Os paradoxos do ajuste fiscal de Joaquim Levy

As análises econômicas podem estar apontando para soluções inexistentes deixando de lado problemas concretos.

Fixou-se magicamente no velho mito de lição de casa. Se fizer o ajuste fiscal primário (relação de receitas menos despesas, excluindo a parte financeira) voltará a confiança do investidor e o país alcançará novamente o paraíso do crescimento.

***

Primeiro, vamos aos falsos problemas.

1.      Petrobras – como se previa, é questão de tempo para a empresa recuperar o pique. A entrada do Banco da China resolveu a questão do financiamento externo para este ano, mostrando as vantagens da nova geopolítica global, multipolar. Lawrence Summers, ex-Secretário de Tesouro norte-americano, e uma das vozes mais influentes na economia dos EUA, entendeu o novo papel do Banco da China como o início de um novo ciclo global.  “Este mês passado pode ser lembrado como o momento em que os Estados Unidos perderam o seu papel como a instituição do sistema econômico global”, lamentou ele a propósito do protagonismo do Banco da China vis-à-vis a redução da influência internacional norte-americana.

2.      Não haverá falta de capitais de curto prazo no país, devido ao extraordinário aumento da taxa Selic e à relação ainda confortável entre dívida/PIB.

***

Onde a porca pega?

Primeiro, no quadro político e social. A rigidez do ajuste, em uma economia cambaleante, vai produzir crise, desemprego e conturbação social. Hoje em dia, as perturbações políticas são mais ameaçadoras do que eventuais frustrações nas metas de superávit.

Depois, na falácia de equilibrar prioridades conflitantes.

1.      Na numeralhada utilizada pelo mercado para avaliar a questão fiscal, a meta que interessa é a relação dívida/PIB. E essa relação é afetada pelo superávit nominal (aquele que mede despesas e receitas totais do governo, incluindo a conta de juros).

2.      Desde sempre, o mercado e a Fazenda colocam a conta de juros em segundo plano, considerando-a como custo inevitável (outra falácia). Todo o esforço da Fazenda mira o superávit primário (receitas menos despesas excluindo juros) de 1,2% do PIB. Para tanto a Fazenda vem procedendo a cortes pesados no orçamento e a ajustes de preços represados, como tarifa de luz e combustível, pressionando a inflação. Em suma, só medidas que afetam a economia real, empresas, trabalhadores e programas sociais, preservando os benefícios do mercado.

3.      Para combater a inflação, a única arma utilizada pela Fazenda é a taxa Selic. O aumento dos juros provoca um aumento na entrada de capital externo. Com mais dólares entrando ocorre uma apreciação do real, barateando produtos importados e exportáveis e, com isso, segurando a inflação. Acontece que, deste vez, não poderá se valer do estratagema que resolvia a questão por vias tortas. Com a queda nas cotações internacionais de commodities e o tamanho do déficit externo, o câmbio não poderá ser utilizado.

4.      Sem o concurso do câmbio, o BC irá carregar mais ainda na Selic e no efeito recessão. Segundo cálculos do Banco Central, nos 12 meses encerrados em fevereiro a conta de juros consumiu o equivalente a 6,65% do PIB. E aí, o resultado nominal deteriora. Segundo estudos do Banco Central, com Selic de 13%, PIB de menos 0,5%, a dívida líquida sobe de 34,1% para 34,8% e a bruta de 58,9% para 62,2%.

5.      Se se tentar compensar com um aumento do superávit primário, o investimento será menor ainda, a recessão será maior, a receita menor e o PIB menor.

Luis Nassif

79 Comentários

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  1. O governo Dilma está

    O governo Dilma está prostrado diante dos especuladores/rentistas. Uma vergonha a fraqueza deste governo diante do capítal especulativo. O Brasil precisa desesperadamente de um (a) Estadista.

  2. “2.      Desde sempre, o

    “2.      Desde sempre, o mercado e a Fazenda colocam a conta de juros em segundo plano, considerando-a como custo inevitável (outra falácia). Todo o esforço da Fazenda mira o superávit primário (receitas menos despesas excluindo juros) de 1,2% do PIB. Para tanto a Fazenda vem procedendo a cortes pesados no orçamento e a ajustes de preços represados, como tarifa de luz e combustível, pressionando a inflação. Em suma, só medidas que afetam a economia real, empresas, trabalhadores e programas sociais, preservando os benefícios do mercado.”

     

    Desculpe mas a relação entre “ajuste de preços represados” e superávit primário ao meu ver é praticamente nula !

    A não ser pela questão da Cide, que já incidiu o que tinha de incindir na inflação. 

    Além disso, os cortes no orçamento provocam queda na demanda, que afeta a inflação para baixo, isso vc deixou de fora da equação. 

    O quadro não é tão feio e sem saída como pintado acima. E qual a sugestão do blog ?? Medidas macroprudenciais , que eu saiba, ainda estão em vigor e a inflação esta ai… 

    Pra mim , no entanto, essa alta da inflação é passageira… Com a perda de vagas de trabalho, cortes no orçamento e aumento do preço de financiamentos , via Selic, além da queda da pressão nos alimentos, devido as chuvas constantes, a taxa tende a cair… 

    1. “Pra mim , no entanto, essa

      “Pra mim , no entanto, essa alta da inflação é passageira… Com a perda de vagas de trabalho, cortes no orçamento e aumento do preço de financiamentos , via Selic, além da queda da pressão nos alimentos, devido as chuvas constantes, a taxa tende a cair…”

      Resumindo recessão.

        1. Bom seu comentário anterior e boa essa sua réplica

           

          Paulo Cezar (sexta-feira, 10/04/2015 às 09:41),

          Talvez em relação ao seu primeiro comentário enviado sexta-feira, 10/04/2015 às 08:24, eu devesse dizer que há mais o que criticar no post de Luis Nassif.

          Não sou economista, mas vou colaborar com a sua argumentação transcrevendo parte da crítica que eu fiz ao artigo “Explicar, como?” do também não economista André Singer que foi publicado na Folha de S. Paulo e transcrito aqui no blog de Luis Nassif no post “Explicar, como?, de André Singer” de domingo, 05/04/2015 às 12:32, podendo ser visto no seguinte endereço:

          https://jornalggn.com.br/noticia/explicar-como-de-andre-singer

          A parte da minha crítica que interessa aqui foi ao seguinte parágrafo do artigo de André Singer:

          “Muitos comparam as medidas atuais com o ajuste de Lula em 2003. Ocorre que, apesar do forte aperto orçamentário daquele ano, houve crescimento de 1,15%. Com isso, o desemprego, que já era muito alto (10,5%), ficou praticamente estável (10,9%). Em consequência, o desgaste do governo foi moderado”.

          E o meu comentário enviado segunda-feira, 06/04/20015 às 00:00, foi destinado ao comentário de Wong, enviado domingo, 05/04/2015 às 16:47, que questionava qual a proposta que André Singer, José Dirceu, Franklin Martins, Lula e outros menos contados tinham para substituir a da presidenta Dilma Rousseff.

          Depois de transcrever o parágrafo acima retirado do artigo de André Singer, eu afirmei o seguinte:

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          “Vamos supor que agora o desemprego saia de 5,5% e vá para 6,5% (O que significa crescer 18,2%). Quer dizer. 10,9% de desempregado é melhor do que 6,5%. Ou em termos de estabilidade, um crescimento de 3,8%, como ocorreu quando o desemprego saiu de 10,5 para 10,9, é mais estável que o crescimento de 18,2% como ocorreria se o desemprego saísse de 5,5% para 6,5%. Só que é de se perguntar, melhor para quem ou é mais estável para quem? O próprio André Singer dá a resposta, é melhor para o governo, pois em 2003, “o desgaste do governo foi moderado”.

          É claro que a presidenta Dilma Rousseff não faz tudo isso pensando só no bem do Brasil, nem creio que ela faça tudo isso pouco se importando para a nível de popularidade do governo. Ela faz tudo pensando que nos três últimos anos da presidência dela o governo vai colher os louros pelo que plantou.

          E a fragilidade da crítica à política econômica da presidenta Dilma Rousseff não é nem essa que se vê nos trechos que eu transcrevi do artigo de André Singer. Não é só porque a crítica à política econômica do governo da presidenta Dilma Rousseff se ampara no pouco dividendo eleitoral que a atual política econômica traz para o governo que se deve considerar esta crítica como tacanha. Ela é mais tacanha ainda é do ponto de vista estritamente econômico. Para os críticos da atual política econômica do governo da presidenta Dilma Rousseff a política de incentivo ao consumo deveria ser mantida independente do fato de que a realidade atual é diferente da realidade de quatro anos atrás. Saber que a presidenta Dilma Rousseff se preparou para gerenciar o país de modo diferente ciente de que as condições de governabilidade e da inserção da economia brasileira no mundo são diferentes e que os críticos do governo são incapazes de enxergar isso dá a presidenta Dilma Rousseff uma superioridade tal diante dos seus críticos que a sensação que eu tenho é que são todos umas crianças”.

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          Eu transcrevi todo o trecho porque é preciso enfatizar o quão tacanha tem sido a crítica à política econômica da presidenta Dilma Rousseff tanto a que ela aplicou nos quatro anos do primeiro mandato dela como a que ela vai aplicar nos quatro anos do segundo mandato dela.

          De todo modo, a parte que eu imagino reforça a sua argumentação é mais a crítica que eu fiz a incapacidade de André Singer, um político de esquerda, em ver a diferença entre uma taxa de 6% de desemprego e uma taxa de 10%.

          O bom seria se o Brasil pudesse manter a política econômica de Guido Mantega. Só que não haveria como manter aquela política. Não dava para manter a política anterior e enfrentar uma desvalorização do dólar. Se fizesse isso os preços subiriam por todos os cantos.

          E em relação ao seu primeiro comentário, enviado de sexta-feira, 10/04/2015 às 08:24, sem querer diminuir o elogio que eu coloquei no título deste comentário e sem esquecer que eu considero que há mais crítica a fazer a Luis Nassif neste post, eu discordo da seguinte passagem:

          “Desculpe, mas a relação entre “ajuste de preços represados” e superávit primário ao meu ver é praticamente nula!”

          Há dois efeitos importantes do ajuste de preços represados no superávit primário. Primeiro, o aumento do preço de energia elétrica vai reduzir o repasse de recursos do Tesouro. E segundo, combustíveis e energia elétrica não só têm uma baixa elasticidade de preço demanda como são duas mercadorias que são altamente tributadas e assim a correção dos preços vai representar mais recursos que virão aos cofres do governo. Aliás, os estados membros vão equilibrar as contas muito em razão desses aumentos de energia elétrica e de combustíveis em razão das alíquotas elevadas de ICMS que incidem sobre os mesmos.

          Clever Mendes de Oliveira

          BH, 10/04/2015

  3. Muito boa, a análise!

    Muito boa, a análise! Naturalmente, é incompleta até porque seria muito exigir completeza em um artigo jornalístico.

    Fazer o dever de casa fiscal é parte da solução, mas não suficiente para trazer de volta o crescimento. Perfeito! O que mais precisa ser feito? Vai aí uma série de palpites meio soltos, sem nada que amarre o feixe. Praticarei o que às vezes condeno no Nassif.

    1 – Se juro alto segurasse a inflação, o Brasil teria tido inflação nula desde 1994. Inflação é o resultado da disputa entre oferta e procura. Se vence esta, a inflação sobe. No Brasil, a indexação de vários custos, que foi amenizada mas não abolida, é um realimentador da inflação. Em um país como o Brasil, onde o grosso da população sequer tem noção dos juros embutidos numa compra a prazo, juros altos pouco afetam a demanda. Mas reprimem a oferta, pois desestimula o investimento produtivo. O Brasil tem uma das taxas de investimento mais baixas entre os países emergentes, talvez a mais baixa, e isso decorre principalmente do alto custo do capital no país.

    3 – A principal motivação para a Selic escandalosa que se pratica no Brasil é o controle das contas externas. Juros altos atraem capital especulativo externo para melhorar a balança de pagamerntos.

    4 – O que realmente importa é o custo da rolagem da dívida pública, não o seu montante. O Japão rola uma dívida pública de mais de 100% do Pib a um custo ínfimo, o Brasil gasta 6,5% do Pib para rolar uma dívida líquida de 34% desse mesmo Pib. Ao cortar despesas, que realmente tinham que ser cortadas, e ao mesmo tempo elevar a Selic, perde-se em juros o que se ganha no aperto fiscal.

    5 – Nos anos 1980, a indústriia respondeu por 35% do Pib, hoje responde por 12%. Ou seja, o Brasil pulou para o estágio pós-industrial sem ter passado pelo estágio industrial. No mundo globalizado de hoje, recuperar a indústria requer a formulação e prática consistente de uma boa política industrial, o que o nunca se fez no Brasil.  

    1. Muito bom também teu

      Muito bom também teu comentário, Daniel Klein.

      Complementaria arguindo que política de juros altos para combater a inflação  é um “remédio” que nessa condição sempre tem que levar em conta a condição do paciente. Não pode ser usado à torto e à direito. Pode valer para uma economia desenvolvida e não para outra em estágio inferior. Trata-se de uma falácia a justifica de que o aumento da SELIC vai o crédito e por consequência o consumo. Os ditos spreads bancários estão à anos-luz da taxa básica. O que vai impactar nesse item será a mera disposição do tomador tomando sempre por base “se cabe”  no seu bolso. 

      O vetor “preços administrados”, por ti referidos como “indexação de custos”, é um dos maiores entraves para a aplicação do “remédio” tradicional juros. Daí ser necessário expurgá-lo do cálculo dos indicadores ou mesmo dar-lhes um peso menor. Idem para os deslocamentos derivados de sanzonalidades no que tange aos alimentos. 

      Observe a irracionalidade: vamos supor que o único indicador de preço para o cálculo da inflação fosse o tomate. Por questão sanzonal(o assédio de uma praga) a oferta reduz e o  preço sobe 30% para o consumidor. Aí, de pronto, acorre sofregamente a “cavalaria” do BACEN e(tocando as cornetas) lascam um aumento na SELIC para ajustar a inflação do tomate. Uma medida que só vai efetivamente gerar efeitos(supondo-se que gerará) meses depois. 

      Mês seguinte o danado do tomate  se recupera é seu preço é deflacionado em 40%. Enquanto a alta da SELIC continua espargindo seus efeitos deletérios na dívida pública, no custo dos financiamentos, na decisões de investimentos, no câmbio etc etc. 

      O exemplo é exagerado e simplista. Mas o fenômeno vem ocorrendo desde quando passamos a considerar o combate a inflação uma cruzada, uma missão. Uma abordagem que facilita a consolidação de dogmas.

      Enquanto isso os rentistas fazem a festa.

       

       

       

       

  4. Fada da Confiança

    Nassif,

    Não entendo o seu ponto.

    O Mantega resolveria este problema com suas chamadas “pedaladas”.

    Você reclamava, então, que isto tirava a confiança do mercado, e que por isto os investimentos não voltavam (poderia procurar em algumas de suas colunas do ano passado, mas vou me poupar este trabalho).

    Agora vem o Levy e sua trupe do mercado e inicia o seu mandato de ministro da Fazenda com ações fortemente ancoradas na crença da “fada da confiança”.

    Agora você diz que o problema é a fixação do velho mito da lição de casa (ou seja, o mito da fada da confiança).

    O que afinal você gostaria que fosse feito?

    Porque eu estava bem com as pedaladas do Mantega, não via problema algum naquilo.

    Se havia crítica séria a ser feita à política do Mantega esta era a crítica do uso exclusivo da SELIC para controlar a inflação, tanto como ocorre agora (com o agravante de que agora o governo está fazendo, ainda, arrocho fiscal).

    Aliás, um ponto que eu acho que você poderia abordar numa próxima coluna é que boa parte dos reajustes de energia são devidos a motivos sazonais, razão pela qual, sabiamente, todo banco central que se preze estabelece algum índice de núcleo da inflação como parâmetro e não o índice de inflação cheio, com o intuito de retirar os efeitos da sazonalidade da política monetária.

    Aqui no Brasil, obviamente, isto seria visto e divulgado pela mídia como uma pedalada do Bacen para segurar “artificialmente” a inflação dentro da meta.

    Obs.: Se tem alguma defesa possível da política monetária atual é que há pelo menos um precedente na história dos EUA. Durante o conhecido período de estagflação nos EUA, Paul Volcker, então presidente do FED, praticou uma política monetária muito apertada (aumentou os juros para 21,5%!!! Isto na história dos EUA é uma coisa absurda – no Brasil nem tanto). O desemprego foi a 10%, a relação dívida/PIB aumentou, mas enfim os EUA saiu do seu período de estagflação. É um remédio amargo, eu entendo que desnecessário, eu entendo que o Brasil não deveria queimar tanta lenha assim para controlar a inflação, mas me parece que é esta a linha do Levy e é algo parecido com isto que ele deve fazer.

    The Federal Reserve board led by Volcker is widely credited with ending the United States’ stagflation crisis of the 1970s. Inflation, which peaked at 13.5% in 1981, was lowered to 3.2% by 1983.[14]

    The Federal Reserve board led by Volcker raised the federal funds rate, which had averaged 11.2% in 1979, to a peak of 20% in June 1981. The prime rate rose to 21.5% in 1981 as well. Thus, the unemployment rate became up over 10%. The economy was restored since the tight-money policy was over in 1982. According to William Silber [15] “His policy of preemptive restraint during the economic upturn after 1983 increased real interest rates and pushed Congress and the president to adopt a plan [the 1985 Gramm-Rudman-Hollings bill] to balance the budget. The combination of sound monetary and fiscal integrity sustained the goal of price stability.”

    However, despite the Gramm-Rudman-Hollings bill, US debt as a percentage of GDP more than doubled between 1981 and 1993

     

     

    1. Prezado Droubi, pensei

      Prezado Droubi, pensei extamente o que escreveu. Pelo visto não há contradições apenas no ajuste fiscal do Levy…

      1. A contradição é achar que se

        A contradição é achar que se uma política é negativa a outra será automaticamente poisitiva. E não considerar que ambas poderm estar incorretas.

        1. Nassif a política econômica não é autônoma

          A Política é uma só.

          Se for congruênte, harmônica e de qualidade, fornecerá equilibrio para o Brasil, economista é equilibrista.

          Não adianta só considerar a política econômica, têm de considerar todo o País, suas instituições, o povo e o território, sem isto não funciona. 

          Mais do que nunca o Brasil precisa de 14 ministérios e 72 secretarias harmonizadas e montadas de acordo com a Astrologia, o Tarot e a Geometria.

          1. Sillabus, geometria e tarot 101 – mundo complexo têm destas cois

            Muitos devem ficar intrigados com a minha insistência na Astrologia, no Tarot e na Geometria, como o assunto é muito complexo e deve estar pelo menos uns 5 desvios padrões acima da média do que se discute num blog, evito colocar uma argumentação mais sofisticada e consistênte. Mas que prova por A + B que o governo ganha uma musculatura, sinergismo e uma sincronicidade positiva em suas ações insofismável. 

            Mesmo assim, descobri este site onde um pesquisador Russell Kinter desenvolve um tour de force no relacionamento entre o Tarot e o Icosaedro com seu dual o Dodecaedro, uma exposição que não é a minha, mas demonstra como a natureza esta embutida nas coisas mais prosaicas e que se sofisticam ad infinitum no correr do tempo.

            Vale pela exposição e pela didática, está no capítulo 3, coloco um pequeno excerto e dou o link para os que tiverem curiosidade sobre o tema, a matemática é de colegial, mas a lógica é intricadíssima, usando uma analogia de vetores de força, que são a única maneira de produzir mudanças.

            http://www.deepmatrix.org/hermetic_geometry/chapter_3/index.php#a_likely_story

            Chapter 3: Conversely, the Twelve Also Reveals the Thirteenth

            -or-

            The Strange Congruence

             

            by R. Russell Kinter, Copyright 2015

             

            Quick Links:   Introduction        Specifics to Chapter 3  Catalog of Terminal Vector States   Seventy-eight Total   Strange Congruence  

                                     A Likely Story   Dissolve and Coagulate   Summary and Implications   Appendix A   Appendix B   Appendix C Appendix D

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            Introduction

            More Background on this System

            It is necessary to delve a little further into the “why’s” that maybe plaguing the reader, because a retort of “why not?” may not be sufficient.

            Q: What advantage does this admittedly complex system have over a simple shuffled deck?

            A: Nothing for doing readings per se, especially if time is limited. This system is an experiment at a philosophical machine in the tradition of Raymond Lull and the word “experiment” can not be over emphasized! This quote from the chapter on Tarot (pages 188-189) in P. D. Ouspensky’s book “New Model of the Universe” explains the intention of the present system best of all:

            TAROT

                   It is very interesting to try to determine the aim, purpose and application of the book of the Tarot.
                   First of all it is necessary to observe that the Tarot is a “philosophical machine,” which in its meaning and possible application has much in common with the philosophical machines that the philosophers of the Middle Ages sought and tried to invent.
                   There is a hypothesis according to which the invention of the Tarot is attributed to Raymond Lully, a philosopher and alchemist of the 13th century and the author of many mystical and occult books, who actually put forward in his book Ars Magna a scheme of a ” philosophical machine.” With the help of this machine it was possible to put questions and receive answers to them. The machine consisted of concentric circles with words designating the ideas of different worlds arranged on them in a certain order. When certain words were put in a definite position one in relation to the other for the formation of a question, other words gave the answer.
                   Tarot has a great deal in common with this ” machine .” In its purpose it is a kind of philosophical abacus.
                   (a) It gives a possibility of setting out in different graphic forms (like the above mentioned triangle, point and square) ideas which are difficult if not impossible to put into words. 
                   (b) It is an instrument of the mind, an instrument which can serve for training the capacity for combination and so on. 
                   (c) It is an appliance for exercising the mind, for accustoming it to new and wider concepts, to thinking in a world of higher dimensions, and to the understanding of symbols.

            (Reproduction of the above quote was made with permission of the work’s current copyrights owner and Dover Press)

            This system’s intention is to flesh out Ouspensky’s “Tarot as philosophical machine” idea by giving it a skeleton of regular solid geometry -a Platonic and sacred geometry- that has shared origins with the very beginnings of Perennial philosophy itself. The skeleton works together with the Tarot in an attempt to produce something greater than the sum of its parts -a synergetic leap. This “working together” is achieved by numerical congruences between the geometry and the Tarot that allows geometric features such as vertexes, faces and the Windings themselves to symbolize various cards and visa-versa. This reciprocating interchange of cards and geometry is coupled with the self-referential qualities of the Platonic solids.

            Now a common modern approach to understanding both Tarot and fortune telling in general is through synchronicity, a concept originated by the great psychoanalyst Carl Jung. From Wikipedia: “Synchronicity is the experience of two or more events as meaningfully related, where they are unlikely to be causally related. The subject sees it as a meaningful coincidence.” In order for synchronicity to occur, the events are harmonized (fitted-together) not only with each other, but also with the cognitive subject. Therefore the resulting “meaningful coincidence” can be understood as a synergetic leap resulting from the original events and the subject working together. Consequently synchronicity is a type of synergy and this system, besides being a “philosophical machine”, is inherently an amplifier for synchronistic events by incorporating its own synergetic ones.

        2. qua! qua! qua!
          Foi otima esta! E nao eh mesmo.
          As duas erradas.
          E o pior que nao existe critica interna no governo.
          Auto critica.
          Lembrei de Palocci contra Dirceu, Dilma, etc…
          e tb do economista do fmi aqui no blog.
          Kkk.
          Agora temos o Carlos. Esta batendo firme. Vamos dar corda na pipa. Vc falou q o pitaco dele ecoou. Onde em brasilia?

    2. O Levy segue uma lõgica

      O Levy segue uma lógica ortodoxza, mas é uma lógica. Da qual discordo.

      A política econômica Dilma-Guido era um monstrengo. Depois de 2013, ela aumentou os juros e apreciou o câmbio. Depois, saiu distribuindo benesses sem fazer as contas e sem obedecer a um plano de política desenvolvimentista. Pior, aumentou os gastos sem mexer nas metas de superávit. E procurou burlar as metas com pedaladas. Liquidou com o equilibrio fiscal, desorganizou a transparência das contas públicas.

      Ou seja, radicalizou errado do lado do Guido, e está radicalizando errado do lado do Levy. Pelo menos a radicalização do Levy tem método.

      1. Racionalização a posteriori

        Na verdade as váriaveis na economia mundial são múltiplas e incontroláveis, assim racionalizações a posteriori de fenômenos superveniêntes às medidas tomadas não podem ser consideradas como críticas, ninguém tem bola de cristal, um exemplo foi o preço do barril do petróleo a 50 dólares.

        Agora, se fosse eu no comando da política econômica combatendo a “inflação” mexeria na concessão dos meios de pagamentos eletrônicos (cartões de crédito) que arrecadam um imposto confiscatório do povo brasileiro em mais de 5% em todas as transações onde são meio, imposto sem contrapartida pago diretamente à banca controladora.

        Dilma, retoma para o Brasil e para os brasileiros o controle do pagamento eletrônico e derruba a inflação com uma canetada em 5% de uma vez só instântaneamente. 

        Este debate é interditado e mesmo aqui no blog ninguém têm coragem de fazê-lo, o que prova mais uma vêz que funciona e vai contra os interesses dos donos do poder mas a favor do  Brasil e dos brasileiros.

        Com isto ganhamos uma posição de força para negociar uma Selic de 0%.

      2. Falta método também na crítica

        Bom ponto, Nassif. Mas está faltando método também na crítica, pois o que está errado é a política monetária, não é a política fiscal.

        As críticas sobre o Mantega passaram  muito além da conta.

        As chamadas pedaladas foram usadas – mas como chamar de pedalada o governo utilizar o lucro da CEF, por exemplo, que é 100% do governo, para fechar as contas?

        E tudo isto está plenamente justificado, ao meu ver, pelo ano excepcionalmente ruim que foi 2014, seja pela seca, seja pela economia mundial – tem que se levar em conta que a China vinha crescendo a dois dígitos havia 30 anos e 2014 cresceu 7,4%, EUA com retomada ainda tímida e Europa completamente estacionada.

        Outro dia ainda vi uns dados que de 2010 pra cá, em média, o crescimento brasileiro só não foi maior do que o crescimento da China, da Índia e mais um ou dois países, que me falha a memória.

        O desemprego estava no menor nível histórico até o Mantega deixar o MF no final do ano passado.

        Como desconsiderar tudo isto e dizer que foi uma política econômica toda errada?

        Se você me perguntasse a minha sincera e humilde opinião, se é que ela vale alguma coisa, eu te diria:

        O problema não é que o governo radicalizou demais com a dupla Dilma-Guido. Pelo contrário: a minha opinião é que o governo não foi radical o suficiente. O governo desorganizou as contas públicas? A inflação subiu? Ótimo, era só ter mantido a SELIC lá embaixo:  com juros baixos e falta de confiança nas contas públicas, era questão de tempo para a poupança migrar da renda fixa para a economia real, tirando a economia da recessão. E o real? Com certeza ia se desvalorizar, pelo fluxo de saída de capitais – isto não é necessário nem falar que teria sido ótimo que tivesse acontecido antes.

        Ou seja, o meu único reparo foi e continou sendo a elevação da SELIC de 2013 pra cá. A falta de confiança no governo era até desejável.

        Ocorre que tinha uma eleição no meio e o governo não quis enfrentar a impopularidade de deixar a inflação estourar a meta em 2014.

        E começou a subir os juros, porque disto o MPL não entende.

        No Brasil ninguém vai pra rua por causa de juros altos, nem a Globo faz campanha contra.

        É a política.

         

    3. Tenho a mesma opinião de voce

      No futuro Mantega vai ser considerado o melhor ministro da fazenda para o povo brasileiro. Mas Dilma foi ouvir o mercado?

  5. A boa e velha armadilha keynesiana

    A conta nunca fecha e o longo prazo sempre chega, com todo mundo vivo.

    O conjunto de populismo, messianismo, megalomania e o egocentrismo aplicados em economia, dão nisso. 12 anos perdidos, em que se poderia ter investido em ganhos reais para a produtividade do país.

    Claro que os keynesianos vão colocar na conta do liberalismo a recessão deste e do próximo ano. Como sempre fizeram, aliás A falta de aprendizado dessa turma só não é maior que a cara de pau.

    Estamos ainda falando da crise de 2008, quando o mundo inteiro já está saiu dela – e com condições de produtividade bem maiores que as nossas, como estudo recente do IPEA mostrou. Mas, claro, a culpa é do liberalismo (que nunca deu as caras por aqui, nas terras onde não existe pecado do lado de baixo do Equador).

    1. Os EUA resolveram a crise de

      Os EUA resolveram a crise de 2008 com receita keynesiana: US$700 bilhões para as empresas e bancos quebrados.

      1. Verdade, mas nós estamos inovando

        Verdade, mas nós estamos inovando; nesta nossa “crise” (mais de governo que econômica), optou-se por quebrar empresas e tungar direitos do trabalhador e das viúvas, para preservar lucros de rentistas e bancos.

      2. André, eu diria que eles

        André, eu diria que eles adiaram a crise de 2008 (injetando usd 700 bilhões). Por isto o mundo está tão preocupado com o aumento dos juros do FED que vão “sugar” parte destes bilhões de volta aos bancos, reduzindo os ativos investidos nas bolsas e obrigando outros países( Brasil por exemplo ) a aumentar seus juros para não ter uma fuga de dólares…ou seja, estourando uma nova bolha

  6. Em 1 ano a divida interna

    Em 1 ano a divida interna bruta aumentou 10%.

    E por isso o ajuste fiscal.

    O problema é não se quer colocar as coisas a limpo, toda discusão sobre o gasto estatal e polarizado.

    Falta honestidade, ninguém quer perder seus privilégios, nem o empresáriado nem a nomenklatura.

    O estado brasileiro absorve muitos recursos que tem alocação por critérios politicos e não racionais..

    1. ô neide, ô jumento,ô tormento, atraso, fico pasmo com esse asno

      Oneide, ó xente, a dívida bruta aumentou 10%? De onde tirou esses números? Do mesmo lugar onde tirei que 99% dos tucanos são idiotas e um por cento são os espertos, que tiram leite de pedra, mas não tiram água de pedra, tiram votos de lugares ermos, sem população, mas não conseguem sequer tratar o esgamento sanitário de uma cidade como São Paulo, entre as grandes do mundo, a mais atrasada. Nossos números são para serem comparados com a Cidade do México e as grandes capitais africanas. Do ponto de vista da civilização, o estado de São Paulo está 100 anos atrasado.

      Sabe por quê? Porque gente como você representa o atraso, o tédio, o ódio, o fascismo, a violência, o roubo, o assalto, o estupro, o racismo, a discriminação e a enganação.

      1. Vou desconsiderar as

        Vou desconsiderar as ofensas.

        “Oneide, ó xente, a dívida bruta aumentou 10%? De onde tirou esses números? ” 

        Do tesouro nacional site http://www.tesouro.fazenda.gov.br/relatorio-mensal-da-divida

        Baixa as tabelas de fevereiro de 2015 e se desejar a de fevereiro de 2014.

         

        http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/411179/Anexo_RMD_Fev_2015.zip/6fc8653f-a2f7-4491-afc5-eef2b1946e98

        http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/113505/Anexo_RMD_Fevereiro_2014.zip

        Antes você tem que saber que o Brasil calcula de forma diferente a divida bruta.

        Mais detalhes aqui: http://www.valor.com.br/valor-investe/casa-das-caldeiras/3217532/modelo-brasileiro-para-divida-bruta-e-elogiado-e-traz-desaf

        Para ficar padrão vamos usar o mesmo método do FMI e de  outros países.

        Vai para  o anexo 2.1 vai ver que a divida publica federal em poder do publico em fevereiro de 2015 e de 2329 bilhões de reais e a divida publica bruta em poder do BC e de 1084 bilhões de reais, total 3.414 bilhões de reais. faz o mesmo com fevereiro de 2014.

        Divida publica bruta federal em fevereiro de 2015 = 3414 bilhões de reais.

        Divida publica bruta federal em fevereiro de 2014 = 3037 bilhões de reais.

        Divida publica bruta federal em fevereiro de 2013 = 2,843 bilhões de reais

         

         

         

         

         

          1. “2% e a margem de erro da

            “2% e a margem de erro da pesquisa ibope”,

            O rapaz já ficou irritado com 10% imagina com 12% e porque foi longa demais.

  7. “Para combater a inflação, a

    “Para combater a inflação, a única arma utilizada pela Fazenda é a taxa Selic. “

    Isso não mudou. Não adianta provar que não adianta, não resolve e nem direciona o problema da inflação. Mas PSDB e PT seguem, nessa área, a mesma cartilha.

     

    Agora, o Levy está se lixando para a economia real. ELe quer agradar os investidores. Era isso que o Nassif sentia falta no Mantega. Ou não?!

    1. Os bancos tiveram alguns dos

      Os bancos tiveram alguns dos maiores lucros da história na era Mantega, prezado. Desde 2011 a Selic não parou de subir.

      1. Quanto aos lucros dos bancos,

        Quanto aos lucros dos bancos, sim. Quanto à selic, ela chegou a 7,25% de nov/12 a abr/13, menor valor pós-plano real, tanto absoluto quanto efetivo, descontando-se  inflação do período. Mantega errou muito em seu período, mas este erro não é dele e, sim, de Meirelles e de Tombini e dos presidentes que os sustentaram e sustentam. E, certamente, quem piscou em abril/2013 e mudou a direção da Selic contou com o beneplácito de Dilma, tanto que está aí até hoje vendo sua política ser aprofundada por Levy.

        1. Grande feito do primeiro governo de Dilma: inflação no teto

           

          Sergior (sexta-feira, 10/04/2015 às 14:46),

          Um texto fraco de Luis Nassif que talvez esteja prensado por obrigações mil e comete essas impropriedades a torto e a direito ou talvez se devesse dizer à sinistra e à direita. De qualquer modo valeu a atenção de o corrigir a tempo.

          Sorte nossa que Luis Nassif descobriu que não vale a pena sair atrás daquele grupo de 1 milhão de pessoas que saíram às ruas no 15/04/2015, e assim ele se conteve mais e faz uns posts mais racionais. Ainda assim está cheio de equívocos, contradições e falácias.

          Agora, o juro que importa é o juro real. E quem mais bem tratou desta matéria foi Alexandre Schwartsman. Aliás não foi quem mais bem tratou, mas quem mais bem mostrou o significado do juro real foi o quadro que Alexandre Schwartsman apresentou no post dele “Derruba sim” de terça-feira, 08/04/2014, há, portanto, um ano (O texto apareceu quase uma semana antes na Folha de S. Paulo de quarta-feira, 02/04/2014) e que pode ser visto no seguinte endereço:

          http://maovisivel.blogspot.com.br/2014/04/derruba-sim.html

          Como qualquer pessoa com pouco conhecimento sobre aritmética pode concluir do quadro mostrado quanto menor o juro real maior a inflação. Assim, um dia as pessoas vão elogiar o Guido Mantega e o Alexandre Tombini por terem mantido a inflação próximo do teto da meta. Foi isso que possibilitou que a dívida pública (Em relação ao PIB, pois o PIB cresce com a inflação) não crescesse tanto no período.

          Há muito mais de bom para falar sobre o primeiro governo da presidenta Dilma Rousseff, mas na mídia para sair notícia assim será necessário alguém com muito tempo para analisar as várias medidas tomadas (Por que elas foram tomadas e quais os efeitos desejados e quais os efeitos alcançados positivos e negativos?) e com muita coragem de ir contra a corrente, principalmente levando em conta os atuais índices de popularidade dela.

          Clever Mendes de Oliveira

          BH, 10/04/2015

  8. Situação complexa

    A situação é complexa ao extremo e como sempre o lado privado é que vai pagar a conta da incompetência dos governantes. Não há seriedade no trato do dinheiro público. E o desgoverno PTista so pensa em manter o poder a custa de bolsas a torto e a direito. Quando isso custa na realidade? Num primeiro momento era necessário para que nossos irmãos abandonados pelos politicos não morressem de fome. Mas, sempre deram o peixe e nunca os ensinaram a pescar e criou-se uma escravidão bolsita de um número significativo de pessoas. As prespectivas com esse sistema de governo em vigor é a pior possivel. Os interesses são pessoais e não para a nação. falta Homens de verdade nesse comando.

  9. paradoxos do ajuste fiscal – Levy e os abutres.

    Nassif, 

    É realmente um paradoxo este ajuste fiscal, como bem colocou. Acentuando, que o baixo crescimento da economia, e a elevação da taxa de desemprego(especialmente o industrial), no médio prazo não irá pressionar a inflação a níveis incontroláveis.

    Creio mais, que a figura do Levy e seu ajiste, tenha sido uma estratégia política circunstancial, de se entregar os anéis, para não se perder os dedos.

    De outro modo, é uma pausa de reavalição, no curso da economia, para se recuperar o prestígio político erodido pela onda neofacistaliberal patrocinada pela elite, divulgada pela grande mídia, e repercutida pela oposição entreguista.

    Esta pausa, evidentemente não estava no calendário petista, mas a pressão neofa em cima do pré-sal foi tão firme, que não havia outro caminho, para aquietar os abutres.

    Mas, como bem salientou, a saída está calculada e o primeiro passo, foi o empréstimo do banco chinês à petrobrás.

    O efeito colateral de instituições em pausa e fragilizadas, vem á galope, como a votação na cãmara, do projeto da terceirização.

    Na esteira desta fragilização política, as investigações em amplos setores da vida pública, entregues a outros poderes, campeiam no vão livre da parcialidade que é irmã da injustiça e da impunidade.

     

     

    1. “… para se recuperar o

      “… para se recuperar o prestígio político erodido pela onda neofacistaliberal patrocinada pela elite, divulgada pela grande mídia, e repercutida pela oposição entreguista…”

      Faltou dizer que é a oposição entreguista é financiado pelo dinheiro privado de campanha…

      Aí vc completava a tríade, zelite, dinheiro público de campanha e democratização da mídia… que cura todos os males…

  10. Quando se começa a olhar relação dívida/PIB

    e, simultaneamente, se começa a adotar medidas recessivas que derrubam o PIB, tem-se exatamente o cenário que levou vários países da Europa para o buraco. Soma-se a isso uma taxa de juros pornográfica, dinheiro retirado da economia para encher o bolso de agiotas e a gente ainda tem que ouvir que esse ajuste fiscal, feito dessa maneira, é inevitável. Inevitável para mim é uma democracia voltada para o interesse do povo e não dos rentistas, que cobra de quem sonega impostos, inclusive do bradesco do Levy, e não passa a conta para quem já carrega o país nas costas. Se o pessoal pego na operação zelotes pagasse o que deve como qualquer cidadão zé povinho faz, parte desse ajuste nem teria que existir.

    1. Levy e os abutres – no ajuste fiscal.

      gabi,

      entendo e concordo com sua postura, em termos de repúdio ao ajuste e da direção que isto tomou e, dos desdobramentos que dele decorrerão. temos de ser vigilantes, para que não se exorbitem na dose.

      aqui do lado de fora, na arquibancada, é tudo mais simples de se resolver as coisas.

      quero ver qual o político, no Brasil de hoje e, nas circustâncias em que foi colocado o partido de sustentação da Dilma; faria algo no sentido de virar as costas aos rentistas, maltratar o mercado e, ainda, manter o país, livre de um golpe de estado, que vem sendo urdido na calada da noite, para aí sim, abolir a tenra democracia brasileira, transformando este país, num novo méxico.

      a tolerância com o capital estrangeiro( livre circulação de capitais, sonegação fiscal desenfreada, aquisição de grandes extensões de terras, incentivos fiscais, juros extorsivos, etc…) tem sido prejudicial ao país. Neste campo, há desafios que não foram enfrentados pelo PT, de forma adequada. As instituições já eram frágeis e aparelhadas antes do LULA E A DILMA assumirem o Poder, embora haja avanços inequívocos, ainda continuam perigosamente aparelhadas.

      a Dilma foi a responsável em décadas, pela menor taxa selic praticada pelos últimos governos.

      então, enquanto não houver condição política factível, para a transformação do Brasil numa democracia efetiva, sem risco de golpe e retrocesso, não há como evitar os abutres que dilapidam o patromônio público, como se fosse seu.

      a elevação do grau de organização da sociedade civil brasileira( associativismo, cooperativismo, sindicalismo, etc…) que é baixíssimo, indica um dos atalhos que nos permitirá avançar sem os ataques oportunistas dos abutres.

      1. 2015.75

        Manter o país fora da convulsão social está mais fácil do que nunca (sou um otimista incorrigível), o Ciro Gomes como primeiro Ministro e o Requião na Comunicação seguram esta onda até outubro com um pé nas costas e depois é só alegria.

        Não conto como sei, mas que funciona funciona, eu garanto.

        1. O difícil é acreditar que

          O difícil é acreditar que chegaremos vivos a Outubro (06 meses!!!)… Até lá, seremos só cinzas a continuarmos caminhando neste passo …

          1. São Guido

            Só chegamos a outubro, Anna, graças a São Guido, que deu um drible da vaca na banca.

        2. Que piada, ambos são

          Que piada, ambos são intolerantes e agressivos. Você acha mesmo que esses dois buldogues podem segurar um povo indignado???

          1. 1/3 não votou, 1/3 votou na oposição e 1/3 votou no governo

            Quem causou a indignação do povo?

            A mídia?

            O Ciro e o Requião seguram a mídia no mole.

            Sabe quando a Yellen vai subir os juros no USA?

            Acorda, meu.

          1. Chico Anysio, se vivo fosse,

            Chico Anysio, se vivo fosse, não seria uma boa ideia nessas questões; ele gostava de comer economistas.

          2. Melhor comentário do post !

            Nada como dar uma boa risada das besteiras que o André escreve. 

            Mayo, concordo com você que os aposentados não devem participar deste acerto de contas.

    2. Lembrando que grandes bancos

      Lembrando que grandes bancos encabeçam a lista. Considerando os balanços com lucros exorbitantes, além de pagarem menos imposto proporcionalmente, burlam a Receita Federal, contando com  competente assessoria tributária de recurso em recurso acabam não pagando nada…

      1. Com tres linhas e um

        Com tres linhas e um assinatura se resolvem muitos problemas.

        Porque pagar SELIC sobre depositos comupulsorios dos bancos no BC?

        Em todos os paises os bancos PAGAM ao BC para guardar o compulsorio.

        SELIC sobre compulsorio custa QUARENTA BILHÕES DE REAIS POR ANO (12.5% sobre 366 Bilhões)

  11. Cadê a CPMF?
    Originalmente

    Cadê a CPMF?

    Originalmente ela substituiria vários impostos. Acabou servindo para garantir mais um “ajuste fiscal”. E mostrou a que veio. Cumpriu bem sua função.

    Será que quando não há ajuste fiscal as coisas estão desajustadas? E quando os Estados se arrepiam em zerar os precatórios não é desajuste? Quando investimentos de saúde e segurança ficam a dever não é desajuste?

    Muito bem colocado e eu sublinho e negrito : “Desde sempre, o mercado e a Fazenda colocam a conta de juros em segundo plano, considerando-a como custo inevitável (outra falácia).”

    A CPMF não volta? Nem com a Zelotes e HSBC reluzindo e revitalizando a privataria da década de 90?

    Eu ficaria enormemente satisfeito de ver a CPMF de volta, ainda mais com esse atual presidente da câmara. Seria um belo de um cala boca nos megafones da pseuda ingovernabilidade dilmista.

    Sonhar é de graça. E não faz mal pra ninguém.

    Cadê a CPMF?

  12. Nassif,
       Novamente, vc está

    Nassif,

       Novamente, vc está criticando o ministro errado.

      Falta o Ministro do Planejamento, Ministro da Industria, Ministro da Agricultura …

      Até agora só vi Levy e Braga.

      Do Barbosa ainda estou esperando o orçamento e principalmente que ele trabalhe em algo melhor. Gostaria que ele lance um plano de melhoria da eficiencia do governo, gastar melhor.

  13. O Lula foi uma formidavel

    O Lula foi uma formidavel possibilidade do Brasil fazer diferente e definitivamente dar o salto que o colocaria entre as grandes nações do mundo.

    Originado das classes trabalhadoras guardava consigo a sensação de que sommente o trabalho possibilita a prosperidade, como a maioria dos brasileiros, criado pela familia que preza antes de tudo a honestidade e o respeito ao proximo, nem cogitava que fosse diferente, as pessoas que procuravam se dar bem na vida escolhendo o caminho mais facil era defenestrada pela familia e considerada mal exemplo.

    O trabalho a escola o crescimento e a prosperidade advindo deste conceito era o paradigma social adotado pelo homem de bem. Por outro lado o sujeito que se afastava e preferia o caminho mais facil preferindo o crime ou a contravenção era encarado como o bandido a se evitar. Mesmo porque a policia da ditadura à epoca era um forte desestimulador de quem tragredisse as leis criminais, pelo menso publicamente, porque a corrupção nos bastidores tambem corria como sempre.

       Homem do povo cresceu socialmente aprendendo nos chãos das fabricas, como metalurgico, que somente a produção e as metas de fabricação possibilitariam melhores condições de vida e prosperidade social, tanto para o empregado como para o patrão.

    O patrão não era o inimigo a ser combatido e sim o aliado a ser seguido.

    Acontece… que desde o inicio da industrialização uma ameça incipiente rondava este chaão das fabricas. A especulação financeira e os banqueiros nasceram como inimigos naturais dos velhos pioneiros que somente conheciam e adotavam o trabalho e a produção como legitimas e fidediganas formas de prosperidade social.

    Desde o incio da era industrial no mundo, a velha richa entre o trabalho e a especulação exibiu contornos dramáticos. O industrial via o especulador como paria social e o especulador de sempre encarava com desdém o industrial que se emparelhava com os operários nas fabricas.

    A especulação e a monarquia até hoje encaram o trabalho como algo indigno de sua grandeza.

    Infelizmente a especulação saiu-se vitoriosa, sufocando com a força produtiva das nações e fazendo com que a miséria prevalecesse.

    A ascensão do Lula foi a oportunidade perdida de atenuar com esta realidade.

      

     

    Logo após a ditadura as forças progressistas estavam alinhadas de certa maneira, coisa que durou pouco tempo, prevaleceu os interesses políticos partidários, a luta então se travou entre aqueles que almejavam o poder que os militares abandonaram, logo após a anistia.

    Acontece que a falta de experiência administrativa e gerencial do Lula falou mais alto em detrimento de sua disposição de utilizar os parcos conhecimentos empresariais fruto da sua convivência com os empresários de seu tempo. O que falta para os teóricos e os economistas que em ultimo caso são os que verdadeiramente ditam os rumos das politicas econômicas adotadas é exatamente esta convivência com aqueles que efetivamente geram riqueza e produtividade. Os teóricos e os economistas estão muito mais alinhados com o rentismo do que com a produção.

    Eis o busílis da questão.

    Qdo se fala em mercado interno é exatamente a tentativa de tornar evidente de que a única solução para se conseguir um cenário econômico a melhor forma de se combater a inflação é manter um mercado estável onde exista harmonia entre a produção e a demanda. É tão simples não tem outro caminho, a melhor forma de se combater a inflação é manter um mercado estável onde a oferta e a demanda estão em harmonia. Simples é a formula, difícil é a sua implantação, principalmente no Brasil onde interesses conflitantes, nem sempre éticos estão em constante embate. E quem acreditaria que se poderia contrariar os interesses das bancas internacionais que retiram montanhas de capital do Brasil efetivamente.

    O equivoco da gestão petista foi considerar que apenas o consumo seria suficiente para turbinar de vez a economia, esquecendo os fundamentos econômicos que verdadeiramente possibilitam voos mais longo, o que se conseguiu foi um triste voou de galinha, a bolha de prosperidade durou pouco.

     

  14. Confiabilidade Financeira – Déficit x Inflação x Estabilidade

    Para recuperar a credibilidade financeira, embora o problema maior atualmente seja político, busca-se reduzir a relação dívida pública/PIB. Isso depende bastante do resultado nominal, não apenas do resultado primário, dado o patamar dos juros domésticos vigentes no Brasil. Melhorar o resultado nominal depende muito da redução da taxa Selic, já que a dívida doméstica do TN, que é a relevante, é em boa parte totalmente indexada e mesmo a prefixada é muito afetada pela Selic de curto prazo, pois a ponta puxa toda a curva. O Copom do BC, portanto é preponderante nessa questão, mas como reduzir a taxa Selic com um quadro de inflação que causa ainda problemas maiores de confiabilidade, além de concentrar fortemente a renda, pois o mais pobre não tem sobras líquidas para indexar seus ativos?

    Uma solução para compensar a redução da taxa Selic seria impor medidas microecononômicas para travar o crédito, como imposição de menores taxas de Loan-to-Value ou maiores Fatores de Ponderação de Capital ao crédito, reduzindo a alavancagem bancária. Mas há a questão da estabilidade do sistema financeiro, que precisa gerar retorno, dar lucro na média, uma quebra de confiança do sistema financeiro acarretaria problemas gravíssimos ao país. E também temos uma economia bastante indexada que empurra a inflação para níveis de inércia, iniciado com a remuneração obrigatória da poupança por D. Pedro II em 1860 a 6% a.a. na ocasião e posteriormente acrescida por uma série de indexadores criados para permitir a captação de longo prazo doméstica, como a ORTN na década de 1960.

    É necessária uma reforma financeira que contempre a redução paulatina das indexações e também uma avaliação quantitativa dos ajustes microeconômicos citados em substituição aos ajustes macroeconômicos impostos na taxa Selic, integrando a análise de sensibilidade e contágio no SFN com a mitigação da inflação, este sim, o grande problema histórico do Brasil que o Plano Real veio resolver, mas que não exterminou, já que o brasileiro classe média p/ cima não entende a inflação como imposto, já que consegue indexar parte dos seus ativos.

  15. Dilma escolheu Levy para deixar o mercado é refém dele

     

    Droubi (sexta-feira, 10/04/2015 às 09:09),

    Se a presidenta Dilma Rousseff fosse corrigir todas as besteiras que o Joaquim Levy já disse e ainda vai dizer, ela não tinha tempo de governar. O Joaquim Levy é da Universidade de Chicago. Qual foi o grande líder ou condutor de política pública que a Universidade de Chicago já produziu? Os chicago’s boys? Bem, eles foram trabalhar para o golpe no Chile. Prestaram serviço mas a quem eles prestaram revela o que eles são e é o que fica na história. Sem esquecer que o próprio serviço que prestaram tem muitos furos. Um pouco mais sobre porque não se deve esperar muito da turma da Universidade de Chicago pode ser visto aqui no seguinte endereço:

    http://krugman.blogs.nytimes.com/2015/02/28/empire-of-the-institute/

    Trata-se do post “Empire of the Institute” de fevereiro, 28/04/2015 às 02:42 pm de autoria de Paul Krugman em que ele compara o MIT com a Universidade de Chicago no que diz respeito a economia política.

    Bem, a presidenta Dilma Rousseff chamou o Joaquim Levy por vários motivos. Uma porque não dava para ela fazer o que o Joaquim Levy faz, utilizando do Guido Mantega. Segundo porque o Joaquim Levy já conhece o PMDB do Rio de Janeiro. E terceiro porque ela precisava de uma política econômica que a ajudasse a enfrentar a desejada desvalorização do dólar quando a desvalorização viesse não porque ela fosse desejada e fosse buscada como foi o que ocorreu durante o primeiro governo da Dilma Rousseff, mas porque a desvalorização ocorreria por injunções do mundo submetido ao dólar. Um bom texto sobre isso é o post “A nova bolha, por Luiz Gonzaga Belluzzo” de sábado, 04/04/2015 às 18:54, aqui no blog de Luis Nassif com a reprodução do artigo “Anova bolha” de Luiz Gonzaga Belluzzo saído na Carta Capital e que pode ser visto no seguinte endereço:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-nova-bolha-por-luiz-gonzaga-belluzzo

    Então as declarações sobre confiança do Joaquim Levy não tem a menor relevância. O que é relevante é que com o dólar valorizado não dava para fazer a política de Guido Mantega que significava uma espécie de QE nosso feito com inflação elevada. Com a política de Guido Mantega o Brasil fez a desvalorização possível e às duras penas. Era uma política que precisava de muito mais habilidade do que simplesmente cortar gastos e aumentar receita.

    Só que agora, a presidenta Dilma Rousseff precisa de quem corte gastos e aumente receita. Seria uma tarefa inglória se fosse atribuída a Guido Mantega. Não só não é o perfil de Guido Mantega, como a capacidade de convencimento dele seria provavelmente nula diante do histórico dele. Assim a presidenta Dilma Rousseff arrumou uma pessoa preparada para fazer essa mudança como pretende fazer isso em cima dos que a criticaram pela política anterior. E o Joaquim Levy é a melhor pessoa para essa empreitada.

    Está todo mundo falando que a presidenta Dilma Rousseff é refém de um e de outro, que ele abdicou do governo e etc. e tal, mas pode perguntar a qualquer brasileiro se ele não gostaria de estar lá no lugar dela. E olha que ela é presidenta por um partido de esquerda que teve em uma Câmara de 513 deputados pouco mais de 100 votos. Quer dizer em um país em que a esquerda é minoritária, uma pessoa de esquerda é presidenta do país. E mesmo sendo acusada de refém de todo mundo, consegue colocar um ministro da Fazenda contra quem o mercado não pode fazer nada.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 10/04/2015

    1. Três acertos: no título, no endereçamento e no dólar

       

      Droubi (sexta-feira, 10/04/2015 às 09:09),

      Talvez pela pressa, eu tenha cometido alguns erros no meu comentário anterior para você enviado sexta-feira, 10/04/2015 às 10:17.

      Primeiro o título que dei ao meu comentário depois de muitos consertos acabou ficando com um “é” a mais. A idéia era apenas dizer que o mercado é refém de Joaquim Levy.

      E no texto eu me equivoquei com a seguinte frase que já a transcrevo corrigida a seguir, alterando desvalorização do dólar por valorização do dólar:

      “[A presidenta Dilma Rousseff] precisava de uma política econômica que a ajudasse a enfrentar a desejada valorização do dólar quando a valorização viesse não porque ela fosse desejada e fosse buscada como foi o que ocorreu durante o primeiro governo da Dilma Rousseff, mas porque a valorização ocorreria por injunções do mundo submetido ao dólar”.

      Provavelmente quando fiz o comentário eu pensei em dizer “a desvalorização do real diante do dólar” e na pressa omitir a referência ao real.

      E o mais importante é que eu pensei ter enviado o comentário diretamente para você junto ao seu comentário de sexta-feira, 10/04/2015 às 09:09, mas acabei esquecendo de acessar o “responder” do seu comentário.

      Agora, a essência do meu comentário é criticar você por você ter dito o seguinte:

      “O Mantega resolveria este problema com suas chamadas “pedaladas””.

      Primeiro há a dubiedade do possessivo suas. Haveria dois entendimentos: 1) “O Mantega resolveria este problema com as chamadas “pedaladas” dele” ou 2) “O Mantega resolveria este problema com as por você chamadas “pedaladas”” (Por você se referindo a Luis Nassif). Esta discussão, entretanto, é um preciosismo irrelevante aqui.

      Eu chamo atenção para a sua frase e a critico porque você pressupõe que a economia deve ser sempre administrada do mesmo modo.

      Se tudo tivesse dado certo para Guido Mantega ele não precisaria ser substituído. Só que tivemos primeiro a seca no oeste americano que reduziu a possibilidade de desvalorização do real em 2012. E de tudo o pior foi a reversão dos investimentos no terceiro trimestre de 2013. A reversão dos investimentos atingiu o PIB e na sequência o crescimento econômico perdeu o ímpeto. Com um nível de crescimento econômico maior em 2013, a receita seria maior, as pedaladas poderiam ser menores e o país teria enfrentado o ano de 2014 com mais naturalidade.

      Exatamente diante da perspectiva pela volta de crescimento nos Estados Unidos o que levaria a redução no QE e, portanto, ao início da valorização do dólar, o ano de 2014 era imaginado como um ano problemático. No início de 2014 houve a primeira corrida contra as moedas dos emergentes. Em razão disso todos os países emergentes tiveram que aumentar o juro. A reação dos Bancos Centrais dos países emergentes foi um tanto atabalhoada e cada país reagiu de modo diferente, mas em geral com elevações bruscas da taxa de juros. O Brasil foi um dos poucos países que permaneceu na mesma cadência que havia iniciado em abril de 2013.

      Não houve divulgação na mídia e também não há muito mérito em ser elogiado por um blog do Financial Times, mas poucas pessoas sabem que em 03/02/2014 no blog Beyondbrics foi publicado o post “EM central bankers: guiders, reactors and Mavericks” em que a atuação do presidente do Banco Central do Brasil era considerada como de liderança entre os Bancos Centrais de países emergentes. O endereço do post “EM central bankers: guiders, reactors and Mavericks” é:

      http://blogs.ft.com/beyond-brics/2014/02/03/em-central-bankers-guiders-reactors-and-mavericks/

      Em uma situação fiscal melhor como resultado de crescimento econômico maior e menores esforços do governo para aumentar a demanda talvez não fosse necessário uma mudança brusca nas contas fiscais, mas como o crescimento econômico foi contido com a mudança brusca de ritmo na economia no terceiro trimestre de 2013, não houve alternativa ao governo senão mudar a política fiscal. Na nova realidade as pedaladas são ruins para economia.

      Assim, o que resta a você e ao Luis Nassif é combater a elevação do juro. Sim, é ruim a elevação do juro na medida que o juro maior inibe o investimento (de imediato tem um bom efeito anti inflacionário na medida que desova estoque), aumenta a poupança e, portanto, reduz a demanda. Só que há dois problemas que recomendam o aumento do juro. Um é o problema político. Inflação mais alta tem a seguinte leitura no mundo inteiro: a inflação mais alta é fruto de corrupção do governo. O povo, incluindo o pequeno empresário veem a inflação como um conluio entre o grande empresariado e o governo. Assim politicamente todo governo deve fazer muito esforço para combater a inflação pois assim aos olhos do povo se estará combatendo a corrupção.

      Essa é uma realidade que mesmo se se demonstrasse que a corrupção é muito maior com uma inflação mais baixa ninguém acreditaria. E quando há escândalos de corrupção o esforço para reduzir a inflação deve ainda ser maior.

      Quando o escândalo do mensalão apareceu na mídia, eu, conversando com um vendedor de bolos e pizzas, perguntei o que ele achava daquele escândalo todo? Ele respondeu: podem dizer o que quiserem, mas lá no CEASA o preços diminuíram.

      E o segundo problema é a desvalorização do real. Ela tem que acontecer, mas não pode ser muito forte para desorganizar a economia. E um mecanismo para esse controle é o juro mais elevado. Foi a elevação bem antecipada do juro em abril de 2013 que permitiu que o Banco Central fosse considerado como um banco líder entre os bancos centrais dos países emergentes.

      E por fim vale enfatizar alguns defeitos apontados por você sobre a taxa de juro. Talvez o juro mais alto seja uma das razões para a concentração de renda e também para o crescimento da dívida pública e aparentemente há relação entre estas duas variáveis. E não é por outra que de 81 a 93 a dívida pública aumentou e também aumentou a concentração de renda no mundo e por coincidência diminuiu a inflação no mundo e, portanto, muito provavelmente a regra seja “a inflação é o melhor tributo pois ela incide sobre a renda dos mais ricos”. E aqui deve-se lembrar que a dívida pública americana que no fim da segunda Guerra Mundial era de mais de 100% do PIB alcançou no final da década de 70 cerca de 30% do PIB, exatamente porque no período a inflação ganhava dos juros.

      Bem fiz essa crítica ao juro elevado reforçando a sua crítica e a de Luis Nassif para agora poder fazer o elogio ao juro alto além da questão do combate à inflação sob o aspecto político e de se evitar a desvalorização desorganizada do real. Primeiro faço um aparte para dizer que a melhora na distribuição de renda pode ser conseguida com políticas públicas favoráveis as camadas mais pobres. Uma medida importante é não deixar enfraquecer o polo do trabalhador na relação de emprego. Uma das causas da piora da distribuição foi a precariedade das relações de trabalho.

      E o juro mais alto significa aumento do déficit público. Ora, o déficit público é um instrumento de catapultar o crescimento econômico. A Selic maior vai proporcionar maiores ganhos para os fundos de pensão que são hoje grandes investidores. Então, o juro alto é fator que favorece os grandes investimentos em infraestrutura no Brasil.

      Clever Mendes de Oliveira

      BH, 11/04/2015

  16. Esquerdista de extrema direita

    Dilma está quae entrando para a história como  pior governante de esquerda deste país. Alias só se for esquerdista de extrema direita. O que falta à Dilma para entrar para o PSDB? Só faltaria entregar a Petrobrás à Chevron, e abrir o Brasil À ALCA?

    De qualquer modo tomei a minha decisão. Em 2018, no segundo turno ( se houver segundo turno) só votarei no PT se tiver algum nome de verdade na candidatura, como o Lula. Sempre fui contra o voto em branco, mas estou revendo meus conceitos.

    Chego a me sentir culpado de ter votado em Dilma, pois percebo que elegi uma candidata neoliberal para o cargo.

    1. A ALCA foi uma proposta do

      A ALCA foi uma proposta do governo Clinton que já foi cancelada pelo Congresso dos EUA há mais de doze anos

  17. Bom, ficar sempre repetindo a mesma coisa… cansa

    Então vou só reproduzir um trechinho da conversa do Nassif, que pra mim sintetiza boa parte dos outros parágrafos, senão a totalidade:

    “Em suma, só medidas que afetam a economia real, empresas, trabalhadores e programas sociais, preservando os benefícios do mercado.”

    Ainda num post recente, creio que no dia de ontem, perguntava eu:

    Somos um “banco”, ou um País?

    Obrigado pela resposta, Nassif.

  18. Crise da crise? Socorro.

    Gente, avisa o nassif que está havendo uma crise da crise. Terrivel. O dolar recua, internet gratis, mais um p.a.c.e, incrivel, ação da petrobras explode e a produção de petroleo também. o lava jato inocenta o pt, deefinitivamente.

    Acho que vou para miami.

    Melhor, maracangalha. Alguem sabe onde fica?

    1. Pela imbecilidade e

      Pela imbecilidade e provocação lembra o troll Coelho, de BH. Será que foi bloqueado?

      Infeliz, não tem vergonha de entrar em um blog frequentado por pessoas adultas para fazr provocações infantis?

    1. Sensacional o vídeo, uma paródia de primeira

      Trás uma versão midiática simplificada do que aconteceu, mas a corrupção e a roubalheira realmente existiram.

      Que se apure os culpados e se os puna.

      Doa a quem doer.

  19. Não temos projeto de governo,

    Não temos projeto de governo, mas a conjunção (não confundir com a corrupção) do Banco Central, Fazenda e Planejamento, baseados em situações do governo e outros casos – quem diria – se aproximam a ensinar uma sequência da Ciência da Economia. 

    O Banco Central faz pesquisas de preços escolhidos, formula sua aplicação prática para o mercado do consumo ultrapassar o limite da meta de inflação; o COPOM aumentará a Selic para preencher e articular a inflação com os bens financiáveis, e estes começam a andar com os aumentos dos juros.

    Esta doutrina irá perfazer todas as fases do processo capitalista; contando com o propósito do Planejamento reduzir o crédito já inviabilizando investimentos; e a Fazenda, em tese, consiga aumentar o superávit primário que deteriora o orçamento público, o qual apresentará indicadores paralelos aos resultados para a austeridade. 

    Os paradoxos que os economistas e agentes do mercado passam em duplas ou alternativas em si opostas, aos olhos da sociedade, deriva de regra econômica programada para o ajuste fiscal levar o desemprego à recessão.  

    A apreciação do câmbio e a relação da taxa de juros, no acabamento do estudo acima traçado, visa sufocar o projeto de bem estar do PT – que foi conseguido pelas transformações socialistas com os bancos nacionais, ou seja, o país deve descartar o progresso ilegal que foi feito fora do investimento externo imperialista.

    A exemplo dos interpretes da especulação financeira, a baixa dos preços das commodities internacionais, que são manipuladas pelas grandes empresas americanas, balançam a confiança do empresariado na economia, e vale a afirmação de que o Brasil – desprovido de valor da mais valia – irá se voltar para um novo crescimento só a partir de 2016. 

    Graças à política neo-liberal, o fundo do poço, em termos de influência do método de privatização, começa a aparecer na forma de leilões do pré-sal da Petrobras.

    Submetidos ao arremate final, se deduz que a área econômica do governo venda outros bens estatais (vinculados aos recursos) antes liberados para os banqueiros, pois, eles são herdeiros sociais dos cartões de crédito e dinheiro digitais que sugam o valor interno da produção.

  20. O Ministro Levy perdeu um boa

    O Ministro Levy perdeu um boa oportunidade de mostrar personalidade. Em Goiania hoje, num evento do agro, pediram para ele tirar a gravata, ele relutou e com muito constrangimento acabou tirando. Deveria dizer para o imbecil que dirigia o evento:

    “”O sr.pode ficar pelado, eu sou o Ministro da Fazenda e não vou tirar a gravata, na minha roupa mando eu.””

    Pequenas coisas marcam posição, postura, personalidade, um Ministro da Fazenda não pode ser comandado por um

    engraçadinho qualquer.

    Fico imaginando alguem mandar o Delfim tirar a gravata em um evento publico.

    1. Deve ter sido um

      Deve ter sido um representante do mercado ou do agronegócio que pediu, são os verdadeiros patrões dele então tem que obedecer. Se fosse um trabalhador ele mandaria o cara ir procurar um emprego, pois ia ser ‘cortado’

  21. Todo o esforço da Fazenda

    Nassif disse: “Todo o esforço da Fazenda mira o superávit primário (receitas menos despesas excluindo juros) de 1,2% do PIB. Para tanto a Fazenda vem procedendo a cortes pesados no orçamento e a ajustes de preços represados, como tarifa de luz e combustível, pressionando a inflação. Em suma, só medidas que afetam a economia real, empresas, trabalhadores e programas sociais, preservando os benefícios do mercado.”

    Se considerarmos cada coisa (a que significa apreender a sua causa primeira), fazer a série acima seja o propósito da geração de corrupção e não o propósito dos princípios de qualquer mudança econômica.

  22. Aumento da demanda agregada

    Com a atual correção da taxa de câmbio haverá um aumento da demanda agregada, primeiro com o aumento em reais das exportações, depois com a substituição de parte das importações pela produção nacional, e mais tarde com o aumento na exportação de manufaturados.

    A correção da taxa de câmbio também permite a redição do inventivo fiscal praticado no momento em que o dólar estava abaixo dos R$ 2,00.

    Para estabilizar a taxa de câmbio no atual patamar, o BACEN terá reduzir os juros da Selic, caso contrário haverá uma queda significativa do dólar no Brasil, no momento em que se confirmarem ou aumentos das exportações de manufaturados e a redução dos importados, bem como no aumento da produção de petróleo.

    O aumento da demanda provocada pela correção da taxa de câmbio, mais do que compensará a redução da demanda provocada pelo atual aperto fiscal.

    Com a estabilidade da taxa de câmbio, haverá também uma maior estabilidade dos preços internos, o que permitirá a redução dos juros da Selic para evitar uma nova valorização do real diante do dólar.

  23. Essa política econômica não

    Essa política econômica não funciona. A inflação de custo, sazonais e indexados vai ocorrer com juros gigantescos ou não. Em suma, a economia se deprime e a inflação permanece. Consertar o lado fiscal tem seus limites, os serviços públicos já são péssimos no país e como o governo não pode cortar todas as vantagens dos aliados pois estes exigem ministérios, emendas parlamentares e cargos comissionados para os amigos, fica uma reforma meia boca. Investimentos importantes deixam de ser feitos, custeio mínimo para qualidade dos serviços públicos é afetado e nada de crescimento pro país. No médio prazo os empresários se acostumam a ganhar com o rentismo e não produzem e assim o círculo se retroalimenta.

  24. Para que temos tantas reservas afinal??

    Requerimento de legislação para atenuar a crise econômica brasileira

     

    (Cópia da carta enviada ao presidente da câmara dos deputados, Deputado Eduardo Cunha em Fevereiro…)

     Boa noite, Presidente, Tem algo que me incomoda muito na crise econômica brasileira e no seu diagnóstico.Um país que fez por 15 anos superávits primários acima de 2,5%/pib e acumulou US$ 375 bilhões em reservas cambias não tem um problema primordialmente fiscal e de financiamento da divida soberana doméstica ou externa (os problemas são outros, mas isto é uma conversa bem mais longa).Uma forma de deixar isto claro para os agentes econômicos seria através do uso de parte das reservas cambiais para recomprar toda a dívida externa soberana emitida em moeda e/ou jurisdição estrangeira (por volta de US$ 40 bilhões).  Alguns benefícios evidentes seriam: 1) A queda do nível do chamado “risco Brasil”. Este é derivado dos níveis de preços negociados nos títulos da dívida externa do Tesouro Nacional. Sendo resgatados, os títulos residuais seriam negociados a valores substancialmente mais altos. 2) O rating das agências de avaliação de crédito são determinados diferentemente para a dívida em moeda local e em moeda estrangeira. As obrigações em moeda estrangeira são naturalmente mais arriscadas do que aquelas emitidas na moeda soberana. A extinção da dívida externa pública tornaria irrelevante a classificação de risco da dívida externa. 3) Provavelmente parte relevante do capital hoje alocado em títulos do tesouro nacional seriam redirecionados para títulos de empresas privadas brasileiras, estimulando a captação externa e aliviando a grave situação financeira de várias destas empresas.  4) O Ministro Levy tem exposto como meta principal de sua politica a redução da divida bruta do tesouro. Usando as reservas internacionais para recompra da dívida externa a divida bruta cairá na mesma proporção desta recompra. 5) As reservas rendem perto de 0,10% ao ano enquanto que o passivo externo nacional “paga” perto de 2,5% ao ano. Esta recompra seria economicamente lucrativa para o Tesouro Nacional. 6) Parte relevante da dívida externa é de propriedade de investidores brasileiros com recursos no exterior. Eles tem o privilégio de receber remunerações atraentes dispondo de farto conhecimento dos riscos envolvidos. Na ausência desta alternativa de investimento provavelmente muitos investidores procurariam alternativas de investimento na economia real do Brasil. 7) Dívida soberana emitida em moedas e/ou jurisdição estrangeira é foco recorrente de crises nos países em desenvolvimento, além de atentar contra a soberania econômica. Como hoje não há qualquer necessidade econômica de financiar o orçamento federal através de dívida externa, a soberania é subtraída sem oferecer nenhum benefício em troca. Parece-me ofensivo à nação que a gestão da dívida externa esteja sob responsabilidade de funcionários sub-alternos do Tesouro Nacional, que jamais levam em conta as implicações políticas e mesmo econômicas de seus atos. Neste sentido, parece-me oportuno uma intervenção do congresso nacional no sentido de limitar os graus de liberdade do poder executivo na gestão de endividamento externo, primeiro através de uma legislação genérica colocando impedimentos rígidos ao endividamento externo em quaisquer circunstâncias, e em segundo lugar, oportunisticamente, obrigando o executivo a implementar um programa consistente de extinção, na medida do possível, do montante existente em dívida mobiliária externa. Grato! 

     

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