Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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O mito da restauração da confiança, por André Araújo

O mito da restauração da confiança, por André Araújo

A mídia repete à exaustão um termo colocado em circulação pelos “economistas de mercado” que tornou-se a verdade revelada. O conceito “restaurar a confiança” significa que, colocados na mesa os preceitos fundamentais da escola clássica, quais sejam o equilíbrio fiscal, a absoluta prioridade no combate à inflação, o Estado mínimo, por lei da gravidade os investimentos virão e a economia se torna próspera.

A estorieta é FALSA. Em um ciclo de PROFUNDA RECESSÃO caminhando para a DEPRESSÃO a receita é incompleta.

O conservadorismo fiscal é, sim, necessário. O Estado não pode jogar dinheiro pela janela em desperdícios completamente irracionais como aluguel de prédios caríssimos e desnecessários, os imensos custos do Congresso, o mais caro do mundo; da Justiça, a mais cara do planeta; os supersalários. Só no Congresso são 6.000 pessoas com salários acima do teto, indivíduos que, no mercado competitivo, não conseguiriam ganhar R$2.000, entram na folha do Estado com R$32.000; os gastos em diárias, viagens, terceirizações, equipamentos médicos caríssimos e depois abandonados, aluguel de veículos. Tudo isso precisa ser centralizado e racionalizado, pois o Estado brasileiro é péssimo gastador.

Mas AO LADO da eficiência com o gasto público é necessario PUXAR A ECONOMIA pela demanda gerada por investimento público, o ÚNICO INSTRUMENTO para rapidamente criar demanda.

Sem DEMANDA gerada em algum ponto do sistema econômico, tal qual uma locomotiva puxa um trem, a economia não deslancha porque não é a RESTAURAÇÃO DA CONFIANÇA que traz investimentos, é o AQUECIMENTO DA DEMANDA que estimula o empresário a investir.

Isso é elementar mas no Plano Meirelles, assim como em qualquer plano ortodoxo, não há essa previsão. Sanea-se a economia pelo lado fiscal, mas isso não faz por si só a economia deslanchar, a confiança não induz ao investimento se não há demanda. Porque irei fabricar fogões se o povo desempregado não tem dinheiro para comprar? O Brasil pode ser Triple A, o investimento não virá sem demanda.

O conceito de RESTAURAR A CONFIANÇA é do mercado financeiro, não é da economia produtiva, nesta o empresário não precisa de tanta confiança se há demanda. O Brasil cresceu entre 1945 e 1975 às maiores taxas do planeta, em meio à inflação e crises cambiais porque havia DEMANDA para comprar tudo.

O Brasil não está em uma fase de economia morna que permite dar tempo ao ajuste fiscal produzir o discutível efeito confiança. O Brasil está em uma PERIGOSA RECESSÃO pelo seu desdobramento social, não há tempo para esperar dois ou três anos um ajuste fiscal produzir efeito, se é que vai produzir. É preciso estimular a demanda já.

O velho pensamento econômico pré-2008 era monotrilho, ou se seguia uma escola conservadora ou uma escola expansionista, a visão binária não serve mais porque a economia dos grandes países é muito complexa para uma só receita. É preciso operar com várias receitas ao mesmo tempo, salgado e doce no mesmo prato.

De um lado enxugar os gastos cortando desperdícios, todos os programas sociais precisam ser auditados, há fraudes e desperdícios em todos MAS, ao mesmo tempo, é preciso jogar com pesados investimentos públicos para puxar a demanda sem o que o Brasil não sairá da recessão.

Como financiar investimentos públicos? Como se faz em qualquer lugar, como fez Roosevelt com o New Deal, como fez Schacht na Alemanha de 1933, pelo rearmamento, como fez Juscelino em 1956, pela construção de Brasília e o programa de 30 Metas, se faz com EXPANSÃO MONETÁRIA. Vai gerar inflação? Não ou, se for, muito pouca, porque há ENORME CAPACIDADE OCIOSA NA ECONOMIA, em equipamentos instalados e em mão de obra disponivel.

Os juros básicos podem ser cortados pela metade, os títulos federais estão em carteiras que não tem outra aplicação, transformar toda a dívida em indexada mais juros de 3% ao ano, está bom demais, hoje daria 10%. Com a baixa de juros o dólar vai a R$5, ótimo, a desvalorização vai estimular a indústria pela exportação e pela substituição de importados.

Economia tem que ser operada de FORMA FLEXÍVEL, não por cartilhas fixas, é no dia a dia, como fazia Alan Greenspan nos seus 14 anos de Fed. Economia não anda no piloto automático, é preciso ajustar velocidade e roteiro continuamente.

Após 2008 o Instituto para o Novo Pensamento Econômico, de Nova York, com 650 dos melhores economistas do mundo, vários Prêmio Nobel, prega o abandono das receitas de apostila que os nossos economistas tanto adotam pela “nova cozinha” de economia, mistura de escolas, de acordo com as circunstâncias.

Expansão monetária + baixa dos juros + investimento público: a economia sai da recessão em um ano.

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

56 Comentários

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    1. O BNDES tem no ativo

      O BNDES tem no ativo emprestimos à empresas, não são vendaveis e acredito que tem muito emprestimo contabilizado como normal que não tem devedor sadio pelas condições de hoje.

      Quem tem ativos vendaveis e a BNDESpar, uma carteira de ações e debentures que deve estar em torno de R$180 bilhões mas trm muita coisa ruim no meio de coisa boa, nem tudo e vendvel especialmente nesta situação da economia.

      1. Foi boa

          Muitos ativos da BNDESPar, debentures e ações, foram boas, tipo JBS, Empreteiras ( Odebrecht , os varios ramos, AG, MJ, UTC, etc.. ), as sondas da SETE Brasil e outras do ramo gazeiro/petroleiro, hoje para vende-las, com a cada dia estas empresas perdendo preço, algumas em recuperação judicial, com a economia deste jeito, ainda mais com o Tribunal de Exceção Curitibano dando as cartas, fica até dificil dimensionar o que tem de “bom” ou “ruim” na carteira.

        1. Como é que um juizeco de

          Como é que um juizeco de primeira instancia, caipira, corrupto (Banestado e Prefeitura de Maringá) consegue FUDER com um pais ?

          Resposta : Com o apoio dos Marinhos e sua mafia nas outras concessões.

          PS.: Quem em 2013 , há tres anos , imaginaria uma situação destas. Em outras palavras, Asimov estava certo, basta um mutante para fuder uma Galaxia (basta um caipira para fuder um pais).

  1. fora do planalto existe vida

    AA o teu olhar dos fatos atuais têm bases solidas nos ensinamentos do passado, são situações que deram certo e podem ser novamente aplicadas. Nos teus posts você é cartesiano, nunca percebi a vaidade de ser portador de teorias milagrosas, sempre o bom senso, o diferencial é a tua cultura.

    Estadistas com visão de comando, contadores para puxar o coro.

    Meirelles ainda é gerente de banco, nunca evoluiu.

  2. chave

    Os golpistas conseguiram a chave do cofre táo almejada.

    Dentre eles, primeiro segundo e terceiro escalão, só tem ladrão. 

    (ladrão? é ladrão sim, as coisas tem que ser chamadas pelo nome correto!)

    Vã dilapidar o Brasil em pouco tempo. Um Brasil que pela ação deles vale cada vez menos, o que há de fábrica fechando e investimento estrangeiro se retirando (desde Levy, é verdade), é uma enormidade.

    -Ué, desse jeito o povo brasileiro e o Brasil vão regredir.

    -Brasil, que Brasil? Povo, que povo?

  3. Ótimo texto. A ideia de
    Ótimo texto. A ideia de restauração da confiança é uma abstração repetida tantas vezes pelos economistas do mainstream como se fosse uma verdade, que nosy, leigos em matéria de economia só temos duas opções: reproduzir essa ideia como se fosse o receituário correto é único, mesmo entender o que na prática isso significa, ou ficarmos mudos, excluídos do debate sobre os problemas estruturais e conjunturais da nossa economia.
    Mas com este texto ficou claro que é com o aquecimento da demanda que os empresários voltarão a investir, e pra isso o gasto público é essencial.

  4. 2 instituições que são o new black das humanidades

    Há duas escolas norte-americanas que vejo estar na vanguarda no pensamento econômico e das humanas atualmente

    1) INET – Institute for New Economic Thinking: http://ineteconomics.org  Para quem quiser seguir pelo Facebook, siga que vale a pena. Estudos e análises de fôlego, mas sem cair a chatice de papers embromados. Atualmente, colocaram um conjunto de papers analisando justamente a questão do neoliberalismo. Ademais, lançaram um guia interativo, uma estande virtual sobre o HPE (História do Pensamento Econômico). No INET, mesclam-se economistas veteranos consagrados, de escolas variadas, com passagem na casa Branca, no Tesouro e no FED, com jovens de 20, 25 anos recém-egressos das universidades, sem nenhum preconceito. Discutem-se fluidamente entre eles, nova e velha geração, no mesmo barco, na mesma sala de café.

    2) A novaiorquina The New School – http://www.newschool.edu – Já houve post aqui blog sobre essa escola. Mas ela não se resume somente ao Social Research.  Há uma miríade de Schools e Academic programs como em Artes, Relações Internacionais, Urbanismo e Política Urbana, Estudo de Mídia, a consagrada Parson School of Design. Quem vive e conhece bem o espírito de Nova York sabe que hoje, para além de Wall Street, a cidade vive em função de atividades ligadas a Economia Criativa. A new school é uma vanguardista que anualmente despeja muitos jovens para esse promissor mercado.

     

     

  5. Salvo engano
    Não foi o Greenspan que ajudou um tanto a crise de 2008 com os bancos podendo fazer o que fizeram? Pelo me nos EUA .

    1. Quem aboliu as antigas regras

      Quem aboliu as antigas regras para o sistema bancario que vinham do Governo Roosevelt foi o Presidente Reagan, um grave erro. Permitu que bancos comerciais entrassem em todos os setores do mercado financeiro, algo que antes era vedado, permitu que bancos de um Estado pudessem se expandair para outros, antes não era possivel, hoje o Bank of America, uma instituição nscida e crescida na California tem sede em Charlotte, N.C., do outro lado dos Pais, o Citigroup vende fundos, ações, tem seguradora, faz de tudo, antes era só banco comercial. Foi essa desregulamentação que gerou a crise de 2008 segundo a maior parte dos historiadores economicos.

      Se Greesnpan teve algum culpa seria pela expansão monetaria que os conservadores julgaram excessiva, mas é uma causa marginal da crise de 2008, foi a desregulamentação a causa maior da do desastre de 2008.

      1. Engraçado que muitos pseudo

        Engraçado que muitos pseudo analistas brasileiros sempre são favoráveis  a Republicanos na Casa Branca e contra os Democratas. Mas a maior crise que o Brasil enfrentou, a do início dos 80, foi feita justamente pela política do Reagan. Quebrou a América Latina inteira, começando pelo México. Crise que só no meio dos anos 90 começou a ser superada. 

  6. Salvo engano
    Não foi o Greenspan que ajudou um tanto a crise de 2008 com os bancos podendo fazer o que fizeram? Pelo me nos EUA .

  7. Como praticamente a metade dos tributos federais

    arrecadados é destinada apenas para “pagar juros para rolar a dívida pública”, a minha sugestão seria simplesmente imprimir dinheiro suficiente para pagar o principal esta dívida pública e disponibilizá-lo em contas correntes numa agência de banco estatal específica. E ainda avisando ao credor, que se não buscar seu pedaço em, p. ex., 15 dias, o valor seria confiscado.

    Ao mesmo tempo eu abriria uma série de concessões públicas, como aeroportos, portos, estradas de ferro de A para B, autobahns, etc. para que os donos dessa bufunfa aplicassem no desenvolvimento do país. 

    Quem ganharia a concessão seria quem cobrasse menos pelo uso do equipamento (taxas, pedágios, etc.), e o ganhador se responsabilizaria integralmente pela obra. Ao final da concessão ela reverteria para o estado ou então poderia ser renovada, se o concessionário tivesse atuado corretamente.

    Como o concessionário teria que construir ou reformar os equipamentos da concessão, ele obviamente vai contratar empreiteiras que agora não consguiriam inserir no preço os adicionais de cartel e de atrasos de pagamentos. Logo, o custo vai ser bem menor do que se fosse realizado por órgãos do governo para tal.

    Além disso, eu trataria de reduzir os impostos pela metade, pois não seria mais necessária esta parte para pagar os tais juros. Aliás, a tal taxa básica de juros poderia até ficar negativa, pois o estado não precisaria mais pedir emprestado.

    Resultado: alguma inflação, dívida zero, aumento da renda decorrente da menor tributação, o país virando um imenso canteiro de obras, o que acabaria com o desemprego. E uns bobocas rentistas chorando pelo fim da mamata; já outros ex-rentistas se transformando em investidores.

    Claro, isso seria pavoroso para os rentistas preguiçosos, mas existe um verbo para eles: trabalhar. Ou seja, “trabalhando acaba a  crise”.

     

  8. Confianças

          Não sou o Jucá, nem Calheiros, mas com a “Lava Jato ” completamente desembestada, sem controle, sem que se saiba quando acabará, nenhum empresário interno ou externo terá apetite para colocar algum capital produtivo no Brasil, para depois correr risco de ser envolvido neste rolo, e talvez até participar de algum auto de fé perante a Sérgio Moro.

           Não exsite ambiente propicio, tanto para a “restauração da confiança economica ” ( uma panacéia ), sem que possa ser projetado um minimo de segurança, tanto politica, pois ninguem sabe o que pode acontecer amanhã, quanto mais para daqui a 1 ano ( curto prazo ), como a segurança juridica institucional, afinal hj. qualquer procurador e juizinho de 1a instancia, ambas corporações sedentas de fama, possuem o poder de travar o que lhes der na telha, judicializando todo e qualquer processo economico – e estas atitudes geram um tremendo custo, assustam a qualquer investidor.

            A cada dia que passa escutamos no “mercado” : O Brasil esta mais barato – Nossas empresas estão “sem preço”, varias delas a venda, no total ou em partes, mas não aparece ninguem para adquiri-las, fundos externos, como o Brookfield por exemplo, colocam/sondam com propostas até indecorosas, mas na hora de “fechar” a operação, pulam, vão para a espera, pois sabem que irá cair mais, tipo a “bacia das almas” está virando um bom negócio.

    1. Meu caro Junior, agradeço o

      Meu caro Junior, agradeço o comentario, a cruzada moralista é um revivescencia da Inquisição, com as delações , que eram a base da captura de hereges, as penas para a purificação das almas. a ampla exposição dos pecadores, antes nos autos de fé em praça publica, hoje nas capas de VEJA e nos noticiarios da GLOBO, a Inquisição atrasou a economia da Espanha e de Portugual por seculos, a nossa vai causar danos de trilhões de dolares em queda da produção, quebra de empresas, paralisia de novos projetos por insegurança juridica e liquidação de inteiros setores da economia, os tempos são outros mas os principios são os mesmos, a expiação dos pecados antes da heresia hoje da corrupção.

      A Inquisição, como a cruzada moralista, foram e são instrumentos para conquista do Poder, o verdadeiro nome do jogo.

      .

    2. Perfeito, Junior. O maior

      Perfeito, Junior. O maior problema do Brasil é a instabilidade jurídica e do ambiente empresarial. Ao colocar a derrubada do governo como condição sine qua non para o retorno do investimento,  o tiro saiu pela culatra e destrui todas as pontes existentes.  A recuperação desse será imprescindível para a retomada do crescimento. Paises saíram de crises econômicas com deficit fiscal,  mas não sai com deficit civilizatorio.

    3. Insegurança jurídica ?

      A insegurança jurídica no Brasil é causada pelo Executivo, principalmente, e em seguida pelo Legislativo. Não pelo judiciário.

      Insegurança jurídica é a possibilidade do Executivo usar e abusar de MPs. Loucuras monocráticas que tem efeito de lei no dia da publicação, sem análise jurídica, sem análise constitucional, sem debate político e que podem ser revertidas depois.

      Isso é insegurança jurídica, a mudança inesperada das leis, a dubiedade das leis ou a lacuna legal.

      O judiciário vai bem.  Aliás, é o único poder que ainda garante alguma estabilidade jurídica no Brasil.

      1. Vazou a análise cirúrgica do momento

        “O judiciário está bem.”

        Síntese perfeita. Pena que às custas de todo o resto.

        Solução: vamos todos entrar pra turma do judiciário!

  9. Vaaleu AA VC como sempre
    Vaaleu AA VC como sempre agrega muito neste blog!
    Adoro seus artigos pq me abrem os olhos para a verdade deste País!

  10. Há diversos problemas neste visão

    O primeiro é que nada funciona se não houver confiança, muito menos uma economia.

    O segundo é o próprio conceito de demanda, que está distorcido. O Brasil não tem e nunca teve problema de demanda. Demanda é a manifestação do desejo de adquirir um bem ou serviço.

    Há uma demanda enorme de habitação no Brasil, de bens duráveis, de serviços como turismo,etc, etc, etc.  Se essa demanda irá virar consumo são outros quinhentos. E aí os motivos podem ser muitos, desde a falta de condições financeiras até a falta de oferta, passando evidentemente pela falta de confinaça na economia, que se traduz naquele consumidor que tem o dinheiro dispobível, tem o desejo de adquirir mas, diante da incerteza, da falta de confiança na economia,não adquiri. Ou o trabalhador que não tem o dinheiro mas tem o salário que poderia ser usado para comprar a prazo, mas, lá vamos nós de novo, devido a falta de confiança na economia, do medo de perder o emprego, prefere não se meter em dívidas e  poupar o mais que puder.

    Na outra ponta, o investidor não investe porque o empreendedor, também desconfiado do futuro, não consome dinheiro.

    Enfim, a falta de confiançana economia, no futuro da economia, r”congela” a demanda, que continua existindo, a famosa “demanda r eprimida”, e por consequência, a oferta.

    Quem dos leitores e comentaristas daqui, hoje está se enfiando em dívida ?  Quem está tirando dinheiro poupado para gastar ? Quem se aventura em um novo empreendimento, seja com dinheiro poupado ou emprestado do banco ? Ninguém.Ou muito poucos. O motivo é simples, não é falta de demanda, e sim de confiança no futuro da economia.

    Aliás, o BNDES está cheio de dinheiro e não consegue ninguém para emprestar. Dia desses o Ministro da Economia do Macri esteve aqui liberando uma linha de crédito do BNDES para empresários argentinos.

    Macro economicamente falando, se investimento estatal ( altamente corrupta ) e demanda interna, sozinhas resolvessem algum problema a União Soviética teria sido um sucesso econômico. Hehe

    E o Brasil ? Quanto investimento foi feito com JK, no milagre econômico de 70 e no recente milagrinho do PT ? E onde está o resultado ? Voltamos, como sempre, a estaca zero. Não tem jeito, a galinha sempre pousa.

    Lógico que o Estado tem que investir, gastar, mas não é de qualquer jeito e sem resolver os outros problemas da economia, como uma galinha. Há diversos  problemas na nossa economia que tem que ser resolvidos, senão,  continuaremos andando em círculos.

    E novamente, aqueles exemplos de 80 anos atrás, que no mundo globalizado de hoje, não servem para absolutamente nada. Esqueçam isso.

    1. Oferta e demanda são

      Oferta e demanda são conceitos economicos, demanda sem dinheiro não se materializa e hoje com 12 milhões de desempregados, aumentando todo mês, não há capacidade de compra mesmo havendo desejo de comprar. O estimulo a demanda por expansão monetaria é a ferramenta HOJE usada pelo FED com seu programa de injeção de 80 bilhões de dolares mes, pelo Banco do Japão com enormes injeções de liquidez na economia e pelo Banco Central Europeu com seu juro negativo visando estimular o uso de dinheiro poupado para consumo. Para que haja consumo é necessario que as pessoas tenham dinheiro e para obte-lo devem ter emprego. Um grande programa de sanemaneto, mega deficiencia do Brasil e moradias poderia ser o gatilho para reativar a economia. Isso não tem nada de velho, é proposta em circulação no INET-Instituto paras o Novo Pensamento Economico de Nova York., com uma visão modernissima de politica economica.

      O que é velho é a politica de austeridade  a seco, sem contrapesos para gerar emprego na economia privada, aproveitando fatores OCIOSOS DE PRODUÇÃO, hoje paralisados por falta de detonadores.

       

      1. Depois de algumas rusgas volto a concordar contigo, só acho ….

        Depois de algumas rusgas volto a concordar contigo, só acho que faltou um comentário do aspecto subjetivo da confiança necessária para algumas ações.

        Por exemplo, a lei de repatriação de dinheiro está trazendo uma merreca do que podia trazer, simplesmente porque as pessoas que tem dinheiro não sujo no exterior estão com medo da insegurança jurídica que tem neste país.

        Nenhum investidor estrangeiro que tiver uma boa política de “Compliance” em sua empresa vai se arriscar a entrar em leilões de privatização num país dominado por uma cleptocracia notória e conhecida internacionalmente.

        Ou seja, há vários aspectos de insegurança que talvez a “amizade ao mercado de Meirelles” não compense as desconfianças que existam.

        Poderias desdobrar mais o assunto nesta direção.

      2. Desculpe aí

        Mas não vou ficar discutindo termos econômicos clássicos e consolidados.

        Demanda é o desejo de adquirir bens ou serviços. Se ela está reprimida ou não é outra história.

        Nunca houve falta de demanda no Brasil. Seja por desejo ou por necessidade.

        Falta de demanda é outra coisa. A China, por exemplo, está empipinada porque não consegue aquecer a demanda interna. Ou seja, o chinês NÃO quer comprar. Construiram cidades inteiras que estão lá mofando sem compradores. Os caras só compram apartamento de 10m2. É isso mesmo, 10m2. Shoppings centers moderníssimos ficam as moscas porque não há demanda, embora haja dinheiro.

        Alemães também demandam pouco. Se o governo não aumentar impostos sobre carros velhos, por exemplo, não adianta enfiar dinheiro na economia. Já americanos, assim como nós, são muito consumistas. Ou seja, tanto aqui como lá nunca houve falta de demanda.

        Você está confundindo, criar demanda com liberar demanda reprimida, que são coisa bem diferente.

        E um dos maiores motivos da demanda reprimida, hoje, no Brasil, é a falta de confiança na economia.

        Do jeito que está, sem confiança. Se, hipotéticamente criarem-se 12 milhões de empregos para esses desempregados, não havendo confiança eles vão fazer exatamente o que estão fazendo os outros 60 milhões que estão empregado, ou seja, gastar o mínimo e poupar o resto.

        O caminho não é por aí. Se não se reconquistar a confiança na economia, ficaremos por aqui mesmo.

        1. O debate aqui não é academico

          O debate aqui não é academico sobre termos de economia. Mesmo dentro do conceito  academico há que contextualizar. Um desempregado precisa de um fogão novo em casa, vc diz que essa é uma demanda, mas ele tem prioridades muito mias prementes, por exemplo, comprar comida, então a demanda pelo fogão é esquecida, deixa de exisitir naquele momento de outras urgencias, assim as pessoas agem, a moça gostaria de viajar, uma demanda, mas sem emprego ela conta os tostões para a condução a procura de emprego, a demanda pela viagem submerge totalmente, é esquecida.

          Quando a pessoa voltar a ter renda é possivel que surgem na frente outras demandas e as antigas serão arquivadas.

          Voce diz que não quer fazer debate academico aqui mas foi voce quem abriu esse debate sobre termos, algo que não esta

          em discussão frente ao tema muito mais complexo de sair da recessão, trata-se da sobrevivencia da população.

          1. Sujeito confunde vontade de

            Sujeito confunde vontade de comprar com demanda agregada. Na economia demanda agregada é aquela que já foi efetivada e para efeito de perspectivas e analises e planejamentos governamentais e privados , a demanda historica realizada ano a ano é usado como base de dados para projeções futuras. Semelhante a hidrologia, como prever enchentes catastroficas ou afluencia em uma usina ? Atraves de dados historicos e modelos estocasticos ou outros.

            Acho que além da queda na renda do consumidor/trabalhador através da elevação dos juros (que sobrecarregam os preços dos produtos) e da elevação dos impostos estaduais (ICMS que não tem gerado demanda por serviços no nivel da elevação dos impostos devido principalmente ao despedicio (como AA destacou) e a corrupção, existe ainda uma crise de superprodução na economia , caracterizada pela aquisição passada de bens de consumo e serviços que tem duração prolongada (tipo geladeiras – televisores – celulares etc , em outras palavras “todo munda já tem”). 

            Em outras palavras , crise de superprodução significa, implica, diminuição da procura.

            Este ultimo aspecto também diminui a demanda agregada projetada, fazendo com que as empresas não efetivem seus projetos de expansão.

            Penso que nem seria preciso expansão monetária, bastaria uma queda para 1% dos juros reais para aquecer a economia.

            Dificil é convencer os banqueiros ..

        2. “Demanda é o desejo de

          “Demanda é o desejo de adquirir bens ou serviços…” E você ainda diz que isso é um termo clássico e consolidado! Sem entrar em longas discussões acadêmicas (pois o termo demanda foi usado em diferentes sentidos ao longo da história do pensamento econômico), é óbvio que não basta o “desejo” de comprar. É necessário poder comprar. Afinal, a relação (no sentido técnico) demanda do indivíduo é obtida a partir das preferências e da restrição de riqueza do agente. O que é, então, a demanda conceitualmente? É um plano racionalmente concebido que depende das preferências, dos preços e da riqueza.

          O argumento da confiança, pelo menos para aqueles que entenderam como ele se apresenta na literatura, não ignora de modo algum a questão da demanda. Ao contrário, ele é uma resposta ao problema da queda da demanda agregada que é provocada por um ajuste fiscal. Com efeito, se os gastos e o investimento público são cortados, evidentemente há uma redução da demanda agregada. Como, então, defender do ponto de vista macroeconômico o ajuste fiscal em um quadro recessivo? A tese é que o ajuste, ao melhorar as expectativas dos agentes, fará que a redução da demanda por parte do setor público seja mais do que compensada pelo aumento da demanda de bens de consumo e de investimento advinda do setor privado. De modo algum, repito, o argumento da confiança ignora a questão da demanda. Isso seria pura ignorância econômica.

          A tese da confiança é logicamente consistente? Sim, ela o é. Há evidências empíricas que a sustentam? Poucas e questionáveis, na minha opinião. Há um vídeo interessante na rede de um debate entre o Blanchard e o Krugman sobre o tema. Vale a pena assistir, pois relata o debate sobre a evidência empírica dentro do própio FMI. Pessoalmente, concordo com absolutamente tudo que o Araujo escreveu.

           

      3. o sujeito confunde “vontade

        o sujeito confunde “vontade de comprar” com demanda agregada na economia. Confunde micro com macroeconomia. Confunde o cliente que vai na padaria e compra pão de sal e não a broa porque sua renda está baixa e tem trocentas outras contas para pagar (com juros escorchantes e impostos que não sabemos direito para onde vai) com a quantidade de trigo que um país consome no ano. Dureza. 

        Com este tipo de raciocinio enviesado este “cidadão” tem a incoerencia de achar que o Pais não progrediu nos ultimos anos. Acha que sair da decima quinta economia para a setima é um ato milagroso divino.

        Pior que tem muito economista por ai, tipo Sandenberg que pensa como este “cidadão”.

      4. Dúvidas
        Boa noite AA. Gostaria que me explicasse então por que o Japão que faz exatamente o que você receitou já faz mais de 5 anos e não está com a economia vibrante? Por que a Irlanda, que vem fazendo o contrário, está?

        Mais uma dúvida: por que milhões de pessoas tomando a mesma decisão isoladamente estão todas erradas? Será que a falta de demanda não é tão somente excesso de oferta? Será que esse excesso de oferta só não aconteceu realmente porque o crédito estava mais barato do que realmente deveria estar, o que levou a investimentos que não tinham demanda genuína?

        Será que aplicar a mesma receita em doses maiores vai realmente resolver o problema? Mais crédito fácil, mais estímulo monetário não levarão a mal investimentos de novo?

        E porquê dessa vez políticos com interesses políticos associados a empresários que só sobrevivem através de contratos governamentais serão honestos e não desviarão o dinheiro dessas obras? Porquê essas obras que não visam lucro, feitas com dinheiro público em que ninguém sente diretamente o prejuízo ,caso ocorra, serão feitas em locais onde há genuína demanda? Como garantir que isso ocorrerá?

        Esse tipo de proposta é exatamente o que um governante quer ouvir: incorra em déficits e faça obras. Pronto! Reeleição garantida.

        Onde essas medidas funcionaram? Cadê os exemplos práticos?

        Falar em keynesianismo a essa altura do campeonato é uma temeridade. Como julgar um sucesso uma política de aumento de gastos que prolongou a recessão de 29 por mais de uma década?

        Att

  11. Em todas as áreas a criminalidade aumenta

    principalmente corrupção da administração pública. E isso acontece por causa do conluio de Autoridades com os criminosos. O crime não chegaria a tais proporções se Juizes, Promotores, Delegados, Políticos Policiais não participassem ativamente ou por omissão dos crimes.

  12. Pelo que entendi do Meirelles

    Pelo que entendi do Meirelles [ cá entre nós, ele fala esquisito rs ], o certo é que vai se cortar pesado em educação e saúde – e num momento em que o SUS terá que arcar com 1,5 milhão de pessoas que saíram dos planos de saúde. Se já obrigando o governo a investir um mínima nessas áreas, a coisa é sofrível, imagina quando passar a lei em que não há essa obrigação. É como um médico que receitasse uma sangria para combater anemia. Tenho a impressão de que o país caminha para uma depressão. E aí ferrou. Um país com o tamanho do Brasil que passou por um depressão foi os EUA. Mas lá eles tiveram a sorte de ter Roosevelt que evitou que a coisa implodisse e também a sorte do surgimento de Hitler – a segunda guerra foi o que tirou os EUA da crise de vez e iniciar uma fase de crescimento sem paralelo na história. Num país em que, por comparação, Renan é estadista, acho mais fácil a globo passar cidadão kane depois do JN do que surgir um Roosevelt [rs

  13. Como é mesmo?

    Creio que há um ponto fora das teorias econômicas que está sendo esquecido na discussão.  Como falar em confiança em um governo que tem Temer na chefia, e que chegou lá da maneira que chegou? Ele não teria a confiança de um bicheiro para uma aposta de dois reais. Isso para não falar no Congresso, integrado por gente que NÓS colocamos lá, e no judiciário, a máquina mais corrupta porque se julga um poder que não emana do povo. Confio mais na salvação através do Marcola que nessa coisa que está aí.

  14. O triste é que a pessoa que

    O triste é que a pessoa que deveria ter aplicado os ideais (keynesianos, progressistas, desenvolvimentistas, heterodoxos, sociaisdemocratas, etc., alcunhe-se como quiser.) que professas neste artigo – e que se comprometeu a tanto durante a última campanha – era a Dilma. Ela foi eleita pra isto, com este discurso – e era ele que deveria ter aplicado. Porém, preferiu fazer a trágica concessão de nomear um Joaquim Levy, com seus terríveis ideais (conservadores, neoliberais, monetaristas, ortodoxos, etc., alcunhe-se como quiser).

    Agora, quem poderia articular um discurso oposicionista com maior intensidade seria o PT, porém, como se esperar que o governo Temer faça um manejo minimamente racional da economia, quando o próprio governo do PT, promovendo o maior estelionato eleitoral da história, fez um governo extremamente conservador? Com que moral, com que base factual o PT poderá atacar tal desastrosa política?

    Como o PT pode criticar a nomeação e o ideário do Meirelles, se teve como membro de seu governo – durante incríveis longos oito anos – o próprio Meirelles?

    A traição traz consequências que perduram na história.

    1. CANSADO DE OUVIR/LER ESSE PAPO

      No passado aconteceu várias vezes medidas contra os trabalhadores (sempre paga o pato).

      Em 1998 FHC ganhou as eleições com toda a grande imprensa apoiando e elogiando, Eliane Catanhece não sabia como elogiar FHC em artigo de dezembro/1998.  NO COMEÇO DE 1999 a bomba explodiu em cima dos aposentados e trabalhadores. Época do fator previdenciário, maxidesvalorização e ourtras.  SEMPRE Jornalistas da grande mídia elogiando FHC.

         AGORA já leio “economistas dizendo que “a economia já aparesenta melhoras…”.

         Deram o golpe e encheram o Governo de investigados, indicidaos e condenados por vários crimes e traidores enttregam nossas riquezas.

  15. Assim é…

    Assim também fez o PAC  na Era PT, com Lula e Dilma.

    Está mais do que claro que a “crise econômica” brasileira foi por queda de Receita da União e não por aumento de Despesas, em função da crise mundial que  provocou queda nos preços de diversas commodites, entre as quais, minérios em geral e petróleio, vitais para a arrecadação do Erário. 

    Nesse cenário, para uma economia capitalista, a saída é aumentar os impostos do mais ricos – que ganharam muito e continuarão ganhando –  para manter os investimentos do Estado em favor de todos, mas, especialmente, dos mais vuneráveis. 

     

  16. Um adendo, os “economistas de

    Um adendo, os “economistas de mercado” quando pensam em retomada do crescimento tem em mente o investidor estrangeiro geralmente grandes empreas que dependem de complexas analises politicas e macroeconomicas para investir no Pais,  quando o que irá fazer renascer o crescimento serão as micro, pequenas e medias empresas nacionais, que são centenas de milhares e não dependem de dinheiro do exterior e nem do rating da Moody´s..

    Uma pequena loja sustenta o dono e sua familia e um, dois, tres ou quatro empregados, uma lanchonete um pouco maior,

    sou amigo do dono de uma perto do Forum de São Paulo, a Hot Bread, emprega 60 pessoas, uma simples lanchonete, a Galeria dos Pães, padaria perto de casa,   funciona 24 horas, 365 dias por ano, emprega 300 pessoas.

    uma banca de feira emprega a familia mais 3 ou 4, um bar pé sujo com refeições comerciais emprega 10 a 15, esses são a espinha dorsal do emprego no Pais, não são as multinacionais tão queridas dos “economistas de mercado”.

    Grandes empresas hoje empregam cada vez menos mas são essas que encantam os “ortofoxos do ajuste fiscal” e é para essas que eles pensam em “”restaurar a confiança””.  O dono de boteco não precisa de nada disso, basta ter fregues que ele abre o bar. e eles tem pfogunda noção de mercado.

    1. Andre Araujo, os rentistas

      Andre Araujo, os rentistas (pequenos, medios e grandes – incluindo aí a classe media urbana que vive de aluguel e a grande midia (altamente alavancada endividada e sem perspectivas de melhoras) APOIARAM o golpe dos ficha ALTAMENTE sujas para tentar se safarem da “crise” jogando o preço para cima dos assalariados (tirar direitos = renda no final das contas que mantem parte da demanda agregada). 

      A receita que o Governo golpista Temer está implementando é o contrario do que se expos. Logo logo o COPOM se reune e irão aumentar taxas SELIC. Vamos apostar que vai para 15% de cara ? 

      Estarão cobrando o preço do apoio politico.

      Precisa-se cortar gastos desnecessarios ? Mas com este Congresso e este STF isto será a ultima coisa que será feita, já deu para ver isto. O STF então rifou Dilma porque ela não quis dar o aumento de 78% …

    2. Os empreendedores: o velho Hot Bread e a “nova” Benjamim Abrahão

      Eis que uma das “tacadas” mais curiosas de 2015 foi a compra, por parte de Abílio Diniz e Jorge Lehman, da rede Benjamin Abrahão. Aqui na Joaquim Eugênio já entrou em operação a primeira daquela que nasceu para ser a “maior rede de padarias do Brasil”. Sorry peiferia, mas tem que aprender muuito ainda. Uma confusão danada: primeiro é que não sabemos se é uma lanchonete, uma cafeteria ou uma padaria. Tem mais cara de café ponto-de-encontro, iguais a vários cafés e docerias do bairro, mas uma confusão do tipo atendente não saber fazer pedido direito. Caso queiram prosperar nesse business, vão ter que aprender a ter espírito pequenos. De nada adianta nomear uma “CEO” para padaria, se falhas grotescas como vender pão francês com tamanho de bisnaga persistem. Digo isso porque já cansei de reclamar para o gerente da unidade. 

      Seria muito interessante que dessem uma passada numa lanchonente localizada entre os chineses da Rua da Glória. quem passa perto não tem a noção que é o espírito empreendedor. Esquecer um pouco esses cursos da HSM Management. Longe do “vou lá pra ver e ser visto”,  mas um atendimento sempre eficiente. Tá lá a pequena Hot Bread, desde sempre, velha e boa guarda. 

  17. Mais uma vez concordo, pois é um mito, mas discordando de você

     

    Andre Araujo,

    Ontem, na verdade hoje, pois enviei o comentário às 02:13 de sábado, 28/05/2016, para Patricia Faermann, junto ao post “Em gravação, Renan expõe influência de jornais na Lava Jato” de quarta-feira, 25/05/2016 às 17:36, aqui no jornal GGN, eu fiz menção ao seu post “Sobre a criação de uma clima de pessimismo” de segunda-feira, 19/05/2014 às 15:38, publicado aqui no blog de Luis Nassif e que foi originado de um comentário seu junto post “O catastrofismo não tem amparo nos fatos” de segunda-feira, 19/05/2014 às 08:26, de autoria de Alessandro de Argolo. O endereço do seu post “Sobre a criação de uma clima de pessimismo” é o que se segue:

    https://jornalggn.com.br/noticia/sobre-a-criacao-de-uma-clima-de-pessimismo

    E o endereço do post “Em gravação, Renan expõe influência de jornais na Lava Jato” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/em-gravacao-renan-expoe-influencia-de-jornais-na-lava-jato

    Como eu insisto sempre em dizer, não há nenhum lugar do mundo em que a mídia conseguiu parar a economia nem lugar do mundo onde a economia tenha sido recuperada pela mídia.

    Tanto junto ao post “Sobre a criação de uma clima de pessimismo” como aqui neste post “O mito da restauração da confiança, por André Araújo” de quinta-feira, 26/05/2016 às 15:17, todos os dois de sua autoria, eu fico tentado a dizer que concordo com você, mas discordando. E o que eu digo soa um tanto sem quando se observa que os seus dois posts são aparentemente um tanto contraditórios. Aparentemente porque você diz no primeiro post que não se cria, no sentido de inventar, um clima de pessimismo, ele existe porque há razões para tal. E aqui você diz que não se inventa a confiança. Por isso que embora aparentemente contraditórios, a minha concordância e discordância com você se dá pelas mesmas razões.

    Bem, a minha discordância com você em relação ao post “Sobre a criação de uma clima de pessimismo” está lá exposta. Ela, entretanto, não difere do que eu digo aqui. Assim, em relação a este post “O mito da restauração da confiança, por André Araújo” eu concordo que a restauração da confiança é um mito, mas penso que você como não entendera a realidade do primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff, ainda não entendeu a realidade do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff.

    E não vai entender enquanto você não levar em conta a reversão dos investimentos que ocorrera no terceiro trimestre de 2013. Foi dali que o Brasil entrou em uma via sem alternativa que só piorou com a forte queda dos preços de commodities a partir de outubro de 2014. Só para situar, em relação ao mesmo mês do ano anterior, em outubro de 2014, as exportações brasileiras caíram 19,68%, em novembro caíram 25,00 e em dezembro 16,09%.

    A alternativa seria ou o aumento de inflação ou a recessão que a presidenta Dilma Rousseff nos colocou. A presidenta Dilma Rousseff optou pela recessão porque esta seria uma solução que seria mais fácil de ser suportada politicamente e não duraria mais do que seis meses com o país começando a se recuperar no segundo semestre de 2015.

    Infelizmente a redução de juro que permitiria a recuperação da economia puxada pelo câmbio desvalorizado não se efetivou uma vez que no segundo semestre de 2015 houve nova queda dos preços das commodities. Em julho, agosto e setembro de 2015, meses em que as exportações ainda foram altas em 2014, a queda foi de 19,51%, 24,33% e 17,68%, mas em outubro, novembro e dezembro tivemos queda de 12,44%, 11,76% e 4,05% respectivamente nas exportações que levaram a um segundo round de desvalorização do real o que impossibilitou a redução do juro que ocorreria no segundo semestre de 2015.

    E a recessão ainda foi mais esticada quando, em razão da subida de juros pelo FED em dezembro de 2015 e a promessa de 4 elevações em 2016, a economia mundial passou por série crise no primeiro trimestre de 2016 que levou o dólar a quase 4,20 aqui no Brasil. Assim salvo uma nova perspectiva de elevação de juro nos Estados Unidos, existe a perspectiva de redução do juro brasileiro no segundo semestre e então tudo indica que poderá iniciar a recuperação da economia, sem que para isso seja necessário por em prática a política econômica que preconiza e que eu penso que é uma política equivocada para o atual momento da economia brasileira. Os dados da recessão que se fala em 2016 são na verdade reflexo da recessão de 2015 que de ponta a ponta foi de quase 8%.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 27/05/2016

    1. A confiança existe apenas como sinônimo de aumento de lucros

       

      Andre Araujo,

      Há dois posts relativamente recentes para os quais eu enviei comentários com críticas a questão da confiança como fator de sustentação da economia. Um dos posts é “A desconfiança dos empresários com Levy, por Janio de Freitas” de terça-feira, 23/06/2015 às 08:13, aqui no blog de Luis Nassif e consistindo de transcrição do artigo “De Volta” de Janio de Freitas publicado no jornal Folha de S. Paulo de terça-feira, 23/06/2015, portanto há quase um ano. O endereço do post “A desconfiança dos empresários com Levy, por Janio de Freitas” é:

      https://jornalggn.com.br/noticia/a-desconfianca-dos-empresarios-com-levy-por-janio-de-freitas

      E o segundo post é “Ressaca econômica? Por Rodrigo Medeiros” de quarta-feira, 24/06/2015, às 14:53, aqui no blog de Luis Nassif com texto de Rodrigo Medeiros e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/blog/rodrigo-medeiros/ressaca-economica-por-rodrigo-medeiros

      São posts da mesma época e no post com artigo de Janio de Freitas eu envio sábado, 27/06/2015 às 19:14, um comentário para Alexandre Weber – Santos –SP junto ao comentário dele enviado quinta-feira, 25/06/2015 às 08:50 em uma sequência de troca de comentários que se iniciou com um comentário meu enviado terça-feira, 23/06/2015 às 14:14, para Janio de Freitas.

      Do meu comentário para Janio de Freitas eu reproduzo o seguinte trecho que serve para esclarecer para você porque embora haja falta de confiança dos consumidores e a questão de confiança não pode ser totalmente ignorada, porque nós não devemos restabelecer a demanda interna via aumento dos gastos públicos ou aumento dos gastos das famílias. Disse, então, eu lá no post “A desconfiança dos empresários com Levy, por Janio de Freitas” para Janio de Freitas (Precisei fazer algumas alterações principalmente dividindo parágrafos em um ou dois e além disso coloquei entre colchetes um trecho no final onde fiz pequena alteração para esclarecer o que pareceu-me um tanto inconsistente e obscuro):

      “Não fugi do assunto do seu artigo. O que eu quero dizer é que a corrupção se expressa em aumento do gasto público e o que os empresários estão reclamando é da diminuição do gasto público. Ou seja, para os empresários o bom seria que houvesse mais corrupção, ou melhor, que houvesse mais gastos públicos.

      Não pense que não doeu à presidenta Dilma Rousseff ter que tirar o Guido Mantega. Tirou porque não dava para manter a mesma política que foi programada que ela faria no seu primeiro mandato e que foi comandada com precisão até 2013 e que continuou sendo feita em 2014 porque não tinha como mudar. Não tinha como mudar porque era ano de eleição. E depois da eleição não havia como mudar com Guido Mantega. Não havia espaço político, não havia campo de manobra, não havia formas de articulação para Guido Mantega encaminhar medidas visando reduzir os gastos públicos no segundo mandato da Dilma Rousseff.

      E a redução dos gastos públicos era imperativo para que o Brasil pudesse acompanhar a nova realidade do mercado e que seria a valorização do dólar com a perspectiva de subida do juro americano.

      É claro que Joaquim Levy não é nenhum Guido Mantega que tem uma capacidade impressionante de dimensionar a economia brasileira, sabendo como cada gasto público vai repercutir na produção. É, entretanto, o melhor que a presidenta Dilma Rousseff poderia encontrar. É engenheiro e é da escola de Chicago, ou seja, é um neandertal em economia, mas é o tipo de neandertal que se precisa no atual momento. Além disso, é dos poucos economistas que ela conhece ao ponto de ser de confiança dela com as características que ele tem e que são necessárias ao momento atual.

      O Brasil já estava apresentando uma conta bastante negativa na Balança Comercial. Algo que pudesse configurar um déficit de até 20 bilhões de dólares. O governo precisa reverter isso e assegurar um saldo de no mínimo 20 bilhões de dólares. Há também déficit na conta de serviços que salvo viagem ao exterior guarda pouca relação com o câmbio. Então o país precisa em um primeiro momento fazer uma grande reversão. Essa reversão é feita de início com a redução de consumo. A redução de consumo é, no entanto, passageira, pois em parte a demanda interna suprida pelas importações será paulatinamente assumida pela produção interna.

      E haverá também maiores ganhos do setor exportador, não pelo aumento das exportações que provavelmente não ocorrerão em razão da inglobalização (É, esta palavra não existe, mas utilizaram tanto o termo globalização para se referir a algo que acontecia desde os tempos imemoriais como se ele estivesse começando acontecer naquele momento que seu oposto pode significar também algo que não acontece nunca e que no momento atual é tratado como um momento especial em que se observa a sua não ocorrência), mas pelo mero aumento em real do valor exportado.

      [E os ganhos no setor exportador ainda que gozando do benefício das isenções e imunidades nas exportações são ainda tributados pelo Imposto de Renda], o que representa mais receitas para as fazendas públicas, e mesmo após a tributação proporcionarão também maiores ganhos o que leva a investimentos, ou seja, a mais gastos. Assim já no ano que vem o país estará trilhando o caminho do crescimento econômico.”

      No outro post “Ressaca econômica? Por Rodrigo Medeiros” eu também discuto a questão da confiança empresarial acompanhando a crítica que Rodrigo Medeiros faz sobre a confiança como fator catalizador da recuperação econômica utilizando a expressão fada da confiança. No fundo não é a fada de confiança que faz a economia se deslanchar. Agora quando os lucros voltam e os empresários voltam a investir e assim a demanda aumenta e como consequência há o crescimento econômico não há como negar que a confiança voltou.

      No nosso caso, entretanto, a recuperação acabou não acontecendo no prazo previsto. Os problemas com as commodities e com o câmbio impediram que a recuperação ocorresse. O Brasil ainda está dependente dos humores do mercado, mas os humores não dizem respeito à realidade brasileira e sim à realidade dos Estados Unidos. E os humores não são uma fantasia, mas um fato real. Se o FED aumentar o juro talvez a recuperação brasileira seja mais uma vez adiada.

      E o que eu quero mais enfatizar é que no atual momento o Brasil precisa recuperar a sua economia pelo lado dos investimentos. E a recuperação dos investimentos virá não em razão do aumento da demanda produzida pelo aumento dos gastos do governo e aumento dos gastos das famílias, como você propõe, mas em razão do aumento dos lucros do setor exportador e esse aumento dos ganhos do setor exportador induzirá ao aumento dos investimentos desse setor, o que acarretará aumento da demanda e, portanto, do crescimento.

      Não é de se estranhar que comecem a aparecer artigos nos jornais já apresentando dados favoráveis na economia. Serve de exemplo a reportagem publicada na Folha de S. Paulo de autoria de Érica Fraga e Mariana Carneiro intitulada “Economistas veem sinais de saída do fundo do poço” de domingo, 29/05/2016, e que foi transformado no post “Ajustes de Dilma começam a dar resultados e Temer colherá os frutos” de domingo, 29/05/2016 às 09:12, aqui no blog de Luis Nassif e que pode ser visto no seguinte endereço:

      https://jornalggn.com.br/noticia/ajustes-de-dilma-comecam-a-dar-resultados-e-temer-colhera-os-frutos

      Você como alguém da direita deve ter mais paciência, esperar que o FED não aumente os juros, e aguardar que o aumento dos investimentos levados a efeito pelo setor exportador se espraia pela economia e faça crescer a demanda agregada. E tudo sob a tutela de um governo de direita. Ai lá na frente com muito saldo na Balança Comercial talvez seja o momento de por em prática as políticas que você advoga, embora eu considere que o Brasil deveria crescer durante uns vinte anos puxado pelo comércio exterior e só então devesse passar por um crescimento puxado pelo mercado interno.

      Para que dê certo o governo de direita que assumiu o governo brasileiro basta que não haja aumento do juro pelo FED esse ano. Agora se aumentar o juro representa um risco para economia brasileira, um não aumento do juro pode ser também em decorrência de um enfraquecimento da recuperação americana o que pode ser um prenúncio de uma nova recessão e isso também não vai favorecer a nossa economia. 

      É importante observar que embora esta história da confiança deva ser tratada como se fosse a fada da confiança da história infantil, pois não é ela que realmente faz crescer os investimentos. Ocorre, entretanto, que ela está presente quando ocorre o crescimento. O que é preciso entender é que o que causou o crescimento foi algo real, isto é, é o aumento dos lucros dos empresários que cria a confiança que leva o empresário a investir.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 29/05/2016

  18. a classe média é inculta?

    La classe media tradita dalla globalizzazione

    Nei Paesi ricchi orfani dello sviluppo si affermano fanatismo e paura

     

    LAPRESSE

    Nella foto: shopping nel Regno Unito. L’autore Antonio Maria Costa è economista e docente universitario. È stato direttore dell’ufficio delle Nazioni Unite contro il narco-traffico dal 2002 al 2010

     

    28/05/2016

    antonio maria costa

    Per mezzo secolo, dopo la Seconda guerra mondiale, i valori dell’Occidente si sono diffusi: libertà, sovranità popolare e stato di diritto. La democrazia si è affermata anche in economia: il libero scambio di merci e capitali ha generato lavoro e benessere nel mondo. Tutti hanno vinto. In Europa e Nord America si è rafforzata la classe media, orgogliosa di avere lavoro, pensione e casa. In Asia e Sud America un miliardo di persone è uscito dalla povertà. Poi tutto è cambiato. 

     

    Da due decenni Europa e America sono preda di un gioco a somma zero: tu vinci, io perdo. In politica, il regime democratico è paralizzato da veti incrociati e interessi di potere, mentre autocrati come Putin e Erdogan riscuotono consensi. In economia, il neo-liberismo è accusato di generare disoccupazione, disuguaglianza e incertezza. Sotto critica è l’intero sistema: la politica corrotta; la finanza ladra; l’evasione fiscale dei potenti; la petulanza dei sindacati; l’Ue incompetente; la Cina dominante. Il grido di Francesco contro «la folle brama di denaro» riassume tutte le critiche. 

     

    Non doveva finire così. La globalizzazione doveva aprire i mercati del Sud alle multinazionali del Nord: invece è successo il contrario. Nei paesi poveri il commercio ha portato benefici a un secondo miliardo di persone. Nei paesi ricchi solo un decimo della gente (i super-ricchi) ha beneficiato, mentre il resto ha sofferto – risultando nella distruzione della classe media. La Banca Mondiale, paladina del mercato libero, riconosce che la globalizzazione ha danneggiato due segmenti della popolazione mondiale: il 5% più povero (in Africa), e coloro con reddito compreso tra 70% e 90% del totale (la classe media in Europa e Usa). A Parigi, l’Ocse suddivide il dopoguerra in 3 ventenni: il primo caratterizzato dal forte aumento del reddito da capitale (il «miracolo economico» del 1950-70), poi capovolto dalla preponderanza del reddito da lavoro (gli «autunni caldi» del 1970-90), quindi nuovamente ribaltato dall’arricchimento odierno del capitale (frutto dell’integrazione eco-finanziaria). 

     

    Le tre valutazioni concordano: la globalizzazione ha ridotto il divario di reddito tra regioni ricche (Usa e Ue) e povere (Asia), ma ha aumentato il divario all’interno di ciascun paese: ha arricchito i miliardari e impoverito la borghesia. Se la tendenza continua, il populismo odierno evolverà in un miscuglio di nazionalismo, protezionismo e autoritarismo: la fine della cultura occidentale.  

    Perché la globalizzazione ha fallito, risvegliando fanatismo e xenofobia? In primo luogo, perché il libero scambio genera benefici in termini di reddito (in una proporzione 2:1 secondo l’Ocse), se accompagnato da condizioni oggi inesistenti: una politica economica appropriata (invece del conflitto odierno tra lassismo monetario e austerità fiscale); un mercato del lavoro efficiente (oggi monopolio di sindacati parassitari); e istituzioni funzionanti (mentre scuola, giustizia e sanità sono a pezzi). 

     

    Secondo, perché le straordinarie eccedenze commerciali della Cina hanno scassato gli argomenti a favore del libero scambio. Secondo la scienza economica, il prezzo dei fattori di produzione (terra, lavoro e capitale) tende a uniformarsi, diminuendo nei paesi in disavanzo (Europa e Usa) e crescendo in quelli con eccedenza (Cina). Col tempo il vantaggio economico della Cina dovrebbe quindi annullarsi, livellando la bilancia commerciale. Invece la correzione non è avvenuta: certo, mezzo miliardo di lavoratori cinesi godono ora di salari (corretti per la produttività) simili ai nostri, ma c’è un altro mezzo miliardo disposto a lavorare per una pagnotta. In altre parole, date le dimensioni demografiche, la Cina manda le controparti commerciali in bancarotta, prima che i costi di produzione si adeguino. E, peggio ancora, la Cina ora usa le sue straordinarie riserve valutarie (oltre 3 mila miliardi, pari a un festone di banconote da 100 euro dalla Terra alla Luna, e ritorno) per acquistare le poche nostre aziende sopravvissute. È pur vero che il modello di sviluppo cinese sta evolvendo, dalla crescita centrata sulle esportazioni allo sviluppo spinto dal consumo – mentre la valuta (renminbi) non è più sottovalutata, l’attività economica rallenta e la popolazione invecchia. Ma la loro strategia è stata impeccabile e il nostro danno (la de-industrializzazione) irreversibile. 

     

    Se le motivazioni economiche a favore del libero scambio sono oggi indebolite, neppure le argomentazioni strategiche (il commercio promuove pace) appaiono attuali. Oggi, scambi e finanza sono la continuazione della guerra, proprio come in passato la guerra è stata la continuazione della politica. In territorio nemico si sbarca oggi con navi-cargo di containers, non con mezzi-anfibi di marines; i fondi di investimento occupano le infrastrutture più rapidamente delle Forze Speciali; l’aggiotaggio della finanza è meno visibile degli aerei B-2. 

     

    Il Doha Round è morto. Ora, l’opinione pubblica si oppone agli straordinari negoziati sul Trans-Atlantic Trade & Investment Partnership tra Usa e Ue, e il Trans-Pacific Partnership tra USA ed Asia. Se i timori popolari a proposito di ristagno, disuguaglianza e migrazione non sono imbrigliati al più presto – con misure concrete, non parole – le emozioni prevarranno sulla ragione. Sbattere la porta in faccia al mondo non è la soluzione, ma avverrà. 

     

  19. O grande problema é o

    O grande problema é o desgaste político na travessia, alimentado pelo mercado financeiro/rentistas através da mídia oligopolizada.

    Como esquecer quando Dilma forçou na marra a queda da taxa de juros e do spread e a midia fez aquela carvaval com a “inflaçao do tomate”?

    Com uma maxidesvalorizaçao para 5 Reais o dolar entao, imagina…

     

  20. Objetivos do novo governo

    Os “economistas de mercado” associaram a “falta confiança” à queda do superávit primário e  à queda da inflação. Delfim Netto, um dos economistas que mais falam sobre a importância da confiança,  dizia, uns tempos atrás, que bastava a Dilma garantir um superávit primário de 2% para que os empresários recuperassem a confiança no governo e promovessem a recuperação dos investimentos.

    Se a condição para a retomada dos investimentos depender da recuperação do superávit primário, isso vai demorar. Muitos economistas admitem que o equilíbrio fiscal só pode ser obtido com o crescimento, isto é, através do investimento e da recuperação da atividade econômica.

    O novo governo precisa melhorar rapidamente a economia. Talvez  a fórmula se aproxime da sua recomendação, não no discurso mas na prática: Expansão monetária + baixa dos juros + investimento público.

    1.    Investimento público e privado através das concessões.

    2.    Inicialmente, corte de despesas menores do que o anunciado. Vide folga permitida pelo déficit autorizado de R$ 170,5 bilhões.

    A grande dúvida é o corte da taxa de juros.

    É possível que o grande objetivo do novo governo, e dos setores que o apoiam, é aproveitar a crise atual para alterar a constituição de 88, limitando os benefícios sociais, conter os aumentos salariais e fazer a reforma previdenciária.

  21. Pode?

    “Expansão monetária + baixa dos juros + investimento público: a economia sai da recessão em um ano.”

    Expansão monetária(com nossa moeda?) baixa de juros(com nossa credibilidade?) investimento público(com o nosso alto grau de corrupção?)

  22. Com relação aos gastos
    Com relação aos gastos públicos, você foi perfeito na sua análise. Também concordo com a questão dos juros. Mas discordo sobre a questão dos investimentos públicos: nesse momento não vejo como aumentar gastos do governo, mesmo que sejam investimentos.

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