Xadrez das eleições diretas contra o pacto do golpe

Hoje em dia, mais do que em qualquer outro momento, o cenário está maduro para uma convocação de eleições gerais.

Há um governo interino, jurídica e politicamente vulnerável, rancoroso, avançando de forma imprudente sobre o pacto social da Constituição de 1988, acossado pela Lava Jato, submetido a um conjunto de circunstâncias que induzem à desmoralização rápida e progressiva dos elementos centrais do golpe.

Fator motivador da pressa – As vulnerabilidades de um poder interino

O cargo de Temer está nas mãos do STF (Supremo Tribunal Federal). Todos seus atos após assumir – mudança da estrutura de Ministérios, das prioridades, as propostas constitucionais, a liquidação da EBC – são constitucionalmente questionáveis.

O Supremo balança entre o “afasta de mim esse cálice” do Ministro Luiz Roberto Barroso ao “ninguém tasca que essa bola é minha”, do notável Gilmar Mendes. Mas sempre paira sobre o pescoço dos revoltosos de Temer a possibilidade de que um Marco Aurélio de Mello chame aos brios o Supremo, que se verá obrigado a agir devido à desmoralização do governo interino.

Os advogados Ricardo Lodi Ribeiro e Nina Penack analisaram objetivamente o que a Constituição prevê para os interinos (http://migre.me/tWSV1).

“Deve-se reconhecer que o constituinte não conferiu plenos poderes presidenciais ao vice durante o período de afastamento, pelo seguinte: i) o vice-presidente não foi eleito para ocupar a função do presidente da República; ii) seria, no mínimo, leviano por parte do constituinte assumir periculum in mora in reverso de tamanha monta (Obs: permitir ao vice impor medidas radicais), aos custos da sociedade brasileira, já que a previsão constitucional é clara no sentido de afastamento temporário; iii) não menos importante, o constituinte não previu que o vice presidente não estaria alinhado com o presidente, de modo a não dar continuidade ao programa de governo até então praticado e iniciar seu próprio mandato, como ocorre atualmente.

“Ora, o ponto central da Constituição é que “todo poder emana do povo e em seu nome será exercido”. A chapa Dilma Rousseff-Michel Temer foi eleita representando um conjunto de princípios sufragados pelos eleitores. Se a presidente é afastada e o interino toma atitudes contrárias ao programa que foi eleito, “corre-se o risco de vermos o poder deixando de ter origem direta no povo e passando a ser intermediado pela vontade do Congresso, que aprovou a abertura do processo de impeachment, o que, decerto, não encontra fundamento na Constituição e no Estado Democrático de Direito”.

Não há certeza de que o Supremo assuma plenamente suas funções de guardião da Constituição. Mas há uma probabilidade diretamente proporcional à perda de legitimidade do governo interino.

É essa probabilidade que faz Temer apressar o desmonte do estado social e acelerar a entrega das encomendas do pacto do golpe.

Peça 1 do pacto – dividir o butim do orçamento

Os jornais escandalizaram como puderam as revisões do orçamento na gestão Nelson Barbosa. No entanto, aceitou-se passivamente uma mega-déficit de R$ 170 bilhões na gestão Temer.

Qual a diferença básica entre ambos?

No caso de Barbosa, havia um filtro para as despesas a serem descontingenciadas levando em conta seus impactos setoriais e sobre o nível de atividade.

No caso de Temer, o descontingenciamento visará atender os pleitos políticos de seus Ministros, dentro da lógica do presidencialismo condominial, no que a economia Laura Carvalho batizou de “keynesianismo fisiológico” (http://migre.me/tWXKv). Não há justificativas  macroeconômicas.

O segundo butim é a lei do petróleo e as privatizações aceleradas, que estão sendo negociadas em parceria com o PSDB. Fora a retórica vazia, a primeira providência efetiva de José Serra, como chanceler, foi montar uma série de viagens com Moreira Franco, o homem de Temer para acelerar as concessões e privatizações.

No plano macroeconômico, se terá, de um lado, a manutenção das pressões dos juros. De outro, a divisão do orçamento em fatias, sem obedecer a uma lógica macroeconômica. Finalmente, as propostas de desvinculação do orçamento, que arrebentarão com o financiamento da saúde e da educação, e a privatização acelerada, atendendo a interesses menores. Para completar, a privatização selvagem, a pretexto de reduzir o tamanho do rombo.

Em cima desses dois eixos, haverá os butins menores, como a nova tentativa de oficializar os jogos de azar, território amplamente dominado por máfias internacionais (a de Las Vegas, a espanhola e a italiana) e as brasileiras (do jogo de bicho).

Atua-se com a maior sem-cerimônia, sem preocupações maiores de legitimar o governo, mesmo sabendo que essa legitimação é peça essencial para se obter a aprovação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Ou seja, abandona-se a estratégia de recuperar a economia para sonhar com a prorrogação do poder, por uma de avanço acelerado sobre o butim.

Nos próximos dias estará em mãos do Ministro Barroso aceitar ou não esse desmonte.

Peça 2 do pacto – o fim da Lava Lato

A única garantia de refluxo da Lava Jato seria a legitimação do governo Temer. Nos últimos dias ficaram claros os sinais do pacto político-jurídico entre os estrategistas do golpe.

De todos os Ministro do STF, o único a quem Deus poupou o sentimento do constrangimento foi Gilmar Mendes. Por coincidência, as denúncias contra Aécio Neves foram parar nas suas mãos, e ele logo tratou de rebater a bola de volta para a PGR. Não por coincidência, o decano Celso de Mello ignorou todos os saudosos juristas que fizeram história, e transferiu para o mesmo Gilmar a presidência da Turma do STF que irá julgar a Lava Jato.

Gilmar segue o script anunciado. Além de Aécio, minimizou as declarações de Romero Jucá no grampo.

As supostas coincidências e não-coincidências reforçam a ideia do pacto no Supremo. E ganha corpo a tese de que o vazamento dos grampos de Sérgio Machado visou superar a óbvia atuação de Gilmar – já publicamente declarada – em favor dos réus politicamente alinhados com ele.

As consequências finais.

Conforme bem colocou um dos comentaristas do blog, Michel Temer assumiu o interinato sem dispor de uma imagem consolidada. Seu governo começava conspurcado pelo estigma do golpe, é verdade, mas sua feição dependeria da narrativa que fosse desenvolvida pelo próprio Temer.

Mesmo sendo o fruto de um grupo heterogêneo e de baixíssimo nível, Temer poderia se poupar, atuando como árbitro, moderando os impulsos revanchistas de seus seguidores, enquadrando as declarações incômodas, moderando os abusos gerais.

Mas lhe falta dimensão política.

Em poucos dias, em cada ponto da administração pública há um chefete virulento, espalhando vinganças e ressentimentos, ou dando demonstrações explícitas de falta de traquejo político.

A quantidade de absurdos desses primeiros dias se deve à natureza desse presidencialismo condominial, em que cada grupo se sente dono do pedaço. É o que explica, em plena tragédia da adolescente estuprada por trinta animais, o Ministro da Educação receber um ator que se notabilizou pela apologia do estupro.

Além disso, o vazamento dos grampos de Sérgio Machado e os burburinhos sobre o conteúdo final de sua delação, lançam uma pressão adicional sobre os principais chefes do golpe.

A bandeira das eleições

Daqui a alguns meses, o Senado será chamado a votar a aprovação do impeachment. Não há garantia de que o impeachment conseguirá os 2/3 de votos necessários. Não há sinais de refluxo do desgaste do governo interino. 

Por outro lado, em caso de queda do impeachment, dificilmente Dilma Rousseff recuperará condições de governabilidade.

Por esses dois fatores, há uma bandeira pronta a ser desfraldada por Dilma: a das eleições gerais imediatas em caso de recuperação dos seus poderes presidenciais. Eleições em que ela poderia cumprir um papel relevante, de árbitro e de símbolo da resistência democrática.

O quadro ideal seria preceder as eleições com alguma reforma política, como o fim das coligações proporcionais.

Haverá resistência devido aos seguintes fatores:

1.     A turma de Eduardo Cunha controla a Câmara.

2.     Nem PMDB nem PSDB têm candidatos competitivos.

3.     Haverá uma aceleração por parte da Procurador Geral da República (PGR) da inabilitação de Lula, deixando o PT sem um candidato forte.

4.     Sem os grandes partidos como eixo central, haverá uma tendência à radicalização do discurso político e a dispersão dos votos, facilitando candidatos outsiders.

Mesmo assim, a probabilidade maior, neste momento, é de acelerar as pressões por eleições gerais.

 

Luis Nassif

123 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Eu não gosto da opção de

    Eu não gosto da opção de novas eleições, porque isso passa a mensagem que a de 2014 não valeu.

    Mas, se devolverem o mandato para Dilma e ela, na condição de presidente, convocar novas eleições gerais, ou seja, não só para o executivo mas para o legislativo também, vou apoiar segundo a máxima: dos males, o menor.

    1. precisa começar

      Jorge, uma constituinte “ad hoc” com reforma profunda no judiciário, stf com prazo de validade e apenas para questões constitucionais.

      Para começo eleições para câmara e senado sem financiamentos empresariais e auto financiamento de ricaços.

      Começar de zero.

      1. Em um mundo ideal…
        Mas, no

        Em um mundo ideal…

        Mas, no mundo real, a coisa é bem mais complicada:

        – Com Temer, até 2018, um governo ilegítimo, fraco, rifado, sem apoio popular, precisando pagar as contas do golpe com o congresso e os financiadores. Ou seja, um inferno.

        – Voltando a Dilma, mantendo o mandato legítimo, com baixo apoio popular e com nenhum apoio desse congresso ou do judiciário. Ou seja, um governo sem governabilidade.

        Novas eleiões gerais podem não ser o ideal, mas talvez seja o melhor que se pode obter, em face das outras opções.

        1. Complementando…

          Eu não acho que esse congresso vai apoiar novas eleições, ainda mais eleições gerais.

          Fora todas as questões operacionais relacionadas a um processo eleitoral desse porte, que precisa de tempo para ser planejado e realizado.

          Resumindo: O imbróglio brasileiro não tem solução.

          PS: Minha opção é e sempre será a de que Dilma cumpra seu mandato até o final de 2018. Mas neste tópico estou tratando do que é possível no mundo real, não apenas do que eu desejo.

        2. Concordo

          Concordo com sua análise. Também acho injusto mas é dos males o menor. Porém somente se for eleições gerais MESMO. Só para presidente não resolve e é palhaçada.

          Aliás o certo seria eleições nas três esferas. Em outubro para municípios, como já previsto e no primeiro semestre do ano que vem para estados e o governo federal: legislativo e executivo.

          Mas seja como for é essencial o retorno de Dilma à presidência, mesmo que apenas até as eleições gerais antecipadas. Senão nenhum outro presidente terá estabilidade nem condições de governabilidade.

        3. Ok. Mas quem vai convocar

          Ok. Mas quem vai convocar eleições gerais?

          Estamos em pleno golpe!

          Sérias possibilidades do calendário eleitoral não ser cumprido, que dirá convocação para eleições gerais.

          Vamos acordar para a realidade?

          Lutar pela volta da Dilma é lutar pela volta da democracia.

          Não tem jeito, tem que ter luta.

    2. Máxima dos golpistas

      Na lógica dos golpistas, esse seria dos males o menor,: novas eleições perante a volta da Dilma.

      Aqui não há opções nem desdobramentos. Foi um golpe e Dilma deve voltar até 2018.

       

  2. Xadrez das eleições diretas contra o pacto do golpe

    Para a atual situação politica e economica do momento, talvez atpe seja uma boa idéia, mas eu sou contra.

    Acho que Dilma deve retornar, reorganizar o País, com Lula na casa civil fazendo o meio campo politico para acalmar os inimigos (pacto) e as eleições ocorrerem naturalmente em 2018.

  3. Desistência

    Nassif, você desistiu mesmo de exigir da Dilma um cenário alternativo para o day after (também implorado pelo Requião, entre tantos e que não aquele que já vimos, evidentemente, embora legitimo!). Depois que tudo passar, ou antes, aguardo um xadrez sobre o republicanismo suicida alicerçado por uma honestidade “robinsoncrusiana” que nos leva (levará, está levando) a mares já dantes navegados (pela unção de algum condottieri de plantão). Aguardo.

  4. Onde Dilma está?

    Fico me perguntando, onde estará Dilma? Se Dilma tivesse um mínimo de discernimento, jogo de cintura ou habilidade política, estaria percorrendo Brasil do Oiapoque ao Chuí denunciando o golpe. No entanto, Dilma está “presa” (e me parece por vontade própria) ao Palácio do Planalto. Hoje está claro que grande parte da população já percebeu o embuste que foi o impeachment e a pressa com que os aliados de Temer estão a dividir o butim amedronta a sociedade. Porém Dilma, Lula e PT parecem inertes nesse momento. Por outro lado, Dilma teria que ter um senso republicano muito maior ao que tem demonstrado para convocar novas eleições caso o golpe travestido de impeachment não vingue. Duvido, pela personalidade da presidenta, que ela aceite encerrar seu governo antes de 2018. 

    1. Mais do mesmo

      Essa é a grande incógnita e, ao mesmo tempo, um case para inúmeras teses acadêmicas. Virar voto de ao menos três senadores contando que o bem (o “espírito democrático”) sempre prevalecerá sobre o mal (os interesses políticos e econômicos particulares), convenhamos… Por um breve momento o Nassif achou que o Palácio da Alvorada seria convertido numa espécie de bunker de resistência democrática e também de pólo de sustentação ideológica da “cadeia da legalidade”. Mas… Acho que o Dilma Bolada se sairia melhor…

       

  5. Porque não seguir o

    Porque não seguir o livrinho?

    Eleições agora, dissolver o Congresso. Isso é Golpe!

    Mandato tampão de dois anos e reeleição em 2018? Péssimo.

    Eleições agora dissolvendo o parlamento para uma eleição casada? Golpe!

    Eleiçoes agora para um mandato de 4 anos desincronizada com as eleições legislativas? Péssimo.

     

    Decidam o que é melhor:

     

    A- (  ) Aguentar o Michel Temer até o ano de 2018 é o preço que temos de pagar para se manter a democracia no Brasil.

    B- (  ) Aguentar a Dilma até 2018 é o preço que temos de pagar para se manter a democracia no Brasil.

    C- (  ) Golpe na Constituição

    1. Me desculpe, mas a letra A

      Me desculpe, mas a letra A tem erros cruciais:

      1. Ninguém “aguenta” o Michel Temer. De jeito e com propósito nenhum.

      2. Suportar até 2018? Mas nem até hoje e nem um dia a mais.

      2. Preço que temos que pagar para se manter a democracia no Brasil? Desde quando há democracia no Brasil com o Michel Temer no poder?

      1. Isso mesmo

        Ronaldo, seu comentário é muto oportuno. Temer é o oposto da democracia. É a ditadura dos ladrões, é o escárnio ao povo brasileiro, é o fim da democracia.

        Pessoalmente acho a convocação de eleições gerais uma solução democrática. Mas tem que ser geral MESMO. Eleições para executivo e legislativo nas três esferas (federal, estadual e municipal).

        Somente na esfera federal seria casuísmo, mas ainda teria alguma lógica, mas o absurdo de propor eleições somente para presidente cai no campo da palhaçada. Se o presidente eleito não for do gosto do CUnha o que acontece? Eles derrubam o presidente de novo? O novo presidente assumiria já sob chantagem de uma quadrilha de golpistas instalada no Congresso.

         

        1. Ruy, não tem solução sem a

          Ruy, não tem solução sem a volta da Dilma.

          Estamos em pleno golpe.

          Quem vai convocar eleições gerais? Os golpistas? Muito provavelmente vão ignorar o calendário eleitoral.

          A volta da presidenta eleita significa a restauração da democracia.

          Apenas depois disso é que podemos pensar em alternativas.

  6. A reforma política é a questão central prioritária

    e esta discussão e esclarecimentos sobre o que está em vigor e o que se pretende mudar tem que ser feita JÁ na sociedade civil: Universidades, escolas, sindicatos, movimentos sociais e culturais e associações de qualquer espécie.

    Um grupo de juristas e especialistas em ciências políticas/sociais  deveria elaborar um documento e uma cartilha mais acessível a ser distribuída e discutida. A ignorância política é extrema na sociedade e é por isso que os calhordas deitam e rolam.

    Está mais do que claro que nada que preste sairá deste congresso e que mesmo sendo a presidenta bem intencionada, ela não terá força para fazer uma mudança que atinge frontalmente os esquemas do poder se o povo não endossar. A reforma tem que vir de um consenso da sociedade. Isto é mais do que um plesbicito.

    As eleições gerais é para depois disso.

  7. Três alternativas se colocam

    Três alternativas se colocam diante de nós.

    1- Aguentar a Dilma até 2018

    2- Aguentar o Temer até 2018

    3- Tentar uma solução que não está na Constituição.

     

     

    1. A segunda opção NÃO está na Constituição

      A segunda opção NÃO está na Constituição. O impeachment sem crime de responsabilidade não é previsto na Constituição e configura-se um GOLPE DE ESTADO absolutamente antidemocrático, inconstitucional, imoral e antipopular.

      Ou seja, a segunda opção está dentro da tterceira.

      Portanto são apenas duas opções:

      1- Aguentar a Dilma até 2018

      2- Tentar uma solução que não está na Constituição.

      Com a Ressalva de que aguentar o Temer não é solução. É um problemão que são se sustenta de forma alguma até 2018. Aliás, Temer e seu gabinete golpista pretendem mesmo e permanecer na marra, sem eleições em 2018. É a ditadura dos ladrões.

      1. Ajuda

        Eu que já entabulei uma conversa contigo, peço uma ajuda: você não acha que o ” professor de ciências sociais” Moacir do começo desse post é um troll? Se achar que não vou responder a ele. Um abraço.

    2. Bem posto.
      Conto uma história

      Bem posto.

      Conto uma história sobre uma situação particular que vivi e remete bem a isto.

      Muito tempo atrás, num contexto que não convém especificar aqui com detalhes, eu participava de uma institução que, dentro de seu contexto, com a melhor das intenções, adotou determinado jeitinho para permitir que um candidato concorresse a um cargo, quando já não possuía os pré-requisitos para tanto.

      Pois bem, mais de dez anos depois destes acontecimentos, a liderança da instituição em sua totalidade já havia sido substituída, já não se coadunava com este tipo de prática (mesmo que tivesse sido tomada com boas intenções), porém, outra pessoa, já nem tão bem intencionada, se aproveitando do álibi formado devido à esta decisão, questionou que deveria ter o mesmo direito de se candidatar sem os pré-requisitos. Afinal de contas, em outra oportunidade a regra já havia sido quebrada. Por que não poderia sê-lo novamente?

      Se se convocam eleições agora, vamos quebrar as regras. Quem pode garantir que a regra voltará a valer mais adiante? Quem disse que um eleito vai cumprir seu mandato até o final? Basta o congresso puxar novas eleições mais uma vez, não é mesmo?

      Aliás, é bastante claro o que ocorrerá: todas as vezes que um governo conservador assumir, ele finalizará o mandato. Toda vez que um progressista assumir, seremos lançados neste oportunismo doido, nesta absurda insegurança jurídica e política.

      Será o início de algo que não se poderá conter mais.

      A Dilma tem que voltar e terminar seu mandato. Ponto. Mas se isso não fosse possível, eu preferiria dois anos de governo Temer (Jesus seja louvado) do que termos novas eleições.

    3. 1- Aguentar a Dilma até 2018

      1- Aguentar a Dilma até 2018 é impossível, a crise economica só se agravaria, junto com a crise política e com a Lava-Jato e delações atingindo a sua campanha. É o desastre com hora marcada e televisionamento ao vivo.

      2- Aguentar o Temer até 2018. É a melhor saída. Segue-se a Constituição e se evita a quebra institucional. Para quem acha que isso facilitaria futuros golpes, vale lembrar que assume o vice da mesma chapa.

      3- Soluções que não estão na Cosntituição. Essa é a mais perigosa porque, aí sim, a democracia é ameaçada e incentivaria que se repita tentativas de impeachment visto que, como resultado, ao inves de assumir o vice da mesma chapa, se faz eleições onde tudo pode acontecer.

      e acrescento a 4.

      Dilma renuncia se compondo com o Temer. Seria a melhor. Daria continuidade ao governo, evitaria a caça as bruxas, Tëmer conseguiria aglutinar as forças políticas e manteria o legado dos governos anteriores. Mas isso tudo já foi perdido

      Ao transformar o Temer em inimigo a solução de abdicar em nome do principe se acabou.

       

  8. Fator Lula
    Discordo da visão do Nassif que o impedimento de Lula o tira do jogo.Alias é esperado que não o deixariam concorrer.Mas sua influencia ainda é grande,como nas 2 eleições de Dilma de tranferir votos para quem indicar.Em um cenario hipotetico,na modesta visão deste comentarista poddriamos ter Fernando Hadad apoiado por Lula,e por tudo que tem feito,por seu carater poderia ser um candidato mais palatavel as bases,militanci,movimentos sociais e até aos partidos mais a esquerda.Eleitoralmente a bola ainda quica na area da esquerda,pois ainda tem o Ciro Gomes.A direita esta com a taref herculea de criar uma nova Marina ou Eduardo Campos.Aventureiros acho muito dificil face ao um lado positivo que o golpe proporcionou,aglutinou as esquerdas,progressistas,ex miltantes que não facilitaram para aventureiros.

  9. Eleições?!?!

    Eleições gerais agora é golpe!

    Eleições gerais sem reforma política é mais do mesmo!

    Eleições gerais agora e sem reforma política é golpe, é mais do mesmo, não é a solução!

  10. Resumo da Ópera

    Tudo começou por volta de 2004.

    – Sérgio Moro era o juiz no caso Banestado;

    – Por força de um acordão para sustentar o governo Lula, o caso foi encerrado “sem apontar culpados”;

    – Moro é obrigado a condenar Youssef por “delação mentirosa”;

    – Youssef para escapar da prisão propõe (ou é cooptado) se infiltrar em “esquemas” da base de sustentação do governo (PP/PMDB);

    – A partir de 2006 Youssef passa a ser monitorado pela PF;

    – Dilma começa a desmontar o esquema na Petrobrás e Furnas em 2011/2012;

    – Em 2013 Moro atua no STF no mensalão como juiz auxiliar e deve ter explicado a “operação” que poderia desencadear a qualquer momento, obtendo garantia de que ficaria responsável por “tudo”;

    – No início de 2014, aproveitando o auge do “descontentamento” do Poder Judiciário com Dilma, que nega o aumento de salários, mais a ameaça de o PT vencer novamente as eleições, Moro dá a largada para sua operação “Lava-Jato” (por razões óbvias não se chama “Petrobrás”…);

    – O resto sabemos…

    – Mas a novela não terminou! Claro, ainda teremos muitas delações, provocações ao povão petista, para finalmente termos na presidência alguém com o perfil do… Sérgio Moro. Eleito ou imposto!

    Obs: porque a pressa do Serra? Os EUA necessitam urgentemente aumentar “suas” reservas de petróleo (que descobriu-se não serem o que o mercado previa) e para isso “concorrem” Venezuela (maior do mundo) e Brasil (pré-sal). Quem chegar primeiro vence. O outro vai sobrar… 

  11. Dúvido que haverá eleições

    Dúvido que haverá eleições gerais. Essa turma que sujou cada poro do corpo não vai deixar que isso aconteça. Até porque haveria o risco de ser eleito o que esse povo não quer de jeito nenhum ( Lula ou Ciro Gomes) e aí teriam que fazer outro golpe. O que pode acontecer em 2017 e tirarem Temer do caminho [ o que vai ser mais fácil que matar uma mosca morta -rs ] e aí fechar o ciclo de horrores da política brasileira = o congresso nacional eleger, indiretamente, um novo presidente. É um cenário que anima todos os golpistas, pois nenhum conta com chances concreta de ser eleito presidnete pelo voto. Lógico que o primeiro da fila é o Zé Serra. É uma questão matemática = é muito mais fácil ‘conquistar’ um eleitorado de 513 do que de 120 milhões. 

  12. Qualquer solução não será fácil

    O que eu penso, com uma boa dose de utopismo, que Dilma voltaria e, sendo apoiada pelos militares(aqueles que não apoiaram o golpe – deve haver), faria um governo de exceção com fechamento e cassação de mandato(inutilidade só atrapalha) reforma completa do STF com nomeação de juristas e não mercenários. Isto tudo já com data marcada para eleições gerais, para ocorrerem no menor prazo possível. Candidatos só os que não tenham processos instaurados.

  13. Eleições
    Nassif
    Se houvesse um mínimo de civismo e patriotismo, já evidenciada a falência institucional que permite o autoritarismo do judiciário e de um Gilmar Mendes, a solução seria, com as eleições municipais, fazer uma eleição para uma Constituinte,
    com prazo de um ano para apresentar o trabalho a referendo popular, de sorte que em 2018 teríamos as eleições já no
    formato da nova Constituição. Mas seria indispensável afastar o gilmar mendes do STEleitoral e do STF.

  14. Foi engraçado ontem, no JN, o

    Foi engraçado ontem, no JN, o Carlinhos do PT (Ayres Brito) dizer que não há como a Lava-Jato retroceder, ela é um patrimônio do povo brasileiro, etc.Ora, confirmado o golpe, o ministro da Justiça transfere todos os policiais de Curitiba para a Boca do Acre e Gilmar chama o Moro na grande, da mesma forma que fez com o juiz De Santis e pronto: Lava-Jato já era. Para Moro restarão duas opões: cair para cima, como o De Santis ou, se resistir, poderá até mesmo ser preso. Há motivos de sobra para isso. 

  15. Se a presidente é afastada e

    Se a presidente é afastada e o interino toma atitudes contrárias ao programa que foi eleito, “corre-se o risco de vermos o poder deixando de ter origem direta no povo e passando a ser intermediado pela vontade do Congresso, que aprovou a abertura do processo de impeachment, o que, decerto, não encontra fundamento na Constituição e no Estado Democrático de Direito”.

     

    Bobagem, isso não passa de uma grande bobagem. Primeiro, que própria Presidente Dilma adotou ações contrárias ao seu programa de governo propagandeado durante o período eleitoral. Isso por si só já bastaria para derrubar essa tese esdrúxula. Segundo, como se “mede” (e a quem compete fazer isso) o quanto o vice está tomando atitudes contrárias ao programa eleito? O STF? Caberá a ele examinar os atos do governo interino do vice, confrontar com o programa eleito e dizer se está seguindo ou não? Terceiro, quem substitui o presidente é presidente enquanto estiver exercendo a substituição. Em consequência, pode praticar todos os atos de competência do presidente. Qualquer coisa diferente agride o bom senso. Ou o autor da tese admite que se o programa eleito estiver levando o país pro buraco o vice deve mantê-lo a todo custo?

    1. Interino

      Você se esqueceu de uma palavrinha mágica: interino, pelo prazo máximo de 180 dias. Ele não possui, portanto, o condão da legalidade da presidenta, que foi diplomada pelo TSE e empossada pelo Congresso para este fim. Tanto assim o é que todos os atos legais por ele assinados o são na qualidade de “presidente interino”. Ele quer ser, mas não é. Ele apenas está, na infinitude de tempo de uma interinidade. Como presidente (sem adjetivo), ele é usurpador.

      Assim, seus atos que possam comprometer o futuro de uma administração (ou seja, atos que alterem a dinâmica da administração presidencial que está instituída) são atos que incorrem em risco para a ordem política e social, próprios de crimes de responsabilidade, pois ele está assumindo funções que não são as suas e que a CF88 não delega atribuição para ele exercê-la no presente momento. Ele não iniciou seu mandato presidencial, resumindo.  

  16. Acho que a possibilidade de

    Acho que a possibilidade de eleições presidenciais (gerais só aconteceriam por emenda constitucional e esta jamais passaria pelo conrgesso) acontecer é Temer renunciar com Dilma já condenada. Dilma não irá convocar novas eleições porque, primeiro não tem poder para tanto, no máximo tem para convocar novas eleições presidenciais, mesmo assim com um acordo com Temer para ambos renunciarem; segundo, se conseguir voltar a presidência tenderá a acreditar que saiu fortalecida do episódio, com o refluxo da opinião pública a seu favor. Mas Dilma jamais será absolvida nesse julgamento do Senado, não interessa o quão bizarro as coisas possam parecer para um observador neutro. Sua sorte foi decidida naquela votação ainda na câmara.

    Quem quer eleições presidenciais este ano (o sonho possível de ser sonhado) está enfrentando uma corrida contra o tempo. Se é verdade que há vários protestos contra o governo Temer, todos se encontram em estágio parecido ao que o MPL fez antes de junho de 2013, girando sempre em torno de 10 mil participantes. Isso é muito pouco para mudar o horizonte político do país. A fagulha capaz de fazer a população ir para as ruas em número suficiente para aterar oa agenda política do país ainda não ocorreu e nem se sabe se vai ocorrer. No que depender do novo establishment, não ocorrerá este ano, pois para eles não há nenhum desejo de eleições diretas para presidente antes de 2018. Há talvez desejo em fazer as eleições de 2018 não valerem o que hoje valeriam, ao implantarem o parlamentarismo na surdina como se especula a boca pequena.

    Mas ainda sim, é bem provável que o governo Temer não chegue ao final de 2018 pois até agora não foi capaz de mostrar nenhuma agenda positiva ao país. Provavelmente, teremos uma eleição indireta em 2017, o que inclusive pode ser um primeiro passo para a implantação de um novo regime político no país, assim como foi a eleição de Castello Branco em abril de 1964, quando a presidência da república foi ilegalmente declarada vaga. Façam suas apostas para saber quem seria o grande favorecido num cenário como este.

  17. Ninguém ganha xadrez com rendição da rainha

    O Nassif já foi mais feliz com outros tabuleiros.

    Não há cenário maduro para eleições, mas para algo mais profundo, como é toda a estrutura democrática da nação, o equilíbrio de poderes, o financiamento de campanhas, o condomínio do poder entre partidos, a enorme quantidade de partidos, a atuação partidária do PIG, a extrema perda de seriedade e de respeito da população com a classe política, em geral, e a influencia externa (EUA) dentre muitos outros aspectos.

    É uma enorme possibilidade de fazer a grande mudança e, se Dilma está peitando (coisa que a turma do golpe não esperava), que faça valer a pena!

    A volta da Dilma ao cargo não passa uma borracha em tudo isso acima, assim como ocorreria com novas eleições. Mas, a segunda opção é pior, pois acaba aceitando/legitimando o golpe.

    As observações do Nassif em relação ao Temer parecem corretas (falta de imagem, legitimidade e dimensão) que, neste caso, ao levar junto para uma falta de expectativa do seu governo fuleiro, caminharão de encontro com o retorno de Dilma (mais de 1/3 do senado). Acontece que o quadro, daqui ao retorno de Dilma (digamos: 5 meses), já terá mudado muito em relação ao panorama atual: a lava-jato terá continuado, Cunha perdido os seus poderes, o povo democrático estará cada vez em maior número na rua, dezenas de congressistas presos e, pelo contrário, Dilma terá reafirmado a sua imagem de pessoa honesta e, ainda, perante o povo, recuperará as suas condições de governabilidade.

    Concordo em parte com a nova linha de trabalho para Dilma executar até 2018, além das atividades de base para gerar emprego e retomar a economia, qual é liderar a reforma política ampla e irrestrita, com assembleia constituinte e tudo, e nisso acho que terá muito apoio da população.

    1. É isso aí Alexis.
      A solução

      É isso aí Alexis.

      A solução passa necessariamente pela volta da Dilma, pela restauração da democracia.

      A luta tem que ser nesta direção.

      1. Mas é isso!

        E está nessa direção, amigo. Leia o post do Nassif. A proposta é a volta de Dilma, e ela convocaria imediatamente eleições gerais em outubro. Se a mobilização for pelo “fora Temer, eleições já”, o povo apoia.

  18. O golpe ainda está em curso

    1. Temer foi colocado lá somente para dar início ao programa neo-liberal, e preservar os verdadeiros golpistas.

    a) Concessões e privatizações (principalmente Petrobras)

    b) Fim da Lava-Jato

    c) Fim da distribuição de renda

    d) e outras mais

     

    2. Todos sabemos que Temer não aguenta alguns meses de governo, se é que podemos falar em meses.

     

    3. O final, com Dilma ou sem Dilma, será um acordo para eleições indiretas, já combinado com os russos (Cunha) e com o PSDB no poder (Serra?, FHC?)

     

  19. Nem o FMI mais acredita no modelo neoliberal

    Segundo techo do estudo dos pesquisadores do FMI o modelo de liberalismo econômico coloca os países mais em risco em relação a uma crise econômica e não garante ajuda no crescimento da economia.

    “According to Ostray, Loungani, and Furceri, an increased liberalization of a country’s capital account — how easy it is for foreign investors to move money in and out of the country — appears to put countries more at risk for a financial crisis and may not aid growth as much as advertised.”

    http://www.businessinsider.com/imf-neoliberalism-warnings-2016-5

  20. XADREZ DAS DIRETAS

    A Presidenta Dilma até agora não deu sinais de humildade para fazer uma mais que necessária autocrítica dos muitos erros de seu governo, nem de grandeza para apontar a necessidade para mim mais que evidente de eleições diretas, gerais (legislativo e executivo) e precedida de algumas reformas políticas, tais como as apontadas por Nassif.  Ela e o PT já deviam estar empenhados nisto. Caso o tivesse feito antes do 17 de abril. Teria colocado o Cunha, o Congresso e os partidos em cheque e não só. Até mesmo o dito poder imparcial da República, o Judiciário, o garante da Constituição, valha-me Deus, não teria como apoiar de certa forma esta saída política que mais se aproxima a uma saída democrática.

    As forças que se colocam contra este governo ilegítimo têm que se unificar sob a bandeira das Diretas Já, já. Se demorarem muito, os desmontes e privatizações e outras desgraças a serem executadas a toque de caixa pelo governo Temer deixarão o país ainda mais arruinado e desmoralizado.

    Mas falta grandeza e clarividência a Dilma e ao PT.

    Enfim, a esperança é a última que morre.

  21. Por que a pressa?

    Por que a pressa por eleições gerais?

    Ainda estamos no golpe!

    Temos muito o que lutar ainda.

    Primeiro temos que lutar para que a Dilma volte, afinal ela é a presidenta eleita, para restabelecermos a democracia.

    Nenhuma solução pode desconsiderar a volta da presidenta eleita!

    Após a volta da Dilma devemos continuar lutando.

    Lutar para manter o calendário eleitoral a qualquer custo: eleições proporcionais neste ano e eleições majoritárias em 2018.

    Lutar para que entre uma eleição e outra seja convocada a Constituinte para a reforma política, a mais importante.

    Lutar pelo marco regulatório das comunicações.

    Lutar para que a justiça seja realmente feita, com a punição dos corruptos, com provas.

    Mas tudo isso só será possível com o povo mobilizado, com a pressão das ruas.

    Quem disse que é fácil?

  22. onde é que está a LUTA?

    Referendar o golpe com uma nova eleição não dá.Os 54 milhões da vitória de 2014 têm validade constitucional até 2018.Não houve fato/crime que justificasse o afastamento do mandato presidencial.” As pedaladas” são um casuísmo que não se sustentou por sua própria natureza esdrúxula e legalmente questionável de biombo da lavajato. Além do que,foram estabelecidos dois pesos e duas medidas, olvidada uma para os corruptos do congresso e aplicada outra como justificativa sem fundamentação na realidade para se efetuar o golpe.As razões do golpe ainda inexistem.Mas onde é que está a luta?

    1. “Referendar o golpe com uma

      “Referendar o golpe com uma nova eleição não dá.Os 54 milhões da vitória de 2014 têm validade constitucional até 2018.Não houve fato/crime que justificasse o afastamento do mandato presidencial”:

      Tudo isso eh irrelevante:  para presidir precisa se de um presidencialismo estruturado.  Dilma nao o tem.  E nao eh culpa dela, eh dos brasileiros.  Quem colocou aqueles picaretas em Brasilia?  Eu?

      Voto desinformado da eh nisso mesmo.  O presidencialismo como o entendiamos foi assasinado em praca publica:  Requiao esta certo.  Dilma, voltando, vai ter que reconstruir tudo que eles estao destruindo…  sem assistencia nenhuma nem de congresso nem de camara nem de judiciario.  Suponho que o pesadelo de Dilma nem comecou ainda.

      Os brasileiros SAO sim culpados.

      1. o mordomo

        -> “Dilma nao o tem. E nao eh culpa dela, eh dos brasileiros.  Quem colocou aqueles picaretas em Brasilia?  Eu?”

        prendam os suspeitos de sempre? a realidade sempre está muito além do mordomo… a crise atual derruba todos os mitos: desde os milhões da “nova classe média lulista” até o mofado argumento que “o povo não sabe votar”. é responsabilidade do lulismo sim, que em 13 anos NÃO fez a reforma política.

        “[…] mas a verdade é que a grande maioria não foi eleita com votos diretos de seu eleitor. Apenas 36 dos deputados federais brasileiros eleitos em 2014 conseguiram os votos de urnas necessários para obter uma das 513 cadeiras da Câmara na atual legislatura.”

        http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/19/politica/1461023531_819960.html

        .

  23. Pera aí, jornalista! Até aqui

    Pera aí, jornalista! Até aqui o que está mais do que demonstrado que o Brasil está sendo palco de um golpe de estado contra a sua Presidente, constitucionalmente eleita com mais de 54 milhões de votos. Nesse sentido, no sentido do golpe, estão claras as participações até aqui da maior parte do Congresso Nacional, da Procuradoria Geral da República, sem dúvidas também do Supremo Tribunal Federal, a 13ª vara da Justiça Federal em Curitiba (corrdenada pelo STF), onde atua juiz Sérgio Moro, que acionam, na medida de suas necessidades para atacar o Governo e seus aliados,  a Polícia Federal, e principalmente a mídia, liderada pela Rede Globo, que tudo coordena e estabele pautas de acordo com os eventos que os golpistas deflagram. Além do mais, o Vice-Presidente Temer, no exercício da Presidência dado o afastamento da titular para defender-se da ameaça de impeachmente,  sem dúvidas um usurpador, condição que demonstra quando não respeita as limitações consticionais para sua atuação numa interinidade, que procura desmontar o Governo Dilma, establecendo novas alianças no Brasil e no exterior, em desrespeito ao programa de governo que o povo elegeu em 2014. A propósito, da decisão do  Ministro Luís Roberto Barroso a que se refere, será que o juis acha possível haver uma explicação para Temer ter desrespeitado em inúmeros atos a Constituição, além de usurpar os direitos de Dilma? Até logo! Iso tem nome: ou posterga o ato permitindo que Teme, nitidamente um fora da lei, avance ainda mais no sentido de consolidar sua posição golpisa, ou é paura do Ministro, mesmo. O senhor, jornalista, dá mostras que preocupa-se com a recuperação da economia. Lamento dizer, seja a hipótese que for: Dilma voltando, o justo e legalmente adequado, já que está demonstrada a tramoia do impeachment; o impeachmente vitorioso e e usurpador ocupando a Presidância; ou a que a hipótese de nova eleição, ambos Dilma e Temer sendo afastados, que pode não se concretizar em moenos de seis meses, todas essas possibilidades não permitiram uma economia sem muitos problemas, a não ser que algo que ainda não esteja no radar aconteça. Além do mais, como bem se vê, o elemento principal não está sendo considrado e está à parte: o povo, que será impactado pela economia fora dos trilhos, não se podendo prever que comportamento terão nesse quadro caótico. Não dá para usar os problemas da economia para arquitetar outro golpe, porque novas eleições seriam também um golpe de estado. A solução seria a oposição golpista e entreguista (não dá para ter dúvidas pelas medidas já tomadas ao arrepio da Constituição) arrefecer seus ânimos para, no afogadilho,  querer criar fatos consumados para servir  o capital multinacional comandado pelo EUA. Além do mais, certamenteDilma Rousseff é a mais qualificada para enfrentar a borrasca econômica por que passa o Brasil, sem abandonar os compromissos do país e suas relações com o resto do mundo, cujas consequências não estão sendo dimensionadas pelos golpistas, mas certamente se refletem na falta de apoio internacional ao golpe, que estamos assistindo, dado cavalo da pau na economia que o usurpador Temer tenta com apoio da oposição e os referidos aliados ao golpe de estado.

  24. Nao se trata de pacto contra o golpe, mas de troca de golpe…

    Eleiçoes gerais é golpe, a menos que seja a própria Dilma que renuncie, o que ela nao vai fazer.

    1. A questão é objetiva: o golpe

      A questão é objetiva: o golpe já está em andamento e a governabilidade eleita em 2014 foi desconstruída… a direita já é parcialmente vitoriosa por jogar o país no caos atual. Diante disso, temos que achar a melhor saída possível, porque o ideal já era, a constituição já foi golpeada. Eleição apenas para presidente seria inadmissível, mas eleições gerais não: na crise extrema, o menos ruim sempre será chamar o povo p’ra decidir, e, numa eleição hoje, o Congresso já seria outro. Dilma tem que voltar, sim – e, para voltar, não ignorar a realidade e propor uma saída ajuda, e muito.

  25. Curitiba, dias contados

        A Lava – Jato pelo interesse do mercado e dos politicos não-petistas, já alcançou seus objetivos estratégicos, até mesmo a possivel detenção de Lula, seria algo hj. inutil, uma vez que a posteriori ele poderá ser um interlocutor util para futuro acordo.

         Já as atuais veiculações, de excertos escolhidos a dedo das “delações premiadas”, todas em poder da PGR/MPF/PF, que quando analisadas friamente não tem nada de prova, mas são escandalizadas pela midia, podem fazer parte de um enredo já conhecido e bastante exercido em outros paises, como Ucrania, Egito, Rep. Tcheca, que constitui em apresentar “escandalos”, elevando cada vez mais o nivel deles, sempre em capitulos, o que na realidade trata-se de uma Operação Psicológica Ampla & Midia, que é validada a cada fase por mecanismos especializados de controle, tais como:

         1. Construir um ambiente constante de incerteza – resultado : cansar o publico, pressionar a classe politica.

         2. Tomar o pulso constante da população – como: através do controle dos “formadores de opinião” e monitoramento das redes sociais abertas ( macro ) e das “fechadas” ( qualitativo ).

         3. Com o enfraquecimento constante do ambiente politico, abre-se aos financiadores/interessados participes do esquema, que estes possam pressionar ainda mais o “governo interino” e congresso, a apressar suas demandas

         4. Blindar “por cima” politicos interessantes agregados ao esquema, ao mesmo tempo que controla-se a 1a instancia, “cintando” nela apenas os não protegidos – quanto mais estes “protegidos” forem ameaçados, mais eles irão se refugiar sob as asas do STF, dando a este, a alguns deles, mais Poder.

          Se bem controlado, o que creio não ser muito possivel nas condições muito “latinas”, verborragicas de nossa sociedade, pode dar certo, MAS em caso de falhas dos controles, as consequencias assumem uma gravidade dificil de imaginar, com possibilidades sempre ruins, como por exemplo :

           1. Arrivistas salvacionais assumindo poderes.

          2. Total ingovernabilidade

           3. Desmonte das instituições, incluido o judiciario

           4. Revoltas sociais localizadas, setorizadas e sem controle

           5. Intervenção militar

            Eleições gerais com este quadro seriam um risco extremo, açodados como encontram-se todos os atores, a possibilidade de enfrentamentos, inclusive fisicos, estariam muito elevados, alem do que inexistem forças politicas oficiais estaveis, todas estão no modo salv-es quem puder, portanto o espaço estaria aberto para sabe-se lá o que, até mesmo um “fechamento do regime”, ou o estabelecimento de uma “democradura” – eleita pela raiva das ruas – pode ocorrer.

  26. Única alternativa

    Só há uma alternativa: lutar para que a presidenta eleita seja reconduzida ao cargo, para que a democracia seja restaurada, para que possamos travar outras lutas.

    Mas onde está a luta?

    Onde está o povo?

    Sem povo e sem luta fica fácil para os golpistas. Continuarão fazendo o que quiserem.

  27. Discurso de novas eleições é balão de ensaio

    Engraçado como a proposta de nova eleições tramita de forma muito parecida com alguns factoides criados pelas forças da direita + PiG + revoltados online.

    Funciona da seguinte maneira: eu anuncio um cenário futuro sem garantia nenhuma de que ele acontecerá de fato. Se é pouco ou muito provável que aconteça não importa. Para criar uma atmosfera favorável, eu coloco o tema na agenda nacional como uma previsão certeira e justifico. Após um eventual debate entre os que consentem e os que criticam, naturalmente caminhamos para o cenário previsto. Ou não, afinal nem sempre dá certo.

    Foi assim com a lava-jato: o cenário propício para o impeachment não começou a ser construído em 2014 com as delações, nem em 2013 com os protestos. Começou no julgamento do mensalão em 2011. Neste caso escândalos forçados e concatenados formaram o “clima” com muito custo.

    Foi assim com a crise econômica que se instalou no fim de 2014: ao longo de todo este ano a internet foi inundada com “videntes” prevendo um Brasil quebrado a partir de 2015. A história ainda vai desmascarar esta crise como uma administração fraudulenta do mercado interno visando recessão forçada.

    Na proposta de novas eleições é parecido. Constitucionalmente a proposta é frágil demais: não passa pelo Congresso que aí está e dificilmente passa pelo Supremo. Para 2016 não dá tempo e para 2017 é tarde demais, pois a próxima eleição “regular” é logo ali, no ano seguinte. Logo, o efeito real desta proposta não é oferecer uma solução consistente, e sim torná-la consistente colocando-a na agenda nacional e esperando a reação do povo. Só uma mobilização maciça, digna dos protestos de 2013, seria capaz de comover o Congresso e o Judiciário a ponto de marcar eleições para o quanto antes.

    Não sou contra novas eleições. Sou a favor. Mas sem (muito, mas muito) povo na rua não sai.

    E se a própria Dilma já considera esta proposta, não temos motivo nenhum pra achar que seu governo tem salvação. Nem do golpe, e muito menos das próprias trapalhadas.

  28. Passos da volta

    “Haverá resistência devido aos seguintes fatores:

    1.     A turma de Eduardo Cunha controla a Câmara.

    2.     Nem PMDB nem PSDB têm candidatos competitivos.

    3.     Haverá uma aceleração por parte da Procurador Geral da República (PGR) da inabilitação de Lula, deixando o PT sem um candidato forte.”

     

    Errado.

    O primeiro passo será afastar o PGR. Collor tem as provas de sua suspeição e ele pode ser afastado a qualquer momento.

    Com um novo PGR, acabou-se a seletividade do Moro que é exercida via PGR.

    O segundo passo é a convocação de eleições gerais. O congresso não ficaria contra, pois os políticos sabem que não serão reeleitos no futuro, se por acaso, se colocarem contra eleições agora. Aqueles cujos desvio de conduta não foram levantados até agora seriam a favor, pois no futuro não e garantido.

    Muitos corruptos não descobertos serão reeleitos, mas serão minoria e não a grande maioria como hoje.

     

  29. Sou contra eleições antes de

    Sou contra eleições antes de 2018 e vou dizer porque:

    Acho que entendi o jogo da mídia em cumplicidade com o Departamento de Estado dos EUA. A razão de ter transbordado na mídia a gravação do Sérgio Machado é que a mídia / DE-EUA pretendem se desfazer de Temer/Cunha assim que golpearem a Dilma. Aí aparece a tese das eleições diretas para a vacância do cargo de Presidente da República. Com o PMDB, PSDB e PT (leia-se Lula) afastados da disputa, por falta de candidato viável, surge, de repente, o salvador da Pátria: Sérgio Moro! Este seria eleito por um pequeno partido, quase sem representação no Congresso Nacional. Como em uma estória da qual nos lembramos vivamente, nosso herói estaria na mão de uma quadrilha numerosa no Congresso, e que nem precisa ser tão bem remunerada assim. Algumas malas de dólares bastam…

    E aí instalada a democradura, que o próprio povo se incumbiu de instalar, quem reclamar será devidamente eliminado.

  30. Nassif, a questão não passa

    Nassif, a questão não passa somente por eleições gerais para o congresso e o executivo. O atual STF perdeu completamemnte a legitimidade, se algum dia teve. Sua função primordial de guardião da constituição foi jogada no lixo, com o conjunto de decisões sem fundamento na CF88 que têm tomado e a parcialidade de seus atos. Até mesmo a The Economist posta isso. Sem a retirada de todos os que hoje ocupam vaga no STF pouco resolverá a realização de quantas eleições for.  

    Essa crise mostra a disfuncionalidade de nossas estruturas de poder e como aqueles que entenderam isso rapidamente (como Antônio Fernandes, Gurgel, Janot, Joaquim Barbosa e Gilmar) fazem o que querem, ao seu bel prazer, sem qualquer compromisso com o cargo que ocupam ou com as consequencias de seus atos perante a História. Detalhe significativo é que todos têm origem no MPF. Ah! Resta Moro, mas este é um juiz-promotor, seja no campo jurídico de seus atos, seja no campo midiático de celebridades. 

  31. Após esse post e os diversos

    Após esse post e os diversos comentários, entendo que estamos no regime  democrático de Eduardo Cunha. Ou seja, quantas vezes teremos de votar para presidente até que a eleição seja válida? 

  32. Nassif, qual a razão da Dilma

    Nassif, qual a razão da Dilma levantar a bandeira das eleições gerais, se você elencou três razões que seriam quase impossível disso acontecer.

    Não faz sentido.

    Pela Democracia a Dilma tem que ficar até 2018.

    Acredito que em ano de eleições municipais, e com o apoio dos democratas de todos os segmento da sociedade a resistência à Dilma será menor.

    ////////

    A Tereza Cruvinel foi demitida da direção da EBC, segunda diz, está havendo uma caça às bruxas. Se a nova direção desconfiar que alguém   é petista ou simpatizante perde o emprego.

    Nassif, você como ex tucano, como já declarou pois foi uma das “vitimas” da enganação do Serra, o programa Brasilianas vai continuar ? Ou você vai entrar na lista dos neo petistas ?

     

  33. Moreira & Serra Travel Agency

          Com certeza irão conseguir acumular muita milhagem, podem viajar o quanto quiserem, mas nem eles acreditam que irão conseguir algo externamente, conceder ou privatizar alguma coisa, enquanto a bagunça na qual o País se encontra não for solucionada, o maximo que eles talvez consigam será prometer, nada alem disto.

            Qualquer editalzinho, que pode ser contestado pelos nossos vestais ( MPF ), demora no minimo 03 meses para ser publicado, um “data room” deve ficar aberto aos interessados por no minimo 30 dias, a engenharia financeira + project finance + documentações exigidas, desde que não conflitem com o judiciario, demoram para serem realizadas.

            Porra, tem empresas nacionais, muitos apendices das empreiteiras encalacradas na Car Wash, com projetos viaveis economicamente, que encontram-se a venda já a meses,uma negociação de empresa – empresa, totalmente de ambito privado, e não conseguimos negocia-las.

             Então como vossas excrecencias, que não tem nem a garantia que serão ainda governo daqui meses, podem garantir a investidores a segurança politica e juridica, necessária para este tipo de empreendimento.

              Vão é passear.

  34. Ética e situações-limites

    É disso que se trata neste momento ímpar pelo qual passa a sociedade brasileira.

    Ensina Aristóteles que a ética é a melhor das escolhas entre as possíveis e que não se pode, em nome de uma suposta ética, abandonar nem os fatores subjetivos e nem os subjetivos.

    A decisão ética em situações limite, é justamente encontrar, ponderando subjetiva e objetivamente, a que seja a melhor para o bem comum.

    Embora entenda a visão, feita em cima de valores subjetivos, de alguns que imaginam ser a decisão correta o retorno de Dilma ao governo, uma análise objetiva demonstra que tal decisão é inexequível. 

    Embora possam arrolar um sem número de argumentos, como a falácia dos 54 milhões de votos, quem é partidário dessa decisão não pode simplesmente abandonar o loado objetivo e querer “enfiar” Dilma goela abaixo do sistema político, do aparato jurídico e,sobretudo dos tantos quantos ( ou mais ) brasileiros que simplesmente não aceitam Dilma de volta ao poder.

    Situações limites urgentes e ética sempre nos levam à Antígona de Sófocles. Quebrar as leis do Estado e sepultar Polícines ou quebrar as leis históricas e deixar seu corpo ser devorado pelos animais ?

    A meu ver, a decisão ética, neste momento, são novas eleições.

     

    1. Verborragia

      Quanta verborragia.

      Quantas citações inúteis.

      Tudo isto para dizer que a solução são novas eleições?

      Objetivamente: você acha que os golpistas são éticos?

      1. Objetivamente: você acha que

        Objetivamente: você acha que os golpistas são éticos?

         

        Bom, Dilma na campanha eleitoral propagandeou uma situação irreal do Brasil, descobrimos isso depois que ela tomou posse. Ética por ética, a dele representou um estelionato eleitoral envolvendo 54 milhões de votos.

    2. ……………. a falácia

      ……………. a falácia dos 54 milhões de votos . . . . Só falta falar do Crime dos 54 milhões de votos . . . . O Aécio perdeu a eleição, não aceitou, provocou um monte de golpistas e chegamos aonde estamos . . . e tem mais amiguinho, a situação não tem saída . . . . 

  35. Eleições gerais?

    Péssima idéia. Por que não esperar até 2018?? Falta tão pouco. O Congresso vai concordar em abreviar os mandatos dos deputados e senadores?? O jeito é seguir em frente, até 2018. Vai exigir muita competencia do governo em recompor sua base para em garantir o minimo de governabilidade. Quase um milagre. Porém, eleições gerais só para Presidencia de Republica deixando o Congresso golpista intacto é  um golpe dentro do golpe. 

  36. PT desiste de candidatura
    Só há uma saída para a esquerda. O PT precisa desistir de indicar alguém para a presidência!! Só um cego não vê que esse partido já não tem a menor chance! Daqui há uns 10 anos quem sabe.. Ainda assim se for humilde e reconhecer os erros.. O PT precisa apoiar alguém de outro partido e isso é pra ontem! Seja a Rede, o PSOL, o partido do Ciro.. Insistir em lançar candidatura própria é pedir pra ser enterrado!

  37. Muito “se” para meu gosto

    Se o Temer sair…

    Se a Dilma voltar…

    Se existirem eleições…

    Se for feita reforma política….

    A real inescapável é que o Brasil têm de dar um salto de qualidade, liderado por suas instituições e seu governo, o que só se consegue com a liderança da Presidência da República.

    Dilma, acorda! Prepare-se para esta liderança.

  38. meu desejo é que dilma vole e

    meu desejo é que dilma vole e fique a´té 2018, mas a realidade é  crua….

    se conseguir que sejam realziadas eleições GERAIS, melhor…. 

    mas nesse estado de exceção atual, duvido muito…

  39. Estratégia de curto prazo..

    Caso o interino não se aguente, por maiores demonstrações de incompetência ou por delações ainda guardadas, assumiria o Presidente da Câmara (que está afastado, com o vice-presidente como interino escondido). Caso este último não assume, assumiria o atual Presidente do Senado (agora mais sujo do que pau de galinheiro), mas certamente vão queimá-lo antes. Por último, assumiria Ricardo Lewandowski, Presidente do STF, que será obrigado a convocar eleições diretas caso o impedimento da Presidente afastada ocorra ainda em 2016, no prazo dos 180 dias para o processo no Senado. É essa a estratégia de curto prazo que está sendo implementada?

  40. Difícil acreditar que depois
    Difícil acreditar que depois de um rompimento violento das regras democráticas, uma nova eleição irá restabelecer uma mínima normalidade.

    Passaremos por um longo período de formação impossível de pactos:

    1 – pela insegurança que traições de alianças trazem;

    2 – pela clareza da diferenças abissais que torna incompativel pontos de acertos;

    3 – ódio que ficou patente;

    4 – falta de lideranças

    5 – falta de propostas

    1. Concordo com você Assis

      Mas qual é a solução possível ?

      É óbvio que houve um rompimento das “regras democráticas” por todos os personagens da vida política nacional. Mas daqui vamos para onde ?

      Ou nos contentamos com uma nova eleição e com seu resultado ou único caminho será um regime autoritário.

      Não há outra alternativa exequível além dessas duas.

  41. Como já supunhamos o festival

    Como já supunhamos o festival de delação termina com Lula na  capa dos sites do PIG, da veja, implicando-o na lava jato que só funciona com o PT. Fico imaginando o que realmente está por trás de tudo isso que ocorreu nesta semana. Se este país não houvesse se convertido numa bagunça franciscana, eu diria que a lógica seria os senadores corruptos retornarem com a Dilma, mas acho que isso não ocorrerá. temer também não parece que resiste muito mais, é escabrosa demais cada nomeação, cada tentativa dele de governar e vai ficando pior. Será que o povão acorda e faz um grande escândalo ou simplesmente isso vai rolar indefinidamente? À conferir. 

  42. 1 – O DESMONTE EU CULPO O

    1 – O DESMONTE EU CULPO O BARROSO POR TER DADO A RAPOSA A TROCA DE MINISTRO QUANDO NEM ISSO ELE PODIA, AINDA CULPO O STF POR NÃO TER BRECADO O TEMER QUANDO ESTE COMEÇOU A DESMONTAR OS MINISTÉRIOS TAMBÉM  SEM TER AUTORIDADE PRA ISSO.

    2- ANTES EU TINHA DUVIDA, AGORA TENHO CERTEZA QUE TUDO FOI UM COMBINADO ENTRE ELES DO PROCESSO DO AÉCIO IR PARA MÃOS DO TIRIRICA GILMAR

    3- O CHEFE DO GOLPE COM BEM DISSE CIRO GOMES  SEMPRE FOI O TEMER , MAS COMO ELE SEMPRE FOI UM DISSIMULADO O CUNHA POR SER DESCARADO FOI VISTO COMO O CHEFE O GOLPE, PARECE ATÉ QUE PEGARAM ALGUM TRECHO DE UM DOS ROMANCES POLICIAIS  DE AGATHA CHRISTIE.

    4- EU DESCORDO DE VC…  SE A DILMA VOLTAR, SERÁ DIFERENTE E ELA VIRÁ COM TUDO, O JANOT É UM QUE CAIRÁ FORA VENCENDO O TEMPO DELE. OS MINISTROS DO MPDB ELA DEVERÁ DAR PREFERÊNCIA POR AQUELES FORAM FIÉIS A ELA, TEM  GENTE DO PDT, PSCDoB , ELA NÃO PODE COLAR?  SE ELA FORTALECER SEU MINISTÉRIO PRINCIPALMENTE NA ECONOMIA ELA CONSEGUIRÁ TERMINAR O SEU MANDATO. ELA DEVERIA JÁ TER CONVERSADO COM OS SINDICALISTAS SOBRE  A PREVIDÊNCIA VINDO COM UMA PROPOSTA QUE SATISFAÇA TODOS OS TRABALHADORES. ISSO É O QUE PENSO.

  43. em grampo divulgdo na midia

    em grampo divulgdo na midia revela uma conversa entre machado, renan e sarney. eles afirmam que a delação de odebrech pode pegar dilma. na convera parece que suspeitam que dilma tem uma conta no exterior.

  44.  
    Se todo imbróglio em que

     

    Se todo imbróglio em que nos encontramos decorrem da patranha golpista, armada pelos setores mais reacionários dessa burguesia de merda. Não devemos aceitar nada que desrespeite o cumprimento do mandato da presidenta Dilma Rousseff em sua integralidade.

    É nosso dever não permitir nenhuma barganha nem aceitar essa trapaça golpista. Temer e seus cúmplices na conspiração golpista deverão ser levados às barras dos tribunais para pagarem bem caro pelo crime contra a democracia.

    Esses canalhas ousaram nos envolver nesta conspirata, pela leniência contumaz do nosso acovardado STF, ao não cumprir seu dever constitucional em defesa da lei maior. Concordar com a covarde barganha livrando os criminosos torturadores do governo ditatorial  de 64, é que estimula aventureiros golpista pela possibilidade da  impunidade.

    Orlando

  45. Entendo que a única proposta

    Entendo que a única proposta capaz de responder de imediato ao impasse politico e sintonizar com os sentimentos majoritários do povo é a Presidente Dilma fazer um pronunciamento público reconhecendo que,  apesar de ter agido com honestidade e espírito público, a maioria da população quer uma mudança de governo e desaprova a Presidente e o Vice-Presidente, ela propondo então a RENÚNCIA CONJUNTA de ambos, com a convocação de novas eleições presidenciais em 90 dias, conforme previsto na Constituição.. É a proposta que coloca, de pronto, , mas  nas mãos do eleitorado a decisão sobre os rumos  da Nação. O obstáculo a esta proposta é o fato de que todas as lideranças pol[iticas tradicionais estão sem discurso para eleições em curto prazo , mas os interesses do povo e do país devem provalecer. A proposiçao de eleições gerais não tem chances de se viabilizar politicamente, com esse Congresso Nacional, pois depende de Emenda Constitucional, impossível de aprovar. E não tem uma sintonia tão direta e imediata com as aspiraçoes e a percepção da maioria das pessoas.. Aí, viabilizada a RENÚNCIA CONJUNTA, na campanha eleitoral  que se abra as forças democráticas e republicanas devem desenvolver um movimento pela Reforma Política, que inclua eleiçoes gerais com um novo sistema politico-eleitoral. O pronunciamento pela RENÚNCIA CONJUNTA deve incluir a proposta de um governo de transiçao para os 90 dias até as eleições, para administrar os assuntos econômicos urgentes.

  46. Entendo que a única proposta

    Entendo que a única proposta capaz de responder de imediato ao impasse politico e sintonizar com os sentimentos majoritários do povo é a Presidente Dilma fazer um pronunciamento público reconhecendo que,  apesar de ter agido com honestidade e espírito público, a maioria da população quer uma mudança de governo e desaprova a Presidente e o Vice-Presidente, ela propondo então a RENÚNCIA CONJUNTA de ambos, com a convocação de novas eleições presidenciais em 90 dias, conforme previsto na Constituição.. É a proposta que coloca, de pronto, , mas  nas mãos do eleitorado a decisão sobre os rumos  da Nação. O obstáculo a esta proposta é o fato de que todas as lideranças pol[iticas tradicionais estão sem discurso para eleições em curto prazo , mas os interesses do povo e do país devem provalecer. A proposiçao de eleições gerais não tem chances de se viabilizar politicamente, com esse Congresso Nacional, pois depende de Emenda Constitucional, impossível de aprovar. E não tem uma sintonia tão direta e imediata com as aspiraçoes e a percepção da maioria das pessoas.. Aí, viabilizada a RENÚNCIA CONJUNTA, na campanha eleitoral  que se abra as forças democráticas e republicanas devem desenvolver um movimento pela Reforma Política, que inclua eleiçoes gerais com um novo sistema politico-eleitoral. O pronunciamento pela RENÚNCIA CONJUNTA deve incluir a proposta de um governo de transiçao para os 90 dias até as eleições, para administrar os assuntos econômicos urgentes.

  47. É só votar de forma relâmpago

    É só votar de forma relâmpago o impeachment de Janot por crime de estar aceitando delações forçadas mediante a tortura da prisão, e nomear outro PGR para por freio aos abuso e ilegalidades da Lava Jato; e assim com outro PGR anular as delações forçadas que foram aceitas por Janot.

    O circo da Lava jato, Moro, MPF  e midia golpista acabam.

    É questão de sobrevivência fazerem o impeachment de Janot, pois o que pretende a Lava Jato, midia , Moro , MPF, STF é codenar à todos, livrando somente o PSDB e DEM, para que assim tomem o poder.

    O PMDB que fique vacilando que o PSDB com Serra vão comer eles vivos e não vai sobrar um! 

    O judiciário está trabalhabdo para arrancar o PMDB limpar o caminho para entregar o poder ao PSDB.

    Aécio seria só a distração criada para acharem que o PGR Janó , Lava Jato e Supremo estão indo pra cima do PSDB também, não poupando nenhum partido.

     

    Todo esquema do golpe está sendo montando e tem dedo do PSDB ai na destruição do PMDB agora.

  48. A Única Alternativa é Devolver o Brasil à Democracia

    Basta de malabarismos para fugir-se mais uma vez do confronto adiado com a realidade, a Casa Grande do atraso. 

    Os golpistas assumiram na mão grande o poder, interinamente, e aos democratas a única alternativa política restante é a preservação da Democracia ou seja, Dilma retoma o poder (concedido a ela pela constituição brasileira ao obter a maioria dos votos nas eleições de 2014) através da não aprovação do impeachment no senado por pressão das ruas, e completa seu mandato acordando com a nação um pacto de recuperação econômica e a reforma política para 2018.  

    Outra face da realidade recente, não levada em conta, é que enquanto a camarilha jurídico-midiática escancara ser parte do golpe e desgasta-se, com gilmar girando no poste do supremo em strip-tease completo e no desespero do lançamento da delação de Pedro Corrêa, mostrando após dois anos de devassa, ampla, geral e irrestrita, que não conseguiram provas para enquadrarem Lula e encerrar a vaza-jato com chave de moro, Dilma recupera a imagem ao avançar para 33% de aprovação em pesquisa Ibope (realizada antes da divulgação do “Jucágate”), compreensivelmente comentada “à boca pequena” e não divulgada pelos órgãos de desinformação.

    Basta criar o enxuto, ecumênico e competente comando pensante/operacional da campanha, “Devolvam o Brasil à Democracia”, com Dilma passando a comandar e cumprir nas ruas agenda unificada de manifestações pelas capitais pela volta à Democracia, pressionando os senadores e culminando a cada domingo com a apoteose democrática, em manifestações por todo o país, para dar chance a globo de demonstrar que não é, como sabemos sempre ser, “a inimiga pública nº 1 do Brasil”, e retomamos o projeto de fazer do Brasil a verdadeira nação: Soberana, democrática, justa e moderna. 

    1. pole dance

      -> “gilmar girando no poste do supremo em strip-tease completo”

      a melhor imagem do atual Judiciário brasileiro: Gilmar Mendes fazendo pole dance no STF, com a excitada platéia colocando as verdinhas no elástico do fio dental…

      como bem o diria o Barroso: meu Deus do céu! este STF é o guardião de nossa Constituição. a Justiça morreu, porque nós temos um Judiciário que não tem um mínimo de legitimidade democrática. é um sistema em que o cidadão  não tem de quem cobrar e os seus membros não tem a quem prestar contas. não pode funcionar!

      abraços

      .

    2. Sem Norte, sem Rumo e sem Estrela continua a mesma merda

      O Brasil já provou que sem um plano eficiênte para lidar com os desafios que lhe  apresentam, especialmente a pornográfica taxa de juros que carrega, não conseguirá resultado muito diferente dos últimos 13 anos de governo.

      O enfrentamento da Banca e o equacionamento da dívida brasileira é condição “sine qua non” para restaurar a credibilidade, todo o resto, face a este desafio são ninharias.

      Sem um norte, uma estrela e um rumo para esta façanha, a falência do Brasil  é caçapa cantada.

  49. à la Brasil

    “Então é o momento dela para se tentar conseguir uma solução à la Brasil, como a gente sempre conseguiu, das crises. E o senhor é um mestre pra isso. […] Duas coisas estão correndo paralelo. Uma é essa que nos interessa. E outra é essa outra que nós não temos a chave de dirigir. Essa outra é muito maior.”

    Sérgio Machado e Sarney, em conversa grampeada divulgada em 26/05/2016.

    ainda há solução a la Brasil para esta crise?

    1. a admissibilidade do impeachment foi aprovada no teatro de horrores encenado numa Câmara com apenas 36 deputados eleitos com o próprio voto e 273, dos 513, citados em ocorrências na Justiça ou em Tribunais de Contas. este modelo de representação política faliu;

    2. a quebra da ordem democrática só pode começar a ser restaurada com a volta de Dilma Presidência da República;

    3. não há retorno viável para o presidencialismo de coalizão e a interinidade do modelo condominial, com seu governo Frankenstein, tem seus dias contados;

    4. um novo pacto político que erija um modelo sustentável de governabilidade passa por uma Constituinte exclusiva para a reforma política e eleições gerais para o Congresso e Presidência da República;

    5. o projeto neoliberal selvagem em implantação, conduzido pelos cruzados de Curitiba e seu alto comando em Brasília, na PGR, prescinde do pacto político e de qualquer solução negociada de governabilidade. está em curso a demolição controlada de toda a institucionalidade brasileira, através de sua desmoralização e do imenso volume de provas acumulado, via grampos e delações premiadas, contra tudo e contra todos. seu objetivo final é um Estado de Exceção permanente, um neo fascismo, subordinando inteiramente o país à Tirania Financeira global.

    .

     

  50. Prezado Nassif

    Permita-me externar um posicionamento quanto a isso :

    O quadro ideal seria preceder as eleições com alguma reforma política, como o fim das coligações proporcionais.

    Acredito que nosso sistema eleitoral precisa corrigir sim o sistema eleitoral no que diz respeito a coligações, mas o fim das coligações na proporcional sem o fim das coligações na majoritária seria outro erro.

    Veja bem, ninguém que analise com isenção as últimas eleições, e também as de 2010, pode defender a tese de que uma “chapa pura” petista ganharia essas eleições. Se houvesse essa possibilidade, essa opção, o PT a teria exercido.

    Isto posto, chega-se a conclusão que os tão propalados 54 milhões de votos de Dilma não passam de uma falácia. Eu mesmo conheço pessoas que votaram no PT “puxados” por candidatos a deputado de outros partidos, embora não tivessem muita simpatia pela candidatura dela.

    Sem contar as máquinas partidárias do PMDB, do PP, do PRB trabalhando pela candidatura encabeçada, apenas ancabeçada, pelo PT, palanques pelo Brasil inteiro. Isso sem falar do precioso tempo de TV e rádio.

    Quem não admite isso, e imagina que DIlma se elegeria fora do contexto em que foi eleita, está totalmente fora da realidade. 

    Eu acredito que nossa legislação eleitoral, a seguirmos nesse presidencialismo de coalizão, deveria não proibir, por que acho antidemocrático proibir dois partidos ideologicamente próximos de disputarem eleições coligados, mas dar às coligações um caráter mais oficial, que se extendesse por todo o mandato. Talvez até prevendo que uma ruptura da coligação eleita fosse motivo para novas eleições.

    Acredito que esse seria um dos caminhos democraticamente viáveis para acabar com qualquer a possibilidade de meia dúzia formarem um partido nanico e serem protagonistas em eleições nacionais.

    E aí é torcer para que apareça um Andrew Jackson capaz de formar um partido tão forte que faça todos seus opositores se unirem num outro partido, que foi o que aconteceu no segundo sistema partidário americano findo em 1854. A partir do terceiro sistema até hoje, o quinto, não houve mais espaço para aventuras partidárias.

     

    1. O carro na frente dos bois

      Antes do como fazer é preciso acordar o que fazer.

      Que a política hoje é ineficiênte já sabemos, mas o que desejamos dela que ela não está entregando?

      Tracemos objetivos claros e factíveis, enfrentando o que realmente é capital para um país ter credibilidade, segurança jurídica e desenvolvimento, depois corrige-se o que impede isto.

      1. Como você quer fazer isso

        Como você quer fazer isso tudo sem a política funcionando é que eu não sei. hehe

        Vai sair da cabelça de alguns iluminados ???

        Justamente o grande avanço civilizatório norte-americano veio depois da democracia jacksoniana, que inaugurou um ambiente político sadio para que se discutisse os grandes temas do país.  O mais cabeludo deles, a escravidão, trazida à discussão pública nesse período, só foi decidido na bala, mas nem a guerra fraticida conseguiu acabar com o sistema político estabelecido e a reunificação só foi possível justamente por que o sistema político funcionou.

        Amigo, fora da política é o caos.

        1. Que salada, bebeu ?

          rsrsrsrs….

          Onde eu disse que a discussão sobre política  é fora da política?

          O que eu disse é que sem uma idéia que una corações e mentes dos brasileiros, com resultados plausíveis e factíveis no enfrentamento de problemas capitais para nós, de que adianta criar esquemas de governabilidade e auditoria.

          O sistema político têm de funcionar para resolver os problemas que afligem o povo e a Nação e não para se exibirem como troféus daqueles políticos que se refestelam nele.

          Durante todo o tempo existiu sistema político no Brasil, mas ele  não se mostrou eficiênte no trato e controle do dinheiro do povo, a parte mais sensível da população e da Nação.

          Não se trata de criar mais um ambiênte político ou incentivar guerras civis, trata-se de prover a Nação de meios de identificar, equacionar soluções e implementá-las em benefíco próprio, coisa que não vêm ocorrendo e continuará da mesma forma se a preocupação for em criar mais um sistema político, ou ambiênte de negociação.

          Não funcionou e não funcionará.

          Quanto ao Rumo, Norte e Estrela não sai da cabeça de nenhum iluminado, é simplesmente a forma como o mundo é governado, um instrumento de poder, que como tal, têm de ser secreto.

    2. Ele teve 54 milhões de votos

      Ele teve 54 milhões de votos no segundo turno. A eleição para o parlamento já havia ocorrido. Em boa parte dos estados os governadores já haviam sido eleitos em primeiro turno. Suas conclusões não passam de um conjunto de sofismas. É difícil admitir que os donos reais de poder nesse país perderam quatro eleições seguidamente, e vão perder tantas outras ocorrerem, se Lula estiver fazendo campanha ou for o candidato.  

      1. É

        É difícil admitir sim.

        Até porque, antes de se mover para o centro e se aliar aos “donos reais do poder”,sejam eles quem forem, fazendo coligação com os liberais e inaugurando a era das campanha milionárias no país, Lula já tinha perdido três eleições.

        É difícil prá você admitir que a Esquerda não ganha eleição no Brasil ?

    3. O ajuste a ser feito no

      O ajuste a ser feito no modelo não é proibir as coligações, mas a transferência de votos de um partido para o outro. Ou seja, a coligação seria meramente ideológica.

      Para os partidos em processo de consolidação deve-se permitir participar da fração restante dos votos proporcionais, que são aqueles que sobram da razão entre números de votos e cadeiras a ocupar.

      O que acontece hoje é você votar no Presidente e um candidato de outro partido com número superior de votos EXCLUIR aquele do partido do cabeça-de-chapa.

       

  51. STF

    Quando um STF trama contra uma presidenta eleita legalmente, procrastinando prazos e decisões, porque ela não foi favorável a um aumento em sua remuneração, mas aceita a oferta proposta agora pelo governo golpista, temos um STF que litiga em causa própria e na de uma elite. Não em defesa dos interesses dos que votaram a favor ou contra a presidenta. Como aquele guarda que  pede R$50,00 para não multar por causa de infração. É um tapa na cara em mais de 54 milhões de brasileiros. Cometeram prevaricação.
    Prevaricação é um crime funcional, praticado por funcionário público contra a Administração Pública. A prevaricação consiste em retardar, deixar de praticar ou praticar indevidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
    A Presidenta, no caso, a Administração Pública.

  52. STF

    Quando um STF trama contra uma presidenta eleita legalmente, procrastinando prazos e decisões, porque ela não foi favorável a um aumento em sua remuneração, mas aceita a oferta proposta agora pelo governo golpista, temos um STF que litiga em causa própria e na de uma elite. Não em defesa dos interesses dos que votaram a favor ou contra a presidenta. Como aquele guarda que  pede R$50,00 para não multar por causa de infração. É um tapa na cara em mais de 54 milhões de brasileiros. Cometeram prevaricação.
    Prevaricação é um crime funcional, praticado por funcionário público contra a Administração Pública. A prevaricação consiste em retardar, deixar de praticar ou praticar indevidamente ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
    A Presidenta, no caso, a Administração Pública.

  53. Há um ambiente e jogadores ao

    Há um ambiente e jogadores ao redor de uma mesa de baralho. O necessário para o jogo está lá, Falta apenas o imaterial: regras. Mas elas não são boas, ibericamente rígidas, excessivas, não funcionais à prática. 

    Por analogia, em conjunto formam as instituições e, no longuíssimo tempo, simplesmente, são processos sociais. Elitistas, antiquadas e impróprias as principais, no nosso caso. E mantenedoras de privilégios patrimoniais, de comando, sexuais. Escandalosamente exorbitantes.  

    Com regras pouco usáveis ou muito boas – onde amadureceram – é que se processa o jogo neste ou qualquer outro Estado.

    Ocorre que nossos jogadores também não são lá essas coisas quando deliberam as mil facetas do jogo. São vulgares por falta de instrução de alta qualidade do ensino médio ao fundamental chegando até as universidades.

    E mais, aquelas instituições interferem no jogador: molda seu comportamento ou limita suas capacidades de ação, na sua condição subjetiva e/ou de oportunidades materiais.

    Algumas, portanto, realizam clara e evidente distorção da consciência.

    Para o bem e para o mal. A instituição escola não é a única a moldar consciência e imaginário coletivos.   

    Depois de séculos acaba-se formando uma dada cultura política, um estatuto moral, orientações de ordem valorativa.

    Enfim, um modo peculiar de se jogar com ou sem regras combinando interesses de modo cooperativo ou não.

    .

    Sintetizando, o nó do jogo: presença de uma combinação fatal de instituições inadequadas com jogadores ineptos numa cultura política pobre.

    Porque é péssimo? Essas três dobras do jogo formam uma espécie de túnel sem saída.

    Porque deve-se reformar instituições para melhorar a ação individual e coletiva de jogadores num ambiente político-cultural infértil. 

    .

    De modo paradoxal, do contínuo processo de retrocessos moral e material consegue-se romper com as camisas de força que algumas instituições representam.

    Talvez, não.

     

  54. O Brasil está pagando um

    O Brasil está pagando um preço altíssimo por não ter investido na formação de políticos com P maiúsculo. Hoje só existem fósforos queimados: Dilma, Lula, Aecio, FHC… ninguém hoje tem condições de vencer bem uma eleição e ter o respeito dos derrotados pra tentar unir o país. A verdade é esta: não temos quadros na política. Eleições agora não resolverão rigorosamente NADA. 

  55. Uma democracia em frangalhos

     

    Com o povão bem despolitizado como sempre foi, os golpistas só precisam continuar mantendo bom controle sobre a grande mídia “livre”, sobre o Congresso e a Justiça, para elegerem quem bem entenderem para ser o próximo presidente da República, até mesmo, um Cunha ou um Aécio. É a realidade da atual desmoralizada democracia brasileira, em frangalhos.

     

  56. Eleições Gerais Já

    Nassif e amigos:

    Gostaria de argumentar o seguinte:

    Não vai haver a volta da Presidente Dilma. Os advogados citados no post tem toda razão quando afirmam que cessa a legitimidade do governante que, eleito pelo voto com base em uma plataforma de propostas, adota outra. Este, porém, não é o caso de Temer. É o caso de Dilma. Foi ela, não ele, quem adotou as políticas tucanas como norte logo após as eleições de 2014, jogando fora os 54 milhões de votos que a elegeram para seguir com uma política oposta à escolhida. Logo, não haverá “Volta Dilma” porque o poder que a ela fora conferido pelo voto acabou – ou alguém ainda acha que ela mantém o apoio dos que a elegeram, depois de embocar o Brasil na maior crise que já vivemos nos últimos tempos?

    De Temer, sem surpresas. Todos sabemos e sempre soubemos com quais interesses ele se alinhou durante toda sua trajetória. Só o PT não sabia, ou não se incomodou em ter como vice um elemento desta natureza. E na prática – é duro dizer, mas é verdade – a “ponte para o futuro” consiste exatamente nas mesmas propostas que Dilma tentou emplacar e não conseguiu: privatizações e concessões; alteração da meta fiscal; reforma da previdência; superávit e outros. Fora o fato de que foi ela e mais ninguém quem abriu mão do pré-sal ao leiloar o campo de Libra. Logo, se o PT já estava nesta toada, não seria Temer que iria muda-la. O mesmo acontece em relação à economia. Nada é tão parecido com o Governo Dilma do que o Governo Temer. Até os ministros são os mesmos (no especial caso de Meirelles, vamos lembrar que ele era o preferido para o lugar de Levy e só não foi nomeado porque não aceitou). Logo, trocou-se seis por meia dúzia, ao custo de, a cada novo dia, mais 5 mil trabalhadores perderem seus empregos.

    Em relação à Lava Jato, o que as novas gravações deixaram claro é que PT, PMDB e PSDB estão desesperados para que a operação chegue ao fim, antes que todos os dirigentes destas siglas vão para a cadeia. No especial caso do PT, é preciso que o partido decida o que pensa da Operação: antes, seus dirigentes afirmavam que ela era “parte do golpe” contra a presidente Dilma (na mais recente nota da Executiva Nacional eles reafirmaram isso). Agora, estão dizendo que o golpe foi dado para barrar a Lava Jato. Ou seja: a Lava Jato é parte do “golpe” ou vítima dele? Fica difícil levar a sério. 

    Nestes termos, condicionar o apoio de Dilma às novas Eleições ao seu retorno ao poder é inviabilizar a proposta. O tempo de Dilma embarcar, como presidente, neste processo, acabou quando ela resolveu afirmar que o impeachment era “golpe” e, ao mesmo tempo, legitimou o processo participando amplamente de todas as suas etapas e, mesmo depois de afastada, segue agarrada a um cargo que não significa mais nada em suas mãos a não ser para legitimar a ação de seus adversários. Ademais, se a proposta de novas eleições partir daqueles que precisam urgentemente descer a rampa do Planalto para que o povo possa subi-la – PT, PSDB e PMDB, já sabemos o que vai acontecer. Nada.

    A proposta de Eleições Gerais Já está madura e no tempo de ser implantada – porque desfraudada já foi faz tempo. Mas, absolutamente, ela se concretizará sob o comando de Dilma, de Temer ou do PSDB. Estes partidos enfiaram o Brasil na crise econômica e política que estamos vivendo e não se interessarão por perguntar ao povo o que estamos achando disso tudo – até porque já sabem a resposta, como bem constatou, à respeito, o Romero Jucá nas gravações.

    Vamos à luta, para que o povo seja chamado a decidir sobre seu próprio destino, antes que alguém resolva faze-lo em nosso nome.

     

    MOACIR DE FREITAS JR

    Professor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia 

    1. Santa ingenuidade, o povo vota mal

      O voto no Brasil é comprado pelos picaretas que se elegem.

      Simples assim.

      Pedir eleições sabendo disto ou é muito ingenuidade ou é má fé mesmo.

      A Dilma não governou no seu segundo mandato e o que o Temer está fazendo, destruindo instituições, a máquina pública e loteando o Brasil não é o que a dona Dilma fez nem aqui, nem na China.

      Renúncia da presidênta é Golpe!

      A lava-jato só existe porque o ” doa a quem doer” era sério e foi bancado pela presidência da república, que não interferiu e deixou as apurações avançarem.

      Pensar que o povo, mal instruído, sem condições de perceber ou enteder o que está acontecendo, pois a mídia é parcial e cooptada, vai decidir pelo seu bem com um voto, quando isto Nunca aconteceu no Brasil é acreditar em contos de fadas.

      1. Seria o povo ingênuo?

        Mas mestre, como foi que este povo “mal instruído, sem condições de perceber ou entender o que está acontecendo” elegeu o Lula duas vezes e a Dilma outras duas, mesmo com a mídia jogando contra em todos os casos? 

        Teriam sido eles “comprados pelos picaretas” que se elegeram? Teriam, nesta sua tese, sido “comprados” pelo dinheiro da Lava Jato que o PT já disse, era parte do “golpe”? 

        Não consigo achar resposta. É o mal da ingenuidade!

         

        1. A mídia é parcial e cooptada, mas não é eleitora

          A mídia não vota e não conduz voto para presidênte como as últimas 4 eleições comprovam e o desespero deles sacramenta.

          A mídia é golpista e entreguista, defende as pornográfcas taxas de juros que nos escravizam e arruinam, se você até hoje não percebeu isto é que o auto-engano junto com sua simplicidade não lhe permitem vencer as capas de disfarce e verniz que são colocadas nas mensagens públicas para consumo popular.

          Não desista nestas suas análises, você escreve bem e com um pouco de prática pega o jeito passando a produzir peças que enriqueçam nosso debate, ler as mensagens aqui do blog lhe trarão a realidade mais crua do que a da TV e dos jornais, sem as dissimulações que estão lá justamente para engarnar os que têm menos capacidade de julgamento e precisam acompanhar a manada para se sentirem confortáveis. Se tivessemos uma massa crítica de cientistas sociais aptos a elaborar a realidade o Brasil hoje não estaria tão a deriva como se encontra, vide democracias mais antigas e estabilizadas, onde falcatruas e desfalques como os vistos até agora não prosperam.

          Quanto ao votos, eles são comprados de forma diferentes, nas diferentes eleições e regiões, mas o bolsa família é um instrumento que produz boa densidade por exemplo. Eleição e compra de votos, lhe adianto, é coisa para profissional e envolve principalmente grana, muita grana.

           

           

          1. Sapiência weberiana

            Mestre:

            Agradeço seus elogios e incentivos. Vou me esforçar para tentar melhorar ainda mais.

            Até lá, o Mestre poderia me ajudar a crescer em minhas análises me guiando no entendimento das seguintes questões:

            1) Se a mídia “não elege” e o povo é “mal instruído”, quem, afinal, elegeu o Lula e a Dilma? Fiquei na dúvida, porque vc criticou a proposta de novas eleições afirmando que o povo nao sabe votar e é influenciado pela mídia e, agora, está dizendo o contrário.

            2) A mídia defende as “pornográficas taxas de juros”, mas quem decidiu que o Brasil pagaria as maiores taxas reais de juros do mundo não foi a mída, foi a Dilma. Negar isso é o auto-engano que você vê refletido em mim. Ou não foi isso o ocorrido?

            3) Por fim, se os votos serão “comprados de outros modos” pelos “profissionais da grana”, significa que você considera que eles foram mesmo comprados nas eleições do Lula e da Dilma? Veja lá, hein? É você quem está dizendo. Depois vão achar que você também é troll porque ousou tecer uma critica à Presidente Dilma e ao PT.

          2. Caro Moacir aqui é um espaço colaborativo

            Eu percebo na sua resposta um tom agressivo contra a minha pessoa, lhe adianto que me atacar não melhora em nada seus argumentos, muito pelo contrário, denuncia a fraqueza que apontei no meu primeiro comentário, aqui ninguém precisa saber tudo ou ser expert em todos os assuntos, acredito que a grande riqueza deste espaço colaborativo está justamente ai, congregar diversos indivíduos com diferentes saberes e vivências, para de forma coloquial debaterem e exporem seus pontos de vista, podendo assim enriquecê-los e aprimorá-los. O Nassif, coordenador do blog, pode me corrigir nesta, mas penso que ele concorda comigo.

            Longe de mim lhe dar lições Moacir, o que posso lhe apontar são coisas que acredito, como o que está escrito no Tao: “O que devemos cultivar são, a econômia, a compaixão e a humildade”.

            Você leu e não compreendeu o que escrevi, pois me impinge coisa que não disse, não falei em “profissionais da grana” falei em profissionais de votos, que são conseguidos de diversas formas, entre elas a demagogia é uma das mais nefastas, apesar de ser largamente usada impunemente pelos políticos, a grana é meio de se conseguir os votos por meio destes variados meios e ela sai, como está demonstrado de “doações” que são na verdade “contratos de risco” legais e ilegais.

            No mais, para não me alongar, espero que estas anotações sirvam para que possamos continuar amigos e ter-mos futuros diálogos enriquecedores.

          3. Nada há de pessoal em meus

            Nada há de pessoal em meus comentários, e nem poderia haver, uma vez que não nos conhecemos, né?

            Por fim, considerando o estágio da política, o que não vai faltar é tema para gente debater! Abraços!!

        2. Como um povo mal instruído
          Como um povo mal instruído elegeu a Dilma e o Lula?

          Simples, pelo mesmo modo que elegerão uma novidade qualquer assim que esta aparecer.

          Qual o motivo?

          Você – o eleitor – deposita esperanças numa candidatura, numa proposta de ação partidária e ideológica.

          Eleitos, descumprem o voto de confiança por vários motivos, dentre eles a má fé ou simplesmente devido a inépcia.

          O que faz o eleitor?

          Procura outra alternativa.

          O modelo tucano falhou, entrou o PT. Falhou também, entrou o PMDB.

          E assim vamos nós, de galho em galho sem jamais encontrar solução.

          1. Chico, não vamos desistir do

            Chico, não vamos desistir do Brasil.

            Se tem alguém que não tem culpa dos acontecimentos é povo, que fez a sua parte ao eleger os candidatos em que confiava.

            Quem, no poder, traiu a confiança do povo foi o PT (no caso do PMDB e do PSDB, não se pode afirmar isso. Afinal, o povo não confia neles há tempos).

            Vamos seguir firme. Há outros caminhos. 

    2. – Quem quer que entrasse na

      – Quem quer que entrasse na presidência teria que fazer o ajuste fiscal. O problema é (era) quem arcaria com o seu custo. E aí Dilma se diferencia (diferenciou) por tentar poupar o andar de baixo.

      – Dilma tentou sim fazer um ajuste rápido (o “cavalo de pau”), mas daí a afirmar que ela tentou restabelecer o tucanato econômico…

      – Dilma cometeu erros pontuais na condução da economia. Em especial ela reconheceu o equívoco com Levy. Ora, qual governante não os comete (nem vou citar exemplos)? Mas daí a afirmar que Dilma foi a única responsável por colocar o Brasil em dificuldades econômicas…

      – Não se trata (tratava) do PT se apoiar ou não no vice escolhido, mas sim de, dadas as circunstâncias do momento, utilizá-lo para obter e manter o poder. Benvindo ao presidencialismo de coalizão (que o Nassif agora chama de condominial)…

      – O PT sempre afirmou que a Lava Jato é (seria) golpe apenas se o seu foco mirasse preferencialmente em seus quadros e aliados.

      – Você precisa colocar aspas na palavra impeachment e não no termo golpe. Dilma se dispor a ir até o Supremo só revela o seu profundo senso de Democracia (STF como guardião final da constituição) e não a ânsia de, por meio judicial, retomar o poder, que aliás lhe foi tomado sem crime de responsabilidade.

      – Querer ou pregar eleições como se fosse ir à mídia e mandar todo mundo votar no mês ou no ano que vem, sinceramente…

      – Pronto respondi ao professor-troll.

      1. Olinto:
        Estou aqui pensando

        Olinto:

        Estou aqui pensando no seguinte: se você me considera um TROLL, porque perde seu tempo debatendo comigo?

        Como não te acho um troll,vamos ver o que escreveu:

        1) “Qualquer um teria de fazer o ajuste”. Se é verdade, o Temer está certo em fazê-lo, logo você apóia o Gov. Temer. Fora o fato de que a Dilma afirmou em campanha que não teria ajuste nenhum e que quem queria ajustar era o Aécio e a Marina. Então, se “quaquer teria de fazer”, ela mentiu.

        2) Ajuste que “polpa o andar de baixo” e “cavalo de pau”: nunca ouvi falar nisso, talvez por ignorância. Mas voce poderia demonstrar para os 11 milhões de desempregados do “andar de baixo” como eles se beneficiaram do “cavalo de pau” dado para para sustentar os juros pagos ao “andar de cima”. Só não sei bem como você faria isso. 

        3) “Erro com Levy”. Que dia e hora ela reconheceu que errou? Nunca reconheceu e nem irá, porque a responsável foi ela, pela escolha do ministro e da política. Nao foi a Globo que o nomeou, foi?

        4) No mais, não sei a quem mais culpar pela crise, considerando que Dilma é presidente desde 2010. Quem mais é responsavel por estarmos nesta situação?

         

         

         

        1. Vejamos

          – De fato, o problema não é o ajuste fiscal. Qualquer um que chegasse à presidência teria que fazê-lo (pelos ecos do estouro da bolha imobiliária americana, da queda deliberada do preço do petróleo para atingir Rússia e Venezuela em especial, do fim do superciclo das commodities, do desaquecimento da economia chinesa, etc. etc.). A questão é nas costas de quem ele será (está sendo) feito. Pelas propostas do Meirelles e outros (que também aconteceria com a dupla Aécio e Fraga), pode-se perceber qual andar do edifício sócio e econômico sustentará essa empreitada: fim de subsídios ao MCMV, mudanças na lei do SM ( leia-se contenção de aumentos reais), “flexibilização” das leis trabalhistas (por exemplo valendo o acordado e não o legalizado), desobrigação dos repasses constitucionais obrigatórios à saúde e à educação, “revisão”  do SUS, “reforma” da Previdência, etc.etc.etc.

          – O cavalo de pau não foi feito para sustentar juros ao andar de cima. Muito pelo contrário, foi uma tentativa (deseperada?) de solução fiscal rápida para o retorno também rápido ao nacional desenvolvimentismo. Muitos chamam (chamaram) isso de estelionato eleitoral. Fica a critério de cada um.

          – Já em 2015 (agosto, se não me engano) Dilma reconheceu o erro dela e da sua equipe em não prever o tamanho da crise e, portanto, em não tomar as medidas corretivas no seu devido tempo. Daí o cavalo de pau…

          – Dilma fez burradas? É óbvio que sim! Mas também o fizeram Lula, FHC, Collor, etc.etc. Mas não há uma possibilidade dela ser liquidada por não ter aplicado Maquiavel? Por exemplo, ela não deveria ter apoiado Cunha para presidência da Câmara?

          1. Não vejo correlação entre

            Não vejo correlação entre nacional-desenvolvimentismo e ajuste fiscal. Aliás, o PT nunca defendeu este modelo, fez um outro, o social-desenvolvimentismo, que deu no que deu. 

            Quanto aos apoios, sou daqueles que entendem que a política deve ser praticada cm princípios. Este Maquiavelismo resultou na Lava Jato e desgraçou o PT. Às vezes, a gente perde para ganhar. E Maquiavel não tinha esta razão toda: os fins não justificam, sempre, os meios.

            Mas, vamos aguardar. 

            Abraços e obrigado!

          2. Mais uma
            – A correlação é a seguinte: temos uma crise fiscal (despesas que não cabem no orçamento) e a maneira de contorná-la (evitando um horizonte de insolvência que trava qualquer perspectiva econômica para o país) revela o, digamos assim, viés ideológico de quem está a frente da condução da política econômica. Grosso modo, pode-se dizer que o modus operandi do governo Dilma pendia para o nacional desenvolvimentismo (à la Geisel e Lula) e o de Temer pende para o liberalismo (à la Roberto Campos e FHC). Se o nosso neo nacional desenvolvimentismo deu no que deu, o nosso neo liberalismo também não teve destino dos mais felizes.

            – Não na política, mas na Realpolitik (como bem ilustra, por exemplo, as gravações vazadas) os únicos princípios que importam são a tomada e a manutenção do Poder. Daí a importância de Maquiavel desde sempre. O PT aplicou com sucesso o primeiro mas não o segundo. Algumas burradas antimaquiavélicas do PT e Dilma: reinvenção da PF, dar mais autonomia à PGR, alteração da lei de lavagem de dinheiro, nova lei da delação premiada, nova lei anti corrupção, demissão dos apaniguados de Cunha em Furnas, exoneração de caciques políticos ministros e de indicações políticas de Temer, ojeriza à lenga lenga com o baixo clero da Câmara, manutenção de verbas publicitárias para a velha mídia, etc. etc.

            – Mas, como você disse, vamos aguardar.

    3. Prezado Professor

      Prezado Professor Moacir,

      -Quando votamos isso ocorre dentro de regras pré-estabelecidas. No caso da eleição da Dilma era de que ela deveria governar até 2018. Se ela terminasse com um bom govêrno, clap clap clap e seu candidato teria muita chance de ser eleito. Se não, aí sim, tchau querida. e a opção seria a eleição de um novo governante com novo programa de governo. Tirá-la antes por um hipotético mal governo é golpe. E se ela é uma má governanta, a culpa pode ser dela, mas é principalmente nossa que a elegemos. Temos que aguentar e dar sustentação, se há culpados os primeiros somos nós (não sei se você está nesse grupo) que votamos nela. Eu continuo achando que por pior que ela seja é melhor que os outros candidatos que com ela concorreram.

      -Vou falar uma bobagem enorme, mas apenas para realçar a impossibilidade total de Temer continuar, digo que a única maneira dele seguir governando é se em seu ministério de notáveis incluisse Lula e FHC. Poderia até levar junto o Meirelles,  ou um criacionista. Corrijo-me, há outra maneira de tentar continuar no cargo: pela força. Mas até agora parece que as “forças” não estão muito afim, e a primeira alternativa, como já disse, é só uma bobagem.

      -Uma nova eleição já seria apenas para dourar o golpe. O eleito, seja quem for, vai conseguir governar melhor que a Dilma? Se não, a solução é novo golpe, nova eleição…o eterno retorno?

      -No meu modesto entender (não é maneira de dizer, é modesto mesmo) Dilma deve voltar. Se isso ocorrer tenha certeza, será uma outra Dilma, ela é teimosa mas não obtusa. Buscará apoio em quem a elegeu e baixará a bola do “republicanismo”. E quem a elegeu tem condições e parece ter despertado para a necessidade da manutenção dela. A confiança nela está subindo e subindo rápido. Muitos perceberam que um governo legítimo, mesmo que pudesse ser melhor do que é, é melhor do que um golpe. Um governo eleito, com regras pré-estabelecidas, ruim ou bom, tem prazo de validade. Um golpe nunca tem. 

       

       

      1. Eduardo:
        Não acho que vc
        Eduardo:

        Não acho que vc falou qualquer bobagem, não. É uma boa tese.
        Minha discordância reside no seguinte: por que temos de aguentar um governo ruim, especialmente quando ele perde totalmente a legitimidade?
        Dilma só caiu pq seu governo acabou, não tem defensores, nao tem militância não tem nada. Não seria uma nulidade como o Temer nem um bandido como Cunha que, sozinhos, teriam esta condição. Aliás, eles só estão no poder pq o PT os levou para la.
        Veja, por fim, por um outro lado: se quem se elege tem o direito de ficar no poder ainda que contra a vontade do povo, devemos defender o mandato do Cunha – eleito pelo povo? Não, ne? Pois é. O mesmo vale para a Dilma.
        Pense nisso. E obrigado pelo debate!

        Abs!

    4. Dilma: o retorno

      caro,

      ante de mais nada, apenas para sua contextualização: sempre fui – inclusive aqui neste Blog do Nassif – um crítico contundente do lulismo, com sua estratégia de conciliação permanente a serviço de um projeto de reformismo sem reformas. posto isto, faço a ponderação seguinte.

      -> “Não vai haver a volta da Presidente Dilma.”

      esclareço: não apenas concordo, como sempre aqui comentei que o golpe começou com Dilma, ao trair o projeto vencedor nas urnas e tentar implementar uma versão mitigada das propostas derrotadas. aqui meu comentário em 25/08/2015

      pondero: a volta de Dilma é indispensável exigência da restauração da ordem democrática. mas isto não implica Dilma voltar para dar continuidade ao seu fracassado e patético governo interrompido pelo golpe do impeachment. a volta de Dilma só tem sentido no bojo de um poderoso movimento da sociedade que exija a reforma política, a reforma do Judiciário, a dissolução do Congresso e do STF,  eleição geral para o Congresso e Presidência, acompanhada de referendo popular para o STF.

      risos: você pode retrucar, corretamente, não haver correlação de forças favorável a uma proposta tão avançada. ao que eu acrescentaria estarmos num grave e inédito colapso do sistema de poder. ou lutamos pela refundação da República e radicalizamos o compromisso com a Democracia, ou afundaremos num Estado de Exceção. será a tensão entre a força do movimento e as condições objetivas que determinará o vetor final das conquistas a se alcançar.

      abraços

      .

        1. Dilma: o retorno (2)

          neste cenário altamente dinâmico, sem dúvida a correlação de forças se altera constante e surpreendentemente: “Dilma passou de 18% para 33% de confiança”, diz Carlos Augusto Montenegro, presidente do Ibope” -> link

          a medida que as grandes massas compreendam que o golpe do impeachment é de fato uma ameaça à Democracia, não mais abstratamente concebida como “perda de direitos” mas como uma aguda deterioração de sua condição de sobrevivência, então a resistência ao golpe dará um salto de qualidade.

          o maior problema com a volta de Dilma é que ela teria que se reinventar, para cumprir a função da grande fiadora do processo de reconstrução das instituições democráticas brasileiras, como a representante máxima do poder do Estado num pacto com o movimento social.

          .

          1. Não penso assim não. Pode até

            Não penso assim não. Pode até haver um salto, mas não na defesa de Dilma. Mas, vamos aguardar!

          2. Dilma: o retorno (3)

            meu caro, só prá que não haja nenhum mal entendido: considero que a superação do mal que o lulismo fez a Esquerda brasileira é uma das principais tarefas do atual movimento contra o golpe. na minha visão, lutar contra o golpe é também construir uma alternativa ao lulismo. assim sendo, a referência a um acentuado avanço da confiança em Dilma, cf. o IBOPE, significa muito mais uma rejeição aos golpistas, abrindo a possibilidade de colocação de propostas mais avançadas, como as que apontei acima. abraços.

            .

  57. Eleição de Fantoche

    A eleição apenas para a Presidência da República é a solução APENAS para livrar a cara dos implicados na Lava Jato.

    Quem quer que fosse eleito, viraria fantoche nas mãos de Cunha e suas centenas de lacaios.

    É óbvio que não existe a menor possibilidade de se convocarem eleições gerais, incluindo o parlamento.  Ou você acha que Cunha e seus comparsas abrirão mão de toda a sua estrutura de poder?  Nem em sonho!

    Portanto, eleições para Presidente agora só salvará os corruptos da Lava Jato e estaremos pior do que na estaca zero, estaremos diante da vitória definitiva da corrupção e da consolidação de uma ditadura criminosa.

  58. Trevas

    Muito sombrio é o destino que vejo para o Brasil.

    Olhando para o passado recente e vendo como agiram LULA e Dilma em relação ao poder de fato, constata-se que foi NENHUM!

    Os ricos ficaram mais ricos e deram aos pobres um alento!

    Ampliou-se a riqueza do Brasil, em termos chulos – O PT APENAS ENGORDOU O PAÍS, OU SEJA, ENGORDOU O GADO!

    Eles voltaram para o abate!

    Passarão anos, pois escancarou O QUE SÃO O PODER JUDICIÁRIO E AS ALTAS CORTES JURÍDICAS E TODA MISÉRIA DE NOSSO SISTEMA POLITICO!

    São Paulo, o estado mais rico, deve falar a linguagem do PSDB, não há espaço para alternância do Poder NO SENTIDO LATO!

    Se acontecer de ter um governador que NÃO SEJA DO PSDB OU POR ELE APOIADO, VAI SOFRER VIOLÊNCIAS DIÁRIAS!

    Pois as estruturas do estado estão doutrinadas, somente com a queda da economia desta burguesia partidária e sua falência moral, é que permitiriam alternância de Poder!

    LULA governou o país por que era forte dentro do POVO, mas quantos Lulas nascem a cada 100 anos?

    Sem adesão desta burguesia partidária e previlegiada QUE NÃO LIGA PARA POBRES é que poderemos, UM DIA, ter alternância de poder neste país!

    Essa burguesia partidária compreendem a Ecologia, mas NÃO CONSEGUEM traçar um paralelo para a SOCIEDADE!

    Vejamos: Uma nuvem de gafanhotos simplistamente falando é o resultado da falta de predadores naturais aos gafanhotos e essa nuvem de gafanhotos pode destruir plantações de um região inteira!

    Se este governo cortar subsídios a população mais pobre, essa população É A MAIS VULNERÁVEL A VIOLÊNCIA que pode sair e atingir TODA SOCIEDADE!

    Ter TODA POPULAÇÃO COM ACESSO A CASA, ALIMENTAÇÃO, SAÚDE E EDUCAÇÃO É A MELHOR OPÇÃO PARA QUALIDADE DE VIDA DE TODA UMA SOCIEDADE!

    Mas cada um destes politicos, juizes só enxergam seu 19° salário ou uma boquinha numa obra ou coisa assim…

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador