Professores protestam contra reorganização do ensino em São Paulo

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Elaine Patrícia Cruz

Da Agência Brasil

Professores da rede pública de ensino de São Paulo participam, neste momento, no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, de uma assembleia e uma manifestação contra o projeto do governo estadual de reorganização do ensino. Os organizadores estimam a presença de 20 mil pessoas.

A Polícia Militar não divulgou uma estimativa sobre o número de participantes, mas informou que o ato transcorre de forma pacífica e que, neste momento, a Avenida Paulista encontra-se fechada no sentido Consolação. Os manifestantes pretendem seguir em caminhada até a Praça da República, onde está localizada a sede da Secretaria de Estado da Educação. O protesto tem apoio de movimentos estudantis.

No último dia 6, o Ministério Público de São Paulo instaurou inquérito para civil para avaliar a reorganização da rede estadual de ensino em unidades de ciclo único e as implicações decorrentes dessa medida para milhares de estudantes.

Em nota, a Secretaria de Estado da Educação informa que consolidou o estudo de reorganização de sua rede de escolas, que prevê a criação de 754 unidades atendendo a apenas um ciclo de ensino e focadas em uma única faixa etária. Com isso, 94 escolas estaduais de São Paulo serão fechadas e destinadas a outras atividades educacionais. “Cabe destacar que a reorganização é um processo contínuo e duradouro, realizado com responsabilidade e transparência”, diz  a nota. A secretaria estima que a medida terá impacto na vida de 311 mil alunos, que terão de ser realocados para outras unidades.

A partir do ano que vem, 2.197 escolas em todo o estado (43% do total) passarão a funcionar no novo modelo. Serão abertas 2.956 classes, hoje ociosas, e haverá uma diminuição de 18% de escolas de dois segmentos, passando de 3.209 para 2.635, informou a secretaria. “O momento é propício para mudanças, e elas são necessárias. O rol de prédios construídos nos últimos anos atende a uma população que diminuiu consideravelmente e, por isso, é possível que agora entreguemos escolas melhores, focadas em ações pedagógicas para cada etapa do ensino”, disse o secretário da Educação, Herman Voorwald.

A partir de hoje, as mudanças propostas pela secretaria poderão ser consultadas no site www.educacao.sp.gov.br/reorganizacao. Nesse site, poderá ser consultada a situação de cada escola do estado. Segundo a secretaria, os pais também serão informados sobre as mudanças por meio de cartas e pela internet.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

5 Comentários

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  1. 30 das 94 escolas que

    30 das 94 escolas que fecharão em são paulo tem um desempenho acima da media no IDESP. e 15 delas já funcionam com apenas um ciclo de ensino. qual é o criterio para se fechar escolas??

  2. Reorganização?

    alguém me empresta um dicionário tucanês-português para que eu possa entender a diferença entre “reorganização do ensino” e “precarização da educação mediante fechamento de escolas”?

  3. Escolas

    Tem muitas escolas em SP, está muito difícil organizá-las… Ah, então fecha um monte delas !!!! Essa é a política educacional no tucanistão !!!

  4. Essa blogosfera progressista…

    Parabéns à blogosfera progressista por cobrir os problemas das escolas Paulistas e Paranaenses.

    É uma pena que esse empenho não se aplica ao sistema federal… que ficou 4 meses em greve mas não mereceu uma notinha sequer neste site.

     

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