequentes em vários locais do mundo, especialmente na África.

    Imagens fortes.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=-tGwjwK9pIM%5D

  2. Pouco Verossímil

    “Durante toda a madrugada, os crematórios do campo haviam funcionado a pleno vapor, matando cerca de dez mil pessoas”

    Em 24 horas sem parar, apenas 12 pessoas são cremadas num único crematório (2 horas por pessoa). Ou seja, o campo de concentração teria que contar com (10.000/12) 833 fornos.

    Quando criança, assisti a muitos filmes sobre o tema e eu acreditava. Hoje, duvido muito da história contada em relação ao chamado Holocausto. A própria existência de 7 mil prisioneiros, no final da guerra, em aquele campo, demonstra que a história acima é um exagero.

      1. O nazismo não existiu?

        Daqui a pouco, você vai dizer que o nazismo não existiu, foi uma peça de marketing inventada pelos sionistas. A mesma bobagem que o ex-presidente do Irã disse há alguns anos. Independente do que pode haver de errado na conduta dos governantes de Israel (os governantes e não os judeus, como alguns escrevem de forma preconceituosa) com os palestinos,  a maldade praticada contra judeus, ciganos e homossexuais entre outros pelo governo de Hitler não se justifica. Assim como são verídicos e comprovados os campos de extermínios criados e mantidos pelos nazistas com requintes de crueldade; eles são comprovados por dezenas de documentários e testemunhos. Só não vê quem não quer. O nazismo e esses campos de matança prosperaram graças ao silêncio e a leniência do mundo docidental (o Brasil do ditador Getúlio Vargas, o Vaticano da época, etc). A mesma leniência com que toleramos o estado islamico que decapita pessoas inocentes, os movimentos que em nome de Alá mata centenas de pessoas civis na Nigéria, em Nova York, em Paris e outos locais.  Menos, cara

        1. Não estão contestando o holocausto

          E sim, ALGUMAS histórias relacionadas ao fato.

          A contestação que se faz aqui é explicitamente à quantidade de cremação em tempo tão exíguo (10 mil em 24 horas).

          Eu sei que houve a perseguição aos judeus, a crueldade dos campos de concentração. Mas, é muito difícil contestar os números divulgados, pois imediatamente somos tachados de antissemitas. 

  3. Enquanto isso…

    Enquanto isso, na Palestina, o holocausto continua com o apoio incondicional da comunidade Internacional. Sempre que os facínoras de Israel estão para recomeçar a matança ou já estão praticando em plenitude a carnficina geral, surgem na mídia matérias relacionadas ao holocausto judeu. Primeiro que os que lá morreram, imagino eu, não endossariam a crueldade que Israel pratica em nome deles; segundo que os palestinos nunca tiveram qualquer responsabilidade sobre os crimes praticados contra judeus, ciganos, comunistas e tantos outros durante o período do regime nazista. É de dar nojo!

  4. Enquanto isso…

    Enquanto isso, na Palestina, o holocausto continua com o apoio incondicional da comunidade Internacional. Sempre que os facínoras de Israel estão para recomeçar a matança ou já estão praticando em plenitude a carnficina geral, surgem na mídia matérias relacionadas ao holocausto judeu. Primeiro que os que lá morreram, imagino eu, não endossariam a crueldade que Israel pratica em nome deles; segundo que os palestinos nunca tiveram qualquer responsabilidade sobre os crimes praticados contra judeus, ciganos, comunistas e tantos outros durante o período do regime nazista. É de dar nojo!

  5. Hurraaa!…

    .Viva  Churchill, o grande e visionário dirigente da Inglaterra!…Viva Roosevelt, o grande estadista e dirigente dos EUA. Viva Josefh Stalin, este, o grande comandante-em-chefe da libertação do mundo da sanha  de Hitler e da derrocada alemâ-nazista!..

  6. Grande Exército Vermelho,

    Grande Exército Vermelho, venceu praticamente sozinho a Segunda Guerra na Europa… Gringos só entraram quando os Soviéticos já marchavam rumo a Berlin… (ok, sei que o AA irá replicar dizendo que Tio Sam enviou não sei quantos milhões de toneladas de equipamentos para a URSS… Mas o fato é que o tal “DIA D” somente se deu quando a guerra já tinha virado) 

    Eu gosto de imaginar cenários históricos alternativos, e sempre imagino como teria sido a URSS se Trotsky, e não Stalin tivesse assumido o poder após a morte de Lênin… Stalin e asseclas foram os grandes responsaveis por transformar o socialismo em um regime totalitário e opressor. George Orwell, socialista, voluntário nas Brigadas Internacionais durante a Guerra Civil Espanhola, escreveu “1984” inspirado no que se tornou o regime soviético.

    Stalin era tão canalha que mandou matar Trotsky no México, e o Mal. Tito em Belgrado. Obteve êxito no primeiro caso, mas falhou em todas as tentativas de eliminar o grande Josip Bros. Consta que, em uma delas, a segurança de Tito matou o assassino, e o Marechal mandou recado a Stalin: pare de mandar assassinos a Belgrado; do contrário, eu mandarei a Moscou; e eles não falharão.

    Outra coisa que me causa espanto é haver uma rua Mal. Tito em São Paulo (na Lapa, se não me engano). Bonita homenagem, que foge às horrorosas “Pres. Kennedy” e similares…

     

  7.  “onde se toca música a

     “onde se toca música a situação não pode ser muito ruim”.

    Onde se lê poesia ou um grande livro, também. Onde se pinta ou se admira uma pintura e escultura, também. Onde se representa uma peça teatral ou um espetáculo de dança, também. Onde…

    O senso comum costuma ditar que amar as artes eleva o espírito humano. Na verdade, deveria, mas a realidade não é tão boa.  As vezes, até os criadores deixam a desejar no quesito humanismo. 

    Na ficção, dentre muitos, Mario Puzzo/Copolla exibiram mafiosos amantes da ópera. Anthony Burgess/Stanley Kubrick exibiram um personagem cruel amante da obra de Beethoven. Alguem mais culto certamente encontrará muitos outros personagens.

    Na história real, a reportagem mostra o caso dos nazistas em relação a música, mas também saquearam museus e coleções particulares para deleite pessoal, lembrando que Hitler era, digamos, pintor. Na  Roma antiga, o cruel e talentoso Nero  botou fogo na cidade ao som de uma lira.

    Ontem o blog exibiu um post em que um homem brilhante intelectualmente recita Shakespeare. Esse mesmo homem se empenhou diuturnamente para destruir a democracia brasileira em nome de sua própria ambição. Tentou, tentou até conseguir com seus parceiros, dentro e fora dos quarteis, colocar o país numa escuridão política profunda

    Infelizmente, alguns seres humanos usam sua bagagem cultural, seu amor as artes apenas para refinar suas próprias maldades.

  8. Já passaram tantos filmes e

    Já passaram tantos filmes e documentários sobre o holocausto… Ninguém merece … Toda a nossa solidariedade aos judeus, mas o sionismo virou um nazismo e os judeus aplicam aos árabes, sobretudo palestinos, o mesmo tratamento recebido dos nazistas. Tornaram-se farinha do mesmo saco. Quem deveria assistir esses filmes e documentários são os próprios judeus para lembrar que somos todos humanos e que devemos aprender com nossos erros para não repetí-los. 

     

    “O BRASIL PARA TODOS não passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÂO & GOLPES – O que passa na REDE GLOBO DE SONEGAÇÃO & GOLPES é um braZil-Zil-Zil para TOLOS”

  9. Era ainda pior!

    Apesar dos revisionistas da história os crimes cometidos nos campos de concentração ainda eram piores.

    Com a pressa de atrair os Alemães para o lado ocidental, vários documentos cinematográficos da retomada dos campos de extermínio foram eliminados ou escondidos, por exemplo tem um famoso filme que foi editado Alfred Hitchcock em 1945 tem sua exibição somente autorizada em 2014. Este filme está ainda incompleto, pois a parte dos campos de concentração liberados pelo exército Vermelho foram conveniente inutilizados pelos Ingleses.

    Aviso, o filme está com subtítulos em espanhol e não é nada agradável, sugiro que não deixe pessoas muito emotivas assistirem.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=vRmfBDmQUzU%5D

    Sugiro que todos os revisionistas da história assistam este filme, não é uma peça de propaganda sionista, como alguns apressados podem dizer, é um documentário feito a partir de imagens filmadas pelos próprios militares.

  10. Essa gente covarde que se diz

    Essa gente covarde que se diz antisionista para esconder sua espuria naturaze antisemitica é mesmo a escoria da imunidade.

    como os lideres dos paises arabes, eles nao estao nem um pouco preocupados com os palestinos, a causa palestina é apenas usada como elemento politico para agregar apoio e desviar aa tençao de suas administraçoes voltadas apenas aos interesses de quem tenha opoder nestes paises sejam regimes ditatoriais laicos ou teocraticos ou monarquicos.

    Os antisemitas usam a causa palestina para poder falar e discursar seus revisionismos nojentos e relativisar o holocausto.

    gente desonesta mas o que esperar de um antisemita não é mesmo?

    Hoje no tempo do politicamente correto, mizandricas gostam de se afirmar femenistas, racistas se rotulam de racialistas e antisemitas são supostos antisionistas…

    1. “Essa gente covarde que se

      “Essa gente covarde que se diz antisionista para esconder sua espuria naturaze antisemitica é mesmo a escoria da imunidade.”

      De fato, eles são ainda piores do que aqueles que se escondem por trás de uma legítima repulsa ao anti-semitismo para justificar o apartheid israelense.

      Mas não muito.

  11. “Bauerkämper diz, porém, que

    “Bauerkämper diz, porém, que o antissemitismo contemporâneo é influenciado pelo conflito entre judeus e palestinos, não tem a mesma natureza de ódio do período nazista”

    Que coisa mais sem sentido.

    Se fosse realmente apenas um repúdio às políticas de Israel contra os palestinos, não seria “antissemitismo”, não é?

    E é difícil acreditar que gente capaz de tanto ódio racista contra turcos ou argelinos se importe tanto com palestinos. Parece mais o contrário: que as políticas genocidas de Israel servem como pretexto que legitima sentimentos anti-semitas e permite que eles aflorem em companhia civilizada sem despertar o horror que merecem.

  12. Não há como esquecer tais episódios.

    E o processo de mudança pra que caminhemos pra um mundo de mais respeito às vidas, é muito lento.

     

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