TCU alerta: país pode ficar sem transposição e mesmo sem o próprio São Francisco

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Por Edson Luiz

Do Fato Online

Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) acionou um alerta: o programa de transposição das águas pode gerar sérios comprometimentos ambientais ao rio São Francisco. De acordo com o relatório, obtido pelo Fato Online, auditores do TCU constataram uma série de irregularidades e negligencias no PRSF (Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco). Mesmo antes de concluída a obra de transposição, os técnicos já perceberam, por exemplo, que a vazão do Velho Chico, como é chamado, e de seus afluentes, pode estar sendo reduzida por causa da erosão das suas margens. 

O PRSF faz parte do projeto de transposição do rio e tem como meta realizar ações voltadas para a sustentabilidade socioambiental. Em 2011, em outra vistoria, o TCU já havia constatado diversas falhas na execução do programa. E pediu providências. Quatro anos depois, porém, pouca coisa mudou.

É no São Francisco que o governo executa uma de suas principais obras. A transposição das águas do rio, que corta os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, numa extensão de 2,7 mil km, é vista como uma solução para as secas constantes no Nordeste. Para acompanhar o empreendimento, o governo desenvolveu um programa para a recuperação das áreas degradadas, a conservação e uso racional dos seus recursos naturais e hídricos, a sua despoluição, entre outras coisas. E, desde 2001, esse projeto vem sendo acompanhado pelo TCU.

Recomendações não foram cumpridas

Em 2011, durante uma auditoria, o tribunal encontrou diversas irregularidades, e em nova inspeção, no final do ano passado, constatou que pouco mudou. “O monitoramento realizado pela Secretaria de Controle Externo da Agricultura e do Meio Ambiente apresentou resultados que merecem atenção deste Tribunal, em especial pelo fato de que o MMA (Ministério do Meio Ambiente) e a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba) não cumpriram de modo satisfatório nenhuma das recomendações”, diz o relatório, se referindo à auditoria feita há quatro anos.

O documento aponta diversas irregularidades. Mas uma delas é a mais preocupante. “O cenário apresentado no monitoramento demonstra que as medidas recomendadas pelo TCU (em 2011) não estão sendo implementadas”, afirma o ministro relator, Augusto Nardes, o mesmo que sugeriu as rejeições das contas do governo da presidente Dilma Rousseff por causa das pedaladas fiscais. “Tal fato se faz gravoso quando a própria Agência Nacional de Águas divulga que a bacia do São Francisco vem sofrendo condições hidrológicas que estão prejudicando os reservatórios da bacia”, observa o ministro, acrescentando: “Segundo a equipe (do TCU), existem indícios de que a vazão do Rio São Francisco e de seus afluentes, pode estar sendo reduzida, entre outros motivos, pelos processos erosivos que têm provocado o assoreamento e rebaixamento do lençol freático”.  

No relatório, o ministro Augusto Nardes avalia que continua pendente a elaboração de indicadores de desempenho capazes de medir a efetividade das ações voltadas à recuperação e ao controle de processos de erosão no Programa de Revitalização do São Francisco. “Dessa forma, se faz oportuna a sugestão para que o Ministério do Meio Ambiente apresente um conjunto de plano de ações, com o detalhamento contido em seu relatório de fiscalização para que o potencial problema da erosão da bacia não se transforme em verdadeira agressão ao meio ambiente e à população local”, observou Nardes. O relator também alertou aos gestores de que o não cumprimento das determinações do TCU pode acarretar em multas.    

O Programa de Revitalização do São Francisco tem projetos para garantir alternativas econômicas, principalmente para os ribeirinhos. Um deles, o que oferece sementes e mudas de árvores frutíferas, tinha soluções pontuais. Assim como os mecanismos para incentivar os moradores locais a recuperar e preservar as margens do rio, suas nascentes e encostas, também não foram executados a contento pelo governo, segundo o relatório do TCU.

O TCU apontou, ainda, que recursos destinados à manutenção dos CRADs (Centros de Referência em Recuperação de Áreas Degradadas) também foram reduzidos. “Para uma melhor dimensão de análise dessa questão, apesar de o gestor ter afirmado a prioridade do projeto, os orçamentos para cada CRAD previstos para os anos de 2012 a 2015, em valores aproximados de R$ 300 mil ao ano, foram contingenciados em 50%”, observa o relatório.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

54 Comentários

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  1. Sabia

    a insistência do JN em relação a seca no São Francisco fazia prever que algo estava sendo preparado para ir na jugular da Transposição. Agora depois das pedaladas dar trela a relatórios do Nardes é simplesmente uma brincadeira.

    A transposição é uma ação fundamental para esse governo e para Lula na região.

    E dá-lhe o: QUE SE DANE OS QUE IRIAM SE BENEFICIAR.

    PS: mais uma vez lá vamos nós nesse imbroglio sem que todos sejam ouvidos.

  2. O tribunal de contas da união

    O tribunal de contas da união está especializando -se em tudo. É incrível como o país continua a gastar dinheiro com essa gente desocupada.

    A obra de transposição do São Francisco é um projeto arrojado e nenhum dos fatos apontados pelo TCU apresenta qualquer índice comprobatório.

    É sabido e notório que o país atravessou um forte período de sêca ,este sim o responsável pela redução da vazão,não do São Francisco,mas praticamente dde todos os rios do país.

    Assim como a copa do mundo,as olimpíadas,o mais médicos,o minha cas minha vida,o ciência sem fronteiras,o FIES,a refinaria Abreu e Lima, o comperj,entre outros, a obra  de transposição do São Francisco,está incluída entre as grandes realizações dos últimos 13 anos de governo e,como tal,precisa ter sua magnitude reduzida,já que estes mesmos,apesar de todos os esforços,não conseguiram evitar que ela acontecesse.

    O ministro relator faria melhor se explicasse sobre as relações de seu filho com as empresas e obras äuditadas”pelo TCU.

    1. Especializando se em tudo…

      Especializando se em tudo…  FORA DA AREA DELES!

      Note isso, por exemplo:

      “Mesmo antes de concluída a obra de transposição, os técnicos já perceberam, por exemplo, que a vazão do Velho Chico, como é chamado, e de seus afluentes, pode estar sendo reduzida por causa da erosão das suas margens”

      Desde quando cabe a tcu e seus “tecnicos” fazerem projecoes futuras?!?!

      Tucanada fdp, isso sim.

      1. Condicional

        “pode estar…”

        Sempre com um conveniente condicional como preservação futura a uma profecia não cumprida.

        O uso de condicionantes é uma constante em quem não tem a absoluta certeza na sua sentença…

  3. Mais uma

    Mais uma afirmação tendenciosa. Não sei se dos “técnicos” ou de quem procura desviar o foco da questão. O problema do São Francisco é velho, NADA tem com a transposição e localiza-se quase todo antes da barragem de Sobradinho (a transposição começa depois). Devem esses problemas ser resolvidos desde ONTEM, envolvendo prefeituras de municípios ao longo do rio e os estados atravessados pelo rio até ali (Minas e Bahia). O resto é política partidária anti-Brasil.

  4. Os fatos até agora mostraram

    que foi um projeto mal planejado. O programa de reflorestamento e recuperação das margens não se realiza plenamente, pelo contrário; estamos há pelo menos quatro anos em sêca. Os indicadores não são promissores. Que o TCU faça regularmente bobagens é fato, mas neste caso ficaria atento. 

    Em tempo, gostaria de verf este post daqui há dez anos.

    1. “foi um projeto mal

      “foi um projeto mal planejado”:

      De VOCE isso eh acreditavel e debativel.  Mas de um tribunal de contas?  E logo aas maos de Nardes?

      1. Caro Ivan,

        O problema é que até o governo reconheceu que foi pal planejado ( e orçado então….). O tcu – que por sinal, para que serve mesmo?- simplesmente referendou.

    2. Futuro

      Gostaria de ver a sua opinião daqui a dez anos.

      Podemos marcar um encontro, na mesma hora e local. Se um de nós não aparecer é porque morreu…

  5. Os TCU, órgão fiscalizador do

    Os TCU, órgão fiscalizador do Governo, poderia explicar ao povo brasileiro por que não foi capaz de ver, ainda nos governos de FHC, as manobras criminosas dos dirigentes da Petrobrás. Para isso, o Órgão tem quadros de engenheiros, de técnicos em Contabilidade, de advogados, etc. Será que sequer uma auditoria na Petrobrás foi feita ao longo desses anos? Seria necessário uma denúncia para se chegar à operação Lava Jato? Onde estava o TCU que nunca viu nada de errado na Petroleira?

  6. Dizer o que?

     “O cenário apresentado no monitoramento demonstra que as medidas recomendadas pelo TCU (em 2011) não estão sendo implementadas”, afirma o ministro relator, Augusto Nardes, o mesmo que sugeriu as rejeições das contas do governo da presidente Dilma Rousseff por causa das pedaladas fiscais. 

    Dizer mais o que?

    Apenas que este senhor não entregou os pontos em sua tentativa de obstaculizar a administração Dilma Rousself.

    O TCU, para recuperar o puco de cerdibilidade que ainda lhe resta, se é que resta, deveria se abster de nomear certas pessoas como relatores de processos contra o Governo.  

  7. Competência

    Como são competentes os auditores do TCU, sabem muito mais do que técnicos que militam há varios anos na área, 

     

    Será que esses auditores do TCU teriam alguma coisa a dizer da transposição do Paraíba do Sul para São Paulo?

     

    Da transposição que abastece a cidade do Rio de Janeiro?

     

    Dos estados e municípios que participam do projeto de revitalização?

     

    Como pode a transposição, de 6% da vazão mínima, interferir. assorear as nascentes do São Francisco em MG?

     

    São perguntas que os auditores e ministros do TCU não querem responder. 

  8. Lembro de outros “especialistas em tudo”, ou
    palpiteiros sem razão: Nicolae Ceausescu – que não entendeu que seus dias estavam contados, e o Kim Jong-un (“Grande Sucessor”, “Líder Supremo” – e tiocida): cada vez que visitavam alguma fábrica, ou organização, davam seus pitacos.  Como o tal TCU muitas vezes é formado por políticos amigos que perderam o gosto pelo cheiro de urnas, fica complicado acreditar no que andam dizendo, não é ? Em Minas existe um “tribunal” similar, o TCE, também chamado de “Tribunal de Faz de Conta” por seus desafetos.  Aliás, em uma arquidicosese de uma grande capital brasileira existe um certo “Tribunal Eclesiástico”, que nada mais é do que um Departamento Jurídico dessa arquidiocese.

    1. Raposas dentro do galinheiro

      TCU, TCE e TCM é tudo a mesma empada…

      Nunca entendi essa, como órgãos formados por indicados podem fizcalizar seus indicadores.

      Surreal, pelo menos, nestes trópicos.

  9. Eu nasci em Paulo Afonso/BA

    Eu nasci em Paulo Afonso/BA no acampamento de um usina da Chesf na década de 60. Meu pai foi pioneiro da Chesf e foi barrageiro desde as primeiras usinas. Não é mistério pra quem conhece o Rio São Francisco que ele não tem condições de entrar nesta transposição. Isso vai ser mais uma transamazonica, mais um símbolo da irresponsabilidade governamental no gasto público.

    1. Qualificação

      Meu pai diz que quando hincha e dói o joanete é porque vai chover…

      Você, com toda a experiência herdada do seu pai, certamente reune os atributos e condições para fazer parte dos quadros do TCU.

      Alguma formação em Hidrologia talvez? Digo… para ajudar na indicação.

      1. A minha formação é aquela que

        A minha formação é aquela que me fez dizer antes da copa de 2014 que alguns estádios em locais sem tradição de futebol, como Cuiabá, Manaus e Brasília, e também a Arena Pernambuco, que é o quarto estádio pra 3 times de PE , iriam se tornar elefantes brancos que só dariam prejuízos.

        Pessoas com sua formação me criticaram aqui no blog e previram um grande uso para esses estádios. As torcidas seriam criadas e os estádios também seriam usados em grandes eventos.

        Hoje já sabemos quem tinha razão. Esses elefantes só dão prejuízos e a perspectiva é cada vez pior.

  10. dpois da reiteradas ações

    dpois da reiteradas ações obscuras desse tcu e do tal de nardes, fica difícil acreditar no que dizem…

    acho que els são especialisras em macular toda e qualquer ação do governo popular…

  11. Xico Sá :Cobra equilíbrio da imprensa e critica destaque ao TCU

     

     

    “Todo editor de respeito rejeitava manchete com TCU na linha de frente durante anos. Por que só vale contra Dilma?”, questiona o jornalista no Twitter; jornais noticiaram com destaque ontem que o Tribunal de Contas da União cobra explicações do governo sobre a MP assinada pela presidente Dilma que regulamenta os acordos de leniência; Xico Sá diz apostar que “há uma mentira planejada e golpista nas redações do Brasil”

     

    5 DE JANEIRO DE 2016 ÀS 09:31 – Do site  Brasil247

     

     

    247 – O jornalista Xico Sá criticou em seu perfil no Twitter, nesta manhã, o destaque que o Tribunal de Contas da União (TCU) vem ganhando na imprensa durante o governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, na época em que trabalhava em redação – durante 35 anos, conforme lembra – o TCU “não valia pé de página. Por que só agora?

    “Todo editor de respeito rejeitava manchete com TCU na linha de frente durante anos. Por que só vale contra Dilma?”, questiona. “Como repórter eu chegava com manchete do TCU e a Veja e Folha falavam: ahhh, TCU?”, relata. “Me valerei da maior riqueza de um homem, a memória, para cobrar equilíbrio do ofício que mais amo: a imprensa”, cobrou.

     

    Os portais dos principais veículos de imprensa noticiaram nesta segunda-feira 4 que o Tribunal de Contas da União cobra explicações do governo sobre a Medida Provisória assinada pela presidente Dilma Rousseff que regulamenta os acordos de leniência. A rejeição do TCU sobre as contas do governo Dilma de 2014 também foram a base do pedido de impeachment contra a presidente.

    O jornalista destacou que atualmente só se noticia a corrupção “de um lado” e cobrou cobertura da imprensa sobre a Operação Zelotes. “Dane-se a porrada contra um lado, necessária, mas como cidadão e jornalista, julgo importante que se apure contra todos, Zelotes etc. Sonegas?”

    “Quantas manchetes sobre a Zelotes? Que investigação sobre sonegadores monstruosos? Bora falar sobre o Brasil? Desculpem o desabafo, mas fico puto com o cinismo de quem se diz jornalista e só vê um lado da história”, protestou. Xico Sá diz ainda apostar que “há uma mentira planejada e golpista nas redações do Brasil”.

     

  12. Eita!

    O rio amarelo, na China tem canais com mais de 2000km desde mais ou menos 500DC, inclusive com eclusas vendidas como novidades por Eifel quando da construção do Canal do Panamá, e até agora o rio Jing-Han está lá. Acho que os chineses de então não sabiam o quão doutos são os políticos sem votos acastelados em cargos de enfeite e que acham que sabem ou mandam em alguma coisa. Creio que devemos alertar urgentemente a China do risco que é uma obra como essa!

     

    PS.: Podiam, os doutos do TCU indagar sobre os milhares de hectares de plantações de Eucalipto nas margens dos rios mineiros que drenam o subsolo de maneira impiedosa, pois uma árvore dessa consome em média 30 litros de água por dia.

  13. Pode ser

    … mas também pode não ser.

    Da Folha:  (os negritos são meus)

    Procuradoria suspeita que ministro do TCU atuava em empresa investigada

    Relatório da Procuradoria da República no Distrito Federal revela que há indícios de que o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes tinha “ciência dos atos ilícitos” e poderia ser o “mentor” das atividades de lobby da Planalto Soluções, empresa investigada na Operação Zelotes.

    O documento, produzido em 2011 e obtido pela Folha, afirma que, ao contrário do que o ministro tem dito em sua defesa, ele seguiu atuante na Planalto mesmo depois de ter assumido o cargo no TCU, em 2005.

    Nardes figurou como sócio da Planalto até maio daquele ano, mas hoje a empresa está registrada em nome de seu sobrinho, Carlos Juliano.

    No documento, porém, os procuradores afirmam que os dados colhidos em apuração realizada pela Polícia Federal “trazem a possibilidade –e não mais mera especulação– de que Augusto Nardes se vale da posição de ministro do TCU para praticar condutas que extrapolam os limites das prerrogativas e atribuições do cargo”.

    Para os procuradores, o ministro continuou exercendo “ativamente suas prerrogativas de sócio e membro do respectivo Conselho de Administração” da Planalto mesmo após 2005, “inclusive com reuniões periódicas”.

    (…)

    http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/01/1727811-procuradoria-suspeita-que-ministro-do-tcu-atuava-em-empresa-investigada.shtml

  14. As ilações acima de tudo!

    As ilações acima de tudo! Firmes e fortes, cada dia mais convincentes e vinculantes juridicamente.

    “Segundo a equipe (do TCU), existem indícios de que a vazão do Rio São Francisco e de seus afluentes, pode estar sendo reduzida, entre outros motivos, pelos processos erosivos que têm provocado o assoreamento e rebaixamento do lençol freático”.

    Ou seja, pode também estar sendo reduzida pela estiagem, pelos desvios irregulares para utilização agrícola e industrial e por tantos outros fatores. Apesar dessa possibilidade vir a ser confirmada como causa importante do problema, é sempre mais fácil achar o caminho que seja para atacar o governo.

    Há muito que essa discussão da vazão do São Francisco está viva, desde os primórdios da transposição.
    Está aí mais uma aula do Ciro Gomes, quando Ministro da Integração, derrubando um a um os patifes entrevistadores do Roda Viva, todos desavergonhadamente contrários à transposição:

    https://www.youtube.com/watch?v=IYVfkLkKzBU

  15. O pouco que sei…

    O assunto sobre a vazão do São Francisco é iminentemente técnico, e o TCU após as palhaçadas políticas travestidas de “seriedade técnica” é um orgão suspeito sim…

    Mas…

    Conheço a foz do São Francisco desde antes da transposição e sei que ela é toda assoreada e o que chega de água no Oceano Atlântico não passa de um fiapo. Claro que também vi as imagens daqueles canais da transposição sendo cheios de água. Mas o baixíssimo nível do reservatório de Sobradinho também não é uma invenção da grande mídia.

    Enfim, essa obra é muito mais complexa do que palpiteiros imaginam e faz com que o governo ande no fio da navalha. Talvez o “Velho Chico” esteja sendo exigido demais…

    Um abraço.

    1. SergioConheci o rio São

      Sergio

      Conheci o rio São Francisco  tanto em períodos de secas como de enchentes com extensas inundações destruindo plantações ribeirinhas e invadindo cidades e vilarejos. O baixíssimo nível dos reservatórios tem a ver com a seca, até porque a tomada dágua para a transposição está a jusante dos reservatórios. Quanto ao assoreamento na foz e ao longo de sua extensão faz parte de outro projeto o de revitalização do São Francisco como reflorestamento das matas siliares, dragagem das areas assoreadas e proteção das nascentes e efluentes.  Abraço.

  16. Comoé que é?

    Vazão reduzida por causa da erosão das margens? Quem é o autor dessa pérola? Aquela dentista que é auditora de obras do TCU ?

  17. Quem tem razão

    Todos tem razão quando dizem que o administrador público brasileiro  sempre esteve abaixo da média.Incompetentes de mais da conta. É querer tapar o sol com peneira não considerar que algo está errado na execução da obra de transposição.Falta só encontrar o culpado .Que tal, a grande mídia? A Inimiga Pública nº 1 do país.

  18. TCU Tupiniquim

    O TCU é a típica jabuticaba brasileira…

    Politicos colocados por políticos para fiscalizar polítcos e que agem, é claro, politicamente.

    Só para citarmos dois exemplos antagônicos, imaginem a China e os EUA com um TCU nos moldes e padrões brasileiros? Nem tentem.

     

  19. Comentário feito por Nardes

    Comentário feito por Nardes merece crédito? Vocês já viram galinha criar dente? O projeto da transposição tá perto de ser concluído e isso vai ser um tiro no(s) pé(s) da oposição e dos críticos a favor do contra. É algo que quando for concluído e provocar tamanha felicidade ao nordeste e ao Brasil vai mexer até nos brios de São Pedro. Vai haver chuvas regulares por liberação do santo que vai comentar: chame aquela midiazinha e oposição do mal agouro pra tamanha riqueza e beleza!

    1. Perfeito,

      até “ontem” o Nardes e a coxinhagem em geral diziam que a transposição só existia no discurso do PT. Agora, que boa parte da obra está concluida e já começa a mudar a vida de milhões de pessoas, se valem covardemente da seca histórica para criar outro “cavalo de batalha” contra o Brasil e a parcela mais sofrida de seu povo. Nossa classe “mérdia” abastada faz jus ao nome!

  20. A morte do Velho Chico

    Os governistas não querem ver porque eles estão aprisionados em um maniqueísmo cego, mas existe o risco iminente de que uma das heranças dos governos petistas pode vir a ser simplesmente a morte do Rio São Francisco.

    Isso será uma marca histórica que nenhum maniqueísmo torpe vai conseguir apagar.

    A pedra já vem sendo cantada há algum tempo: https://jornalggn.com.br/blog/ricardo-cavalcanti-schiel/revitalizacao-do-sao-francisco-um-fiasco

      1. Ate voce, Almeida?!
        Nao ta

        Ate voce, Almeida?!

        Nao ta vendo que seca eh uma coisa e transposicao eh outra?  SAO DUAS COISAS INDEPENDENTES.  Ou voce realmente acha que a seca vai durar pra sempre?

    1. …-até onde chega a pobreza

      …-até onde chega a pobreza de espírito e o raquitismo de idéias, dos apaixonados,já saudosistas da visivelmente extinta “indústria da seca”…– no intender dos que se dão ao (para muitos) “ardoroso trabalho de pensar” …chegam á mais elementar das conclusões…: esta obra por sí só, já justifica os governos do Partido dos Trabalhadores-PT…e servirá de incentivo aos próximos governos para manterem e se possível aumentarem a proteção ás bacías do “Velho Chico” e de seus afluentes…mas, a mãe de todos os males-a-inveja,dos “eunucos mentais”…que não se dão ao “trabalho de pensar”,em vez de se orgulharem de serem contemporâneos dos “Faraós brasileiros” ,e em reverencia aos heróis advindo do povo,e que governam a nação para os nacionais…e que mudaram o cenário nacional ,perante a nação e o mundo…acordaram “o gigante” que antes adormecido em berço explêndido, vivia a mendigar as esmolas do FMI e do imperialismo bestial e animalesco…anticristão, que ao longo de séculos explorava inexcrupulosamente este país e toda a América Latina…-os mesmos amígos,que não vêem o Brasil como uma nação aliada e amíga …mas com ajuda de seus quinta colunas ,lesa pátrias e traidores de todas as espécies,vêem uma nação de corrúptos e destruidores das riquezas nacionais…-hoje oBrasil,é reconhecidamente um país com uma nação que pensa…o brasileiro hoje , tem personalidade e é reconhecido como uma nação que tem amor próprio e orgulho da sua Pátria !…apezar de alguns saudosistas das botinas da soldadesca  e dos amotinados de sessenta e quatro…que hoje se resumem aos derrotados nas urnas  e que sonham com um impossível terceiro turno…-aos brasileros de coração e que amam este sagrado solo…SHALLON ALECHEM !……-Goethe-Br

       

      1. Jugar não julgam, mas fazem

        Jugar não julgam, mas fazem terrorismos como vimos recentemente.

        Mesmo antes do congresso julgar, o Nardes pedia que as conta da capanha da Dilma fossem reprovadas.

         

  21.  
     
    MUITO PELO CONTRÁRIO. NÃO

     

     

    MUITO PELO CONTRÁRIO. NÃO FOSSE O GOVERNO LULA ENFRENTAR ESTE SECULAR DESAFIO. O SÃO FRANCISCO, ASSIM COMO OUTROS RIOS IMPORTANTES, CONTINUARIAM ABANDONADOS. GRAÇAS AS OBRAS DE TRANPOSIÇÃO, O RIO SÃO FRANCISCO ESTÁ SENDO OBJETO DE CRÍTICA, POR ESTE BANDO DE INÚTEIS REACIONÁRIOS, E OPORTUNISTAS POLÍTICOS SEM VOTOS. APARTADO DESSE TCUs DE POLIQUEIROS DE MERDA. HÁ GENTE HONESTA, PREOCUPADAS DE FATO COM O RIO, E, SERÃO NATURALMENTE ATENDIDOS EM SUAS JUSTAS DEMANDAS. 

    Isto é apenas um amontoado de blablablá desse ocioso bando de apadrinhados políticos. Todos eles, aquinhoados com um descomunal poder para interferir, em benefício, ou, para atender compromissos dos grupos políticos aos quais devem  o emprego-senecura.  Para mim, essas merdas de TC sejam: municipais estaduais ou federal, todos, não merecem a menor credibilidade. Salvo pouquíssimas e insignificantes exceções, para cumprir a regra.

    Já supera a todo e qualquer nível razoável de tolerância do povo brasileiro, manter estas mutretas cartoriais dispendiosas, à troco de absolutamente nada. Os taisTCs, trata-se de sinecura, com a clara finalidade de amamentar filhotes e velhotes apadrinhados da Casa Grande, Ao tempo em quê, cuidam dos negócios e interesses dos “homi de bens”. O povo não deve continuar mantendo essas excrescências. É necessário extinguer essa pouca vergonha.

    Vamos aplicar um ponta-pé na bunda desses cabras. Para fiscalizar as ações dos governantes, basta manter o pessoal técnico, que prestará seus serviços diretamente às estâncias parlamentares respectivas. Os recursos economizados com a extinção dessa farra, podem ter destino mais adequado e justo.

    Orlando

     

  22. Uma mentira contada mil vezes torna-se “verdadeira”

    Lá no inicio desse projeto um velho jornalista brasileiro, reacionário feito uma praga, dublê de ecologista, dizia, à plenos pulmões, que seriam bombeados 50% da vazão do rio para os propósitos de transposição.

    De nada adiantava para ele as explicações de que os excedentes de vazão que eventualmente ocorreriam e seria jogados naturalmente ao mar seria bombeado e armazenados ao longo do dos canais e, com isto, perenizariam o fluxo dos canais em épocas mais secas. Tudo isto composto com uma vazão perene da ordem de 3% do fluxo médio normal do Velho Chico.

    Assim vamos neste cerco infernal a que o Governo se encontra e eu, sinceramente, eu não vejo com bons olhos onde isso irá desaguar. O ódio está represado e o brasileiro, emocional como é, sob fogo de barragem da imprensa, do judiciário, do pior congresso que este Pais já elegeu, ele está a mercê de quem acenderá o pavio do paiol.

    Quando o chão começar a ser varrido vai sobrar para todo mundo e a solução vai ser a de sempre com os milicos chutando a porta e o bando de celerados que promoveram tal situação,  lamentando e se perguntando como foi que perdemos a Democracia de nosso País.

    Aí, velho, já será tarde, com as bocas fechadas e chibata no lombo, na melhor das hipóteses.

     

     

  23. Mais importante que o TCU

    O Comite do São Francisco, que monitora o rio, faz o mesmo alerta.

    Haverá água para todos?

    DCIM102GOPRO

    O vento seco vem entranhado de bafos de quentura. O solo árido da região mais pobre do País revela o que já é possível observar a olho nu: esta é a pior seca em 100 anos. A onze meses da entrega das obras da transposição do rio São Francisco, uma pergunta impera frente à expectativa dos quatro estados nordestinos que receberão as águas desse que é carinhosamente chamado de Velho Chico. Haverá água para suprir toda a demanda?

    Perspectivas técnicas questionam a eficácia do mais antigo projeto de infraestrutura hídrica do País, fundamentando-se em pontos que alertam quanto à sobrevivência do maior rio genuinamente brasileiro, hoje debilitado pela forte degradação ambiental que o assola há mais de 500 anos.

    Marcada por polêmicas, a obra chega a 81,3% de sua execução tendo o compromisso de sanar, a partir de 2016 – após quatro anos de atraso na entrega e um orçamento que saltou de R$ 4,7 bilhões para R$ 8,2 bilhões –, uma seca crônica que castiga 12 milhões de brasileiros, distribuídos por estados como Rio Grande do Norte, Ceará, Paraíba e Pernambuco.

    Na perspectiva do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), o problema não é mais a sua conclusão, mas, sim, se haverá oferta hídrica suficiente no rio São Francisco para atender às bacias receptoras. “O São Francisco, hoje, é semelhante a um paciente na UTI, que tem que doar sangue e, por isso, lhe tiram o pouco que resta. O rio está morrendo”, lamenta o presidente da entidade, Anivaldo Miranda.

    A preocupação do ambientalista – levada inclusive à última reunião do Conselho Gestor do Projeto da Transposição, realizada no mês de setembro, no Ministério da Integração, em Brasília – se legitima no momento em que situações antes nunca ocorridas se tornam realidade na bacia, a exemplo da inédita seca na nascente principal do São Francisco, do fechamento da única empresa que realizava o transporte hidroviário pelo leito do Velho Chico (devido ao alto grau de assoreamento no rio) ou mesmo da mancha de cianobactérias identificadas no leito do rio e que comprometeu, em decorrência da prática das vazões reduzidas, a captação de água para o abastecimento da população alagoana da bacia. ”O rio sofre forte degradação, somada a questões maiores, como o aquecimento global, que interfere na sua sobrevivência”, destaca Miranda.

    São adversidades como essas que fazem o Comitê se preocupar ainda mais com a intensa disputa pelas águas são-franciscanas, para atendimento não só da transposição, mas também de grandes obras complementares de segurança hídrica que vêm sendo construídas nos estados e servirão de elo para recebimento e canalização das águas que escoarão pelos dois eixos previstos no projeto do governo federal, o norte e o leste.

    Segundo informações do Ministério da Integração Nacional (MI), responsável pela execução da transposição, todas essas obras terão como condicionantes os 26,4 m³/s da vazão mínima outorgada – termo técnico para o volume de água que será disponibilizado pela Agência Nacional de Águas (ANA) ao projeto. “Há muitas perguntas que precisam ser respondidas. Qual será o custo final da água e da operação dessas obras? Como será a gestão compartilhada desses canais? Como se fará uso dessas águas? E a cobrança sobre elas?… Enfim, são inúmeras questões em aberto que nós, do Comitê, esperamos ver respondidas pela União. Só então poderemos avaliar qual será, de fato, o êxito desse projeto”, revela Anivaldo Miranda.

    O CBHSF norteia seus questionamentos quanto ao sucesso da obra partindo do princípio de que ela prevê a segurança hídrica de 390 municípios do nordeste setentrional, espalhados por grandes centros urbanos da região (Fortaleza, Juazeiro do Norte, Crato, Mossoró, Campina Grande, Caruaru) e centenas de pequenas e médias cidades inseridas no semiárido, além de áreas do interior.

    “É preciso pensar o impacto da transposição, pois há inúmeros projetos sendo planejados nas bacias receptoras, que vão depender das águas do São Francisco, somados a iniciativas estruturais em andamento na bacia do Velho Chico e à própria dinâmica de usos múltiplos já existentes. Mas haverá água para suprir toda essa demanda?”, indaga Miranda, em alusão ao abastecimento de infraestruturas como a Adutora do Agreste, em Pernambuco; os Ramais Apodi-Mossoró e Piranhas-Açu, no Rio Grande do Norte; o Cinturão das Águas, no Ceará; e o Canal Acauã-Araçagi, na Paraíba.

    Conflito à vista
    Grande crítico do projeto de transposição, o professor de Hidrologia e Irrigação da Universidade Federal do Rio Grande Norte (UFRN), João Abner, observa que um conflito será gerado com o setor energético da bacia do São Francisco, decorrente desse embate em torno dos (cada vez mais escassos) recursos hídricos do Velho Chico.

    De acordo com o professor, as estruturas hídricas suplementares que estão sendo construídas não têm como base para funcionamento a vazão de 26,4 m³/s, mas, sim, a vazão máxima de 127 m³/s, indo no sentido contrário ao da atual situação de penúria hídrica que vive a bacia do São Francisco. “Até dezembro de 2016, data de entrega do projeto, não haverá água para atender a toda essa demanda esperada. O que os estados dirão é que o único excedente de água no rio vem de correntes do setor elétrico, que detêm 80% para o consumo da geração de energia na bacia do São Francisco. Eles (estados) tentarão ampliar a outorga, alegando que há muito desperdício de água ao longo do São Francisco. Então, a pressão daqui pra frente será em cima desses 80%. Será que a geração de energia está disposta a ceder essa parcela? Creio que não”, opina, em referência ao fato de o setor elétrico deixar de lucrar por conta da possível medida. A outorga das águas para a transposição prevê que somente quando o reservatório de Sobradinho (BA), que atua como uma espécie de pulmão do sistema, estiver com 94% de sua capacidade preenchida é que poderá ser utilizada a vazão máxima de 127 m³/s dos canais.

    A declaração do acadêmico ganha força na fala do pesquisador da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), João Suassuna, que apresenta os níveis de armazenamento hídrico da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, tidos como os piores da sua história. “A barragem está liberando 900 m³/s de água, enquanto entram apenas 400 m³/s. São os piores índices já observados. Esse volume é um horror para quem depende do rio São Francisco. Imagine para quem dependerá? Estamos vendo a falência total do Velho Chico e o governo, por conta de ingerências políticas, está preocupado em fazer testes para a transposição”, denuncia.

    Outorga precisa ser fiscalizada
    O secretário dos Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia do Estado da Paraíba, João Azevêdo Lins Filho, discorda da opinião dos técnicos, justificando que os estados estão considerando apenas a vazão mínima do São Francisco, uma vez que a atual problemática da seca não garante acesso aos 127 m³/s. “De forma nenhuma estão sendo considerados os valores da vazão máxima. No nosso estado, por exemplo, o Canal Acauã-Araçagi leva em conta a vazão de ponta que vem do eixo leste, de 4,2m³/, podendo chegar a 10 m³/s. Só podemos contar com a vazão mínima, que é a garantida pela ANA, ou seja, a de 26,4m³/s”, defende.

    O professor João Abner alerta que será papel do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco fiscalizar a outorga concebida pela agência reguladora federal à transposição. “Terá que exigir cumprimento desses 26,4 m³/, caso contrário, o destino do rio São Francisco estará selado”, finaliza.

    Garantia de água gera dúvidas
    “A conclusão da transposição será a realização de um sonho secular”. Pelo menos esta é a frase de efeito do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) ao ressaltar a importância da obra para o Rio Grande do Norte. Na ótica do parlamentar, mesmo com toda a escassez que vive a bacia do São Francisco, o reservatório de Sobradinho garantirá água para atender às bacias receptoras.

    “Quando Sobradinho apresentar abundância de água, essa vazão pode ser substancialmente maior, possibilitando a transferência, para reservatórios locais, de volumes capazes de potencializar o crescimento sustentável da economia da região”, diz, demonstrando desconhecer que a represa conta com apenas 1,1% do seu volume útil – que vem sendo reduzido a cada dia –, correndo o risco de perder a capacidade de geração de energia, caso não chova nos próximos meses. “Se o projeto de transposição não for finalizado até dezembro, o Brasil poderá assistir a uma situação caótica no sertão nordestino”, reforça o político.

    O secretário de Recursos Hídricos e Energéticos de Pernambuco, José Almir Cirilo, admite ser utopia acreditar que a transposição por si só irá resolver o problema da água para os nordestinos. Ele revela que é preciso investir em outros dispositivos para suprir o abastecimento de todos os habitantes. “É necessário aplicar recursos em cisternas, poços e dessalinizadores, uma vez que a população difusa, distante dos sistemas de canais e adutoras, não tem como ser contemplada pela transposição”, declara. Em outro momento, porém, Cirilo admite que “as águas da transposição trarão garantia ao estado na ampliação da agricultura irrigada, assim como o abastecimento das cidades do sertão e agreste pernambucano”, assegura.

    O gestor da pasta no Ceará, Francisco Teixeira, relembra que 70% da oferta hídrica do Nordeste está alocada no rio São Francisco. “Consequentemente, do ponto de vista da igualdade, por conta de Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte serem os estados nordestinos mais pobres em recursos hídricos, as águas do rio São Francisco são de fundamental importância para aumentar o abastecimento dos estados situados fora da bacia”, justifica.

    Teixeira explica ainda que a transposição será essencial para o desconcentramento econômico. “No nosso estado, por exemplo, mais de 60% do PIB gira em torno de Fortaleza. O projeto garantirá o desenvolvimento da economia do semiárido, criando novos polos econômicos”, revela.
    Já o secretário dos Recursos Hídricos da Paraíba, João Azevêdo Lins Filho, enxerga o projeto como o fio condutor de esperança para a segurança hídrica permanente desses quatro estados. Entretanto, ele reforça a cobrança de mais recursos para finalizar as obras complementares, hoje em ritmo lento. “A diminuição do repasse do governo federal este ano foi de 60%. O que vai acontecer é que algumas cidades serão abastecidas de imediato e outras só quando as obras complementares terminarem, ou seja, sem previsão”, explica.

    Transposição X Revitalização
    Na concepção do senador Raimundo Lira (PMDB-PB), que além de presidir a Comissão Externa do Senado de acompanhamento das obras da transposição também está a com a incumbência de fiscalizar a revitalização da bacia do São Francisco, antes de tudo é preciso impor ao debate questões que vão além de meras obras de engenharia. “Entendo que tão importantes quanto a transposição, da qual sou defensor e entusiasta, são as intervenções para revitalizar o Velho Chico”, diz.

    Para ele, ações permanentes ligadas à recuperação de nascentes, ao zoneamento ecológico-econômico, à proteção das matas ciliares e ao manejo integrado de microbacias devem ser priorizadas, a fim de que se aumente a qualidade e quantidade de água do rio.

    O presidente do CBHSF, Anivaldo Miranda, lista quatro pontos fundamentais, dos quais o comitê de bacia não abre mão de defender no recém-reformulado Conselho Gestor do Projeto da Transposição, colegiado vinculado ao Ministério da Integração Nacional e responsável pela eficácia na gestão integrada entre os órgãos federais e as bacias doadoras e receptoras das obras de transposição das águas do rio São Francisco.

    “O Comitê aceitou fazer parte deste Conselho para que alguns aspectos essenciais à sobrevivência do rio São Francisco sejam garantidos: I) o estrito respeito aos termos da outorga que foi dada ao projeto; II) a fiscalização para garantia do uso racional e sustentável da água; III) a conscientização das populações das bacias receptoras de que agora fazem parte da grande família são-franciscana, com seus bônus e seus ônus; IV) o esforço para engajar essas populações, juntamente com os governos e demais usuários dos estados receptores, na necessária luta pela revitalização urgente do São Francisco”, argumenta.

    Miranda recorda que o próprio governo federal garantiu que, para cada real gasto na transposição do rio São Francisco, um real seria investido em revitalização. “Só que esse nível de investimento nunca ocorreu”, diz. Ele alerta a Presidência da República para a necessidade de reformulação do também Conselho Gestor da Revitalização, com a participação do Comitê. “É urgente que esse programa passe a ter uma definição nos orçamentos dos governos”, conclui.

    *Esta matéria foi veiculada na Revista do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco CBHSF | Nº 07 | DEZ 2015. Para ler a revista completa, acesse.

    ASCOM – Assessoria de Comunicação do CBHSF

    1. Inversão

      O Comitê tem toda a razão quanto à seca histórica e demora na recuperação das margens do rio. Tudo isso prejudica a transposição, como prejudica a geração hidrelétrica pela CHESF. É completamente errado, porém, responsabilizar a “vítima”, a transposição, pela possivel falta de água.para abastecê-la, consequência dos problemas a montante de Sobradinho..

      1. Também acho

        Só que, quem está responsabiliando a vítima, de forma sensacionalista, é a matéria jornalistica, e não o relatório do TCU.

        O relatório do TCU analisa todo o PRSF, que inclui a recuperação das margens dos rios, de suas nascentes, etc, visando a preservação e melhoria da oferta hídrica, incluindo a transposição artificial das águas para regiões não atingidas naturalmente pelo curso do rio.

        O que o TCU alerta é que, como só se está cumprindo metado do amplo projeto, no qual a metade do investimento previsto seria na preservação e recuperação do rio, não vai dar certo.

        Ou seja, o próprio Ministério do Interior, quando da implementação do projeto, já sabia e admitia a necessidade de recuperação do rio para que se pudesse ofertar água do mesmo a regiões não atendidas naturalmente.

         

  24. Quero saber quando os

    Quero saber quando os engomados do MPF vão denunciar o pitaqueiro Augusto Nardes ao STF pela presepada que ele faz no CARF anisitando RBS TV e outras empresas que sonegarão 300 bilhões ao erário e a facção tucana da PF colocou o filho de Lula de contabando no inquérito da Zelotes para tentar barrar a investigação.

  25. encher açude nas cheias minimizando o efeito das secas

    pra Isso também servirá essa transposição.do rio são francisco.

    Se São Paulo guardasse a água que inundou o Jardim pantanal e outras paragens a seca atual não traria tanto mau.

    José Serra não deixou vazar o Cantareira  conforme recomendação da ANA e como ás chuvas.

     continuaram conforme previsto ele inundou o Jardim Pantanal..

    o quê tem quae fazer é recuperar as matas ciliares 

    reservar grandes volumes nas cheias.

    preservar nascentes , riachos no mínimo 50metros em redor.

    Esgotamento sanitário . “Rio não é latrina.

    Obrigações acima pertencem aos poderes Municipais, Estaduais e Federal.

    TCU  rio não é entidade governamental

    TCU transposição, pasmem, não é programa de recuperação de rio viu.

    TCU não te incomoda projetos privados que retiram mais que essa transposição que é mais uma obra que você quer parar só por não fazer parte da política partidária dos seus conselheiros?

    Os que pensam assim saiam do TCU e se candidatem !

  26. o tcu virou especialista

    o tcu virou especialista mesmo em atacar o governo….

    não transmite confiança nenhuma…

    por que a grande mnídia não entrevista os verdadeiros especialistas sa área?

    ouvir os dois lados pelo menos?

    a população que será beneficida, doze milhões de pessoas?

    o rcu por acaso entende de transposição derioos?

    só se for de transposição de verdades em mentiras grotescas….

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