A captura do debate da Auditoria da Dívida pelos economistas acadêmicos
por Rogério Mattos
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
quarta, 24 de abril de 2024
O que me chamou a atenção, contudo, foi o foco na parte matemática e não nos casos concretos de atuação do grupo chamado Auditoria Cidadã da Dívida.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
Milito, há alguns anos, no movimento ‘Auditoria Cidadã da Dívida’ e achei oportuna a discussão do tema, nas dimensões que o articulista propõe. Por outro lado, a abordagem simplista expressa neste parágrafo aqui colado, causou-me um certo espanto … “Uma análise menos apressada no trabalho dos auditores, existe também toda uma escrita da história da formação da dívida pública no Brasil, cujo inicio se deu no governo militar e posteriormente com as renegociações da divida, na redemocratização, conhecido como Plano Brady.” Este ciclo apontado, pode ser tratado como um dos que agravaram consideravelmente, o crescimento e os desequilíbrios que esta fase produziu, mas o ‘início’ da dívida pública entre nós, compulsada a nossa História, teve início na nossa Independência, quando assumimos, como suposta compensação a Portugal, pacote de dívidas lusas com a Inglaterra … Desde aqueles tempos, viramos ‘clientes preferenciais’ dos Rotschild, mega banqueiros londrinos daqueles tempos e de muitos outros tempos subsequentes. O tal ‘Plano Brady’ foi um divisor de águas, pois mudou radicalmente as regras do jogo, com graves prejuízos para o Brasil – mas o ‘início’ da nossa dívida é bem mais distante.
Wilson, compreendo sua intervenção. Parece corroborar o que eu disse. Existia uma historiografia a ser feita a respeito da dívida, inclusive uma de longa duração como a que você propõe. Quis enfatizar apenas os aspectos mais recentes. Só aí já tem bastante discussão… Se for me aprofundar em cada ponto, escreveria um longo ensaio e não um pequeno artigo de alerta, cujo objetivo foi mostrar o reducionismo a que estão submetendo agora o trabalho da Auditoria.