Coronavírus desgasta Bolsonaro, e melhora imagem de Doria

Embora a rejeição do governador paulista seja elevada, pesquisa aponta queda após embate com presidente sobre isolamento social para combater pandemia

Antes aliados políticos, coronavírus afetou imagens de João Doria (esq.) e Jair Bolsonaro de maneira bem diferente. Foto: Reprodução

Jornal GGN – A maioria da população apoia a adoção de medidas de isolamento social para o combate ao coronavírus, como restrição à circulação de pessoas e a suspensão de aulas, segundo levantamento elaborado pela consultoria Atlas Político.

A pesquisa mostra que o embate entre o presidente Jair Bolsonaro, contrário a essas medidas, e os governadores já se reflete na imagem dos políticos: enquanto a rejeição ao presidente subiu na última semana, houve uma redução drástica na rejeição do governador de São Paulo, João Doria (PSDB) que se opôs publicamente ao presidente.

Os dados também apontam aumento da aprovação ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, (outro defensor do isolamento) e do ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, que tem sido a face do enfrentamento à crise.

Segundo o levantamento divulgado pelo jornal El Pais, o temor do coronavírus atinge 75% dos entrevistados: 39% deles dizem temer pela própria vida, enquanto 36% têm medo de ficar doente. Além disso, 84% afirmam que temem perder algum amigo ou membro da família por conta da infecção.

O que mais preocupa nesta crise para sete em cada dez entrevistados é a morte de pessoas e não o impacto econômico que ela pode gerar, elemento mais importante para 21% dos entrevistados.

A pesquisa foi realizada entre os dias 23 e 25 de março – e captou as reações ao pronunciamento feito por Bolsonaro na última terça-feira (24/03) e a reação dos governadores, no dia 25 de março.

Redação

4 Comentários

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  1. Mas não se preocupem, bozo, malacheia, macedo e outros se encontram a postos para garantir uma tranquila passagem para o além. E melhor, com grana! pois as lotericas estarao abertas para garantir nao só uma granilha mas tb a contaminação nas filas se nao for possivel no “culto”.

    https://g1.globo.com/politica/noticia/2020/03/26/bolsonaro-inclui-atividades-religiosas-em-lista-de-servicos-essenciais-em-meio-ao-coronavirus.ghtml#G1-FEED-SOFT-item-sel-25,rec-user-1w,b1d5712a-b7b6-4a58-85fb-e779d2f44e5f

  2. Foi mais que justa a indignação do bozo com o agripino. Afinal, o agripino aliou-se ao sucesso do bozo e com isso elegeu-se.
    Bozo, cabeçudo e irascível que é, não percebeu que o que ele fazia com Lula podia ser feito com ele sem que ele se desse conta, e o agripino aproveitou-se disso, valendo-se da justa indignação do bozo para capitalizar simpatia. As 48 leis do poder não falham, e o agripino sabe disso.
    Agripino enterrou Alberto Goldman, apagou o insoso Alckimin com homenagens, festinhas e promessas de lealdade eterna, e agora, derruba o bozo em grande estilo.
    Se tudo der certo ( pra ele ) ele ainda se elege presidento, e aí, pobres do brasil, tremei!

  3. De inicio, devo reconhecer que o governador João Dória está sendo corajoso e muito correto, enfrentando não só o presidente, mas poderosos interessados na produção e venda, inclusive até o desespero de autônomos, em barrar a “quarentena” necessária e altamente sábia, imposta pelo governo de nosso estado.

    Está sendo uma ação voltada a defesa dos paulistas como um todo, seja rico, seja pobre, altamente relevante, pois coloca em primeiro lugar a saúde pública e não a economia.

    No entanto, todo aquele que pretende que nossa sociedade seja mais homogênea esbarra no tal estado mínimo, que políticos, como o governador João Dória, pensa em efetivar, pelo menos é o que se percebia, diante de suas ações e pronunciamentos, antes da pandemia .

    A pandemia, provocada pelo apavorante coronavírus, veio ensinar àqueles que defendem o estado mínimo, que ele, mesmo democrático, é um equívoco e nunca será a solução.

    O Estado deve ser forte, para possibilitar educação, saúde e ação social, além, é claro, da segurança a todos os segmentos da sociedade.

    Vejam que não é só recursos à saúde, que irão propiciar a defesa de todos os segmentos da sociedade, diante de doenças, mas, inclusive, a educação, que permite ao povo ter melhor compreensão do que ocorre e tomar as medidas necessárias, para a não propagação da doença. Temos que ter uma educação critica, acima de tudo.

    Inclusive, o povo tem que se alimentar, para que possam ter saúde, melhores condições de imunidade, que não permita a fácil transmissão do vírus, o que nos mostra que as ações sociais são importantes.
    E até a segurança, como já está acontecendo, para evitar as aglomerações e práticas inadequadas, vedadas pelas medidas governamentais, no enfrentamento da pandemia.

    Assim, Estado mínimo não irá dar proteção aos poderosos, se não há o mesmo tratamento para as classes menos favorecidos. O Estado tem que ser forte, é claro também democrático, insista-se, para ter condições de proteger a sociedade como um todo, lembrando que o SUS é uma conquista que não podemos concordar em ser extinto.

    Gostei da atitude de Dória diante desta crise, principalmente o enfrentamento diante do presidente. Teve, inclusive, sensibilidade, o que é muito bom para um governante.

    Quem sabe, agora, talvez, reveja seu modo de pensar sobre o estado mínimo, que não pode ser efetivado, combatendo, também, e principalmente os pensamentos do ministro Guedes, que pretende em privatizar a saúde e a educação, todas as nossas estatais, além de vender os ativos soberanos brasileiros, que nos garante como um país e não um colônia, como a alienação, v. gratia, da Petrobrás.

    No início do neoliberalismos FHC vendeu a Vale, por preço de banana, quando dava ao ano, um lucro equivalente a 2/3 do preço da venda. Hoje estamos colhendo os infortúnios do lucro acima de tudo, onde, não tomando medidas de prevenção e exploração mineradora, a Vale acabou por efetivar o maior desastre humanitário e ecológico em toda a história de nosso País.

    O Estado tem que ser forte e ter condições de exercer a sua soberania diante do mundo e das empresas multinacionais que atuam em nosso País, protegendo nossa população, como um todo, levando-a ao desenvolvimento educacional e na saúde, transformando-a em uma civilização e não em pobres e ignorantes, escravos do elitismo econômico.

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