O Brasil de Diogo e o Brasil de Luiza; por Wagner Iglecias

A entrevista de Luiza Trajano ao Manhattan Connection, da Globonews, no último domingo, está rendendo piadas nas redes sociais. Apresentada como uma das poucas lideranças empresariais que vêem com otimismo o cenário econômico brasileiro, ela sofreu uma desastrada tentativa de questionamento em relação a sua visão atual sobre o país e sobre suas expectativas em relação ao futuro próximo.

Luiza tem aquele jeito caipira do interior de São Paulo, de gente como a gente. Dá a impressão de ser aquela vizinha pacata de cidadezinha pequena que recebe as visitas na cozinha de casa com uma broa de milho em cima da mesa e um cafezinho passado na hora. Mas é só a impressão. Ela é uma das maiores empresárias da América Latina, comanda um império com 50 anos de História, com mais de 700 lojas e que faturou mais de R$ 5 bilhões em 2011, segundo a publicação Maiores e Melhores da Revista Exame. Luiza viaja o mundo, e no Brasil vive dando palestras para executivos e estudantes de administração sobre o estrondoso sucesso de sua empresa.

Não bastasse tudo isso foi provocada por Diogo Mainardi, que ao que parece tem uma visão sobre a economia brasileira bem na linha daquilo que a própria Luiza chamou de “copo meio vazio”. De fato tem uma turma por aí que se a gente ouve ou lê sai pensando que o Brasil vai acabar amanhã. Diogo pintou um cenário muito preocupante, e apertou Luiza, que saiu-se bem de todas as pegadinhas. Ela discutiu indicadores e mostrou que a inadimplência no país não está no nível que Diogo afirmou. Não mordeu a isca do “não na sua loja” quando Diogo voltou à carga e ainda sambou, mesmo sem parecer ter intenção de faze-lo, quando prometeu a Diogo enviar-lhe por e-mail os dados corretos e atualizados sobre crédito e inadimplência no país.

Mas o pior estava por vir. Diogo tascou na lata: “Quando você vai vender suas lojas para a Amazon?”. Questão de opinião pessoal, claro, mas pra mim foi uma descortesia com alguém que há 40 anos tem trabalhado num negócio familiar que começou como uma lojinha de interior e se transformou numa mega empresa. Na minha concepção, apesar de descortês, a pergunta foi muito interessante, pois parece revelar a mentalidade de boa parte da elite brasileira. Uma elite que parece jamais ter tido um projeto de nação e que, no limite e se preciso for, passa seu patrimônio nos cobres e vai viver de renda. A mesma elite que passou décadas sob o manto protetor do Estado, mas que na hipótese da vitória eleitoral de um governo de esquerda abraçou com fervor o neoliberalismo e vendeu suas empresas a concorrentes estrangeiros. Praticamente “nocauteado” pelas respostas serenas de Luíza, Diogo lançou um “me poupe”. Pedido também muito interessante, que caberia bem no discurso de tanta gente que se diz patriota mas que nega dia após dia, há anos, que o Brasil melhorou. Gente que se proclama capitalista mas que torce o nariz para aeroportos lotados e rolezinhos em shopping centers.

Wagner Iglecias é doutor em Sociologia e Professor do Curso de Graduação em Gestão de Políticas Públicas e do Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da USP.

Luis Nassif

59 Comentários

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  1. rolando

    “Ela é uma das maiores empresárias da América Latina, comanda um império com 50 anos de História, com mais de 700 lojas e que faturou mais de R$ 5 bilhões em 2011,”

    e o grande diogo do PIG (proba imprensa gloryosa)?

    como sempre rolando bosta e dando vergonha alheia.

    1. No programa com o cirurgião

      No programa com o cirurgião Ben-Hur Ferraz Neto o Ricardo Amorim disse a seguinte péroloa:

      “é MUITO FÁCIL acabar com a corrupção” (ahhn??) “basta cortar os serviços do governo” “tudo o que é serviço do governo dá errado, tem corrupção”.

      Jênio.

  2. diego x LUIZA

    Ele que fique coletando dados catastróficos em Veneza e nos esqueça de vez. Nosso país é o que é graças a tantos imigrandes lutadores e desbravadores que aqui vieram e prosperaram (assim considero minha família, “oriundi” com orgulho). Mas alguns não fazem falta. Ele deveria parar de falar bobagens sobre o Brasil e fazer camapanha pela volta do Berlusconi lá na Itália!!

  3. Me poupe, idiota

    A petulâmcia desse cara vai precisar de um caixão extra no velório dele….

    elE quer saber mais do que os empresários, OS DONOS DAS LOJAS!

    Ele, que na vida se dedica a rosnar para os desafetos dos Marinho…

    Ele late, mas FUGIU para a Itália, por causa dos processo contra ele  por aqui…

    Por lá vem falando asneiras, como “os brasileiros tem os pés no chão, e as mãos também (isso inclui ele, claro, já que a cidadania italiana não muda o fato de que ele nasceu no Brasil também…)

     

    Nos poupe, BRUTA BESTIA!

  4. De fato o pitbull escancarou seu sonho:

    “Diogo tascou na lata: “Quando você vai vender suas lojas para a Amazon?”. “

    Tradução: eu, diogino, gostaria de me vender a uns americanos, por que se vender para os irmãos marinho não dá tanto $$$ que acho que mereço.

  5. Concordo com o autor do
    Concordo com o autor do texto. Foi a mesma impressão que tive ao saber desta história ridícula. Esses palhaços da velha mídia vivem de favor no mundo da fantasia. Precisa ser MUITO BURRO para acreditar neles. Os caras são muito sambarilove. Vida boa. Trabalhar que é bom, nada.

    1. Tentativa e erro

      Se colocar qualquer perna de pau para chutar da marca do penalty, uma hora ele faz gol.

      O problema é que esse perna de pau chuta só contra o próprio time.

      Ainda bem que mal.

       

       

      PS: desconheço a entrevista do Eike, mas parpite, até mãe Dinah: “acho que mais dia menos dia vai chover!”…

  6. Bom Humor ou condescendente,

      Não tive o “prazer” de  assistir os indigitados jornalistas e seus “proto-economistas”, entrevistarem a D. Luizinha, mas pelo relatado neste blog, combinado a que lembro dela, de seu “jetinho meigo”, eles a entrevistaram em um dia que ela estava de excelente humor, ou no minimo, condescendente com as asneiras propaladas pelos seus entrevistadores. 

       A D. Luizinha, sabe tudo de varejo e de como vender, principalmente de como comprar e administrar estoques – tipo pressionar os fabricantes ( ou vendem para mim, a determinado preço – canal de distribuição obrigatório – ou vcs. que se ferrem ) tipo o falecido Samuel Klein.

        As pessoas são muito mal informadas, só veem o Magazine Luiza – as lojas -, incrivelmente os entrevistadores tambem estavam mal informados, pois é bom saber que o conglomerado da Luizinha, se autofinancia através da LuizaCred e do Consórcio Luiza ( que auxiliei através de uma assessoria em 1991, quando da montagem), o LuizaCred consegue “vender” seus papéis de baixa inadimplencia em concorrencia, bancos comerciais (Itaú) adoram “comprar” a vista ( com desagio de mercado) os financiamentos da LuizaCred, assim como as compras efetuadas pelo Luiza-Mastercard ( bandeira preferencial, com contrato de “retorno” para a loja).

        Jornalistas não conhecem o Brasil que trabalha e produz, não por que não querem, ou por  falta de fontes de informação, nem mesmo que sejam burros ou ignorantes, apenas se tornaram “agentes de manipulação”, meras peças de um jogo de interesses – e o pior: empregados dispensaveis e facilmente substituiveis, peõezinhos de “griffe” aos quais os editores e donos “levantam” a uma inocua celebridade, apenas vozes de outros, infelizes papagaios.

        P.S.: Recentemente em um dos restaurantes de griffe paulistanos (onde não encontrei o Motta), situado na “tucanolandia” ( pça. villaboim), encontrei um dos “comentaristas economicos” preferenciais da midia ( como eu, amigo-conhecido do dono), o senhor em questão não sabe calcular uma minima regra-de-três, aliás nem economista é – entende de vinhos – de economia, só fala o que mandam, é até simpatico – burro, manipulado ( e sabe que é), pobre (classe média, carro importado financiado em leasing) – e tem muita gente que crê que ele é uma sumidade.

    1. Perfil

      Meu detector de perfil, após 0,5 s de trabalho identificou seu degustador de vinhos. Me disse que começa com com “Sar” e termina com “berg”. Ah sim … tem “dem” no meio … é até boa praça …

  7. O Manhattan Connection é um

    O Manhattan Connection é um programa de humor fraquinho.

    O Mainardi começou a carreira como office boy. Ocupação que exerce até hoje.

    Me poupem.

  8. Eu tenho uma visão um tanto

    Eu tenho uma visão um tanto contraditória sobre o D. Mainardi. Desconsiderando seus compromissos políticos escancarados e seu entreguismo colonial, a ponto de passar vexame com as verdades do Wikileaks, ele tem um estilo agressivo que considero interessante, que lhe dá personalidade. Mas Veja bem, é uma pena que ele não aplique seus ímpetos a todos os seus interlocutores. Como membro do pig, ele tem suas indignações seletivas. O escore final é francamente negativo, mas dou mais um ponto pro cara por ser ateu.

     

  9. O otário afirmou para a Luiza

    O otário afirmou para a Luiza que a indadimplência estava aumentando, segundo a SERASA.

    Hoje, na Bandnews, passou o dia inteiro uma tarja na parte inferior da tela(não sei que nome se dá) informando que a inadimplência havia reduzido 2% em 2013, segundo o SERASA.

    Este babaca não se informa ao fazer uma entrevista e ainda comete a descortesia de perguntar quando a Luiza iria vender sua loja à Amazon.

    Este é o sonho de vários brasileiros que conseguiram construir um patrimônio e sonham em vendê-lo a estrangeiros para viver de juros obscenos, pagos pelo governo brasileiro a custa dos trabalhadores e aposentados, em Miami.

    Bando de idiotas.

  10. Especialista verídica detonou fraudes…

    Rio, 21 Jan 2014
    Muito boa a matéria do Sociólogo e Professor da USP, consubstanciada numa serena análise. A bancada de pavões mergulhou numa disfarçada aflição, especialmente o Malnardi, informante do consulado americano (justiça seja feita: nunca foi mediocre – sempre foi péssimo). Com simplicidade e simples verdade, a comerciante bem sucedida desmanchou fraudes e, pelo menos nesta edição, o Babacan Connection revelou-se como é.  E os falsos brasileiros já podem permanecer calados no exterior.

     

  11. O “me poupe” foi o molequinho

    O “me poupe” foi o molequinho fazendo beiço. Mainardi expressa com maestria o estilo da histórica República dos Filhinhos de Papai Vagabundos, traço da elite vagabunda brasileira desde o início, muito bem retratada no personagem Brás Cubas, de Machado de Assis.

    Mainardi, um idiota falastrão que trabalhava em uma empresa sustentada por contratos sem licitação com o governo, no melhor estilo moleque sem-vergonha, fugiu para Itália quando se viu na iminência de ser responsabilizado por suas molecagens. Se olharmos para o grupo que se amontoa em locais como o Instituto Millenium, encontraremos a nata da República dos Filhinhos de Papai Vagabundos, arrotando firulas neoliberalóides enquanto são sustentados pelo BNDES e outras verbas públicas(vide Globo, Abril, Gerdau, Estadão). Outra característica é viverem do dinheiro suado dos pais, relação de dependência que transferem para o Estado em suas reivindicações de políticas públicas(sempre orientadas apenas para seus próprios interesses). 

    Emblemático o trecho em Memórias Póstumas de Brás Cubas, quando, abordado por um velho amigo em situação de necessidade, Brás Cubas, que nunca trabalhou na vida(algo de que se vangloria ao final do romance)rejeita dar-lhe uns trocados, afirmando cinicamente: “trabalhe”.

  12. no meu entender é o bobalhão do programa…

    é um dos que sobraram do jornalismo de precipício………….irônico, mas sempre com trabalhistas

    nunca informativo, raramente opinativo, e que só tem presença garantida pelas suas tiradas grosseiras contra os entrevistados e sempre contra o Brasil

  13. O que o Mainardi entende de empresas?

    A Luíza comentou sobre uma amiga, que era mão fechada e praticamente não consumia, mas como foi bem tratada em uma loja nos EUA consumiu 500 dólares e a Luíza se surpreendeu, então ela falou que o segredo era o tratamento, e o Diogo Mainardi disse que era o preço, ficou nessa discussão, então disseram que ele era pão duro também. Então veio a melhor, a Luíza disse, alguma coisa ele consome, tem de vender os livros dele pra ganhar alguma coisa.

    Ou seja, foi onde deveria ir, quem é o Mainardi? O que ele produziu? Que autoridade ele tem para questionar a presidente de uma rede de lojas de grande sucesso no país, com faturamento acima de 5 bilhões de reais, se ela vai vender sua empresa a Amazon ou não? O que ele entende de empresas além de vender seus livrinhos?

    1. Magazine Luíza X Amazon.

      Para não ficar “de mal” com a concorrente(mesmo virtual) a Luíza, não respondeu à pergunta impertinente e descabida, do Mainardi, sobre a possibilidade de vender o Magazine, à Amazon, porem todos sabemos, que é mais fácil a Luíza comprar esta rede virtual, portanto um “castelo de areia” do que a livraria yanque, comprar o império físico e real, que é a rede brasileira. 

  14. Coisa curiosa é que hoje já

    Coisa curiosa é que hoje já ouvi várias vezes, na TV, notícia de que a inadimplência caiu pela primeira vez em anos. Coincidência? 

  15. Cooptado desde raparigo

    “Curiosamente”, a entrevista de Mainardi no Jô Soares não consta da lista do site oficial do mesmo.

    Nela, passam um filme (reportagem!) onde o rapazinho recém chegado dos EUA aparece numa “manifestação difusa”, chutando e depredando lojas no centro de São Paulo, como qualquer vândalo infiltrado.

    Na entrevista (de memória), meio sem graça, alegou que ficou “revoltado” porque fora tirar um documento e como a manifestação atrapalhou, ele “entrou no clima” (?!)

    Por “coincidência”, foi exatamente ele o manifestante filmado, né?

    Naqueles tempos (não me lembro se antes ou durante a ditadura), isso gerava notícia negativa e preocupava bem a população (não tão diferente de hoje).

    Para um coxinha recém chegado dos “estêites”, era de se esperar um comportamento mais “civilizado”.

    Mas tudo leva mesmo a crer que vinha de “treinament”o e já estava em missão…

     

     

    A lista de entrevistas misteriosa que mostraria o “manifestante” depredando lojas em: http://gshow.globo.com/programas/programa-do-jo/lista-de-a-z/entrevistas-de-a-a-z.html

  16. Basta de partidarismo!

    Está lamentável cobertura deste site sobre o notável programa global de outro dia, um dos melhores do planeta, diga-se de passagem. Nunca vi partidarismo tão descarado. Aqui só se teceu loas a uma empresária caipira, serviçal da ditadura lulodilmista, que de economia não entende vírgula. Duvido até que saiba fazer a broa de que fala o doutorzinho que postou as baboseiras acima: aposto que ele é um castrobolchechavista. Para sair desse clima nauseabundo e sufocante, transcrevo abaixo o comentário abalizado do grande guru dos brasileiros de bens e de Benz. Sintético, preciso, definitivo:

    Empresária sem competência tenta contradizer grandes experts em economia brasileira e se dá mal

     

    21 de janeiro de 2014

     

    Sem levar em consideração que estava diante de grandes experts na economia brasileira, altamente capacitados para traçarem precisos diagnósticos da situação do varejo brasileiro, em crise, como a economia em geral, a empresária despreparada mostrou enorme desconhecimento do mercado em que atua e fez um papelão ao tentar contradizer alguns dos mais isentos jornalistas que cobrem a situação da crise econômica brasileira. Com tanto desconhecimento assim, sua empresa deve estar à beira da falência e ela não sabe. Lamentável.

     

    [video:http://www.youtube.com/watch?v=QR65ninV__k%5D

     

    1. É nisso que dá

      É nisso que dá um sujeito procurar informações só no PiG. Quanto a entrevista, temos nela a melhor aula para os incautos entendam o que significa o PiG etoda sua corja.

        

  17. é justamente isso que me deixa impressionado…

    previsões e tiradas que não se confirmam como participação séria ou que pelo menos denotem algum esforço da parte do profissional, sem que ninguém da direção se preocupe em saber o porquê de estarem sendo repetidas

     

    se é para ser o palhaço, no entender dos anunciantes não deve faltar o nariz

  18. Não vi o programa, mas

    Não vi o programa, mas assisti o vídeo no PHA, em doses homeopáticas – de uma vez dá enjôo. A parte que eu mais gostei foi quando o mainardi falou “me poupe”, quando a Luiza Trajano disse que ia enviar os dados corretos. A arrogância é tanta que ele prefere continuar na santa ignorância, ao invés de se informar. A globo deve dever muito a esse personagem, pois foi um vexame enorme. Os outros foram só bobinhos.

    E que nome ridículo tem esse programinha.

  19. PREVI É ACIONISTA DO MAGAZINE LUIZA

    Não devemos esquecer que o Magazine Luiza balançou na crise financeira em 2010 e a Previ foi convidada a ingressar com polpudo aporte de capital, comprando parte considerável de ações do grupo. Um salvamento promovido pelo PT. Por isso, a eterna gratidão! 

    1. Marcio, leia mais.

      Prezado, antes de escrever bobagens como esta, leia mais.

      Se você pesquisar os balanços dos últimos 10 anos, descobrirá que estes foram os anos de ouro do comércio varejista, e assim promete continuar, com a entrada, no mercado de consumo, de mais e mais consumidores, ávidos por novidades e bens de consumo de seus sonhos.

      Descobrirá tambem, que em 2010, o Magazine Luíza, planejou a abertura de mais 50 lojas, e abriu suas ações nas Bolsas, e é claro, que um Fundo de Pensão de visão, como o Previ, abocanhou boa parte destas ações, e com isso, não só ajudou a empresa a efetuar aquela expansão, como propiciou que a Luíza e sua rede, adquirisse outra grande rede, as Lojas do Gugú, e aumentasse seu portfólio no varejo, e se ela não fizesse isto, a Cia em que atúo, o faria.

  20. Prezado Nassif
    Fábio Fabrini

    Prezado Nassif

    Fábio Fabrini – O Estado de S.Paulo

    BRASÍLIA – Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) a ser julgado hoje mostra que a política de estímulo ao consumo da gasolina, adotada pelo governo Dilma Rousseff, aliada a pesados investimentos conduzem a Petrobrás a uma situação de estrangulamento financeiro.

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    Enquanto a disponibilidade de caixa da estatal caiu R$ 8 bilhões em 2012, o endividamento subiu R$ 40,8 bilhões, basicamente para cumprir a promessa de ampliar a exploração e o refino. Para o tribunal, os dois fatores podem dificultar o projeto de expansão para os próximos anos.   Em 2011, a dívida da companhia aumentou de R$ 155 bilhões para R$ 196 bilhões, passivo equivalente a 57% do valor patrimonial. Fora a captação de recursos recorde para viabilizar a prospecção na camada do pré-sal, de R$ 120 bilhões, a partir de 2010 a empresa contraiu empréstimos de longo prazo vultosos – cerca de R$ 80 bilhões.

    Paralelamente, a geração de recursos foi insuficiente para as demandas expansionistas. Se, ao fim de 2011, o caixa tinha R$ 35,7 bilhões, em 2012 houve queda de 22%, para R$ 27,6 bilhões. O plano de negócios prevê investimentos de US$ 47,3 bilhões até 2016, tendo as atividades operacionais como principal fonte de financiamento.

    Dependência. “Neste cenário de expansão de despesas de capital, uma redução na geração de caixa da empresa pode representar risco à capacidade de financiar os projetos”, alerta o Tribunal de Contas da União.

    O relatório aponta o estímulo ao consumo de combustíveis, que fomenta prejuízos à área de abastecimento, como uma das principais fontes das dificuldades enfrentadas.

    De 2008 a 2012, com a derrocada da indústria de etanol, por causa da baixa competitividade no mercado, a demanda por gasolina nas bombas cresceu 58%. Com isso, aumentou a dependência do Brasil das importações de óleo cru para refino.

    O petróleo é comprado lá fora a valor mais elevado que o vendido no mercado interno. Em 2012, houve reajuste nos preços da gasolina e do diesel, mas, para evitar o repasse ao consumidor, a alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre esses produtos foi zerada. Para o TCU, a estatal continuará deficitária nesse ambiente de demanda crescente.

    Um agravante, segundo o relatório, é que não há, em curto prazo, perspectiva de aumento na capacidade de refino.

    “O ano foi considerado de perdas e esse cenário tende a permanecer”, prevê o relatório.

    No governo Dilma Rousseff, as receitas da Petrobrás com exportações de óleo cru passaram a ser menores que as despesas com importações, invertendo o quadro de 2009 e 2010. Para o TCU, a autonomia do País no setor, apregoada pelo governo, precisa ser relativizada.

    Importações. A autossuficiência na produção de petróleo, anunciada em 2006, referiu-se apenas aos volumes absolutos importados e exportados.

    “Em termos financeiros, o País ainda não consolidou uma margem positiva frente à dependência que possui de importações, notadamente de derivados”, conclui o relatório.

    O TCU também cita a paralisação, desde 2008, dos leilões para áreas de exploração de petróleo, enquanto o governo discutia mudanças no marco regulatório do setor.

    Segundo o relatório, embora a situação tenha impedido investimentos, possíveis prejuízos da indústria devem ser diluídos no tempo, com a retomada das concessões em 2013.

    Procurada pela reportagem, a Petrobrás não se pronunciou a respeito.

    1. Quem entende de petróleo.

      Dizia Napoleão, você pode fazer tudo com uma espada, menos sentar-se sobre ela. Esses dados sobre a PETROBRAS são um apanhado de asneiras. FHC deixou a empresa fatiada em “unidades de negócio” que concorriam entre si. Seria como se a coluna “Radar” da Revista do Esgoto competisse por anúncios com o setor internacional da mesma revista. Se alguém quiser saber algo sobre a PETROBRAS, pergunte ao presidente da AEPET, Associação dos Engenheiros da PETROBRAS.

      Há uma obra na intenet onde ele disseca como ficou a empresa no final do governo FHC. de 50 mil, ficaram apenas 33 mil funcionários. O Diretor da ANP (Agência Nacional de Petróleo), economista que não sabe a diferença entre uma bacia sedimentar e uma bacia de alumínio, era o que era porque era casado com a filha do Presidente da República. Assim que se divorciou, perdeu o cargo. Depois, dizem que o PT aparelhou as estatais. Quando terminou seu reinado, a PETROBRAS estava pronta para ser privatizada. Só não o foi porque não houve tempo e FHC, para aprovar o projeto que quebrava o monópolio estatal do petróleo, jurou para ninguém menos do que José Sarney que não privatizaria a empresa. Não gosto do coronel do Maranhão, mas essa todos devemos a ele. Administração desastrosa da PETROBRAS foi quando mudaram o estatuto da empresa para que ela pudesse ser presidida por um economista francês (Reichstul). Desastrosos foram os “acidentes” ecológicos ocorridos em Duque de Caxias (RJ), com vazamento de milhares de litros de óleo, com o afundamento da P-36 pela falta de segurança daquela plataforma e a manutenção desastrada de uma empresa terceirizada. Desastrosa foi a mudança de nome da empresa para PetroBrax, que custou R$ 700 mil, o Congresso não aprovou e todos pagamos a conta da mudança do nome e do logotipo.

      1. A saída para esse povo é em Guarulhos

        Matador!

        A saida para esse povo é em Guarulhos. Compra-se uma passagem só de ida (pode pagar em 12 vezes no cartão, delícias do consumo, pena que vão ter que aturar a ralé indo para a Disney frequentando o mesmo terminal que eles) e vai ser vizinho do Mainardi. Assim para de encher o saco. E caso tenha um ataque de viralatismo (pobres cães e gatos, comparados com essa gentalha), podem tirar os sapatos para a homeland security e lamber as botas da migra.

  21. De Diogo Mainardi para Diogo MANADAS

    Podemos trocar por MANADAS porque, ao que parece, existem muitos burros numa pessoa só! Boa Luiza, voce F…..  este cara, um boçal!!!

  22. Por aqui e outro vi  o mesmo

    Por aqui e outro vi  o mesmo contra o mesmo,  e elogios dos mais rasgado a favor de magnífico empresário Eike, quanto esse tinha grana paa engordar as burras de bloqueiros safados

      1. Pizollatto é fugitivo

        Pizollatto é fugitivo político e Mainardi é trôco de pinga.

        Fugitivo pra Itália bão mesmo é o Cacciolla. Esse mostrou a todos do que vive a tal meritocracia capitalista.

        Em tempo: Pizollato foi condenado injustamente, com provas falsas (a comprovação de sua inocência está no gavetão do Barbosa – agora aberto por Lewandowski), em um julgamento de exceção. Por outro lado Cacciolla foi solto por um ministro do Supremo sem ao menos a exigência de que ficasse no país sendo que havia sinais claros de que deixaria o Brasil.

  23. Encaçapados pela doce Luzia.

    Os idiotas começaram o programa arrotanto a teoria de que o varejo brasileiro estava numa crise profunda. Quando a Luiza desmontou a teoria com os dados do IDV -Instituto de Desenvolvimento do Varejo, fundado há 10 anos, ficaram com cara de bunda lavada. Ela mostrou que o varejo cresceu 5,9% no ano passado e que vem crescendo de forma consistente há 5 ou 6 anos em função do crescimento da classe C. Disse ainda que o varejo gerou 631 mil empregos. E termina dizendo que estamos vivendo a “década do varejo” .

    Lá pelas tantas o tal Digo falou a seguinte asneira: ” se  ainda não está em crise, então vai entrar em crise em função da política enconômica do governo”.  Ou seja, os toupeiras não dão o braço a torcer. 

    Espero que a Luiza envie para ele os dados atualizados do IDV, como ela prometeu, mas tenho receio que uma mente fechada como esta, não tem jeito, se abrir um pouco mais vai feder. 

    Enfim,  eles pensaram que iam mais uma vez fazer um circo contra o governo e foram encaçapados pela doce Luzia.

    PS: onde digo Digo, não digo Digo, digo Diogo.  Diogo Mind Hard.

  24. A entrevista de Luiza Trajano ao Manhattan Connection

     

    Vale lembrar que este interesse por estas críticas não é porque muito sassistiram a entrevista, mas pelo papel ridículo, que estão passando para a população, dos entrevistadores.  

  25. Empreendedores no Brasil são

    Empreendedores no Brasil são tratados como criminosos , devido a nossa legislação maluca e insana. Quando vejo um empresario bem sucedio eu fico admirado e boto fé em nosso povo. Só espero que o MAINARDI , náo esteja certo como estava no caso do Eike, Espero que o sucesso do varejo brasileiro seja forte e progressivo.

    Porem ainda me causa preocupação a invasão chinesa e seus produtos fabricados de maneira mais barata em comparação com o castigado empresario brasileiro.

  26. Por que a Globo  convidou a

    Por que a Globo  convidou a Luiza??? Isso me intriga até hoje. Eles estavam pensando o que? Que iriam come-la com molho gorgonzola e vinho branco? Luiza é uma das empresarias mais espertas e preparadas do pais. Até eu sabia disso. Se fosse para falar mal do governo por que não chamaram o Mendonça de Barros? Ou um lojista coxinha? Chamaram logo a Luiza. É burrice ou arrogancia dessa gangue da Globo?

    1. mendonça de barros

      maria izabel, eu ouço comentários do mendonça de barros na band, e pasme!!! … são bem comedidos.      não sei ultimamente pois há cerca de dois meses não ouço o programa do boechat, mas me lembro de uma pergunta sobre um comentário da miriam little pig sobre catástrofe econômica iminente, e ele contestou o comentário pereptoriamente.     ele sabe um pouco mais do que o mainardi, e diga-se de passagem, seu bolso vai ser bastante atingido se o país for à falência.   

  27. Este programa ainda existe?

    As pessoas não deviam perder seu tempo com programas como este. Eu até assisti tempos atrás, mas depois que esse Mainardi entrou, nunca mais vi….

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