O coice da revista Veja em Dilma

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Enviado por Mailson

Veja bate recorde de capa mais idiota. Só prova honestidade de Dilma

 

A revista Veja desta semana deu mais um vexame e corre o risco de entrar para o livro dos recordes como a reportagem mais idiota do mundo.

Querendo derrubar Dilma, só provou a honestidade da presidenta. Pois a revista e seus vazadores vasculharam, procuraram coisas no material da Operação lava-jato e só conseguiram achar um email sem nada suspeito, de Paulo Roberto Costa para Dilma, em 2009, quando ela era ministra da Casa Civil e ele era diretor da Petrobras.

Até os assinantes burros da Veja (para continuar assinando a Veja tem que ser muito burro), se lerem o email com objetividade chegarão à conclusão:

1) O email não tem nada de mais, nem nada suspeito. Poderia ser publicado no Diário Oficial, como um ofício qualquer de um órgão para outro.

2) O conteúdo do email apenas encaminha para Dilma cópia do relatório do TCU que recomendava paralisação de obras em refinarias. O relatório é público, não contendo nenhum segredo, e foi enviado tanto à Petrobras como a própria Casa Civil recebeu também diretamente do TCU.

3) Só mostra que Dilma é honesta, trabalhadora e exigente em ser informada sobre qualquer coisa que afetasse o cronograma das obras do PAC que seu ministério acompanhava na época. Um diretor recebeu um relatório que poderia afetar o andamento e encaminhou como, provavelmente, deveriam fazer todos os funcionários que tivessem responsabilidade sobre o andamento de obras.

4) O email usou endereço oficial de trabalho da Petrobras para o endereço oficial de trabalho da Casa Civil no Palácio do Planalto.

5) Foi enviado por uma funcionária de Paulo Roberto a pedido dele e endereçado para o então chefe de gabinete da Casa Civil, com cópia para o endereço genérico do gabinete da Casa Civil, que deve ser processado por funcionários. Portanto não se trata de qualquer comunicação sigilosa, nem pessoal.

6) O texto mostra que Paulo Roberto Costa não tinha a menor proximidade com Dilma, pelo tratamento formal.

Eis a íntegra transcrita do e-mail, segundo a Veja:

De: [email protected] Em nome de [email protected]
Enviada em: terça-feira, 29 de setembro de 2009 19:53
Para: [email protected]; [email protected]
Assunto: TCU. FISCOBRAS 2009 – OBRAS COM RECOMENDAÇÃO DE PARALISAÇÃO. Situação da REPAR, Refinaria Abreu e Lima e Construção de terminal de granéis líquidos no porto de Barra do Riacho/ES.
.
Senhora Ministra Dilma Vana Rousseff,
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Seguem em anexo os dados do TCU (FISCOBRAS 2009) com a recomendação de paralisação de três obras do Abastecimento:
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1) RNEST (Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco);
2) REPAR (Refinaria Getúlio Vargas, no Paraná) e
3) Terminal de granéis líquidos no Espírito Santo – Obra do Plangás (GLP).
.
Conforme consta na nota, os processos são preliminares, não representando a posição final do TCU, assim como o TCU está enviando a CMO (Comissão Mista de Orçamento) do Congresso Federal, a quem compete a paralisação ou não das obras.
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No ano de 2007, o TCU propôs a paralisação de quatro obras da Petrobras, não tendo tal posicionamento sido ratificado pelo Congresso Nacional.

Como se vê, não há nada no email que indique maracutaia.

A Veja trata seus leitores como sendo tão burros, que “interpreta” o email como se o próprio Paulo Roberto Costa estivesse se auto-denunciando na época.

A Presidência da República emitiu a seguinte nota sobre a revista:

Nota à imprensa sobre reportagem da revista Veja:

A reportagem de capa da revista Veja de hoje é mais um episódio de manipulação jornalística que marca a publicação nos últimos anos.

Depois de tentar interferir no resultado das eleições presidenciais, numa operação condenada pela Justiça eleitoral, Veja tenta enganar seus leitores ao insinuar que, em 2009, já se sabia dos desvios praticados pelo senhor Paulo Roberto Costa, diretor da Petrobras demitido em março de 2012 pelo governo da presidenta Dilma.

As práticas ilegais do senhor Paulo Roberto Costa só vieram a público em 2014, graças às investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.

Aos fatos:

Em 6 de novembro de 2014, Veja procurou a Secretaria de Imprensa da Presidência da República informando que iria publicar notícia, “baseada em provas factuais”, de que a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, recebeu mensagem eletrônica do senhor Paulo Roberto Costa, então diretor da Petrobras, sobre irregularidades detectadas em 2009 pelo Tribunal de Contas da União nas obras da refinaria Abreu e Lima. O repórter indagava que medidas e providências foram adotadas diante do acórdão do TCU. A revista não enviou cópia do e-mail.

No dia 7 de novembro, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República encaminhou a seguinte nota para a revista:

“Em 2009, a Casa Civil era responsável pela coordenação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Assim, relatórios e acórdãos do TCU relativos às obras deste programa eram sistematicamente enviados pelo próprio tribunal para conhecimento da Casa Civil.

Após receber do Congresso Nacional (em agosto de 2009), do TCU (em 29 de setembro de 2009) e da Petrobras (em 29 de setembro de 2009), as informações sobre eventuais problemas nas obras da refinaria Abreu e Lima, a Casa Civil tomou as seguintes medidas:

a. Encaminhamento da matéria à Controladoria Geral da União, em setembro de 2009, para as providências cabíveis;

b. Determinação para que o grupo de acompanhamento do PAC procedesse ao exame do relatório, em conjunto com o Ministério de Minas e Energia e a Petrobras;

c. Participação em reunião de trabalho entre representantes do TCU, Comissão Mista de Orçamento, Petrobras e MME, após a inclusão da determinação de suspensão das obras da refinaria Abreu e Lima no Orçamento de 2010, aprovado pelo Congresso.

Nesta reunião, realizada em 20 de janeiro de 2010, “houve consenso sobre a viabilidade da regularização das pendências identificadas pelo TCU” nas obras da refinaria Abreu e Lima (conforme razões de veto de 26 de janeiro de 2009). Foi decidido, também, o acompanhamento da solução destas pendências, por meio de reuniões regulares entre o MME, o TCU e a Petrobras.

A partir daí, o Presidente da República decidiu pelo veto da proposta de paralisação da obra, com base nos seguintes elementos:

1) a avaliação de que as pendências levantados pelo TCU seriam regularizáveis;

2) as informações prestadas em nota técnica do MME que evidencia os prejuízos decorrentes da paralisação; e

3) o pedido formal de veto por parte do então Governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Este veto foi apreciado pelo Congresso Nacional, sendo mantido.

A partir de 2011, o Congresso Nacional, reconhecendo os avanços no trabalho conjunto entre MME, Petrobras e TCU, não incluiu as obras da refinaria Abreu e Lima no conjunto daquelas que deveriam ser paralisadas.

E a partir de 2013, tendo em vista as providências tomadas pela Petrobras, o TCU modificou o seu posicionamento sobre a necessidade de paralisação das obras da refinaria Abreu e Lima”.

A inconsistência da reportagem de Veja é evidente. As pendências apontadas pelo TCU nas obras da refinaria Abreu e Lima já haviam sido comunicadas, em agosto, à Casa Civil pelo Congresso e foram repassadas ao órgão competente, a CGU.

Como fica evidente na nota, representantes do TCU, Comissão Mista de Orçamento do Congresso, Petrobras e do Ministério de Minas e Energia discutiram a solução das pendências e, posteriormente, o Congresso Nacional concordou com o prosseguimento das obras na refinaria.

Mais uma vez, Veja desinforma seus leitores e tenta manipular a realidade dos fatos. Mais uma vez, irá fracassar.

Secretaria de Imprensa
Presidência da República

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

13 Comentários

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  1. A ressurreição do Notícias Populares

    A tática usada por Veja para tentar se vender é esta!

    Fica muito parecida com o “inesquecível” Notícias Populares, jornal pertencente ao Grupo Folha e seu slogan “”Nada mais que a verdade” e que vendia jornais com manchetes espetaculares nas bancas de São Paulo nas décadas de 70, 80 e 90.

    Que fim mais inglório.

    Qualquer semelhança entre o Jornal NP e a revista não é mera coincidência:

      1. Esse bebê Diabo causou um

        Esse bebê Diabo causou um tremendo reboliço na minha cidade natal. Os mais religioso trataram de dizer que era o começo do fim rsrs

  2.  Este é o tipo do texto, que

     Este é o tipo do texto, que o autor ao finalizá-lo, olha para o patrãozinho na Veja , e diz:

     ¨¨Tú pensa que nóis não é bobo? ¨  Mas tambem esperar o quê de uma revistinha que

     tem em seus quadros, Azevedo, Cosntantino, e tantos outros pilares da imparcialidade, 

    só mesmo um médico para curá-la. Dr Alkmin.  

     

  3.   Não quero nem saber:
      Ou

      Não quero nem saber:

      Ou Dilma abandona a Veja (e para de irrigar a Globo com R$600.000.000,00 anuais) ou eu abandono a Dilma. Já que o Palácio do Planalto só sabe ouvir com a faca no pescoço, vai ser assim.

      Exageros à parte, é mais que óbvio que não estou desacompanhado. Corre pro impeachment, Dilma, e apanhe sozinha.

  4. Chegou a hora e vez de Augusto Matraga

    E o processo por conta daquela capa tenebrosa na véspera dos segundo turno, esta andando? Se abandonar esse processo, é porque gosta de apanhar e depois fica ai, distribuindo nota de imprensa que ninguém lê, a não ser pelos que frequentam blogs como esse. 

  5. Esse negócio de noticia da

    Esse negócio de noticia da Veja contra o PT ficou mais chato do que assistir uma partida de xadrez. Monótono, mesma tecla. Só acredita quem quer e todos são livres para…querer. Esquecem a revista pois percebo que hoje em dia são poucos que tem coragem de compra-la e argumentar explicitando que: leu na Veja. Ninguém quer passar recibo de idiota.

  6. Conselho para quem receber

    Conselho para quem receber uma revista Veja de graça pelo correio, pois ninguém mais quer pagar por essa porcaria inútil:

     

    Se receber a revista  veja de graça, não aceite;

     

    Se aceitar, não abra;

     

    Se abrir, não leia;

     

    Se ler, não acredite;

     

    Se acreditar, relinche, voce merece!

  7. Ingênuos somos nós

    O único objetivo de veja é implantar a discórdia. Com a falsa denúncia, apenas entra mais um item para que os raivosos e indignados da vida possam ficar repetindo o chavão: “Fora PT, Fora Dilma”. A verdade é o que menos importa. O que importa é que o chavão da abril continue a destila ódio nos incautos e sedentos por fel.

    1. E acrescento: a Abril confia

      E acrescento: a Abril confia que a grande maioria somente irá ler a capa e ficará escandalizado. Ainda bem que esta editora etá indo ladeira abaixo.

    2. E acrescento: a Abril confia

      E acrescento: a Abril confia que a grande maioria somente irá ler a capa e ficará escandalizado. Ainda bem que esta editora etá indo ladeira abaixo.

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