Aldo Fornazieri
Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.
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A crise dos partidos e a necessidade de organização, por Aldo Fornazieri

Mesmo depois do centenário da publicação do clássico “Sociologia dos Partidos Políticos”, de Robert Michels, a discussão acerca dos partidos está mais viva do que nunca. Está viva justamente por conta da crise de legitimidade que os partidos enfrentam. A perda de legitimidade dos partidos e das instituições políticas coincide com a crise econômico-financeira iniciada em 2008 e que se prolonga até hoje, particularmente na Europa. Na América Latina, após uma década de crescimento contínuo, os sinais de crise econômica e de legitimidade das instituições se evidenciam em alguns dos principais países da região, a exemplo do Brasil, Argentina, Venezuela e México, ao menos.

No século XX a democracia foi identificada como democracia de partidos. No rastro da crise econômico-financeira e da crise de legitimidade dos partidos e das instituições políticas fortaleceram-se movimentos autonomistas e anarquistas, avessos a rigidez organizacional vista por eles como portadora de um caráter coercitivo. Mas os novos movimentos, definidos pela maior fluidez, articulados horizontalmente e em rede, pouco prosperaram. Os mais expressivos – Occupy Wall Sreet e os Indignados da Espanha – praticamente desapareceram. No Brasil, o MPL (Movimento Passe Livre) se recusa dar um passo para além da pauta de luta pela tarifa zero.

Os limites do autonomismo e do anarquismo abriram espaços para a emergência de outras organizações que vinham se articulando ou que se estruturaram mais recentemente. Os exemplares mais notórios são o Syriza, que venceu as eleições gregas na semana passada e o Podemos na Espanha, que se apresenta com força para as eleições locais e regionais de março e para as eleições gerais de novembro. O Syriza é um partido-frente e o Podemos é classificado por Boaventura de Souza Santos como um movimento-partido. Além da luta contra a austeridade imposta pela União Européia, que vem empobrecendo os países do sul da Europa, esses partidos se caracterizam pela luta contra a corrupção, pela defesa da democracia participativa interna, por uma maior articulação entre democracia participativa e democracia representativa em termos institucionais, pela exigência de transparência total, pelo financiamento individual e não empresarial dos partidos, pelo combate aos privilégios salariais dos políticos, por um maior vinculo e controle dos representantes pelos representados, pela visão do partido como um meio a serviço dos cidadãos e não como um fim em si próprio dominado por interesses de grupos, pela transitoriedade da vida política profissional etc.

Guardadas as diferenças, segundo Santos, outras agremiações novas surgiram também na Itália, como o Cinco Estrelas de Peppe Grillo; o Partido Aam Admi na Índia; o Left Unity na Inglaterra e o Bloco de Esquerda, em Portugal. Na América Latina, por enquanto, prospera o debate sobre a crise das experiências de esquerda a exemplo do que vem acontecendo com o PT e o chavismo e os limites do MAS boliviano e da Alianza País no Equador. Se as formações novas, do tipo Syriza e Podemos vieram para ficar e se firmar como alternativas aos partidos de centro-direita, centro e centro-esquerda tradicionais é algo que só o tempo o dirá. O seu desafio é o de não serem apenas epifenômenos da crise econômico-financeira, mas o de se tornarem novas formas de organização e de participação política, capazes de superar a rigidez burocrática dos partidos tradicionais, mas sem cair no discurso antipolítico e na impotência das ilusões autonomistas.

A Necessidade da Organização

No primeiro capítulo do seu livro, Michels discute exatamente a necessidade da organização. A organização se tornou, nas diferentes sociedades, a condição de realização e de êxito de qualquer empreendimento ou a luta por reivindicações políticas ou econômicas. A organização se assentaria sobre o princípio do menor esforço e seria o meio capaz de criar uma vontade coletiva. Por isso, a organização seria, em todos os tempos, “nas mãos dos fracos, uma arma de luta contra os fortes”. Michels adverte que a ausência de organizações sociais e políticas de luta dos fracos é algo do agrado e do interesse dos mais fortes. Sem elas, o domínio desses perdura no tempo. Ele considera que a organização é condição absoluta da luta política de massas. Mas, como se verá em outra ocasião, a organização guarda riscos e perigos, como o do seu estiolamento burocrático e oligárquico.

Não há um consenso entre os pensadores acerca da origem da organização social. Se Michels a relaciona como algo necessário para realizar fins e objetivos, um pouco antes da publicação de Sociologia dos Partidos Políticos, Freud havia escrito sua famosa tese Totem e Tabu, na qual assentava a ideia de que a organização nascia do assassinato o pai tirano. Ao assassinarem o pai, os filhos adquirem conhecimento de que são capazes de qualquer coisa e que são também possíveis tiranos. Fazem surgir a lei para organizar a comunidade e impor-lhe limites. A lei, o tabu, seria, assim, o pai simbólico que dita os códigos da lei moral e faz cumprir as regras e normas sociais. Embora a tese de Freud tenha sido assimilada por estudiosos da ciência política, ela é inverossímil e permanece mais no âmbito funcional do mito do que propriamente na esfera de uma explicação histórica plausível.

Maquiavel, por seu torno, mostra, nos Discorsi, que os homens primitivos, que viviam de forma errante, se organizaram e se fixaram por necessidade e por interesse. A necessidade de prover a segurança teria sido a força motriz que fez diferentes grupos humanos se fixarem e se organizarem sob a liderança de um chefe. As leis e os aparatos normativos e institucionais surgem como desdobramento da agregação primeira. Estes sistemas de leis e instituições darão origem às várias formas organizativas e de governo. Definida a determinação espaço-temporal da fundação da organização, esta deve ser dotada, pelos legisladores, de leis pertinentes ao convívio comunitário pacífico. Se a segurança contra o inimigo externo é condição de fundação e bem público, daí decorre a necessidade de aprovisionar os meios para garanti-la. Trata-se de garantir força armada adequada.

Carl Schmitt, um dos maiores especialistas em direito constitucional do século XX, considera, em O Nomos da Terra, que a origem da ordem social e das leis está associada à tomada da terra. A fadiga e o trabalho, o florescimento e a colheita definem a raiz do direito e a medida da justiça. Por outro lado, a terra lavrada e trabalhada define linhas fixas, inscrevendo as demarcações do campo. A fixação e a tomada da terra são os fundamentos da ordenação e da localização, funções primeiras das organizações societárias humanas. Tanto em Maquiavel quanto em Schmitt o conflito humano é o alicerce da necessidade da organização. Ao mesmo tempo em que ela limita e ordena as ações humanas pelas normas e leis, a organização é a potência capaz de realizar objetivos e finalidades de grupos e comunidades.

Os partidos e movimentos políticos são aspectos parciais dessa realidade geral das sociedades. Mas, se por um lado, são meios necessários para a realização de objetivos e fins, por outro, se particularizaram como aparelhos de grupos de interesse específicos e agem para realizar esses interesses particulares expropriando a iniciativa e os interesses dos muitos. Essa dicotomia entre os interesses particulares de grupos que os partidos articulam e o bem geral de todos constitui o fundamento da crise de legitimidade das instituições políticas do nosso tempo. O apelo autonomista à espontaneidade, o vicejar da antipolítica, a conclamação por ditaduras de direita, a xenofobia nacionalista são conseqüências diretas da crise dos partidos tradicionais de centro-direita, centro e centro-esquerda. Ao mesmo tempo em que se corromperam, mostram-se incapazes de apresentar saídas efetivas às várias crises e necessidades que as sociedades enfrentam.

Aldo Fornazieri – Cientista Político e Professor da Escola de Sociologia e Política.

Aldo Fornazieri

Cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política.

12 Comentários

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  1. A sensação de não

    A sensação de não pertencimento é clara neste mundo que magistralmente Bauman definiu de “liquido”, a sensação de vazio pode ser observada sobretudo nos jovens, e talvez seja o efeito colateral do individualismo defendido pelo modelo que escolhemos e que parece que está levando os jovens à solidão, ao não pertencimento.

    São os tempos modernos, diluído, difuso,  e liquido.

    Cosumo e imediatismo

    A elite se diverte

  2. Direita – Esquerda

    Essa dicotomia entre os interesses particulares de grupos que os partidos articulam e o bem geral de todos constitui o fundamento da crise de legitimidade das instituições políticas do nosso tempo.

    O apelo autonomista à espontaneidade, o vicejar da antipolítica, a conclamação por ditaduras de direita, a xenofobia nacionalista são conseqüências diretas da crise dos partidos tradicionais de centro-direita, centro e centro-esquerda.

    Ao mesmo tempo em que se corromperam, mostram-se incapazes de apresentar saídas efetivas às várias crises e necessidades que as sociedades enfrentam.

    Enquanto o neoliberalismo privatiza, gerando enorme perda de qualidade e eficiencia, o outro lado corroe e fragiliza se equiparando com a locupletação da coisa publica a bem proprio e do grupo que pertence.

    Enquanto isto a riqueza segue no rumo da acumulação e a miseria e a pobreza aumentam.

    Oremos…

  3. Texto erudito, mas que não vai ao âmago do problema

    Primeiro uma ressalva histórica, a organização já estava presente no antigo Egito, onde as águas de aluvião do Nilo inundavam as planíces férteis, mas destruiam as marcas no solo dos limites territoriais. 
    Lá, apareceram os primeiros juízes que temos notícia na história, eram os esticadores de cordas de nós, os Harpiodanatas, que com o uso de triangulações do triângulo pitagórico 3 – 4 – 5 reestabeleciam os antigos limites dos proprietários.

    Segundo, os partidos políticos não têm representatividade no poder real hoje no Brasil por se auto-emascularem com a renuncia  de decidir o que é dinheiro. Este é o pacto que o Freud expõe no Tótem e Tabu, a renuncia a sexualidade livre e violenta em favor de uma sexualidade econômicamente produtiva. Na medida que abdicam da discussão do que realmente importa para o povo e a nação, que é a higidez da moeda que usa e da lisura do pacto que dá a ela o curso forçado, os partidos passam a ser meros instrumentos a serviço dos que os comandam.

    Os novos partidos que surgem no planeta, em especial o Syriza, tentam recuperar para o povo o direito de interferirem na moeda, assim a briga com o Euro e os que os tapeiam.

    No Brasil não se formou este movimento e como o artigo acima atesta, pretende-se manter o povo e a população na ilusão perfunctória de uma discussão estéril.

    No passaron.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Rope_stretcher

    1. Se você quer a Gaviões, não pode ser palmeirense

      Os novos partidos que surgem no planeta, em especial o Syriza, tentam recuperar para o povo o direito de interferirem na moeda, assim a briga com o Euro e os que os tapeiam.

      Prezado Weber, se você quer se associar a Gaviões da Fiel, presumo que ser Corinthians é um requisito. Se você quer entrar no projeto do Euro, abrir mão do direito sobre a moeda é um requisito óbvio. Embora a Alemanha domine o bloco, evidentemente a autonomia do próprio Bacen alemão é bem menor do que era na época do Marco. Também acho absurdo submeter a Grécia a um arrocho para que ela fique competitiva com a indústria alemã. Isso jamais vai acontecer. Então, se o povo grego quer ter novamente o direito de interferir no própria moeda, a solução é muito simples: PULE FORA DO EURO !!! O que não é razoável é querer ter uma moeda forte de aceitação internacional, mas não querer adotar a política monetária e as estruturas previdenciárias, políticas e sociais dos países que bancam a força e aceitação desta mesma moeda.

      Ninguém acharia razoável o Paraguai ou a Guiana (com todo respeito) adotar o Real e depois reclamar que a nosso Bacen determina a política monetária deles. É claro que no caso do Paraguai, por exemplo, a legislação aduaneira paraguaia teria de ser inteiramente alterada para adotar nossa moeda, de forma que a indústria brasileira não fosse prejudicada. Na conjuntura atual isso não faria nenhum sentido para eles (como aliás o Mercosul também não faz, mas isso é outra discussão). O caso grego é exatamente esse, por isso o projeto da moeda comum foi muito ambicioso e tem tudo para dar errado.

      PS: Entretanto, se você ainda achar que é razoável que um palmeirense entre na Gaviões e assista aos jogos com roupa verde, então meu argumento caiu por terra…

      1. Tempo é tudo em Forex trading

        A hora de entrar e sair de uma posição no Forex é tudo.

        Você têm razão, a Grecia pode estar se aproximando da hora de abandonar o Euro, a Suiça já deu um passa moleque no resto da Europa e Espanha, Portugal, Itália e França estão na fila, na minha humilde opinião.

    2. Manipulação da moeda e a política de exportações e emprego

      U.S. President Barack Obama’s signature international economic initiative, and the centerpiece of his pivot to Asia, is the Trans-Pacific Partnership (TPP), a trade agreement of a dozen Asia-Pacific countries. But the partnership faces a major hurdle. Bipartisan majorities of both houses of Congress insist that the TPP forcefully address the manipulation of exchange rates, the practice through which some countries keep their currencies artificially weak and thus unfairly make their exports more competitive. The U.S. auto industry, likewise, has indicated that it will oppose the TPP unless the issue is effectively addressed, and it has politically important supporters in the labor unions and the steel industry. At the same time, however, many observers believe that a U.S. effort to raise currency concerns would torpedo the agreement. There is a way to resolve this dilemma, but it will require new initiatives by the Obama administration, Congress, and TPP partner countries.

      The critics of the TPP are correct to link currency and trade. Changes in exchange rates can affect trade flows and trade balances far more than any of the border, or even behind-the-border, barriers that are the usual focus of trade agreements. Indeed, it is just as economically distorting to artificially depress currency values—as China and a number of other countries have done over the past decade—as it is to impose high import tariffs and subsidize exports directly. As a result of this behavior, in some periods the United States has suffered much larger trade deficits and sizable job losses than it otherwise would have.

      The international economic system has been totally ineffective at responding to such manipulation. The International Monetary Fund (IMF) has clear rules against competitive devaluations. But it has no enforcement mechanism and its decision-making process is highly politicized and easy for the manipulators to block. The World Trade Organization (WTO) can levy tough sanctions, but its rules on exchange rates are vague and have never been tested. Further, despite earlier congressional efforts, U.S. law has proved equally impotent. No administration in the past 30 years has pressed the issue effectively.

      The frustration of Congress and of some elements of the business community is thus fully understandable. And now, Congress finally has the leverage to insist on a meaningful response: the administration needs legislative approval for the TPP and perhaps for the new Trade Promotion Authority (TPA)—that is, the authority for the president to negotiate trade agreements that Congress can accept or decline but not amend or delay. It will also need Congress to ratify a Transatlantic Trade and Investment Partnership (TTIP) with the European Union a bit later. The actual trade imbalances and volume of intervention have declined significantly in recent years, with the U.S. global deficit less than half its record peak in 2006 and the Chinese global surplus down by even more, but the problem has recurred repeatedly in the past and will surely arise again, so it cannot be ignored.

      PRUDENT PROPOSALS

      The main reason that currency problems have never been encompassed in trade agreements is institutional. Monetary and macroeconomic matters are handled by ministries of finance, including the U.S. Treasury, and the IMF. Trade policy is managed by trade, or sometimes foreign, ministries and the WTO. Each coterie guards its turf jealously, and coordination between them is infrequent. This bifurcation is highly unsatisfactory, and has been overcome on rare occasions, but is an unfortunate reality.

      There are also understandable substantive reasons why countries have resisted tough international rules on exchange rates. All nations zealously defend their sovereign rights to manage their economies, including their currencies, and those policies are much more important than tariffs and other trade measures that apply only to specific products or sectors.

      It is thus widely believed that any U.S. effort to include “strong and enforceable currency disciplines” in the TPP, as a large number of senators and the auto industry demand, would blow up the agreement (and that may indeed be the chief purpose of some of its advocates). This conclusion may not be correct, however. Currently, none of the current TPP countries would be indicted under even a rigorous definition of “manipulation.” China is not involved in the TPP talks and Japan, which is, has not intervened in the currency markets for some time. Singapore and Malaysia are the traditional manipulators in the TPP, but neither has recorded significant reserve increases, the most apparent indicator of intervention, over the past year or so. A currency clause would thus solely deter future misbehavior, including by possible future adherents to TPP, which would be enormously valuable but might make it more acceptable now.

      So far, however, the U.S. negotiators have made no apparent effort to raise the issue despite clear congressional signals for the past two years. It is also undeniable that injection of such a major issue into this late stage of the TPP talks could significantly delay, and even possibly derail, an extremely valuable agreement. In part, this is because a currency chapter would have to be negotiated by finance officials, who have not previously been part of the discussions.

      It might therefore be prudent for the United States to propose, or at least be prepared to accept, rules against currency manipulation that would be more modest but could still catch the most egregious cases. This would mean simply proscribing countries from running very large current account surpluses and conducting very large amounts of intervention, and perhaps setting these as norms or guidelines rather than as legally binding commitments. It would be a mistake, however, to dilute the basic principle of banning competitive devaluation or to exempt the issue from the agreement’s dispute settlement mechanism and sanctions, under which a violator could lose its TPP benefits until the problem was resolved.

      Legislators could provide the foundation for such an approach by giving the administration flexibility to implement Congress’ currency directive. However, draft TPA legislation offered by the trade leadership during the previous Congress, after arduous negotiations with Treasury, would make it far too easy for the administration to avoid taking any action at all. This is the problem with the present legislation, dating from 1988, and is partly responsible for creating the current impasse.

      SMART STRATEGY

      An even better strategy for the United States, whether or not currency manipulation is addressed at least partially in the TPP, would be to implement an effective new currency policy on its own. This would respond to legitimate congressional and industry concerns, and should suffice to win passage of the pending trade legislation. In fact, it would be superior to including currency in trade agreements because it could be applied to countries outside as well as inside those agreements, such as China and other major manipulators. It would also avoid putting the FTA partners at a competitive disadvantage to important non-members, which would be unfair to them.

      Three measures could be adopted. First, the administration should start obeying current law by formally designating countries that are currency manipulators. Both the former and current administrations have refused to do so, even when the practice was obvious, as when China was intervening at a rate of $2 billion per day a few years ago and running an external surplus equal to ten percent of its whole economy. This failure totally undermined U.S. credibility on the issue with the manipulators themselves, with potential U.S. allies on the problem including the IMF, and with Congress.

      Second, the administration should authorize the imposition of countervailing duties on imports from countries that manipulate their currencies, whether or not they are members of trade agreements with the United States. Such manipulation is as much an export subsidy as any other against which the United States would normally countervail, and failure to do so is an absurd anomaly. The House and Senate have separately passed bills calling for this change, but it could almost certainly be carried out by executive action. Countries hit by the new approach might take the United States to the WTO, but the United States should be quite willing to fight that legal battle, which would take several years to play out.

      Third, Treasury should announce that it is prepared to conduct “countervailing currency intervention” against manipulators to offset their distortions of the markets. If China buys one billion dollars to keep the dollar artificially strong and its currency artificially weak, for example, the United States would buy one billion dollars worth of Chinese renminbi to offset the exchange-rate impact. The principle is equivalent to the imposition of countervailing duties against subsidized exports, but this method would be far superior because it would affect all trade rather than only imports of individual products. A few implementations of this policy, or perhaps even just its announcement, should be enough to deter future currency manipulation. There would be no budget cost and the policy would almost certainly make money for the United States. The Senate authorized this approach in a currency bill in 2011 but it, too, could be implemented under current law. There are no international rules against it, so no counter-retaliation could be justified.

      The United States has paid a major economic price for never having established an effective currency manipulation policy. Now it could suffer a huge defeat in trade policy, and indeed foreign policy, for the same reason. The TPP and other prospective trade legislation provide a compelling point of departure to take decisive action, as Congress and key stakeholders are insisting, whether in the new trade agreements themselves or otherwise. The administration is commendably and courageously conducting the most ambitious trade program in the history of the United States, with potentially enormous benefits for both its economy and foreign policy, but the administration must handle the currency issue much more adroitly to bring its strategy to fruition.

  4. há uma riquíssima experiencia

    há uma riquíssima experiencia brasileira na formação, nestes

    último anos, dos movimentos sociais.

    o pt nasceu da união desse movimentos ligados e aos membros

    da igreja ligados à teologia da libertação.

    isso mereceria uma análise mais profunda dessa

    experiencia e em que pé está atualmente no país….

    essa luta dos movimentos se deu num combate quase heróico

    contra a direita e o conservadorismo na época da ditadura…

    como atuariam de forma expressiva agora na democracia? 

    seria necessário que voltassem a ser oposição para

    retomar aquela importante luta?

    um dado curioso é que a direita passou a querer implodir

    o sistema, meio paradoxalmente.

    e a esquerda passou a defender a manutenção das

    conquistas dos últimos doze anos.

    na europa, deu no que deu…

    os socialistas perderam governos para o sistema

    de financeirização da economia capitalista….

    é claro que a esquerda quer mudanças no capitalismo,

    mas ao mesmo trempo tem de defender as consquistas, mssmo mínimas…

    como contextualizar isso e explicar o que sairá dessa dialética?

     

  5. Renovação, fortalece o(s) partido(s) e atrair mov. alternativos

    Pitaco deste simples militante,ex-militante de carteirinha em 3 partidos de esquerda,sim,pulando de galho em galho: Renovação: infelizmente tal palavra parece ser interpretada como extinção ou reviravolta ou o maior equívoco: “voltar às origens”, “às raízes”. Um partido q nasce sem alianças claro que é necessário para crescer, mas não já se propagandeando como uma qualidade por si só e sempre puro e único. O articulista cita Freud,lembro o talvez psicologismo(q já mencionei noutro dia)ao vê-lo e ouvi-lo jovem no balcão do DCE-UFRGS-Porto Alegre, recusando até agressivamente um convite para entrar num nascente partido,isso talvez explique um pouco do articulista. (Eu não era do DCE).

    1. Amostras, “apenas” amostras :

      Muito tempo atrás, 3 militantes brasileiros,um(então do finado PCB),outro do PT(meu companheiro daquela viagem totalmente independente)e um do MR8,q visitamos em Havana em cursilho dizerem convictamente,q Brizola era a nova direita a se combater; mais recente, direção certamente estimulando,propagava q um Ciro Gomes era um Novo Collor(quem entender de Economia q se manifeste- e p/q nunca houve post-título deste personagem para o GGN/Posts do Dia?? Não me lembro).Temos memória curta:artimanhas(falemos claro:mentiras) na conquista por governos em vários níveis. Sindicatos, sindicalistas se rodiziarem nem sempre por idealismos, mas por status e carreirismos, arrivismos. Não à-toa o afastamento de bases e sindicatos e… de partidos.

      1. Mesmo assim, votei, voto e votarei (com exceções)

        (parece q muito simpatizante foi atrás daquelas propagandas a todo o custo),deixo claro q fui p/ brevíssimo tempo filiado ao PT,com cuja aproximação máxima defendia,modesta e publicamente,na Voz da Unidade-PCB.Citou-se Maquiavel:Faz certo o Príncipe em tomar medidas impopulares imediatamente e de uma vez ao chegar ao trono.E fazer o bem lentamente.Dilma age certo:afasta parte do PT,faz avançar grupo + avançado,menos infantil,mais reflexivo.Querelas internas às vezes têm outros motivos.Heranças:o PT não elegeu nenhum deputado federal aqui, nem Senador ex-Prefeito. Voltemos ao enorme esforço do PT-PE/DN na penúltima eleição pra Prefeito e veremos que não foi só por emoção a última eleição pra Governador e pra Senador-PE.

  6. SEM PARTICIPAÇÃO, NÃO EXISTE DEMOCRACIA!

    “o MPL (Movimento Passe Livre) se recusa dar um passo para além da pauta de luta pela tarifa zero.”

    __Boa parte dos movimentos sociais do país comem na mão de políticos e partidos, entupindo seus cabides de empregos; e não fazem nada que os desagrade. Além do que, a própria extrema esquerda brasileira parece estar comprada, na medida em que não acompanha essa luta por mais democracia, travada em toda a Europa e na América do Sul. Não defendem, por exemplo, o REFERENDO REVOCATÓRIO DE MANDATO, nosso direito de cassar políticos por iniciativa e voto popular, e nem mesmo o direito do próprio povo convocar plebiscitos. Coisas conquistadas em países como o Peru, Argentina, Uruguai, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Equador, Costa Rica, etc. Países onde, embora não fosse uma pauta das esquerdas, a democracia direta recebeu apoio, e foi exigida por todos.

     

    Sobre o Syriza e o Podemos: “ esses partidos se caracterizam pela luta contra a corrupção, pela defesa da democracia participativa interna, por uma maior articulação entre democracia participativa e democracia representativa em termos institucionais,”

     

    __Exatamente! Os políticos precisam deixar de ser nossos representantes, e passar a ser nossos porta vozes, comprometendo-se em consultar seus filiados em cada votação feita nas assembleias legislativas. Isso é democracia interna, e chama-se MANDATO COLETIVO!

    A Rede Sustentabilidade veio com essa proposta, mas registrou um estatuto diferente em Brasília, que ficou ainda pior, depois que fez uma convenção secreta. Um absurdo, pois partido que funciona pela internet, não precisa eleger delegados. Se não conseguem defender a democracia direta nem internamente, como o fariam a nível institucional?

    Agora estão querendo formar o “Avante”, com um pessoal dissidente da Rede, que tinha uma forte oposição às práticas mais democráticas, como o mandato coletivo, o conselho de ética exercido pelos filiados, e a assembleia on line permanente e deliberativa. Esperamos que tenham aprendido, que a NOVA POLÍTICA não é apenas um nome, mas sim uma prática. Ninguém é obrigado a aderir à NOVA POLÍTICA, mas também não pode se apropriar indevidamente desse título, como fez a Rede.

     

    Atualmente, tem um pequeno grupo discutindo a formação do PARTIDO DA INTERNET, e debatendo um estatuto extremamente democrático e inovador:

    https://www.facebook.com/notes/democracia-direta-j%C3%A1/%C3%A9-poss%C3%ADvel-criar-um-partido-com-democracia-direta/596612783771683

    Entretanto, como o povão não acompanha a política, as elites intermediárias não pensam por conta própria, os movimentos sociais de esquerda no Brasil não querem saber de mais democracia, e quem apoia, faz apenas moralmente; a participação ainda está extremamente baixa.

    Vejam estudo feito antes dos protestos de 2013:

    http://democraciadiretanobrasil.blogspot.com.br/2013/03/proposta-de-criacao-de-um-partido-da.html?view=timeslide

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