IGP-M recua e atinge 0,60% no mês de junho

Apesar da retração, total acumulado em 12 meses chega a 35,75%; índice foi afetado pela valorização do real e queda de commodities

Foto: Reprodução

Jornal GGN – O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) encerrou o mês de junho em alta de 0,60%, resultado bem inferior ante os 4,10% vistos no mês anterior, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Apesar da variação, o total acumulado pelo indicador – usado para reajustar boa parte dos contratos de aluguel vigentes no país – acumula altas de 15,08% no mês e de 35,75% em um período de 12 meses. Em junho de 2020, o índice havia subido 1,56% e acumulava alta de 7,31% em 12 meses.

“A combinação de valorização do real com o recuo dos preços em dólar de commodities importantes, fez o grupo matérias-primas brutas do IPA cair 1,28% em junho, ante alta de 10,15% no mês passado”, explica o coordenador dos índices de preços, André Braz.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,42% em junho, ante 5,23% em maio. A avaliação por estágios de processamento mostra que a taxa do grupo Bens Finais variou 1,32% em junho, abaixo da taxa de 1,59% vista no mês anterior. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 2,98% para 2,45%, no mesmo período.

No grupo Bens Intermediários, a taxa passou de 2,59% em maio para 1,78% em junho por conta do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cujo percentual passou de 3,32% para 1,71%.

Já o estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 1,28% em junho, após subir 10,15% em maio, por conta da queda apurada pelos itens minério de ferro (20,64% para -3,04%), soja em grão

(3,74% para -4,71%) e milho em grão (10,48% para -5,50%). Em sentido oposto, destacam-se leite in natura (1,24% para 6,20%), bovinos (0,41% para 1,19%) e aves (3,82% para 4,96%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,57% em junho, ante 0,61% em maio, afetado pela queda de cinco dos oito grupos que compõem o grupo – em especial o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,89% para 0,07%), afetado pelo item medicamentos em geral, cuja taxa passou de 2,39% em maio para 0,62% em junho.

Os outros grupos que registraram decréscimos no período de pesquisa foram Comunicação (0,67% para -0,03%), Habitação (1,16% para 1,10%), Educação, Leitura e Recreação (-0,59% para -0,69%) e Vestuário (0,45% para 0,40%).

Em contrapartida, os grupos Transportes (0,75% para 1,43%) e Despesas Diversas (0,19% para 0,29%) registraram acréscimo em suas taxas de variação, enquanto o grupo Alimentação manteve a taxa de 0,31% vista no mês anterior.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 2,30% em junho, ante 1,80% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de maio para junho: Materiais e Equipamentos (2,93% para 1,75%), Serviços (0,95% para 1,19%) e Mão de Obra (0,99% para 2,98%).

Redação

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