Andre Motta Araujo
Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo
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Todos são do mercado financeiro, por André Araújo

Por André Araújo

A partir do Plano Real convencionou-se no Brasil que só quem é do mercado financeiro pode dirigir a política econômica. Nos EUA, a economia é dirigida pela Secretaria do Tesouro e pelo Federal Reserve System. O Tesouro já foi ocupado por banqueiros, mas essa não é a regra. Empresários da produção, advogados, políticos são a maioria. No Federal Reserve ninguém é ligado ao mercado financeiro, são professores de economia de alta reputação, ser ou ter sido executivo de banco é geralmente um impedimento embora não seja escrito.

Mais ainda, os membros do Board do Fed são economistas de ESCOLAS DIVERSAS, de propósito, para não pensarem igual, para que haja pontos de vistas diversificados, uma mescla de escolas de pensamento.

Para completar a formulação de política econômica há o Council of Economic Advisors da Casa Branca, um conselho de economistas de visões diferentes para assessorar o Presidente dos EUA. Em todo esse conjunto de pessoas com conhecimento de economia, vir do mercado financeiro é CARIMBO NEGATIVO, pesa contra, evita-se.

A nova equipe que se aponta no governo Temer é um “time dos juros altos” puro sangue. Ninguém remotamente ligado à economia de produção, todos são do “financeiro”. Mau sinal. O simbólico bate bola da CBN com Alexandre Schawartsman e Luis Gustavo Medina, o Teco, acima em podcast,  ocorrido ontem, é revelador e espantoso. A dupla está eufórica com os nomes , são “nossos amigos”, Schwartsman propugna, como sempre faz, mais juros altos, saúda os nomes como magníficos, TODOS da área bancaria.

Não há NEM REMOTAMENTE MENÇÃO AO DESEMPREGO ou à RECESSÃO. O único problema que eles encaram é “entregar a meta de inflação”, a estabilidade monetária absoluta mesmo com 11 milhões de desempregados, tanto faz, esse não é um problema, querem estabilidade monetária e juros altos para que se possa viver sossegadamente de renda de juros mesmo com o Pais em ruínas e a economia parada.

De que adianta a estabilidade monetária para um desempregado?  A pergunta não ocorre à “turma”, porque o desempregado é invisível para eles, não é um dado relevante, o que importa é a “meta de inflação”.

Eles adoram os juros altos porque todos vivem disso, é o arroz e feijão deles, quanto mais recessão mais o dinheiro vale, mais valiosa a liquidez na mão dos fundos de investimento, os ativos ficam baratos porque as empresas estão quebradas e está tudo à venda, quem têm imóveis e precisam vender abaixo do custo, empresas tradicionais podem ser compradas por ofertas baixas, algumas se compram quase de graça, pela divida.

Entregar o comando da economia à financeiros puros é algo que poucos países fazem. O Brasil teve grandes Ministros da Fazenda que não eram ligados a mercado financeiro, como Oswaldo Aranha, Horacio Lafer, Guilherme da Silveira, Delfim Neto, Octavio Bulhões, Ernane Galvas. Dois banqueiros foram pais de crises recessivas, Jose Maria Whitaker e Clemente Mariani. Nos EUA a crise de 1929 teve como padrinho o banqueiro Andrew Mellon, na mesma época no Brasil o banqueiro Jose Maria Whitaker. Banqueiros não se abalam com desemprego e queda na produção, para eles o foco é a estabilidade monetária porque eles têm liquidez e quanto menos inflação, mais a liquidez vale, se poucos tem dinheiro quem tem é rei.

O Brasil precisa desesperadamente relançar a economia na rota do crescimento e a obsessão pela meta de inflação é conflitante com a necessidade de empurrar a economia para frente, processo que exige expansão monetária.

A prioridade é criar emprego e crescimento, não é atingir meta de inflação, mas essa visão não tem lugar na cabeça de financista. Ao contrario, quanto mais recessão melhores negócios aparecem na compra de ativos baratos, o dinheiro líquido vale muito e tudo pode ser adquirido na bacia das alamas, quanto mais desemprego mais fácil para atingir a meta de inflação porque os desempregados não podem comprar nada e a falta de demanda segura os preços.

Essas receitas de prato único estão sendo contestadas em todo o mundo, a tendência é de combater a depressão com juros baixos para estimular a economia, mais uma vez o Brasil está na contramão da humanidade, queremos aprofundar a recessão para que o dinheiro que só meia dúzia terão valha mais do que nunca mesmo à custa da destruição do Pais.

O nome do presidente do BC, Ilan Goldfajn é tão assustador como seu sotaque, vem diretamente da tesouraria do Itaú para o BC, Meirelles já tem seu perfil bem conhecido e dispensa apresentações, os demais nomes acompanham a toada, Mario Mesquita, Eduardo Loyo, é um conjunto de almas de usura que darão extrema unção a uma economia já na UTI.

Nenhum desses nomes é FORMULADOR de política econômica, eles são calculistas de planilhas de derivativos de mercado, de opção de índices, de swaps, jogadas de cambio versus juros, são especialistas de operações financeiras.

A lenda de que os investimentos voltarão uma vez reconstruída a “confiança” é só lenda. Confiança é um fator imponderável e depende de inúmeras circunstancias que não estão sob controle da equipe econômica. Para relançar o crescimento é preciso um MEGA PLANO de investimentos públicos em infraestrutura, os projetos já mapeados no Ministério do Planejamento custam R$1,3 trilhão, será preciso injetar esse recurso na economia, há capacidade ociosa em tudo para absorver sem inflação, mesmo porque o desembolso é espaçado no tempo, não causará inflação e se causar será algo perfeitamente suportável DESDE que haja crescimento e emprego. Como financiar? Emitir moeda.

Política econômica é muito mais que finança, é algo muito maior que política monetária, requer visão política, social, histórica, Keynes se interessava por dez coisas diferentes apenas uma das quais era economia, Schacht era formado em filosofia, Roberto Campos em teologia, Poincaré em matemática pura, grandes formuladores foram grandes políticos.

Está faltando o essencial para essa turma do Teco, algo a mais, uma visão de Brasil e de sua trajetória histórica.

Andre Motta Araujo

Advogado, foi dirigente do Sindicato Nacional da Indústria Elétrica, presidente da Emplasa-Empresa de Planejamento Urbano do Estado de S. Paulo

34 Comentários

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  1. Falta o tico a esse teco

    A pobreza do debate econômico no Brasil é assustadora.

    Talvez os nomes da diretoria do BC só mudassem se fosse eleito o PCO. Nem o PSOL mexeria muito.

    o PT PIOROU o que já era ruim com Meirelles na presidência.

    Uma vez vi alguém dizer que o valorizado terreno que ocupa a PUC-Rio na Gávea, Zona Sul do Rio, deveria ser penhorado para descontar do prejuízo bilionário (trilionário?) que os economistas daquela escola causaram ao país.

    Como ex-aluno daquela escola e ex-vizinho daquele terreno sinto-me a vontade para apoiar essa ideia.

    Mesmo que o desconto fosse apenas simbolico.

    1. O impssionante é colocarem no

      O impssionante é colocarem no BC economista de uma só escola de pensamento, a PUC Rio. No Fed tem sete economistas, cada um de escola diferente da outra, exatamente para não fazerem recreio de uma escola só. Essa linha veio do Plano Real, que poderia ser chamado PLANO PUC RIO e desde então é o BC da Gavea, não tem pra ninguem, nem o PT mexeu.

  2. saindo do golpe econômico e indo para o político…

    Até 2008, com várias avaliações internacionais do setor, Petrobras era considerada de boa governança por grande investidores, como tendo regras claras, transparência e aberturas promissoras para praticamente todos os pontos de investimentos. Empregos

    E Dilma não era Presidente ( Chefe da Casa Civil )

    Ou veja como nosso golpe foi todo combinado para dar fim a duas boas situações de governança

    Como não conseguiram de um lado, Petrobras até melhrou em muitos pontos, a ordem foi que tentassem do outro, impedir ou tumultuar a outra boa governança

     

    1. veja bem…

      não estou entrando no mérito de governança boa ou ruim para nós brasileiros, povo, imediata ou diretamente

      O que o Brasil não teve realmente, foi tempo de resposta

      A ordem foi para que assim acontecesse, com marcação cerrada e pautas cada vez mais destruídoras.

      Cunha mostrou, confirmou

      1. os preços vão disparar…

        e estaremos impedidos internamente com trocas de comando e de principais objetivos

        tempo perdido, situação do mercado volta para como está agora, e muitos já terão aumentado em muito suas fortunas

  3. A turma do mercado não muda,

    Acompanhar os dizeres dessa turma é uma perda de tempo. O mesmo discurso, a mesma passada, a mesma cavalgada; até nos trejeitos, nos traquejos, no modo de falar, de se vestir. Isso independente de gênero. Vale tanto pro “o” tal ou “a” tal do mercado. A propósito, deveriam até inovar, convidando mulheres para compor os quadros de diretorias do BC. Nomes de peso não faltam: Zeina Latif, Sylvia Coutinho, entre outras. Já que não reciclam nas ideias que ao menos deixem as mulheres terem uma voz mais eminente. 

     

     

    1. Zeina é excelente e tem a

      Zeina é excelente e tem a assessoria do Marcos Lisboa, Silvia é uma top star mas fez toda sua carreira em bancos estrangeiros, hoje está no UBS, as duas são otimas pessoas apesar de serem “de mercado!, Silvia tem a vantagem de não ser economista, é engenheira agronoma pela Luis de Queiroz, qualquer das duas dariam um “charme” a esse Copom de feiosos.

  4. Currículo posterior

    Postagem totalmente necessária, grande André. Muitos notam que quando se escolhe alguém para área econômica notam no currículo anterior, mas poucos temem o currículo posterior. Os “economistas do Real”, por exemplo, eram da academia, trabalhando principalmente na PUC-RJ, mas depois que exerceram os cargos, eles foram trabalhar em instituições financeiras privadas ou montaram os próprios bancos. Nós não podemos permitir que nossos formuladores de política econômica estejam lá pensando na carreira posterior ao exercício dos cargos.

    Muitas vezes, a pessoa é citada para tal cargo por ter sido diretor de tal banco. E muitos são vetados ou aceitos por isso. Henrique Meirelles, por exemplo, teve uma das carreiras mais bem sucedidas de um brasileiro no mercado financeiro internacional e foi nomeado por Lula para presidir o Banco Central, mesmo tendo sido eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás, como uma forma de mostrar que o governo estava comprometido em manter algumas das políticas do governo FHC, com um homem de confiança do mercado e da oposição. Dilma quando nomeou Joaquim Levy, ele era diretor do Bradesco, embora a primeira escolha tivesse sido Trabuco Cappi, um homem que por mais que fosse presidente do banco tinha uma formação mais humanística que reforçaria a responsabilidade e a credibilidade de suas decisões perante a base social da presidenta.

    No caso do Plano Real, muitos economistas eram pessoas da academia, como Pedro Malan, Gustavo Franco, Pérsio Arida, André Lara Resende. Muitos deles já tinham trabalhado na formulação dos planos anteriores, como o Cruzado, e se tornaram os principais formuladores e executores de política econômica do país. Formularam uma política baseada em arrocho salarial, valorização cambial e altas taxas de juros que beneficiava diretamente o setor financeiro, ignorando todo o resto, criando uma falsa sensação de bem-estar pelo fim da hiperinflação. Arida que foi o primeiro a sair do governo foi ser sócio de Daniel Dantas no Opportunity e depois do BTG de André Esteves. Lara Resende se tornou tão rico que virou um dos maiores criadores de cavalos do país. Malan acabou como executivo do Unibanco e Gustavo Franco montou a Rio Bravo Investimentos, enquanto se dedicava a manter uma imagem de intelectual com livros sobre as interfaces de literatura e economia. Todos cumpriram a quarentena, mas se assenhoriaram das ligações que construíram quando exerceram o poder para se tornarem milionários. Para não dizer que eu tenho um viés antitucano, Delfim, Mailson e Palocci também montaram as suas consultorias.

    No começo do governo Dilma, um dos aspectos mais elogiados da nomeação de Alexandre Tombini foi o fato de ele ser um funcionário de carreira do Banco Central. No entanto, desde 2013, o caráter errático de suas decisões acabou ajudando a causar boa parte da atual crise econômica. Um aumento de juros se rendendo a pressão midiática e do mercado. Mas quem não vê que além disso, há um interesse em agradar o mercado financeiro que será provavelmente seu destino depois da quarentena? Nessas horas, o aspecto de ambição pessoal revela-se um dos principais motivos de que a aprovação da autonomia do Banco Central é uma decisão no mínimo temerária.

    Para lidar com política econômica, a pessoa tem que ter certeza de que vai voltar para o mundo da mesma maneira que entrou, ou se aposenta da carreira anterior se houver conflito de interesses. Só assim, a pessoa vai poder abstrair todos os aspectos pessoais futuros de suas decisões enquanto formulador e executor de política econômica. Se é professor, como Delfim, volta a ser professor. Se é bancário, como Mailson, volta a ser bancário. Se é médico, como Palocci, volta a ser médico. Se é banqueiro e já ganhou a grana para as futuras gerações, vá viver sua aposentadoria, escrever sua biografia, até mesmo ser político, mas não pode trabalhar com quem foi beneficiado por sua atuação no governo.

  5. Sinceramente acho que é disso

    Sinceramente acho que é disso que precisamos para descobrir “como dói uma saudade”, pobreza aumentando, desemprego cavalar, juros estratosféricos, pouco incentivo estudantil (apesar dos estudantes estarem fazendo a sua parte), corrupção acobertada pela midia, boa parte do Brasil merece.

    1. todos são do mercado…

      Um país (e vejam o tamanho do país?) que indica Ministro de Estado para agradar mercado, não merece credibilidade muito menos respeito. Um país que se sujeita a tal rebaixamento só pode estar na situação que o Brasil se encontra. E da qual não sai. É igual à necessidade que a elite cultural brasileira, arraigada de forma parasitária aos postos de comando da nação tem da aprovação e da opinião de agente exteriores. Não existe outro país com tal grau de submissão. Pobre país atrelado indefidamente  à sua síndrome de vira-lata. Vive correndo atrás do rabo pensando que assim sairá do lugar.

  6. É bom que se diga tudo
    É bom que se diga tudo isso,agora o governo peça
    em não denunciar a tudo,eles não percebem essa
    movimentação toda?

  7. É comodo, ou ” não somos a Geni “

          Culpar, ou jogar a culpa da incompetencia politica nas largas costas do “mercado”, é muito comodo , ainda mais a condenação de quem ganha dinheiro, é um elixir paregórico básico, que politicos amam fazer para enganar as massas, reclamam de um lado e recebem pelo outro.

           Ninguem chegou para os governos eleitos – os “politicos” – e os ameaçou com uma faca no pescoço, podem até terem sido coagidos, não diretamente, sequer com energia ou ameaças explicitas, para que eles escolhecem para a politica economica de um estado, a pessoas do “mercado” ( palavra muito ampla, que engloba o total da economia ).

           O “mercado” não é a Geni, especulação não é crime, somente se especula nas cagadas que os politicos-eleitos cometem, e este “mercado financeiro” , estes demonios, criminosos de lesa – patria, que cobrem os buracos, e logicamente cobram por isto, em juros/cambio/spreads, destas besteiras que governantes fazem continuadamente.

            De FHC, passando por LUla/Dilma, quem deu protagonismo ao “mercado”, poder decisório, foram eles, aceitaram o jogo, e agora reclamam, choro não paga conta.

  8. Mas isto é ótimo

    André Araújo, concordo com o Sr, mas veja o lado bom: Se a equipe de Temer subir realmente os juros, eles produzirão um desastre econômico similar a era FHC. O desemprego na estratosfera, o PIB continuará paralizado, e o principal: a popularidade de Temer irá derreter como um picolé no sol. Eles não poderão lançar ninguém competitivo nas próximas eleições, e o país explodirá em manifestações. A elite que depende do comercio irá odiar Temer, pois as vendas despencarão mais ainda. Os exportadores e epresários produtivos que ainda sobraram verão seu lucro de exportação minguar, com o dólar barato, e se voltarão contra Temer. Provavelmente os golpistas terão de comer o butim como cães ladrões que comem apressados, aos nacos, antes que 2018 chegue. Terá o mesmo fim que FHC, terminará seu governo com 85% de reprovação. Seria Temer tão burro a ponto de fazer este jogo?

    A gente perde no começo, mas depois retoma a popularidade, volta a ganhar. E diferentemente de países europeus, onde eles tem cidadania européia e podem imigrar para qualquer lugar do mundo, nós brasileiros temos poucos países ricos que nos aceitariam, ou seja, quem estiver insatisfeito com o governo ficaria aqui para infernizá-lo.

    Mesmo que Temer instala-se uma ditadura, ela não se sustentaria sem apoio da elite. O tempo joga a nosso favor, é só ter paciência, e deixar o próprio Temer se enrolar com suas próprias ações.

     

  9. Não será necessário emitir

    Não será necessário emitir moeda. Basta usar os recursos de um fundo soberano que dizem existe e, pelo visto, rende pouquíssimo. Aliás, já deveriam ter usado pois agora será usado importação de ‘perfumaria’ como fizeram com o saldo que tínhamos após a segunda guerra.

    1. O fundo soberano brasileiro

      O fundo soberano brasileiro está esgotado. Se for usar reservas cambiais do Banco Central precisa emitir REAIS do mesmo jeito,  as reservas são em dolares e os gastos no Brasil serão em Reais; mas sou totalmente contra usar reservas cambiais para isso, não faz o menor sentido, as reservas são para garantir as necessidades externas do Pais e não podem ser queimadas para us interno, seria uma insanidade.

  10. Recessão e desemprego

    A crise, para o mercado financeiro, não é problema, é solução. Como diz o artigo, quanto mais miséria, desemprego e recessão, melhor para os especuladores. E são esses especuladores que comandarão a economia caso o golpe seja efetivado.

  11. Classe média

    Acho absurdo quando ouço alguém da classe média dizer: “sou a favor da permanência de Dilma, mas não é por mim, pois não preciso, é pelos mais necessitados”. Haja falta de memória!! Nos sombrios tempos de FHC, tínhamos engenheiros na fila pra vaga de gari, arquitetos como caixas de banco, e milhares de jovens de classe média indo embora para a Europa em busca de emprego.

    Esses tempos ameaçam voltar. Só que agora a Europa não é uma alternativa.

  12. Nassif
    Impressionante é

    Nassif

    Impressionante é sempre ler o mesmo economes ianque!

    Não vemos nada na linha europeia e muito menos asiatica, isso porque a China é hoje a maior economia do mundo.

    Haja redundancia! 

    1. https://en.wikipedia.org/wiki

      https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_GDP_%28nominal%29

      Não conheço o economês chinês, sé é que existe. A economia chinesa não é a maior do mundo, é a 3ª, a maior é da União Europeia com 18 trilhões de deolares, a dos EUA a 2ª com 17 trilhões e a 3ª é a da China com 10 trilhões, mas muitos economistas não confiam nas estatisticas chinesas que são infladas. De qualquer modo na China 500 milhões de habitantes estão na economia moderna e 1 bilhão estão na zona rural onde não há agua encanada, esgoto e privada. A China é tambem o pais mais poluido do mundo, sendo tambem o maior poluidor, não há aposentadoria e leis trabalhistas na China.

      Quanto ao pensamento economico, o europeu e o americano são da mesma familia, Keynes praticou suas ideias nos EUA e a London School of Economics sintetiza o pensamento economico mais geral que é o predominante na Europa e nos EUA, o Fundo Monetario está em Washington mas é dirigido por uma francesa, não sei qual seria o economes europeu.

      1. Prezado André
        Artigo

        Prezado André

        Artigo publicado aqui no GGN

        https://jornalggn.com.br/noticia/a-china-superou-os-eua-como-maior-economia-do-mundo

        Sei que a China por ter uma superpopulação ainda tem problemas basicos para resolver. Mas também sei que é o país que mais nasce milionários por dia e suas questões trabalhistas estão sendo resolvidas, bem como a ambiental.

        Lá a saude e o ensino são publicos, diferente do mundo ianque que sabemos que metade da população sofre com a falta desses serviços essenciais, basta ver o que o fenomeno Sander´s vem causando na eleição americana, por oferecer o basico!

        Quando citei a Asia, pensei que Vsas. nos traria o conhecimento sobre economia Russa (Ex.: Sergei Glazyev) ou até do Japão, pra não citar outros “tigres asiaticos”

        Abração

         

         

        1. E existe um Bernie Sanders

          E existe um Bernie Sanders chinês para se candidatar à Presidencia da China? Afinal a China é uma maravilha.

      2. Prezado André
        O U$ está

        Prezado André

        O U$ está morrendo, o Yuan crescendo na Europa (Inglaterra, Italia, etc) e os americanos burros de obesos, doentes querem roubar proteína tropical, o petróleo não é + vendido em U$ em 75% do mundo, a Russia já tem + reserva de ouro q os Eua, a Europa e a Asia pararam de comprar títulos americanos depois q os Eua fabricaram e exportaram a crise corrupta de 2.008 e deixaram os bancos dos outros países a descoberto injustamente, os Eua perdendo indústria dia a dia e ganhando obesidade em serviços que a Asia barateia, e alguns brasileiros q não vivem o mercado internacional acham que sabem pq assistem filminhos americanos, os Eua devem U$ 3 Trilhões à China, tentaram isolar a Russia da Europa e não conseguiram, só tentam golpes globais, a dívida dos Eua hoje é o dobro de 2008, o crescimento é só jogo de papel, até a proposta socialista está sendo bem votada nas prévias dos Eua pq o povo descobriu que o Capitalismo Selvagem perde p/o Capitalismo Social (Dinamarca, Alemanha, Suécia, Canada, Holanda não tem dívidas como os Eua, sem falar em Taiwan, Coréia do Sul, etc que tem salários maiores q nos Eua e na China q cresceu 500% os salários em 9 anos) … Hillary vai aumentar o imposto nos Eua e os selvagens terão q fazer ajuste fiscal, pois a era de imprimir U$ fazer pedaladas 16X maiores q as brasileiras p/ engordar barrigas está no fim, ninguem + quer a tragédia americana que tenta destruir outros adversários exportando vírus p/ tentar matar povos, mas a biotecnologia da verdaeira inteligencia global é superior à dos Eua, cujo povo morre viciado em drogas e como dizem os franceses, se os presos dos Eua fossem soltos (maior população carcerária do mundo), o desemprego americano seria o dobro da Europa

        1. O dolar NÃO está morrendo, o

          O dolar NÃO está morrendo, o Yuan NÃO é moeda reserva nem na Asia, a China tem US$1,3 trilhões de titulos do Tesouro americano e não US$3 trilhões, são titulos de 30 anos, a China NÃO pode resgatar quando quiser, nos leilões de titulos do Tesouro americano há cinco vezes mais demanda que oferta, a venda se sencerra em 50 segundos, as transações de petroleo no mercado SPOT (Baltic Excahnge, de Londres) são liquidados em Libras, Euros ou Dolar, nada tem isso a ver com a

          qualificação do DOLAR como moeda reserva, contratar a venda de mercadorias pode ser em qualquer moeda mas a liquidação se faz em Nova York ou Londres e a reserva do vendedor é transformada imediatamente em dolares e não em yuans, no MERCOSUL há 11 anos é permitido compra e venda em Reais ou Pesos mas 97% das transações continuam sendo em dolar, não se faz decadencia de moeda por decreto e nem se cria nova moeda por ideologia.

          Essa aposta na decadencia do DOLAR vem dos bolivarianos (Escola Samuel Pinheiro Guimarães) é é TOTALMENTE FALSA.

          O dolar só deixará de ser moeda reserva quando existir OUTRA MOEDA, que não há no horizonte. A Russia guarda suas reservas em dolares, assim como os Estados produtores de petroleo, a China, o Japão, o Cazquistão, a Bolivia, o Equador,

          a India, Angola, Africa do Sul, as gangues asiaticas, as mafias russas, os jogadores de futebol do planeta, etc.

      3. Pib ppc=produção real Pib nominal=mercado financeiro

        A China tem o maior Pib do mundo medido pelo poder de Paridade de Compra (PPC) desde 2014 pelo FMI,  ou seja pela quantidade de bens e serviços produzidos independentemente do câmbio e diferenças de preços.

        O PIB PPC expressa melhor a economia do setor produtivo, pois mede a qtd de coisas produzidas se fossem vendidas pelo mesmo valor em qualquer lugar do mundo.

        O PIB nominal expressa melhor a economia sob a ótica do mercado financeiro, pois mede a cotação das coisas, variáveis em diferentes países. É a economia que você crítica brilhantemente em seu artigo.

        De fato a China é muito diferente do Brasil em termos de direitos trabalhistas e previdência, além da menor urbanização, mas hoje empresas brasileiras têm mais chances se se integrarem às cadeias produtivas da China, Rússia e Índia do que com EUA, Alemanha e Japão. Não é ideologia, é questão de oportunidade.

        Integrar cadeias produtivas é a produção ser feita parte em um país e parte em outro, maximizando as potencialidades de cada um em termos de energia, logística, etc.

        As carências da China e Índia (população rural ainda alta e pobre, ou seja, má distribuição de renda, e problemas ambientais) e seu gigantismo, indica que boa parte das soluções para eles servirá para todo o mundo em desenvolvimento. É um erro não se integrar às cadeias produtivas globalizadas do mundo em desenvolvimento, onde temos as mesmas agendas desenvolvimentistas, pois os países ricos tem agendas próprias bem diferentes das nossas. Não é escolha ideológica é questão de sinergia.

        Realmente no Brasil estudamos pouco o que se passa na China. Pouco vemos estudos e análises, inclusive críticas, sobre a economia chinesa e indiana. É claro que empresas globalizadas e bancos, o Itamaraty, e nichos acadêmicos tem seus estudos. Mas a visão generalizada é esteriotipada, inclusive por muita gente com phd. A China está à frente dos EUA na economia verde (ainda polui mais porem investe mais em energias alternativas) e do compartilhamento (internet das coisas), constrói casas populares com robôs tipo impressoras 3d de concreto.  E e a Índia não é só offshore outsourcing.

  13. Essa é a diferença entre EUA

    Essa é a diferença entre EUA e Brasil. Lá há embates de ideias – e isso é o melhor jeito de torná-las mais eficientes. Aqui no Brasil tudo é monopólio, até na área de ideias. Os que mandam no ministério da fazenda me parecem aqueles médicos que pra qualquer coisa – de calo a cancer – apelavam pra mesma terapia = sangria. 

  14. Derrubou a Presidenta

    Nassif, com certeza absoluta,  que derrubou a Presidenta Dilma, foi os erros econômicos de uma ideologia ultrapassado do PT.

      1. Não foi golpe, crime contra o orçamento está na Constituição

        Crime contra o orçamento está na Constituição como um dos crimes que justificam um impeachment. Atentar contra a lei de responsabilidade fiscal é um crime contra o orçamento.

  15. Os nomes para um eventual

    Os nomes para um eventual ministério de um eventual governo temer são de lascar. Parece repetição do ministério do Sarney, de 30 anos atrás.

  16. Caro André Araujo, sem entrar

    Caro André Araujo, sem entrar no mérito de seu texto, faço uma correção. Não sei de onde tirou que nos EUA os secretários do tesouro não são ligados a bancos ou ao mercado financeiro. Talvez num passado que vc tanto gosta de evocar tenha sido verdade.

    faz mais de 20 anos que a imensa maioria dos secretários do tesouro está intimamente ligada ao mercado financeiro. vamos lá:

    Robert Rubin – Citigroup. Implodiu a lei Glass Steagal 

    Larry Summers – não era diretamente do mercado mas intimamente ligado à Rubin e ao titã e Nobel Paul Samuelson, seu tio.

    Paul Oniel – ex-presidente da Alcoa. O único não ligado diretamente ao chamado mercado financeiro

    John Snow – ex-ceo da Cerberus, grande fundo de investimento 

    Hank Paulson – ex-presidente da Goldman Sachs

    Tim Geithner – atual presidente daWarburg Pincus. Era presidente do FED NY Qdo assumiu o tesouro. Intimamente ligado ao mercado. Era quem podia ter dado o alerta antes da crise e não o fez. Sabia de tudo e se calou. Como recompensa virou secRetario.

    Jack Lew – o atual, apesar de advogado, é ex-Citigroup

    portanto, não use isso pra justificar sua tese a respeito dos ministros da fazenda no Brasil. O grande problema não é ser ou não financista. O grande problema énao ser administrador!!! Economista não administra nada, NUNCA!

     

     

     

  17. Desenvolvimentistas são pré-adolescentes imediatistas
    Não querem juros altos para não prejudicar o crescimento, mas também não querem desindexar a economia, para acabar com nossa inflação inercial. Querem crescimento imediato, sem buscar construir bases estruturais para tanto, e por isso, preferem endividar o estado no limite da irresponsabilidade ao invés de dar ganhos reais de produtividade à economia. Ainda no quesito dívida, querem um estado investidor, mas não querem reformar nada na estrutura estatal, para que ele deixe de ser meramente um estado gastador. Por fim, gostam de endividar o estado, mas não gostam de pagar a dívida (não é algo notável?): as políticas de endividamento estatal dos desenvolvimentistas nos jogam no colo dos especuladores, e depois os desenvolvimentistas esbravejam contra a especulação!!!! No mais, desenvolvimentistas não se importam com a inflação, a consideram até benéfica, mas o povo, os pobres (dos quais os desenvolvimentistas acreditam ser a voz) passa apertado com seu salário perdendo valor ao longo do mês. Isso sem falar na imprevisibilidade e nas distorções econômicas geradas pela inflação. Por fim, quando leio algo como “De que adianta a estabilidade monetária para um desempregado?”, dá vontade de chorar… como se uma hiper-inflação fosse devolver a alguém o emprego que os desenvolvimentistas nacionais estão destruindo com a catástrofe econômica que criaram. Caro André Araújo: ser desempregado em meio a inflação alta é ainda pior, porque aquilo que foi economizado quando se tinha emprego vai para o espaço muito mais rápido, e aí tem que vender carro, televisão, etc.  O imediatismo e a falta de visão de longo prazo destruíram o país mais uma vez, mas nossos desenvolvimentistas não aprendem nunca. Não precisávamos estar passando por uma crise altamente previsível como essa. 

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