Bolsonaro volta a erguer o circo dos horrores

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Em pouco mais de sete minutos, presidente volta a distorcer declarações do presidente da OMS e insiste na produção da cloroquina

Foto: Reprodução/YouTube

Jornal GGN – O presidente Jair Bolsonaro foi à rede nacional nesta terça-feira (31/03) para falar novamente sobre a pandemia do coronavírus, mas com um viés completamente diferente daquele recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Se fecharmos ou limitarmos movimentações, o que acontecerá com essas pessoas que tem de ganhar o pão de todos os dias? Cada país baseado em sua situação deveria responder a essa questão”, disse Bolsonaro, distorcendo o pronunciamento do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, e se esquecendo da parte onde ele pede que os governos mantenham a população informada sobre as medidas tomadas e deem suporte a quem mais precisa nesse momento.

Depois de falar de medidas tomadas por outras pastas para o combate à pandemia – como o adiamento de dívidas e a entrada de 1,2 milhão de famílias no Bolsa-Família – , o presidente também usou seu pronunciamento para insistir no uso da cloroquina para tratamento da COVID-19, mesmo depois que foram registrados casos de envenenamento pela medicação em outros países.

E o presidente menosprezou as mortes já registradas pela pandemia: “O coronavírus veio e um dia irá embora, infelizmente teremos perdas neste caminho. Eu mesmo já perdi entes queridos e sei o quanto é doloroso”. Bolsonaro ainda usou a fala de Adhanom – “toda vida importa” – para insistir na questão de se “evitar a destruição de empregos, que já vem trazendo muito sofrimento para os trabalhadores brasileiros”.

“Repito: o efeito colateral das medidas de combate ao coronavírus não pode ser pior do que a própria doença”, disse Bolsonaro. Ou seja, o show de horrores do pronunciamento foi equivalente ao do discurso feito em 24 de março.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

10 Comentários

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  1. Já deram descarga neste sujeito, mas como vaso está entupido demora um pouco a descer. Mas desce, e leva junto tudo o que entope a latrina.

  2. Posso está errado mas acho que Jair recuou e moderou, a Imprensa corporativa amanhã deve atentar mudar o jogo à fator de Jair, a conferir.

  3. Só mesmo as ditas otoridades brasileiras conseguem conviver com a insanidade bolsonariana que, diga-se, estende-se pelos filhos, apaniguados, olivais-pijamosos et caterva. Não só sociopata, mas, psicopata.

  4. Penso que não devemos mais chamar o presidente de Bozo. Sua conduta não é circense mas de alguém com potencial de produzir uma convulsão no País. Suas atitudes não são de um palhaço mas de um terrorista.

  5. Bolsonaro é um zumbi na presidência.
    O fascismo miliciano, com apoio dos militares entreguistas, é um estrondoso fracasso. Por tudo isso, eu quero NOVAS ELEIÇÕES.

  6. Notícias de hoje:
    1 – Ministro do STF manda PGR analisar pedido de afastamento de Bolsonaro
    2 – Deputados entregam petição com um milhão de assinaturas pedindo impeachment de Bolsonaro
    3 – Coronavírus: Bolsonaro chama Moro de egoísta e diz que não ajuda governo em crise

    Parece o refrão daquela bela música: eu falei com a morena que o trem tá feio.

    Essas notícias podem ser lidas no Yahoo

  7. É a fala de um candidato a ditador, alguém que quer fazer valer o que pensa mesmo contrariando a ciência e o bom senso. Agora se entende porque mandou que se fizesse um estudo para a promulgação do estado de sítio, que por sorte do país, ainda há inteligência nas forças armadas.

  8. Se Bolsonaro adora cloroquina, que tome bastante, até encher os tubos. Se sobreviver, então poderemos começar a pensar nisso. Mas, para provar a credulidade, tem que tomar em público, em Cadeia Nacional de Rádio e Televisão, com auditoria idônea presdente. Vamos lá, presidente! #tomecloroquina.

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