Xadrez da política, do crime e da contravenção

Os massacres em presídios são apenas o desfecho de um amplo processo nacional de convivência com o crime, de aceitação social, de parceria política e de negócios entre o país formal e a criminalidade.

O escravagismo e o bicho foram as primeiras organizações criminosas. Da estrutura do bicho nasceu o narcotráfico. Com seu conhecimento da arte de corromper autoridades públicas, o bicho saltou das delegacias municipais para as Secretarias de Segurança estaduais, e de lá para toda a máquina pública, para todos os poros da administração pública, entrando nas licitações municipais, estaduais, controlando o lixo, os transportes urbanos, da mesma maneira que a máfia na Itália, conforme revelou a CPMI de Carlinhos Cachoeira.

No mundo oficial, na base do Judiciário, há a generalização da prisão provisória de preso pobre. Para os tubarões, há a sucessão de recursos, a anulação de inquéritos por ninharias. Cada aumento das penalidades pega apenas os de baixo. Cada flexibilização nas penas, beneficia apenas os de cima.

Historicamente, política e crime – perdão, contravenção – sempre caminharam de mãos dadas. Na época da Proclamação da República, por exemplo, o jogo do bicho já dominava a Câmara Municipal do Rio de Janeiro (https://goo.gl/a3YqrK), através do Barão de Drummond.

Nenhum partido saiu imune dessas alianças, do PDT de Brizola ao PMDB de Quércia e Michel Temer, ao PT (clique aqui). Desde o momento em que o jogo internacional entrou na Caixa Econômica Federal, no governo Itamar Franco – vendendo sistemas para as loterias -, uma sucessão de escândalos abalou vários governos e abriu a primeira brecha no governo Lula com o caso Valdomiro – do qual se valeu a ala do Ministério Público Federal ligada a José Serra.

Vamos a um pequeno histórico das relações com a contravenção de dois personagens-símbolos do Brasil atual: o presidente Michel Temer e o Ministro da Justiça Alexandre de Morais.

Peça 1 – Michel Temer e a primeira pax paulista

As ligações de Temer com o jogo nasceram com sua própria carreira política. De advogado, tornou-se procurador. De procurador, Secretário de Segurança em São Paulo na gestão Franco Montoro. Assumiu com Montoro acossado, com manifestantes derrubando as grades do Palácio Bandeirantes, com a incumbência de montar a pax paulista. Empossado Secretário, sua primeira declaração foi pela legalização do jogo do bicho (Estadão02).

Quando saiu da Secretaria, estouraram denúncias de que sua campanha para deputado Constituinte foi bancada pelo jogo-de-bicho (clique aqui). O deputado estadual santista Del Bosco do Amaral (PMDB) acusou Temer de ter se apoiado nos “piores setores policiais, inclusive aqueles ligados ao jogo de bicho”. Acusava-o também de ter afrouxado a repressão ao jogo em troca da “corretagem zoológica” (clique aqui).

Houve uma CPI na Assembleia Legislativa, na qual o chefe de polícia de Temer, Álvaro Luz, afirmou ter sido orientado a reprimir apenas os bicheiros que atuassem de modo “ostensivo”. No caso, pequenos bicheiros que ousavam montar seus próprios negócios, competindo com Ivo Noal, Marechal, os donos do bicho em São Paulo.

As relações de Temer com o jogo não pararam aí.

O pacto do jogo com o governo do Estado durou até o caso Carandiru, no governo Fleury. Desde fins dos anos 80, o tráfico começava a invadir o estado, ameaçando o reinado dos bicheiros. Montou-se uma operação da Polícia Militar destinada a atingir alguns traficantes presos no Carandiru. Um acidente no caminho – um aparelho de TV arremessado na cabeça do comandante do efetivo, e o boato de que tinha morrido – resultou no estouro da boiada e no massacre de Carandiru.

Temer foi rapidamente convocado por Fleury a reassumir a Secretaria de Segurança. No período em que se manteve Secretário, o número de flagrantes contra o bicho caiu de 1.006 em 1990 (gestão anterior), para 746 em 1992 e 624 em 1993 (Folha17021997). Como sempre, as autuações eram em cima de pequenos bicheiros, que ousavam voos independentes. E já eram conhecidas as ligações dos bicheiros com o tráfico de cocaína (Angerami).

Um novo poder se sobrepunha ao bicho, o do PCC que rapidamente conseguiu a adesão das populações carcerárias, como efeito da profunda insegurança que se seguiu ao massacre caso Carandiru.

A ligação de Temer com o jogo era tão conhecida que, na CPI do Bingo, na Câmara Federal, incumbiu o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), relator da Comissão, de mantê-lo informado sobre as pessoas que seriam convocadas ou investigadas (https://goo.gl/39aySf).

Recentemente, o presidente da Comissão de Turismo Herculano Passos (PSD-SP), informou que avançará na proposta de legalização do jogo, depois de ter conversado com Temer e “ele disse que pretende tocar para frente a proposta porque é bom para a economia e é bom para o país”.

Peça 2 – Alexandre de Morais e a segunda pax paulista

Do mesmo modo que Temer, a estreia de Morais no campo político-jurídico foi um livro sobre constitucionalismo. E seu princípio de vida talvez possa ser sintetizado no discurso que, como Ministro, fez a uma plateia lotada de estudantes: defendeu que os futuros advogados se preocupem em ganhar dinheiro, “porque não sou comunista nem socialista, muito pelo contrário” (https://goo.gl/eHu3MK).

Se a gestão Temer foi no auge do poder do bicho, a de Morais se deu no auge do poder do PCC. O embate maior foi em 2006, durante a campanha presidencial de Geraldo Alckmin. O PCC invadiu a cidade e executou diversos agentes públicos.

Celebrou-se um acordo (https://goo.gl/Nz8lzc), do qual Morais não participou.

Depois disso, a paz voltou a reinar – e o PCC ganhou espaço para crescer. Em troca da liberdade de ação, o PCC ajudou a reduzir os crimes violentos na periferia, um varejo que tinha o inconveniente de chamar a atenção da opinião pública, obrigando a polícia a intervir.

Dessa convivência pacífica se prevaleceu Alexandre de Morais. Quando Gilberto Kassab assumiu a prefeitura de São Paulo, levou Morais como seu homem forte, iludido por sua retórica de gestor.

Tornou-se um super-secretário acumulando as pastas de Transportes e de Serviços, presidindo o Serviço Funerário, a SPTrans e a Companhia de Engenharia de Tráfego.

No cargo, era o responsável pela negociação dos sistemas de transportes, incluindo as vans, sob o controle do PCC. Saiu depois de várias decisões intempestivas e desastrosas, culminando com o anúncio inesperado de que iria rever todos os contratos de ônibus  e de vans da prefeitura (https://goo.gl/tH9bVC), sem ao menos consultar o prefeito.

A proposta desgostou muitos setores, não o PCC. Morais se tornou suficientemente confiável para, fora do cargo, ser contratado como advogado pelo PCC para sua cooperativa de vans, a Transcooper (https://goo.gl/kbxGnw)

Em 2012, a convite do colega Michel Temer se filiou ao PMDB. E, por conta dessa aliança, em 2015 assumiu o posto de Secretário de Segurança do Estado de São Paulo, mesmo posto que projetou seu mestre Temer. Saiu criando problemas no governo: não conseguiu implementar sequer a meninas dos olhos da Segurança, o sistema Detecta, de reconhecimento de atitudes suspeitas, que a Prodesp deixou pronto e acabado para ser implementado (https://goo.gl/qQ2WeS).

Peça 3 – a guerra contra o crime

A guerra contra o crime organizado se dá em quatro frentes centrais:

1.     Na economia, na medida em que o desemprego e a falta de oportunidades são fatores de aliciamento dos jovens pelo crime.

2.     Na periferia e na favela, onde o crime organizado fornece segurança à população.

3.     Nos presídios, nos quais a ordem e a integridade são garantidas pelas organizações criminosas. Os massacres ocorrem quando há conflito entre elas.

4.     No mundo empresarial e político, para identificação dos elos do crime com os sistemas formais de poder.

Não se trata de tarefa trivial.

Em países menos atrasados, é desafio para ações interministeriais, envolvendo educação, saúde, juventude, esportes, obras públicas etc. Exige também integração com Secretarias estaduais e metropolitanas, com a cooperação internacional, com a diplomacia. Exige capacidade de trabalhar com dados, estatísticas, geo-referenciamento.

De maneira solta, todos esses mecanismos existem. Mas sua coordenação exige uma capacidade superior de gestão.

Como é o gestor Alexandre de Morais?

Em 2005, como presidente da Febem, o constitucionalista Morais ordenou o maior processo de demissão em massa da história da instituição. Dois anos depois, o STF ordenou a readmissão de todos os demitidos. O Estado teve que arcar com uma conta de R$ 32 milhões, suficiente para construir 11 pequenas unidades, dentro do projeto de descentralização da Febem (https://goo.gl/JMzBv9).

Como super-secretário de Kassab, deixou a prefeitura com a fama de anunciar planos que nunca eram implementados e que, muitas vezes, nem planos eram: apenas ideias esparsas coladas com um tanto de retórica.

Depois, como Secretário de Segurança de Geraldo Alckmin não conseguiu sequer implementar a principal peça de campanha: um sistema de reconhecimento que já tinha sido desenvolvido pela Prodesp. Questionado pela imprensa sobre a demora, limitou-se a dizer, ao estilo Rolando-Lero que não concordava que as webcams ficassem na marginal, pois seriam identificadas facilmente pelos motociclistas. A Prodesp nunca foi informada dessa ressalva.

Peça 4 – o Plano Nacional de Segurança Pública

Das limitações gerenciais e profissionais de Alexandre de Morais nasceu o Plano Nacional de Segurança Pública.

As três metas traçadas já indicam sua limitação. O Plano define como prioridades o combate ao homicídio, à violência contra a mulher e ao trabalho diplomático com nações fronteiriças, visando conter o tráfico e uma vaga racionalização e modernização do sistema carcerário.

Homicídios soltos e violência contra a mulher nunca foram de responsabilidade do governo federal, e nem poderiam ser. Tratam-se de crimes locais, com motivação local e que exigem a atuação do poder local. Como irá controlar, de Brasília, as fantasiosas patrulhas Maria da Penha, com que pretende reduzir a violência contra a mulher? O que essas patrulhas fariam?

A atuação do governo federal é no combate às organizações criminosas, cujos tentáculos atingem vários estados e o exterior.

Mas esse desafio, Morais não quer encarar, pois significaria entrar no terreno cinza que permeia as relações entre a economia formal, a política e o crime.

Tome-se o caso do Comendador Arcanjo, que dominava o jogo no Mato Grosso. Algumas das grandes fortunas de soja foram construídas lavando dinheiro de Arcanjo. Sua influência vai de cassinos na fronteira até linhas de ônibus no ABC. Recentemente conseguiu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) a liberação de todos seus bens.

Como era também a influência de Carlinhos Cachoeira, suas ligações com a Delta Engenharia, seus negócios com vários governadores de estado.

É do advogado do PCC que se espera um papel similar ao dos Intocáveis?

Ora, entre advogados e clientes não existe a história da Muralha Chinesa. Há sempre uma relação de total confiança e de abertura de todas as informações do cliente, para que possa ser bem defendido.

Um Ministro da Justiça que manteve relações de confiança de tal ordem com o PCC irá conduzir o trabalho de combate ao PCC e a outras organizações criminosas?

No fim, o Plano Nacional de Segurança não passará disso: Morais produzindo factoides e uma reunião de emergência para daqui a uma semana; Michel Temer indo comer os pães de queijo na casa da presidente do Supremo Carmen Lúcia; e a Ministra soltando uma frase de efeito de seu repertório mineiro.

As atividades do PCC são públicas e notórias: o próprio Alexandre de Morais tem, no seu escritório, a relação das empresas controladas pela quadrilha. Como eram notórias as atividades de Ivo Noal e Marechal, nos tempos em que Temer era Secretário de Segurança. O crime tem nome, endereço, razão social.

Mesmo assim, seguem intocáveis. E, quando presos, transformam os presídios em escritórios.

Luis Nassif

88 Comentários

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  1. QUE MERDA, contribuo gratuitamente para este espaço…..

    QUE MERDA, contribuo gratuitamente para este espaço e ainda tenho que pagar para ler alguma coisa.

    FALTA DE RESPEITO!

      1. O GGN poderia realizar um crowdfunding para arrecadar recursos p

        O GGN poderia realizar um crowdfunding para arrecadar recursos para ampliar sua infraestrutura e botar peso em formatos audiovisuais como ocorre com o site de notícias norte americano “democracy now” (https://www.democracynow.org/), que se viabiliza apenas com assinaturas dos leitores e telespectadores. O conteúdo do GNN atingiria um público bem maior.

        1. E por falar sobre o Democracy Now…

          Baseado no formato do Democracy Now, de Amy Goodman, será que já não há massa crítica suficiente no âmbito dos chamados “blogs sujos” para se pensar em um programa semanal, via internet mesmo, que reúna jornalistas como Luis Nassif, PHA, entre outros que muitos de nós acompanhamos? Já que esses jornalistas dificilmente terão espaço na mídia corporativa, penso que assisti-los juntos (uma vez por semana, que seja) com suas análises críticas, opiniões, divergências e convergências seria um grande começo para um projeto mais ambicioso que poderia evoluir para um formato multimídia, tal como faz Goodman nos Estados Unidos. Acho que o mais difícil será juntar dois ou três desses blogueiros dadas as suas agendas e perfis jornalísticos distintos. O crowdfunding, na minha visão, talvez seja trabalhoso, mas menos difícil. 

    1. RD, após ‘Mesmo assim, seguem

      RD, após ‘Mesmo assim, seguem intocáveis. E, quando presos, transformam os presídios em escritórios.’ tem mais texto? Como ler, então, o restante?

  2. Ou seja. Sabe aquela velinha
    Ou seja. Sabe aquela velinha que joga no bingo clandestino perto da sua casa, depois joga na maquinha eletrônica e depois faz uma fezinha no bixo? Essa precisa ir pra cadeia.
    Sabe aquela mãe solteira de tres filhos e que ja é avó e desempregada e trabalha de vendedora de cartela no bingo ganhando 100 reais por dia? Cadeia nela tb. Afinal é culpa dessas pessoas que assssinos estão se assassinando dentro das cadeias. Não é culpa do playboyzinho cheirador, é da velinha do bingo. Ja vejo os bolsomitos gritando, velinha bingueira boa eh velinha bingueira morta.

  3. Imagine a cena

    Imagine a cena.

    Avião presidencial em viagem a Portugal.

    Temer, Moraes e Gilmar Mendes discutindo os massacres no presídios do Norte.

    Dá pra acreditar.

  4. Entreguismos e bandidagens

     

    “Os massacres em presídios são apenas o desfecho de um amplo processo nacional de convivência com o crime, de aceitação social, de parceria política e de negócios entre o país formal e a criminalidade.

    O escravagismo e o bicho foram as primeiras organizações criminosas. Da estrutura do bicho nasceu o narcotráfico. Com seu conhecimento da arte de corromper autoridades públicas, o bicho saltou das delegacias municipais para as Secretarias de Segurança estaduais, e de lá para toda a máquina pública, para todos os poros da administração pública, entrando nas licitações municipais, estaduais, controlando o lixo, os transportes urbanos, da mesma maneira que a máfia na Itália, conforme revelou a CPMI de Carlinhos Cachoeira.”…

     

    Por tudo que já foi divulgado, a turma de preto (informação) contando com indivíduos tipo Cunha, Aécio, FHC, Serra, Moro, Janot, Alckmin e outros muitos, situados em poderosas áreas, depuseram a Presidente Dilma/PT, mulher nacionalista, honesta e humana. Para conseguir depô-la, precisaram fazer gigantescas impunes badernas por todas as grandes capitais, objetivando destruir a euforia e a segurança, interna e externa, existente na economia do Brasil, de até então, bem própria dos governos de Lula/PT e de Dilma/PT.

    Contando com total apoio da grande mídia “livre”, cínica e mentirosa, empurraram a economia para o clima atual, de falências, grande desemprego, muita descrenças, ininterruptas desmoralizações e inseguranças. Para piorar ainda mais, pelo publicado, deixaram no Poder, elementos entreguistas e de condutas altamente suspeitas, inclusive, de ligações com a CIA, com os EUA e com a contravenção. Sinceramente, a continuar o Poder com essa gente, a nossa economia ruma para o pior. Ruma para o caos generalizado. Acreditem.

  5. Não sou especialista no

    Não sou especialista no assunto, mas, olhando de fora, fica claro que o problema prisional nunca foi levado a sério por nenhum governo.

    Então ficamos assim: ontem aconteceu uma chacina pavorosa, em seguida vieram os ultraconservadores dizendo que foi pouco, na sequencia o povão, intoxicado pelo Datena e Marcelo Rezende, diz que a solução é mesmo fazer uma limpa. Amanhã a coisa volta ao normal e todos esquecem tudo. Daqui algum tempo ocorre outra explosão e os discursos e as desculpas se repetem só para se descobrir que nada foi feito… apesar dos avisos….

    E assim anda o Brasil. Muito se fala, pouco se resolve, descaso com quase tudo e todos, as pessoas que se explodam (afinal o negócio é ganhar dinherio, certo?) e vamos em frente que em fevereiro tem Carnaval.

    E esse é o tal “País do Futuro”…

  6. Impressionante a quantidade

    Impressionante a quantidade de dados,artigos,textos outros,informacoes mil,que o Moreno de Pocos de Caldas,o mais completo jornalista de sua geracao,consegue reunir,a titulo de provas,no Xadrez nosso de cada dia.Nao posso nem devo alongar-me para nao tirar o foco do livro sobre a serie Xadrez,vamos por assim dizer,que ele apalavrou-se com os cadastrados,cadastradas e nao cadastrados que aqui aportam.Pelo teor explositivo exposto no Xadrez de hoje,a fila para comentarios,de tao extensa,ja se aproxima da Marginal Tiete.Ha rumores de que pessoas tenham passado a noite na fila.De tudo que o Moreno de Pocos de Caldas apresentou e provou no Xadrez em tela,outra alternativa nao resta ao governo comandado por Michel Temer,carinhosamente aqui tratado por mim como Don Altobello,em criar o MINISTERIO DA INTERACAO NACIONAL,por indicacao das Faccoes PCC,CV e FDN, apresentar com o aval indispensavel do Ministro da Justiça,o senhor Joao Baptista Lima Filho,o nao menos famoso Coronel Lima,como titular do novo Ministerio.Matava-se dois coelhos com uma so cajadada.Apaziguava a zorra toda,e o futuro de Michelzinho estava definitivamente garantido.

  7. O Crime e a Sociedade

    A sociedade brasileira tem gerado aumento de violência e da prática de diversos crimes, por causa da extrema desigualdade social que privilegia poucos e pune muitos com a miséria e o desemprego. A violência explode em qualquer lugar, a cada instante, com chacinas, agressões, assaltos, arrastões, brigas de torcidas de futebol (40/50 anos atrás entravam 200 mil pessoas no Maracanã e não havia briga alguma)

    25% da população carcerária correspondem a pessoas que ainda nem foram julgadas, ilustrando alguma desatenção pela parte da justiça, normalmente pobres e pretos;

    25% da população carcerária (geral, pois entre mulheres a % é maior) correspondem a delitos associados ao tráfico de drogas. Pequenos traficantes ficam presos na sua tentativa de chegar com o “produto” até um playboy qualquer, o qual pode ter até um helicóptero cheio de droga que nada é feito na sua contra.

    Quando há dinheiro envolvido, quando existe alguém com algum dinheiro arrolado nos fatos, os advogados caem acima dele e aí sim o processo é aberto e resolvido (como o caso do filho do Eike Batista). A justiça, em geral, age quando há dinheiro e honorários suficientes para mobilizar advogado.

    Agora, o crime mesmo, a polícia e a justiça são extremamente ineficientes para resolver. Por exemplo, por ano, são mais de 50 mil mortes no país. E os casos em que os assassinos são punidos não chegam sequer a 8%. Não há inteligência nem investigação; longe estamos do tempo do Sherlock Holmes.

    http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2014/04/maioria-dos-crimes-no-brasil-nao-chega-ser-solucionada-pela-policia.html

    Ou seja, uma morte qualquer, um assassinato, que envolve pesquisa e inteligência, mas que não há ninguém pagando por trás parece não receber devida atenção, nem sequer do guardinha da esquina. Se o Tim Lopes não fosse jornalista da Globo ainda não teriam nem reconhecido nem o cadáver.

    A crise prisional é devida, em grande parte, à crise social, à extrema desigualdade que vivemos. Acho que as pessoas são mais honestas, respeitosas com o próximo e cuidadosas perante atos delitivos quando tem algo a perder, não apenas dinheiro, mas o seu nome e a sua credibilidade, perante familiares e amigos. Já, quem nada tem a perder, cai no crime apenas como opção única de sobrevivência e desafogo na sua revolta.

    A sociedade brasileira, ao atingir melhore indicadores sociais, verá gradativamente reduzir a corrupção e o crime.

  8. BINGOS EM SP
    Em São Paulo tá cheia de casas de bingo.É inacreditável tem uma perto de casa. Vira e mexe a polícia militar aparece faz uma batida e no dia seguinte a casa volta a funcionar. Como explicar isso Nassif?

    1. Simples

      A PM vai lá e cobra a propina que achou insuficiente. Se os caras do bingo pagarem sem chiar, os PMs vão embora e liberam a atividade contraventória.

    2. Aqui em Brasília é pior

      Aqui de vez em quando a polícia estourava um bingo clandestino, mas só os mequetrefes. Os cassinões mesmo, instalados em luxuosas casas em locais discretíssimos, raramente eram incomodados. Mas de uns três anos pra cá nem dos binguinhos mais se ouve falar.

  9. Parece claro que o careca tem

    Parece claro que o careca tem uma blindagem mais forte do que o normal, cometeu tantas trapalhadas que o comum dos mortais já teria sido defenestrado.

    No momento político atual em que o importante é ser ousado, abusado e violento Moraes preenche com louvor os requisitos e pode se tornar uma peça chave na consolidação do conservadorismo de maçonaria que domina são paulo e se espalha pelo país, pode ser um forte candidato a um cargo executivo por exemplo.

    Não esperem de uma republiqueta de bananas como o Brasil que os mais competentes ascendam ao poder vivemos uma época em que só os maus sobrevivem.

     

  10. Eis aqui um artigo em que a

    Eis aqui um artigo em que a questão colocada para solucionar o problema é apenas e tão somente vontade política e pressão social.

    Por que o exemplo a ser seguindo é sempre o estadunidense, por que não olhamos para outros lugares.

    http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2017-01-07/armas-de-fogo-japao.html

    Como o Japão praticamente extinguiu as mortes por arma de fogo

    Por BBC – Harry Low | 

    07/01/2017 15:27  Tamanho do texto+Home iG › Último Segundo› Mundo

    Por conta de uma legislação rigorosa contra as armas, foram registradas no país seis mortes contra 33.599 nos Estados Unidos no mesmo período

    BBC

    Até mesmo o crime organizado no Japão dificilmente usa armas de fogo. Geralmente, os criminosos utilizam facasGhutterstockAté mesmo o crime organizado no Japão dificilmente usa armas de fogo. Geralmente, os criminosos utilizam facas

    O Japão tem uma das menores taxas do mundo de crimes cometidos com armas de fogo. Em 2014, foram registradas no país seis mortes contra 33.599 nos Estados Unidos no mesmo período. Mas qual é o segredo dos japoneses?

    Se você quer comprar uma arma no Japão é preciso paciência e determinação. É necessário um dia inteiro de aulas, passar numa prova escrita e em outra de tiro ao alvo com um resultado mínimo de 95% de acertos. Também é preciso fazer exames psicológicos e antidoping.

    +  Como armas compradas pelos EUA acabaram nas mãos do Estado Islâmico

    +  PM baiano desvenda significados de tatuagens no mundo do crime

    Os antecedentes criminais são verificados e a polícia checa se a pessoa tem ligações com grupos extremistas. Em seguida, investigam os seus parentes e mesmo os colegas de trabalho.

    Lei rigorosa

    A polícia tem poderes para negar o porte de armas, assim como para procurar e apreendê-las. E isso não é tudo. Armas portáteis são proibidas. Apenas são permitidos os rifles de ar comprimido e as espingardas de caça.

    A lei também controla o número de lojas que vendem armas. Na maior parte das 47 prefeituras do Japão, o número máximo é de três lojas de armas e só se pode comprar cartuchos de munição novos se os usados forem devolvidos.

    A polícia tem que ser informada sobre onde a arma e a munição ficam guardadas – e ambas devem estar em locais distintos, trancadas. Uma vez por ano a polícia inspecionará a arma. Depois de três anos, a validade da licença expira e a pessoa é obrigada a fazer o curso e as provas de novo.

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    Tudo isso ajuda a explicar por que os tiroteios e massacres com armas de fogo são muito raros no Japão. Quando um massacre ocorre no país, geralmente o criminoso utiliza facas.

    Apenas seis tiros em 2015

    A atual lei de controle de armas japonesa foi criada em 1958, mas a ideia por trás dela remonta a séculos atrás.

    “Desde que as armas chegaram ao país, o Japão sempre teve leis bastantes rigorosas,” diz Iain Overton, diretor-executivo da organização não-governamental Action on Armed Violence e autor do livro Gun Baby Gun (Arma Baby Arma, em tradução livre).

    “O Japão foi o primeiro país do mundo a criar leis sobre as armas e isso é a base para mostrar que elas não fazem parte da sociedade civil”. A população japonesa tem sido premiada por devolver armas antigas, algumas de 1685.

    Overton descreve essa política como “talvez a primeira iniciativa para comprar armas de volta”. O resultado é um índice muito baixo de porte de armas: 0,6 armas por 100 pessoas em 2007, em comparação com 6,2 por 100 na Inglaterra e no País de Gales, e 88,8 por 100 nos Estados Unidos, de acordo com o projeto Small Arms Survey, do Instituto de Estudos Internacionais e de Desenvolvimento de Genebra, na Suíça.

    “Quando se tem armas na sociedade, há violência armada. E acredito que a relação tem a ver com a quantidade”, diz Overton. “Se há poucas armas numa sociedade, é quase inevitável que os níveis de violência sejam baixos”, acrescenta.

    Policiais japoneses dificilmente andam armados e a ênfase é maior nas artes marciais – todos devem chegar a faixa preta do judô. Eles passam mais tempo praticando quendô (uma luta com espadas de bambu) do que aprendendo a usar armas de fogo.

    Espingardas de caça e rifles de ar comprimido são as únicas armas que se pode comprar legalmente no JapãoshutterstockEspingardas de caça e rifles de ar comprimido são as únicas armas que se pode comprar legalmente no Japão

    “A resposta à violência nunca é violência. A polícia japonesa disparou apenas seis tiros em todo o país em 2015”, diz o jornalista Anthony Berteaux. “O que geralmente a polícia japonesa faz é usar imensos colchonetes para embrulhar, como uma panqueca, a pessoa que está violenta ou bebeu demais e levá-la para se acalmar na delegacia”, explica.

    Overton compara este modelo com o americano que, segundo ele, tem sido o de ‘militarizar a polícia”. “Se há muitos policiais sacando armas nos primeiros instantes de um crime, isso leva a uma pequena corrida por armas entre a polícia e os criminosos”, afirma.

    Para frisar o tabu ligado ao uso inadequado de armas no Japão, um policial que usou a própria arma para cometer suicídio foi processado, depois de morto, por ter cometido um crime.

    Ele se matou quando estava de serviço – os policiais nunca andam armados nas folgas e deixam as armas na delegacia quando terminam o dia de trabalho.

    O cuidado que a polícia tem com as armas de fogo se aplica aos próprios policiais. Uma vez, o jornalista Jake Adelstein assistiu a um treinamento de tiro e, quando todas as cartucheiras foram recolhidas, a preocupação foi imensa ao descobrirem que estava faltando uma bala.

    “Uma bala tinha sumido – havia caído atrás dos alvos – e ninguém pôde sair dali até que fosse achada”, lembra. “Não existe um clamor popular no Japão para que as leis sobre armas sejam relaxadas”, diz Berteaux. “Isso tem muito a ver com um sentimento pacifista do pós-guerra, de que a guerra foi horrível e não podemos nunca mais passar por isso”.

    “As pessoas assumem que a paz sempre vai existir e, quando se tem uma cultura como esta, você não sente a necessidade de estar armado ou de ter um objeto que acabe com esta paz”.

    Na verdade, movimentos para aumentar o papel do Japão em missões de paz no exterior têm causado preocupação. “É um território desconhecido,” diz Kouchi Nokano, professor de Ciência Política. “Será que o governo vai tentar tornar normal a morte nas forças de defesa e até mesmo exaltar o uso de armas?”

    De acordo com Iain Overton, “o nível de rejeição que torna quase tabu” as armas no Japão significa que o país “caminha para se tornar um lugar perfeito” – embora ele lembre que a Islândia também tem um índice muito baixo de crimes com armas de fogo, apesar de ter muito mais donos de armas.

    Henrietta Moore, do Institute for Global Prosperity da University College London, aplaude os japoneses por não considerarem a propriedade de armas como uma “liberdade civil” e rejeitarem a ideia de que armas de fogo “são algo que se usa para defender a sua propriedade contra outras pessoas”.

    Mas para o crime organizado japonês as rígidas leis de controle de armas são um problema. Os crimes da máfia japonesa, a Yakuza, caíram drasticamente nos últimos 15 anos e os criminosos que continuam usando armas de fogo têm que descobrir novas maneiras de entrar com elas no país.

    “Os criminosos escondem armas dentro de carregamentos de atuns congelados”, conta o policial aposentado Tahei Ogawa. “Já descobrimos alguns peixes recheados com armamento”.

    Fonte: Último Segundo – iG @ http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2017-01-07/armas-de-fogo-japao.html

    1. E vai piorar muito

      E vai piorar muito ainda. 

      Mas pergunto: quantos desses que hoje estão sofrendo foram as ruas defender o governo que as favorecia? Como muitos que aqui comentam, conheço muita gente que gritava o “Fora Dilma” a plenos pulmões sem ter a menor ideia de quanto dependiam dos programas do governo. Hoje estão na rua da amargura e ainda culpam a “corrupição do PT”… E tem ainda esperanças que a coisa vai “melhorar”. 

      Bem, é como sempre digo: todo castigo pra burro é pouco.

      1. Pára com isso, Marcos. As manifestações anti-PT eram elitizadas

        Pobre não participou das Manifestações contra o PT e panelas eram batidas apenas nos bairros de classe média e alta. Os pobres encheram 11 quarteirões da Av. Paulista no ano passado em defesa do Lula. Portanto, não seja injusto com os pobres.

        1. Não sei, mas alguma coisa me

          Não sei, mas alguma coisa me diz que não foi o suficiente, ou foi?

          Não eram pobres. Não era a favela. A esmagadora maioria era de gente de classe média e média baixa com um mínimo de consciência política. O grosso do povão nem se mexeu.

          Se o povão tivesse realmente lutado para impedir o que aconteceu teriam posto fogo no país para preservar o Governo Dilma. Ninguém seguraria. Posso estar enganado, mas acho que não bem isso se aconteceu.

        2. Rui, me desculpe mas pelo seu

          Rui, me desculpe mas pelo seu raciocínio o Brasil seria um país de primeiro mundo, com a população formada na sua ampla maioria de pessoas muito bem de vida, sendo os pobres minoria. Foram representativas as manifestações de apoio ao Lula, mas não deu pra comparar com as maiores manifestações da história do país com milhões de pessoas na rua gritando Fora Dilma e Fora PT. 

          Você tem razão quando diz que o pobre não participou das manifestações contra o PT, o lance é que a classe pobre de uma maneira geral, de forma espontanea, não participou de manifestação política nenhuma nesse país, porque na sua grande maioria são despolitizados. Você erra quando diz que os pobres encheram os quarteirões da Paulista, porque estava lá o movimento estudantil, uma elite intelectual simpatizante da esquerda, a militancia dos partidos de esquerda, funcionários públicos (muito bem remunerados) e suas entidades, e os movimentos sindicais/sociais, estes sim, concentrando pessoas mais humildes, mas que estavam lá mais por convocação do que por convicção. Sejamos francos, se quer desqualificar as manifestações anti-PT colocando a pecha de elitizada, a mesma vai servir para as manifestações pró-PT, porque todas elas foram elitizadas. A grande diferença no número de uma e de outra só mostra que a grande maioria da elite é contra o PT, mas ainda existe uma minoria a favor, você e esse blog são prova disso, não tem ninguém pobre por aqui. 

  11. Tomada de Consciência….

    Sera o Brasil um pais de contraventores, criminosos e estelionatário?
    Sem generalizar, pois creio que temos muita gente honesta neste enorme Brasil,
    mas a meu ver, estamos antes de tudo numa crise “moral”, de valores e principios.Quando digo “moral”, excluo tudo o que diz respeito a esfera privada de um cidadão, que para min, concerne e interessa o cidadão em questão e mais ninguem…Sendo conciso, se o cidadão em questão, entre quatro paredes, prefere fazer amor com uma cabra vestido de Bozo(não achei um exemplo….) ou tomar whisky no cafe da manhã(Churchill), isso não é problema meu…Quanto as figuras publicas, na minha opinião, perderam completamente os parametros do que se pode e não se pode dizer e fazer, e por consequencia a sociedade foi pelo mesmo caminho, como diz um ditado africano:É a agua que toma a forma do vaso, não o contrario…..
    Feita a introdução, parabenizo o Nassif pelos xadrezes, e como disse alguem, um livro não seria má idéia…
    Voltando ao titulo do post, para algo serve esta crise, mesmo se o preço das lições é descabido e “imoral”, poem as claras o nivel de comprometimento de nossas intituições.
    No legislativo temos dois terços de parlamentares contraventores/estelionatário, assumidos e de bem com a vida..
    No executivo, nem me dou ao trabalho de comentar, Nassif nos esclareceu com este xadrez..
    A grande midia que passa o dia a vender o viaduto do cha ou a ponte Rio-Niteroi a incautos leitores,midia esta composta em boa parte, por “jornalistas” vendidos e alugado….
    O judiciario, que defende com unhas e dentes o seu “direto” de infringir a lei pelos motivos mais banais e corporativos..
    Igrejas onde estelionatários proliferam como mosquito da denge, e são filmados extorquindo fieis sem o menor problema, e ainda se elegem a cargos no legislativo….
    Neste quadro, não me espanta o crescente protagonismo do crime organizado…E quanto as comparações, seria de bom tom, olhar o proprio telhado antes de dizer que a criminalidade no Mexico…não, meus amigos, o Mexico ja somos nos….Mas a Grecia….Não tivessemos os recursos naturais que temos, e ja seriamos a Grecia, sem a possibilidade de pegar um carro e a familia e imigrar par a Alemanha, França ou Inglaterra..Estamos condenados a ser uma provincia extrativista?Espero que não, mas que tem todo jeito, tem…..

  12. Cabeças cortadas nos presídios preservam a cabeça de Temer

    Muito bom o texto como todo o xadrez do Nassif, mas eu senti falta de um pouco de polêmica mais audaciosa. Essa medida do plano naconal de segurança, que visa favorecer a libertação do Eduardo Cunha, não me parece apenas concidência, vindo de um ministro da justiça que já foi advogado do PCC e de Eduardo Cunha. A pergunta que paira no ar e que ninguém tem coragem de fazer é : Será que essas rebeliões nos presídios não foram facilitadas para precipitar a adoção do tal plano de segurança, que no final das contas, pode soltar Cunha e cia? É uma acusação muito grave para fazer sem provas. Não estou afirmando que isso aconteceu, mas cabe uma investigação sobre isso.  Mas quem teria vontade ou força para fazer essa investigação? 

  13. Cabeças cortadas nos presídios preservam a cabeça de Temer

    Muito bom o texto como todo o xadrez do Nassif, mas eu senti falta de um pouco de polêmica mais audaciosa. Essa medida do plano naconal de segurança, que visa favorecer a libertação do Eduardo Cunha, não me parece apenas concidência, vindo de um ministro da justiça que já foi advogado do PCC e de Eduardo Cunha. A pergunta que paira no ar e que ninguém tem coragem de fazer é : Será que essas rebeliões nos presídios não foram facilitadas para precipitar a adoção do tal plano de segurança, que no final das contas, pode soltar Cunha e cia? É uma acusação muito grave para fazer sem provas. Não estou afirmando que isso aconteceu, mas cabe uma investigação sobre isso.  Mas quem teria vontade ou força para fazer essa investigação? 

  14. chocado mas não surpreso

    Onde estão os paneleiros?

    Como essa gente é alienada!!!

    Eles acham que os problemas não vao sair da pereferia para atingir os bairros das “pessoas de bem”.

    Não se iludam, é uma questão de tempo.

    Ainda vamos pagar muito caro por ter um governo desses.

     

  15. Jogo do bicho em 1889? PCC no massacre do Carandiru?

    O jogo do bicho surgiu em 1892, não podia dominar a Câmara do Rio em 1889, na proclamação da República.

    http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/e_bicho_na_cabeca.html

    Quanto ao PCC, a organização surgiu em agosto de 1993, tendo como uma de suas “causas” justamente “vingar a morte” dos 111 presos assassinados no massacre do Carandiru, ocorrido em outubro de 1992.

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u121460.shtml

    Por fim, pra analisar a sombra do crime organizado pairando sobre o governo, acho indispensável se falar de Moreira Franco. Qual governador de estado teve como personal trainer um dos sequestradores de Roberto Medina? 

    http://istoe.com.br/113912_A+GUERRA+NO+RIO+NO+TUNEL+DO+TEMPO/

    1. E isso muda o quê?Nassif vai
      E isso muda o quê?Nassif vai ter refazer todo texto por essa descoberta de mais uma jazida do pré-sal que você trouxe a tona.Ora Portuga,vais te catare.

    2. O texto de fato está um tanto

      O texto de fato está um tanto quanto confuso. Parece um catado de textos já feitos. Os pontos que Alan aponta são as mais graves falhas. Citar a proclamação da república não ajuda muito a explicar a situação atual. Traçar a linha que une Temer, Alexandre e Saulo poderia melhorar tudo isso. 

    3. 1. O barão de Drummon começa

      1. O barão de Drummon começa seu trabalho de lobby para conseguir apoio para o Jardim Zoológico em 1884. Com a Proclamação da República perde o apoio que viria do poder púpblico. No dia 18 de setembro de1890 – antes da Repúblic completar um ano – envia petição à Câmara dos Vereadores solicitando autorização para explorar o jogo. A autorização sai pouco depois.

      https://goo.gl/a3YqrK

      2. De fato, a represália foi contra traficantes que chegavam a São Paulo. Em função do massacre, nasceu o PCC. Acertei o texto para deixar claro.

      1. Não tem nada a ver com o bate-teclas…

        Nassif você acha que em caso de convulsão social o crime organizado poderia armar os “convulsionados” (sic).

        E que considero muito provável que ocorra uma até 2020, caso os coxinhas-MPF’s-PSBD, ocupem o poder federal apartir de 2018.

        1. Crime organizado não tem preferência ideológica ou partidária

          O crime “conversa” com qualquer um disposto a conversar com ele. Não importa pra eles PT, PSDB ou o que seja no poder. Eles estão pouco se lixando pra situação política, social e econômica do país, contanto que não atrapalhem os “negócios” deles.

    4. Apenas uma ênfase…

      A proclamação deu-se em 1889. O fato descrito deu-se em 1892,  portanto era uma época marcante. Época da proclamação que estava fresquinha com 3 anos de idade. Daí o jogo do bicho teve início sim, na época da proclamação da República, assim  como o massacre em Manaus e Roraima está acontecendo na época do golpismo que nasceu em 2016 !

  16. Seminal, demolidora reportagem-análise

    Prezados leitores,

    Com essa reportagem-análise, Luís Nassif mostra que o DNA criminoso do traidor-golpista-usurpador-corrupto profissional, michel temer, hoje ocupante da presidência da república e deste que ele nomeou pra o ministério da justiça, alexandre de moraes.

    O minucioso trabalho de reportagem e análise exuma os cadáveres de michel temer e alexandre de moraes. E como cheiram mal esses corpos em franco estado de decomposição! É de embrulhar o estômago e causar náuseas e vômito o odor pútrido e fétido exalado pelas entranhas desses chefes do crime hoje encastelados na presidência da república e no ministério da justiça. 

    Luís Nassif recorreu a seu arquivo/acervo de reportagens, além do que foi publicado em veículos do PIG/PPV, quando estes ainda faziam algo que podia ser chamado de jornalismo. Fosse o Brasil um país sério, em que as instituições não estivessem – todas elas, poderes políticos, PF, MP e PJ – apodrecidas e tomadas por organizações criminosas, uma reportagem-análise como esta, pela contundência e veracidade das denúncias e provas apresentadas, ensejaria a renúnicia de ambos: michel temer e alexandre de moraes. Mas no Brasil pós-golpe as piores ORCRIMs é que detém os poderes e comando  do País. Sem revolução não há solução.

    Aplausos de pé, para este trabalho brilhante de Luís Nassif. Para elaborar uma reportagem-análise como esta, ele deve ter trabalhado algumas semanas.

    1. Preocupante é que com todo

      Preocupante é que com todo esse histórico, essa conexão com o submundo, o cara foi alçado, primeiramente, à condição de vice presidente da república… onde estava o PT, que não viu isso? Onde estava o PT, que simplesmente possibilitou que uma corja de safados do PMDB tomaase conta da maioria dos postos chaves do Estado brasileiro?

      É… de fato, está tudo dominado… recorrer a quem, meu jisuis? Não sobra ninguém…

      1. Forças ocultas; submundo, realpolik…

        Sr. Adolpho,

        A reportagem-análise de Luís Nassif, bem como o meu comentário não fazem alusão a partidos políticos, seja de Esquerda, seja de Direita. O que ele e eu fizemos foram críticas contundentes, bem fundamentadas, mostrando o caráter mafioso, criminoso e malévolo das quadrilhas e ORCRIMs que hoje dominam o País (seja na política, com as quadrilhas que tomaram de assalto o governo federal, seja na burocracia do Estado, em que polícias, ministério  público e poder judiciário estão eivados de ORCRIMs institucinais, de que a Fraude a Jato é exemplo mais eloqüente).

        Você acompanha os fatos sócio-econômico-políticos no Brasil desde que Lula foi leito em 2002? Acompanhou e entendeu o a primeira tentativa de golpe, lançada em 2005, como farsesco e midiático “mensalão do PT”? Entendeu como a máquina fisiológica e corrupta do PMDB do sr. michel temer (que fez aliança e participou de TODOS os governos desde que os militares o entregaram ao aliado José Sarney, passando pelos dois de FHC) exigiu uma “quota” de participação nos governos de Lula e Dilma, para que não fossem derrubados? Entendeu que as manifestações de 2013 nada tiveram de espontâneas e que ali foram lançadas em terreno fértil as sementes do golpe que se consumou em 2016? Você percebeu a ação mais direta e incisiva do alto comando internacional e das forças externas que comandaram o golpe, a partir das espionagens da NSA e da cooptação da burocracia estal brasileira, aí inclusos a PF, o MP e o PJ?

        Você acha mesmo, que a a presidenta eleita, Dilma Vana Rousseff, com o passado de ex-guerrilheira, que participou da luta armada contra a ditadura militar, que foi barbaramente torturada por esse regime de exceção, que mesmo violentada, torturada e abusada JAMAIS delatou alguém, você acha que ela escolheu michel temer para ser vice na chapa em que concorria à presidência da república? Acha também que um partido nascido a partir de base operária, de intelectuais e ala progressista da igreja católica, tinha ou tem apenas ambição de chegar ao poder e nele se manter como razão e finalidade única deter o mando e o comando do País?

        Você acha que a Esquerda e o PT conseguiram chegar ao poder de fato ou apenas exerceram parcela menor dele? Quem sempre deteve e detém o poder de fato no Brasil? As oligarquias, não é mesmo!? E a burocracia do Estado (PF, MP e PJ) se alinha com qual espectro político? O da direita, hoje representado pelo PSDB, pelo DEM, pelo PMDB, pelo PPS e por esses partodos controlados pelos fundamentalistas religiosos, pelos reacionários e nazifascistóides, certo!? O PJ brasileiro é mais do que conservador; ele é oligárquico, plutocrático, reacionário, escravocrata. A direita brasileira é toda assim.

        Pelas questões que apresentei acima, fica claro que michel temer e o PMDB não foram uma escolha da presidenta Dilma ou do PT, mas uma imposição da velha, fisiológca, oligárquica e corrupta política brasileira. De forma isolada, a Esquerda brasileira (PT, PC do B, na época o PDT, depois o PSOL, que depois escolheu se opor aos governos Lula e Dilma) conseguiria governar? Se mantivesse o isolamento, é provável que o ex-presidente Lula sequer terminasse o primeiro mandato.

        No Brasil nunca houve democracia plena. Note que a CF/1988 manteve esse presidencialismo de coalizão recheado com uma legislação semiparlamentarista. A própria lei 1079/1950, a do impedimento, usada para depor a presidenta Dilma sem que ela tenha cometido qualquer crime, é de natureza parlamentarista, totalmente incompatível com o regime que se diz presidencialista. Num regime o presidencialista de fato apenas uma suprema côrte constitucional ou de justiça pode afastar o presidente (chefe de Estado e de governo) e somente com forte embasamento jurídico. A decisão deve ser colegiada. Obsevre que no golpe de 2016, o stf lavou as mãos e até hoje não julgou o mérito do processo; isso mostra que jurìdicamente ele é nulo e que o STF participou da trama golpista.

        A questão, portanto, não é de percepção mas de fraqueza e impossibilidade de uma Esquerda Democrática exercer o poder de fato e em plenitude. Críticas podem e devem ser feitas, mas é preciso enxergar todas as dimensões dos problemas enfrentados pelo PT e pela Esquerda Democrática. Lembre-se que no Brasil não houve revolução, que a chamada ‘redemocratização’ foi consentida e por isso mais de fachada do que efetiva e que as oligarquias que sempre detiveram o poder de fato no Brasil (dentre elas a dos meios de comunicação, a agrária, a empresarial, a armada, a religiosa) jamais deixaram que as classes trabalhadoras comandassem os rumos do País. Os governos petistas, que por três mandatos ensaiaram fazer distribuição de renda e inclusão social foram apeados do poder, assim que as oligarquias se sentiram ameaçadas e incapazes de eleger um dos seus.

         

        1. Ou seja, resumindo: cúmplices

          Ou seja, resumindo: cúmplices do crime,  que se encondem atrás de teorias da conspiração, nas quais o grande inimigo  está disperso (PF, MPF, Judiciário, PIG…) , ou no estrangeiro, no outro…

          Falam de Temer, como pessoa apaniguada com o crime (alçado ao poder com a ajuda indireta e inestimável do PT), como se apenas ele estivesse nessa condição, e tudo por conta da “governabilidade”, mas se esquecem de outras figuras históricas e envolvidas em esquemas bem mais antigos: explica aí o Palocci e a máfia do lixo de Ribeirão Preto; o ZD e o Waldomiro (e as caça-níqueis); o Celso Daniel e o esquema de Santo André… 

          Fica parecendo que o poder e o crime sempre tiveram uma associação bem íntima. 

      2. Eu juro

        Adoldo eu juro que não havia lido nenhum comentário, inclusive o seu.

        Fico feliz porque comungamos com as mesma análises.

        (…)” onde estava o PT que não viu isso?”

  17. Se o Brasil caminha para a

    Se o Brasil caminha para a barbárie, nada mais natural do que o ministro da justiça e o PCC sejam unha e carne, assim como o atual presidente usurpador era com o bicho.

    A questão hoje do brasileiro é: Qual bandido vai me defender daquele outro bandido? Sendo que dos banqueiros ninguém está a salvo.

    O Brasil virou um reality show tipo “sobrevivência no inferno”

  18. A Presença de Alexandre de

    A Presença de Alexandre de Morais no ministério da justiça é o caos. 

    O Grupo político de Alexandre de Morais está ligado intimamente ao crime organizado. o PCC está na alta roda do governo.

    Quem disse que Tucano não vai preso ??? OS Grandes não vão, mas o PCC é a organização que reune os Tucanos presos…

  19. FBC já começou a fazer lobby

    Assisti a uma entrevista do senador Fernando B. Coelho à Radio Jornal em Recife. A pressão do senador é uma coisa absurda para a aprovação da legalização dos bingos e jogos de azar. Logo quem FBC denunciado na Lava Jato, bingo.

  20. O Nassif tem uma clara

    O Nassif tem uma clara tendência para se tornar um brilhante escritor de contos de terror, envolvendo jogadores de xadrez e de pôquer (como no velho faroeste americano), jogo do bicho, tráfico de drogas, golpistas envolvidos com o crime organizado, etc.

    É o nosso Stephen King. A diferença é que o Nassif não faz ficção. É a mais pura verdade factual.

    Eu vinha lendo apavorado o pavoroso, a palavra da moda, (mas, brilhante) post do Nassif quando me deparei com o antepenúltimo parágrafo. Entre aspas, a seguir:

    “No fim, o Plano Nacional de Segurança não passará disso: Morais produzindo factoides e uma reunião de emergência para daqui a uma semana; Michel Temer indo comer os pães de queijo na casa da presidente do Supremo Carmen Lúcia; e a Ministra soltando uma frase de efeito de seu repertório mineiro.”

    Aí, eu caí na gargalhada. Minha mulher subiu as escadas para verificar se eu estava tendo um surto epiléptico.

    Nassif é um gênio. Desenvolve o texto como Stephen King e encerra como Woody Allen.

    Por isto, já tentei assinar 2 vezes o Jornal GGN, mas me deparei com a tal da manutenção. Coincidência ?

  21. As informações trazidas por

    As informações trazidas por esse Xadrez são aterrorizantes. É muito pior do que a corrupção, estamos lidando com bandidos perigosos que estão no ápice do governo golpista.

    1. As ORCRIMs institucionais tomaram o poder

      Quando, há quase um ano e meio, eu chamei a Fraude a Jato pelo que é, um ORCRIM institucional, alguns acharam exagero ou teoria/lorota conspiratória. Mas depois constataram que eu tinha razão.

      As quadrilhas, as ORCRIMs mais perigosas, as de Estado, são aquelas hoje nos poderes (não apenas no Planalto e no Congresso, mas sobretudo na burocracia do Estado – PF, MP e PJ). As informações apresentadas pelo Nassif são, de fato, aterorizantes. 

    2. Na Italia a ManiPulite, que
      Na Italia a ManiPulite, que serviu de exemplo pro Moro e cia, levou ao poder o corrupto Berlusconi, magnata das comunicaçoes. Por aqui a manipule é uma versão piorada da sua congęnere italiana: nao deu fim a corrupção, pelo contrário a incrementou, alem de destruir a economia e empresas nacionais. A manipule tupiniquim teve a agravante de centrar fogo em apenas um partido, e fez isso ao arrepio da lei e sem provas, o que serviu ao golpe de Estado para levar ao poder os verdadeiramente corruptos, o crime organizado tomou de conta.

      Nassif: a Lava Jato como operaçào de guerra [lawfare]….
      uma operação de guerra contra o PT, a democracia e o interesse nacional, poderiamos acrescentar

      https://www.google.com.br/amp/www.cartacapital.com.br/politica/como-a-lava-jato-foi-pensada-como-uma-operacao-de-guerra-5219.html/@@amp?client=ms-android-samsung

  22. Algumas considerações.

    É um enorme desafio escrever sobre algo tão complexo.

    Vamos considerar alguns tópicos, que ajudam a orientar e afastar alguns lugares comuns…

    Primeiro, o crime, ou no caso mais específico brasileiro, a letalidade violenta encontra razão direta com a desiguldade social, não com a pobreza em si.

    Os EUA e o Brasil são os países com maior índice de letalidade, e também de desiguldade entre as 20 maiores economias do planeta.

    Outro ponto: Não há crime organizado no mercado de varejo de drogas, se houvesse, possivelmente nem estaríamos aqui debatendo o assunto.

    A organização está restrita aos escalões de distribuição (atacado) de drogas.

    É errado supor que as estruturas do jogo do bicho (essa sim, uma modalidade que pode ser considerada crime organizado, de acordo com os manuais de investigações) deram vazão ao narcotráfico.

    Ainda que algumas redes de apoio (armas, por exemplo) pudessem ter pontos em comum (bicho-tráfico), historicamente, assim como as famiglias dos EUA, havia uma rejeição ao comércio de drogas pelos donos da banca.

    O bicho evoluiu para as “maquininhas” (caça-níqueis), e hoje estão voltadas para as apostas online (futebol) e as imensas possibilidades desse tipo de negócio.

    O que não afasta o fato de que, depois de consolidada como atividade global principal do crime, o tráfico não tenha se utilizado das redes logísticas do jogo.

    A globalização das drogas coincide com a demanda dos EUA, na década de 80, de criar um discurso de coesão para a política ultra-liberal de reagan, que foi o ápice do processo de endurecimento das políticas criminais que buscavam um culpado-padrão (os pretos e pobres), e que graças ao jogo geopolítico espalhou-se como legitimação para intervenções (ver caso colombiano, boliviano e depois, mexicano) e para a disseminação da extensa rede de interesses de negócios envolvidos.

    Foi o War on Drugs que criou esse monstro que hoje devora vidas ao redor do mundo.

    Nem vamos mencionar o uso paulatino de todas as rotas de comércio de drogas como fonte paralela da CIA para alimentar suas conexões paramilitares da América Latina e Oriente Médio.

    Voltando a questão da infiltração no Estado, é preciso apontar outro erro do texto: não houve essa disputa entre as redes de apoio dos bicheiros e as incipientes redes de apoio ao tráfico.

    O bicho soube instituconalizar-se, com a criação de uma visão romântica de si mesmos, seja através dos patronos do samba, seja no futebol, tudo possível pela pacificação entre eles mesmos, os capos, que souberam, assim como os mafiosos dos EUA, lotear cada território de atuação.

    Claro que em cada época, problemas sucessórios e outros conflitos suspendem essa pax por algum tempo, mas logo depois volta ao “normal”.

    No Rio, o último evento foi com Mirinho (filho de Waldomiro, patrono do Salgueiro) e os filhos e genro de Castor de Andrade, cm direito até a atentado a bomba na praia.

    O tráfico, por sua natureza agressiva e pulverizada de mercado, ou na linguagem do economês, fragmentada, nunca experimentou essa legitimação, até porque, no imaginário da classe mé(r)dia, era  tráfico o bicho-papão que permitia que concordassem com o extermínio sistemático de nossa juventude pobre e preta.

     

    Vamos aos que interessa:

    A questão central é grana.

    Com o aumento do arrocho proporcionado pela banca e aceito com gosto pelos golpistas de temer & cia, as polícias voltarão a depender das caixinhas do bicho e de outros “acertos”.

    Nem tudo é colocar grana do bolso dos policiais, embora isso seja também uma prática.

    As delegacias do Rio que funcionam melhor, hoje em dia são aquelas onde há “ajuda” maior, então, paradoxalmente, ter “acerto” é ter viatura funcionando, preso comendo, papel e outros insumos.

    Não é uma questão binária, simplória, do tipo policial corrupto ou policial honesto…isso é um resumo rasteiro e pobre.

     

    Como domar esse monstro.

    Se é certo que nunca teremos os colhões para enfrentar o eixo central da questão: acabar com a proibição do comércio e uso de drogas, só há alguns paliativos.

    O principal instrumento para vigiar e rastrear valores laváveis pelos cartéis de drogas e seus associados foi desmontado, sob a desculpa do combate ao apetite do Estado por impostos, explico: A CPMF, ou outro tributo com essa natureza (sobre TODA movimentação financeira) era o verdadeiro chip que marcava todo o dinheiro.

    Não é à toa que caiu, embora os patos achem quem estavam se livrando de mais um imposto.

    Outro ponto que pode ser enfrentado é focar firmemente nos crimes-meio que dão estrutura e poder as facções criminosas nas periferias, ou seja, não adianta enxugar gelo, apreendendo drogas e “fazendo regulação de mercado”, prejudicando uma quadrilha enquanto ajuda outra em alguma periferia vizinha.

    Dentre os crimes-meio, o principal é o homicídio, ele é que dá o moleque da favela o poder de intimidar testemunhas e angariar apoio dos seus pares e o medo dos adversários.

    Um país que “aceita” 50 mil mortes/ano está dizendo que tudo é permitido.

    Outra questão: as armas.

    Enquanto não houver um acordo sério para controle de armas, e não falamos de legislações mequetrefes, que acabam por impedir a aquisição apenas por quem quer ter uma arma legalizada, mas controle nas fábricas (Colt, SW, Glock, Sig-Sauer, Forjas Taurus, Rossi, etc), com protocolos que impeçam o que acontece hoje, a letalidade violenta não cederá, pois:

    A fábrica lança um manifesto de venda para um determinado cliente (a polícia ou exército de um país) que nunca é conferido, porque, óbvio, o produto é sempre desviado.

    As fábricas de armas têm que ser encaradas como sócias do crime, e não como aliadas no combate.

    No caso brasileiro, também é preciso enfrentar o mais poderoso agente desse mercado ilegal: as forças armadas.

    Envoltas na hipocrisia da “segurança nacional” e no nosso medo atávico de “contrariar” a caserna, esse setor segue sendo o maior fornecedor do crime.

    É preciso reformar a legislação e permitir a soltura de traficantes que não estejam associados a outros crimes violentos (roubo, assassinato, tortura, etc).

    Tem muito mais, e o debate deve ser intenso.

    Mas por agora, é o que consegui lembrar.

    1. Acrescentando:

      Outro setor crucial para controle: setor farmacêutico. Boa parte dos insumos para refino e manipulação das drogas (cocaína) vem desse setor.

      Um exemplo: éter, acetona, etc.

      Não há a menor sombra de controle.

      Afinal, empresários são sempre supostamente “gente de bem”, não é mesmo?

      1. Negativo

        Quem disse que não há controle sobre venda de éter e acetona?

        Para uma empresa vender esses produtos é uma canseira. A PF exige notas e controle dos estoques. Apenas clientes cadastrados podem adquirir os produtos. Se uma quantidade um pouco maior é vendida, lá vem a federal saber qual foi o comprador e para onde foi despachada a mercadoria. 

        Uma empresa que revende produtos químicos legalmente ‘corta um dobrado’ para atender a todas as exigências que lhe são impostas. Para se ter uma idéia do rigor na venda de acetona, você não encontra o produto puro (aquele usado no refino de drogas) em nenhuma farmácia legal; nem pequenas quantidades do produto podem ser vendidas ao cidadão comum. O mesmo ocorre com o éter.

        O problema não é a falta de controle, mas…tchan, tchan, tacan!!! Sim, ela mesma, hoje tão em voga nas falas e escritas do juiz criminoso e prepostos dos EU, o sérgio moro: A CORRUPÇÃO. O juizeco fala em corrupção sistêmica, quando se refere ao sistema político. Mas a corrupção está na sociedade, nas empresas, nas polícias, no MP, no PJ, no aparelho de Estado.

        Há empresários e empresários, assim como a policiais e policiais; nenhuma das categorias é imune ao poder dinheiro e nas duas há os que se corrompem e que praticam ilegalidades e crimes, como os de corrupção.

    2. Não tem crime organizado no varejo de drogas?

      Onde, amigo? Moro no pé de uma favela, no Rio. Acho que você nunca passou mais do que 1 minuto num local assim.

      É organizado, e é no varejo. Tem estrutura de comando, rota de abastecimento, serviço de segurança (rapazotes franzinos fazendo a ronda nas ruas próximas, em motos sem placas…). Têm um pequeno exército, e armas de combate (fuzis .762, .223, .30 e .50 são comuns). Têm até uma pequena previdência: em várias favelas, se o sujeito “morre em combate”, a família recebe uma pequena pensão.

      Talvez nos EUA, como sugerem os filmes, o tráfico varejista seja composto basicamente de pequenas gangs locais, sem interligação. Aqui, são grandes estruturas, que controlam, como no Rio, mais de 50% da área urbana. Pergunte a qualquer cidadão (que não seja um PM fanfarrão), se polícia sobe morro quando bem entende. Sobe, mas toma chumbo grosso pela cara, e nunca fica mais do que alguns dias.

       

      1. Esclarecendo…

        Não confundir atividade sistêmica, ou sistemática com organização (strictu sensu), que meniconam a literatura sobre o tema.

        Organização requer, além de uma hierarquia, divisão de tarefas, e o domínio de uma faixa territorial, que é  o caso nas favelas, uma ação inter-territorial e infiltração no aparelho de Estado.

        Requer também uma rede sofisticada de lavagem de dinheiro, o que nem de longe acontece nas favelas, apesar de alguns mequetrefes diversificarem suas atividades para outras modalidades informais ou ilegais (mototáxi, fornecimento de gás, TV a cabo, etc), mas muito distantes da cadeia disponível aos níveis organizados (bancos, paraísos fiscais, mercado imobiliário e de artes, etc).

        O arrego pago aos policiais da ponta, feito pelos moleques da favela não compra parcela do poder do Estado.

        Traficante de favela não circula fora do seu território, a não ser em casos bem específicos e sua ação se limita ao território onde está vinculado.

        As filiações as facções não determinam uma organicidade na ação de varejo, caso contrário, não veríamos as guerras entre comunidades, e haveria uma necessidade bem menor de armas nos pontos de venda.

        Como é o caso das maquininhas e do bicho.

        Apesar de andarem (quase) sempre desarmados, os aranhas (coletores de apostas) do bicho nunca são importunados pelos traficantes e nem por ladrões, embora andem com grana.

        As centrais de apostas idem.

        O discurso de “crime organizado” na favela só atende a demanda midiática para legitimar as ações de repressão e extermínio.

        O que não quer dizer que esses moleques armados com fuzis não sejam sanguinários.

        É preciso entender onde há organização não há tanta violência.

         

        PS: Não só moro perto, com o trabalho cercado por favelas consideradas “salgada” (no jargão policial, violenta).

         

        1. Mandou bem pra caramba

          Neste e no comentário anterior, você esclareceu muitas coisas e demonstrou coragem em derrubar tabus.

          Pincei uma frase que serve de síntese.

          “O discurso de “crime organizado” na favela só atende a demanda midiática para legitimar as ações de repressão e extermínio.”

          Além do GGN, só posto comentários no blog do Marcelo auler. Nestes dois blogs vale a pena participar, pois há muitos leitores esclarecidos, com os quais aprendemos muito.

          Saudações.

        2. Mandou bem pra caramba

          Neste e no comentário anterior, você esclareceu muitas coisas e demonstrou coragem em derrubar tabus.

          Pincei uma frase que serve de síntese.

          “O discurso de “crime organizado” na favela só atende a demanda midiática para legitimar as ações de repressão e extermínio.”

          Além do GGN, só posto comentários no blog do Marcelo auler. Nestes dois blogs vale a pena participar, pois há muitos leitores esclarecidos, com os quais aprendemos muito.

          Saudações.

        3. Xadrez da política, do crime e da contravenção

          excelente! todos os dois comentários!

          e foi assim que o narcotráfico suplantou o mercado de petróleo e gás.

          sobretudo por muitas vzs discordas delas, nunca me canso de admirar pessoas inteligentes.

          abraços

          p.s.: não sejamos submarinos no deserto.

          .

          1. A gente briga mais com quem está mais perto…

            A gente tende a cobrar e ser mais ranzina com quem a gente enxerga mais similaridade que diferenças…

            Um abraço.

  23. Ciro

    Caro Nassif,

     

    Por que você não começa a enviar esses textos esclarecedores ao Ciro? Será de grande valia pra ele.

    Nós, progressistas, devemos nos conformar com o Ciro sendo o único candidato a Presidente da República

    coerente e preparado para assumir a cadeira em 2018.

    Quem quer apostar?.

  24. Ihhhhh

    Se alguém ainda tinha alguma dúvida que uma Quadrilha de Tudo que Não Presta subiu ao poder no Brasil acho que já não tem mais … esperar que a Dilma ou qualquer pessoa decente tivesse força para nadar contra essa maré seria uma grande ingenuidade de nossa parte.

     

    OBS: MBL – Movimento dos Banqueiros/Bandidos/Bicheiros Livres

    OBS. Excelente artigo, como sempre muito claro e verdadeiro, infelizmente.

  25. Impressionantes

    Deixei para ler este post quando estivesse mais calmo e tranquilo.

    São impressionantes as informações neste texto do Nassif, com as figuras centrais de Temer e Moraes.

    Moraes, pelo pouco tempo de exposição no mundo político, já mostrou o quanto é bandido.

    Sobre Temer, a figura já era conhecida, mas as informações do Nassif são arrasadoras.

    E são essa turma que assaltaram o poder.

    Agora entendo porque o inexpressivo e ridículo do Alexandre Moraes foi alçado a ministro da justiça.

    Tudo tem a sua lógica.

    E é lamentável que a maioria das pessoas digam que todos são a mesma coisa. Ninguém presta.

    É inadmissível que Lula não conhecesse essas figuras, principalmente Temer.

    E mesmo assim forçou a barra para que o bandido fosse o vice de Dilma, sabendo que ela não tinha nenhum trejeito no trato político. Era uma bomba de efeito retardado. E deu no que deu.

    O que eu acho que nem o Lula imaginava, embora soubesse a ficha criminal dessa gente, que o espetáculo jurídico midiatico do mensalão chegaria onde chegou, e pior ainda, não se antecipou sobre a Lava jato.

    Lula não poderia ter deixado a Dilma ser candidata a reeleição, teria que ser ele, até porque Dilma fez um primeiro mandato sofrível.

    Sempre apoie Lula, e continuarei a apoiá-lo, mas ele tem que mudar o seu jeito conciliador porque agora a vaca foi para o brejo e talvez possamos ainda desatolá-la, mas Lula tem que mudar, se não, não adianta nem querer ser candidato, se o Moro/Gilma Mendes deixar, e/ou, se houver eleições em 2018.

    Só para complementar o texto do Nassif, eu não vou publicar a matéria integral, apenas vou colocar o link de um artigo que fala sobre o poder do governo tucano em São Paulo.

    Quem leu Gomorra de Roberto Saviano, verá que é a máfia napolitana em São Paulo envolvendo todas as instâncias, políticas, empresariais, judiciais e MP. É de lascar.

    https://fichacorrida.wordpress.com/2017/01/01/por-que-dependemos-de-um-jornal-espanhol-para-sabermos-o-que-se-passa-em-so-paulo/

     

     

    1. Assange  jå devidamente

      Assange  jå devidamente informou que o golpe estava sendo preparado hå anos. Lula e Dilma certamente sabiam mas os setores envolvidos na sua execução estaria além das possibilidades dos dois. Estava tudo cronometrado. Nós, os pobres mortais, ė que caímos como uns patinhos.

  26. ABA INFERNAL

    Me desculpa fugir do tema, mas essa aba infernal do lado esquerdo da tela impede a leitura do texto. A única forma de ler é reduzindo o zoom, no entanto, fica pequeno de mais para fazer a leitura. Não existe uma forma de ocultar essa aba? Clicar na seta para ocultar não resolve, porque toda vez que rolo o mouse, ela simplesmente volta. 

        1. Eu que não entendi seu

          Eu que não entendi seu questionamento, vc não sabe o que é uma aba? Vou facilitar para vc e colocar o significado:

          ABA

           

          1 – Parte acessória da coisa a que está aderente.
          2 – Parte pendente e aderente a uma mesa para dar, quando levantada, maior superfície ao tabuleiro.
          3 – Cada uma das duas partes que pendem da cintura da sobrecasaca, fraque, etc.
          4 – Parte que rodeia exteriormente a boca do chapéu.
          5 – Parte da fechadura que dobra sobre o bordo do batente, formando ângulo reto com a frente.
          6 – Parte da espira que prende no eixo da hélice.
          7 – Parte inferior da encosta dos montes.
          8 – Carne da parte lateral que vai da mão à perna da rês.
          9 – Margem (de rio).
          10 – Fasquia que, ao longo das extremidades dos tetos de madeira, guarnece a parte superior da parede.
          11 – O mesmo que badana.
          12 – Bairro ou parte contígua às povoações.

          1. Respondo a Marcos

            Respondo a Marcos Paulo,11/01/2017- 19:01.Veja no que da o sujeito entrar na conversa dos outros.A pergunta esta enderecada a um outro comentarista,que percebendo o anzol pulou fora,e deixou para voce morder.Quer ver por que?Voce se esqueceu de colocar a opcao 13.Saba qual e Marcos Paulo?A ABA de um tipo de chapeu que tem dois furos na parte da frente.Voce ja deve ter observado que vez por outra eu falo no “inefavel peru”.Toda vez que eu mencionar a frase ,obrigatoriamnte vou me lembrar de voce.Nunca escapou um,por que seria voce?

          2. Voce esqueceu-se da 13:Parte

            Voce esqueceu-se da 13:Parte superior com dois furos na boca do chapeu,comumente chamado no interior do nordeste brasilieiro de Chapeu de Touro,ou tambem Chapeu de Bode.Isso e o que sobra para quem se mete nas conversas alheias.Considero trocar “inefavel peru”por Marcos Paulo.

          3. Agradeco a atencao

            Agradeco a atencao dispensada,principalmente quando essa e concedida ao “Rei dos Chatos”.

          4. Onde foi parar o bendito
            Onde foi parar o bendito direito de resposta,inclusive já enviada por duas vezes,e nem sinal dela.Se dirigiu a mim sem sequer ser convidado.Restaure-se a moralidade,ou nos locupletemos-nos todos,é o que leva o caso em voga.

      1. Obrigado! Percebi que somente

        Obrigado! Percebi que somente no zoom 125% (exatamente o que eu uso) isso ocorre. No final tive que colocar um zoom maior (150%) como vc sugeriu. Mas bem que o Nassif poderia encontrar uma forma de ocultar isso sem ter que alterar o zoom.

      1. Essa nao.Ate o Moreno de

        Essa nao.Ate o Moreno de Pocos de Caldas entrou na roda da minha ABA.Deve ser por isso que minhas respostas para o inefavel peru nao estao rodando.Se fosse o outro Moreno,ate nao dizia nada,mas logo o de Pocos de Caldas.Tenha do.

      2. Bom dia meu caro e meu nobre

        Bom dia meu caro e meu nobre Luis Nassif,Tudo muito novo,tudo muito bem.X em cima,clique nele,beleza de creuza.Mas onde  foi parar meu direito de resposta que o Blog assegura-me,quando citado por quem de direito.O comentarista que attende pelo nome de Marcos Paulo,sem sequer ser chamado na conversa se dirigiu a mim de uma forma deseducada.Voce com a habitual  gentileza e educacao que herdou do seu Oscar,deu as explicacoes cometas devidas.Chamo-a de explicacao “cometa”por que essas explicacoes,intervencoes,esclarecimentos voce so da de seculo em seculo.Como ve,a “chatice” me acompanha diuturnamente,principalmente quando a razao me Acolhe.Como bom democrata que luta emperdernidamente contra as canalhices da velha midia,sabera contornar a situacao.Ja enviei dois,e ate agora nada.

  27. Xadrez da política, do crime e da contravenção

    enquanto a Lava Jato & Associados prossegue operando para destruir a Odebrecht e a Petrobrás, não sem antes também “purificar a corrupção” ao abrir o caminho para Temer e os 40 ladrões, agora, sob a garantia jurídica do Ministro da Justiça, surgem duas novas empresas “campeães nacionais”, em luta por sua internacionalização: PCC e CV.

    entre ser um outro México e acabar como a Síria, o Brasil segue sem ter qualquer liderança com envergadura suficiente para construir coletivamente um outro rumo.

    as semelhanças com a Rússia do início deste séc. XXI são estarrecedoras.

    corremos o grave, e provável risco, do surgimento por aqui de um populista nacionalista de Direita, como Trump nos EUA.

    e não vai ser nenhum grotesco Bolsonaro. tampouco Ciro Gomes. nem mesmo alguém saído do fundamentalismo religioso. mas pode até ser um general preparado, ponderado, inteligente e carismático. um novo Geisel, mas com apelo popular.

    ou a Esquerda assume a iniciativa, apresenta propostas, lidera um movimento nas ruas, ou o que resta do tecido social brasileiro vai se decompor completamente. então, estarão dadas as condições para a via autocrática pela Direita.

    Roosevelt, Hitler ou Stálin? Trump ou Putin? merecemos mais do que isto?

    .

    1. Sopa de letrinhas

      Discordo do sue parágrafo final quando você coloca no mesmo balaio o Putin.

      Você enlouqueceu.

      Você prefere o Putin ou Boris Yeltsin?

      Depois do desastre do Yeltsin, o bebum, Putin colocou a Russia novameente no cenário mundial como contra ponto a hegemonia do imperialismo dos EUA.

      A guerra fria havia acabado no descalabro do governo Yeltsin, cooptado pela CIA para entregar todo o patrimônio Russo a George Soros e a Wall Street para os magnatas mafiosos russos.

      Não cometa essa heresia, sopa de letrinhas.

      Russia e Turquia apasiguaram a Síria, apesar do Isis plantado pelos EUA.

      1. Xadrez da política, do crime e da contravenção

        sem dúvida! em pouco mais de uma década (prazo equivalente aos governos Lula/Dilma), Putin tirou a Rússia do abismo, reconduziu-a a um papel decisivo mundial e opera como o grande engenheiro de um mundo multipolar.

        mas nem por isto deixou de um homem da KGB. aliás, foi até por não ter deixado de ser que teve êxito.

        ou seja, Putin não é exatamente o que denominaríamos de liderança democrática e popular saída das bases dos movimentos sociais russos. e nem poderia sê-lo! dado o contexto da história recente da Rússia. mesmo assim, isto não impede que Putin hoje tenha índices altíssimos de popularidade.

        quero dizer, claramente:

        1. Putin é um grande exemplo para entendermos como é possível, em prazo curto, retirar um país do abismo, como o que se encontra o Brasil, e torná-lo novamente importante mundialmente -o que deveríamos ter nos tornado;

        2. apesar de nossas grandes dificuldades no Brasil, ainda temos aqui mais vantagens do que Putin tinha na Rússia, a partir de 1999. só que ao contrário daqui, Putin tinha um projeto. não hesitou em confrontar a oligarquia russa, sempre que a oportunidade se deu. e Putin sempre tb atuou para construir estas oportunidades. sem ser suicida. tanto que até hoje não conseguiu nem fazer a reforma política nem a econômica. Putin, de fato, ainda não venceu a guerra contra a plutocracia russa.

        grande abraço

        .

        1. Desculpe-me

          A informalidade por chamá-lo de sopa de letrinhas.

          Mas…onde existe democracia?

          Você acredita, por exemplo, que os EUA é uma democracia?

          No fim do seu texto você acaba concordando comigo dizendo que Putin teve que fazer o que fez para colocar a Rússia no seu devido lugar.

          Meu querido… e você acha que nós conseguiremos a nossa independência usando a democracia?

          Eu sei que você é inteligente, sabe conversar, e sabe também que para resolver os nossoa problemas, precisaremos, não de um Putin, talvez uns dois ou três que consolide o Brasil para os próximos cinquenta anos.

          O diálogo contigo é muito proveitoso.

          Abs.

          1. Xadrez da política, do crime e da contravenção

            -> No fim do seu texto você acaba concordando comigo dizendo que Putin teve que fazer o que fez para colocar a Rússia no seu devido lugar.

            ->precisaremos, não de um Putin, talvez uns dois ou três

            sei que passei a impressão de colocar Putin no mesmo saco. não é exatamente como penso. mas nem importa tanto no momento. o principal seria analisar como Putin agiu para recuperar com tanto sucesso a Rússia, em meio a tanta dificuldade e num prazo bastante curto.

            qto. a nós, talvez já tenhamos nosso “Putin”. mas isto é algo que a sociedade terá que conhecer, e referendar, por ela mesma.

            grande abraço.

            .

  28. Peço a Nassif que me permite

    Peço a Nassif que me permite registrar esse fato que diz respeito ao Blog.Os companheiros Arkx e JB Costa,bons comentaritas que se registre,fizeram comentários,vamos por assim dizer,desatentos e bobos.Concomitatemente abriram flancos para comentaristas atentos como eu,um ou outro,questiona-los.Cobramos explicações, fazendo ve-los que os comentarios feitos pela dupla,em verdade eram bobagens grossas.Um se explicou mais,outro menos.A cada explicação a mais ou a menos,se enrolavam mais ainda.Resultado,ficaram zangados,e parece que deram um “time”.Moral da historia:Não estão acostumados quando coloca-se o dedo na ferida,quando são questionados,ou confrontados,pois acostumaram-se com a rotina de escreverem o que vem na telha,se sem importar se estão certo ou errados,pois entendem serem referencias do blog e consideram-se donos da verdade.Esses fatos não ocorrem só com eles.Com muitos que aqui aportam.Eles cairam na rede por estarem sujeitos a isso e outros por certo cairão,inclusive eu.Rede Social é para isso,tem dessas coisas,e parem de muxoxos que ambos os dois não foram criados por avós,e voltem a postar urgentemente,pois o blog necessita das suas participações.

     

     

     

     

    1. Xadrez da política, do crime e da contravenção

      ô Jr. eu ficar zangado?! por causa de debate político aqui?! pô! sou do Baixadão! achou que cresci em play-ground? é uma vida inteira tomando, e dando, porrada.

      e nem participo de rede social. aqui no Nassif é o único site em que faço postagens. nem conta de Facebook eu tenho.

      zangado eu tôu com os golpistas. zangado eu tôu com a falta de reação de muitos setores que deveriam ser os primeiros a liderar a luta contra  golpe.

      e note: se eu postar mais do que faço, posso ser inconveniente. muito me gratifica participar por aqui. mas avalio que minha participação está de bom tamanho.

      abraços.

      .

      1. Está claro que seus posts
        Está claro que seus posts indicam claramente uma opção por um País melhor,justo e solidário,e nitidamente contrário as forças retrógradas e reacionárias que teimam em querer voltar.Você faz parte do pelotão dos aguerridos,pronto para a luta quando a hora chegar.Está na bica,continue vigilante desde a aurora,certo de que ela não tardara a raiar.Um abraço.

  29. Nota

    Nassif,
    O Brasil desconhece a si próprio, em especial no que diz respeito à relação entre crime organizado (ou facções criminosas) e estrutura do Estado.
    Para complementar o seu artigo: o que dizer do candidato derrotado da última eleição presidencial? Só para incluir duas fontes imediatas – https://www.youtube.com/watch?v=tHRtuyHXWOY; http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-caso-dos-dois-primos-campeoes-de-caronas-nos-voos-oficiais-de-aecio-por-kiko-nogueira

    O que acontecerá com o país quando as dificuldades se intensificarem?

  30. Para dar o golpe PSDB teria

    Para dar o golpe PSDB teria enganado PMDB dizendo que também estava com medo da Lava Jato

     

    Há fortes indícios de que o PMDB aceitou dar o golpe em Dilma porque foi enganado pelo PSDB. Para obterem a adesão dos peemedebistas ao golpe, os tucanos emitiram falsos sinais de que também estariam morrendo de medo da Lava Jato. E os caciques do PMDB acreditaram na sinceridade daqueles sinais e viram os tucanos como parceiros de infortúnios. Na verdade, a Lava Jato jamais meteu medo a nenhum tucano, porque todos faziam parte do mesmo jogo golpista.

    Repercutiu muito na época a afirmação de Machado de que, segundo sua vivência com os tucanos, nenhum deles que faziam parte do Congresso escaparia ileso, se houvesse séria investigação sobre corrupção. A ênfase foi tanta que levanta a suspeita de que Machado queria convencer a todo custo seu ouvinte de que aquela afirmação era séria e verdadeira.

    Vejamos a conversa que foi gravada, vazada e amplamente divulgada entre Sérgio Machado e Sarney. Antes, é fundamental entender que essa conversa foi gravada pelo próprio Machado, que já havia então feito acordo de delação premiada com a Lava Jato.

    A certa altura da gravação, vemos que Machado espalha para Sarney o boato (a suposta convicção) de que os tucanos estariam morrendo de medo do desenrolar dos acontecimentos. Segundo o teor desta conversa, o PSDB supostamente teria tomado consciência repentina de que a Lava Jato havia extrapolado de seu objetivo de perseguir o PT e tinha se convertido em um perigo para toda a classe política e também para eles, tucanos:

    Machado – …Outra coisa que é importante para a gente, e eu tenho a informação, é que para o PSDB a água bateu aqui também. Eles sabem que são a próxima bola da vez.

    Sarney – Eles sabem que eles não vão se safar.

    Machado – E não tinham essa consciência. Eles achavam que iam botar tudo mundo de bandeja… Então é o momento dela para se tentar conseguir uma solução a la Brasil, como a gente sempre conseguiu, das crises. E o senhor é um mestre pra isso. Desses aí o senhor é o que tem a melhor cabeça.

    ……………………………………………………………………………………………………………………………………..

    Machado – Presidente, só tem o senhor, presidente. Que já viveu muito. Que tem inteligência. Não pode ser mais oba-oba, não pode ser mais conversa de bar. Tem que ser conversa de Estado-Maior. Estado-Maior analisando. E não pode ser um […] que não resolve. Você tem que criar o núcleo duro, resolver no núcleo duro e depois ir espalhando e ter a soluç… Agora, foi nos dada a chave, que é o medo da oposição.

    Desde então, a partir dessas conversas, os caciques do PMDB passaram a olhar para os tucanos como cúmplices, como gente igualmente sujeita a ser perseguida pelo furor da Lava Jato.

    Vejamos o que disse o jornal Folha de São Paulo, de posse do vazamento do áudio de uma conversa entre Sérgio Machado e Renan Calheiros:

     “Na conversa divulgada, Renan afirma ainda que todos os políticos “estão com medo” da Lava Jato. Ele cita Aécio Neves, senador e presidente do PSDB. “Aécio está com medo. [me procurou] ‘Renan, queria que você visse para mim esse negócio do Delcídio, se tem mais alguma coisa’”, relatou Renan, em referência à delação de Delcídio do Amaral, que citava o senador tucano.”

    Ora, nada mais distante da realidade do que considerar que Aécio Neves estivesse com medo ou da Lava Jato e de qualquer investigação. O correr do tempo só faz reforçar a certeza de que aquele político, a despeito da gravidade de denúncias que recaem sobre ele, é completamente blindado pela justiça e pelo ministério públiico. O objetivo deles era, acima de tudo, o golpe de estado. Não se tem medo de parceiros de jogo político. Se Aécio procurou Renan para perguntar sobre a delação de Delcídio, é bem mais provável que estivesse reforçando deliberadamente o falso sinal emitido por Machado, de que o PSDB também estaria morrendo de medo da “caça às bruxas”. 

  31. Sugestão de Pauta

    Oi Nassif, sugiro um xadrez com sua análise sobre o corte de 0,75 da taxa selic e previsão de menos 0,75 na seguinte, além da inflação fechando o ano abaixo do teto da meta e Ibovespa batendo os 64k pontos. 

    Obrigado!

  32. Não posso me queixar e sim
    Não posso me queixar e sim agradecer a paciência e a boa vontade que o Moreno de Poços de Caldas tem para com o acima assinado.Da.Lourdes a quem sem sequer nunca vi nem a foto,tenho um carinho imenso.Deixemos os entretantos,vamos aos finalmente,aproveitando ainda o texto de Nassif.Quando encampo a tese do Prof.Boaventura de Souza Santos,o maior pensador político da atualidade,que a ruptura virá,não estou só admitindo a conclusão do Professor como favas contadas,mas também porque é do meu entendimento pessoal de quê,ou ela se concretiza ou nós estamos literalmente lascados,tomando as palavras sensatas e cruas de Luız Marinho.O que me fez aumentar ainda mais a convicção do Professor Boaventura e a minha em particular,foi o extraordinário filme e ganhador do Festival de Cannes,Eu,Daniel Blake do belo cineasta octogenário,o inglês Ken Loach.Está tudo lá na tela do cinema,em seu estado mais puro.A retirada dos direitos sociais da classe trabalhadora,liderada pela reforma da previdência e encampada por um governo de bandidos,é só a ponta do iceberg.Assistam ao filme,depois voltem para se entender comigo.

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