O presidente da Argentina Javier Milei chamou de “degenerados fiscais” os deputados que sancionaram a nova fórmula de aposentadoria proposta, e reiterou que irá vetar o texto caso seja aprovado pelo Senado.
Os blocos da oposição dialoguista e do peronismo fecharam um acordo político que permitiu avançar com a sanção na Câmara dos Deputados de uma nova fórmula para atualização das aposentadorias, que trocou o mecanismo imposto por Milei via decreto.
O texto aprovado propõe uma atualização mensal com base no último dado disponível do Índice de Preços ao Consumidor, além da inclusão de uma compensação extra – o chamado “empalme” – de 8,1%, dado que o percentual de 12,5% outorgado pelo governo não cobriu a inflação de janeiro, que ficou em 20,6%.
“Toda vez que os degenerados fiscais da política (em referência aos deputados) querem romper o equilíbrio fiscal, eu digo a eles, já disse antes, digo agora e vou repetir ad nauseam: vou vetar tudo, não dou a mínima”, afirmou Milei durante o encerramento do Fórum Econômico Latam 2024.
Ao longo de sua exposição, Milei chegou a se comparar com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, reeleito na semana passada. “Eles estão buscando a quebra do equilíbrio fiscal. Quer saber? Quando Bukele assumiu o cargo ele não tinha deputados, nem legisladores. Nada. Sabem como ele governou? Na base do veto. Tudo o que os degenerados fiscais faziam, ele vetava. E é isso o que vou fazer: vou vetar tudo”.
Por outro lado, o político afirmou que os deputados “são muito rápidos para aumentar seus salários em 80% pelas costas das pessoas, enquanto eu afirmo que, no Executivo, os salários seguem os mesmos” do dia em que foi empossado, em dezembro.
Javier Milei também atacou os políticos que rejeitaram o projeto que elimina as aposentadorias especiais de futuros presidentes.
“Posso ficar quatro anos ou oito anos, se tudo correr muito bem. Mas depois disso, o que faço? Vou ter que sair para trabalhar. Então, como tenho de sair para trabalhar novamente, eu tenho de me ocupar de fazer ativamente coisas que são positivas, pois senão no dia seguinte estarei desempregado e morrerei de fome”, afirmou.
As informações são do jornal Clarín e do Infobae
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