Deltan Dallagnol aciona Promotorias contra ministra de Lula e ataca Coaf sob Haddad

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

O deputado Dallagnol, que também teve contas de campanha questionadas, tem projeto para devolver o Coaf ao Banco Central

O ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol, hoje político e candidato no Podemos do Paraná, falando ao microfone na tribuna da Câmara
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O deputado federal e ex-procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, anunciou nesta sexta (3) que acionou as Promotorias Criminal, Eleitoral e de Patrimônio Público do Rio de Janeiro contra a ministra do Turismo de Lula, Daniela Carneiro, mais conhecida como Daniela do Waguinho, que foi a deputada federal mais bem votada do Estado em 2022.

A imprensa tem insistido na suposta ligação de Daniela com milicianos do Rio de Janeiro. A ministra nega relações que comprometam sua atividade política. Já Dallagnol diz que acionou as Promotorias para investigar o pagamento de mais de R$ 1 milhão da campanha de Daniela para gráficas “que não existem nos endereços cadastrados.”

“Além das suspeitas sobre as gráficas serem fantasmas, a imprensa revelou que o dono das gráficas foi secretário em Belford Roxo, cidade em que o esposo da ministra do Turismo é prefeito. A suspeita é de que os valores possam ter sido desviados por meio de lavagem de dinheiro”, disse Dallagnol.

Dallagnol também teve questionamento na Justiça Eleitoral por gastos de campanha em 2022, mais precisamente sobre a origem do dinheiro usado para pagar o advogado Matheus Almeida Rios Carmo, assessor do ex-procurador. Em sua defesa, Dallagnol afirmou que Carmo foi contratado pelo Podemos para prestar assessoria jurídica. A informação saiu na coluna de Mônica Bergamo, na Folha.

Para Dallagnol, as suspeitas podem configurar “crimes de apropriação indébita eleitoral, falsificação de prestação de contas eleitoral e lavagem de dinheiro, e também improbidade administrativa. Pediremos o afastamento judicial da ministra se forem confirmados.”

Ataque ao Coaf sob Haddad

Na mesma postagem nas redes sociais, Dallagnol atacou a mudança do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) para o Ministério da Fazenda, comandado pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT). Dallagnol estreou na Câmara apresentando um projeto para que o COAF volte ao Banco Central.

“Esse é mais um caso que demonstra a importância de que o COAF seja autônomo, independente e livre de interferências políticas por parte de ministros de Estado. Se o COAF estiver subordinado a Haddad, você acha que vai ter autonomia para apurar essas movimentações da ministra?”, disparou o ex-procurador.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Precisa ser cassado. Está pendurado em um monte de problemas jurídicos e além de tudo é UM LADRAVAZ COMPROVADO.
    Este sujeito emporcalha ainda mais o já emporcalhado parlamento.
    O mesmo se pode dizer do juiz parcial e ladrão da lava jato.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador