
As forças progressistas precisam cruzar o Rubicão
por Aldo Fornazieri
“Aceitemos isso como um sinal dos deuses e sigamos até onde eles acenam, vingando-nos de nossos inimigos hipócritas. A sorte está lançada” (Júlio César)
Quando Júlio César decidiu atravessar o rio Rubicão com suas legiões – algo que era proibido a qualquer general por lei do Senado – a República romana, a rigor, já vivia seus estertores. Ela vinha morrendo desde as derrotas e o assassinato dos irmãos Graco, das guerras civis entre Sila (aristocracia) e Mário (partido do povo) e com a anulação da lei da reforma agrária. Roma era dominada pela aristocracia, que havia transformado a República num simulacro. Já não havia equilíbrio entre o povo e os nobres e o poder estava concentrado no Senado.
O Brasil está muitíssimo longe de ter vivido a grandeza da República de Roma, mas, politicamente, existe hoje uma certa similitude com os tempos em que César decidiu-se a cruzar o Rubicão. O país está dominando por uma elite perversa que destrói direitos e desequilibra o poder em favor dos ricos, impondo pesados confiscos tributários aos pobres. O conflito entre os dois lados chegou a um ponto de não retorno, pois é preciso radicalizá-lo com o objetivo de buscar restabelecer algum equilíbrio, evitando um empobrecimento e uma exploração ainda maiores dos trabalhadores.
O governo aristocrático de Brasília, que vem se tornando cada vez mais uma oligarquia destrutiva e opressora, precisa ser derrotado, seja pela via eleitoral, seja pela via das lutas de rua, de rebeliões sociais. O pacto republicano-democrático foi rompido quando Aécio Neves não aceitou o resultado das urnas e começou a urdir o golpe que resultou no afastamento do governo eleito.
Na última semana, o violento ataque perpetrado contra Lula, partindo de vários meios, comprova que as forças conservadoras estão dispostas a usar todos os meios da guerra – judiciário, delações, acusações, destruição da imagem pública pela mídia, etc. – para alcançar seus objetivos. A sentença contra Lula já está decidida. A nova onda de ataques surgiu com três objetivos: 1) manter fogo cerrado contra a candidatura Lula; 2) esconder o fracasso de Temer depois de um ano de governo; 3) criar uma cortina de fumaça para levar ao esquecimento as pesadas denúncias que vieram a tona contra líderes do PSDB, Temer e ministros do governo.
Uma batalha campal pela democracia, por direitos e pela candidatura Lula
É preciso reconhecer que as forças progressistas, Lula e o PT não estão com uma nitidez estratégica definida e com definições de iniciativas táticas que indiquem um caminho a ser seguido e objetivos a serem conquistados. Após atos, manifestações públicas de rua e a própria greve geral, os setores populares carecem de solução de continuidade e não sabem qual será o movimento seguinte. Em que pese o momento ser propício para uma virada em favor de uma ofensiva popular, na verdade, persistem elementos de desorganização e de defensiva que vêm se observando desde o início de 2015, quando se iniciou o projeto do golpe conservador.
A rigor, existem três grandes tarefas postas na conjuntura: defender a democracia; lutar pela preservação dos direitos, contra as reformas conservadoras e o desmanche da educação, da saúde, da cultura e da ciência e tecnologia; e exigir que Lula tenha o direito de ser candidato em 2018. Há consenso no campo progressista acerca dos das duas primeiras tarefas. O que falta é organização, tática ofensiva e um cronograma de lutas.
Independentemente de que se venha apoiar ou não a candidatura de Lula, o fato é que o direito de ele ser candidato tornou-se uma questão democrática crucial para enfrentar o condomínio conservador e antipopular estabelecido no governo. Em primeiro lugar, é preciso observar que a cruzada contra Lula é a mais violenta e cruel já levada a efeito contra um político brasileiro. O juiz Moro, a Lava Jato, setores do Judiciário, o PSDB e setores da mídia jogam sem piedade para destruir a personalidade política de Lula e tudo o que ele representa enquanto política popular. Com o linchamento moral recorrente, criaram as condições para a violência política e para o linchamento físico do ex-presidente. Os conteúdos técnicos e jurídicos dos processos contra Lula já estão enterrados e seu julgamento é puramente político.
Se a Lava Jato faz reféns, como disse Gilmar Mendes, as delações forçadas são pagamento do resgate. É espantosa a degradação moral a que o país chegou: um corrupto notório como o marqueteiro João Santana teve a ousadia de afirmar que Dilma sofreu um “apagão moral”. A normalidade com que se revestiu a delação de Marcelo Odebrecht e dos outros executivos, descrevendo o roteiro de como o capitalismo brasileiro assalta o Estado e os pobres, prova que a sociedade brasileira já não tem mais alma, não tem mais virtudes, vendeu-se ao demônio. As perguntas sem sentido do juiz Moro, a pavonice estúpida de Deltan Dallagnol, o disse-me-disse sem provas e sem dignidade das delações forçadas transformaram a Lava Jato num comitê de absurdos, numa guilhotina da verdade, num instrumento persecutório, numa proteção da mentira. Na equação perversa que a Lava Jato montou, serão salvos os maiores corruptos, os que causaram mais dano ao Brasil.
A caminho da violência política
A parcialidade da Lava Jato, do Ministério Público, do STF, da Polícia Federal e de setores da mídia está levando o país a uma crise de violência política gravíssima. Histórias de vários eventos políticos e militares mostram que quando se leva determinadas forças a becos sem saídas, elas lutaram até a morte. É isto o que está acontecendo hoje no Brasil com Lula e com os movimentos sociais. Cabe perguntar: o que quer o Ministério Público? A rebelião social? O que querem o juiz Moro e outros setores do Judiciário? A violência política? O que querem setores da mídia? Incendiar o país?
Ate agora não há elementos consistentes que justifiquem a condenação ou a prisão de Lula. Condená-lo ou prende-lo e impedir a sua candidatura, deixando livres Aécio Neves, vários ministros e o próprio Temer significa jogar dinamite num deposito de pólvora e é inaceitável sob qualquer ponto de vista. Existe um curto-circuito político no país que só será desfeito se a imparcialidade do judiciário e a coincidência temporal dos processo forem estabelecidas. Como a democracia foi quebrada com o beneplácito do Supremo Tribunal Federal, parte da sociedade e um dos lados do conflito perderam toda a confiança em qualquer neutralidade das instituições. O STF está com um estopim acesso nas mãos diante de um mar de gasolina. Cabe a ele decidir se incendiará país ou se permitirá que os líquidos e os humores inflamáveis escoem para alguma saída.
As forças progressistas, se não quiserem sofrer uma derrota ainda mais devastadora, precisam se pôr de acordo, criar uma unidade, cruzar o Rubicão e invadir Brasília. Se não há um César para comandar as legiões, que as comandem outros cadetes. E se não há legiões, que se lute com os trabalhadores da cidade e do campo, com os índios, com as mulheres e com os jovens.
É preciso parar o governo e o Congresso na sua criminosa investida contra os direitos do povo. É preciso exigir do STF e do Ministério Público que recobrem a sobriedade e a responsabilidade constitucional. Nas atuais condições, as forças progressistas devem perceber que não há o que negociar. Para que se estabeleçam condições de negociação é preciso restabelecer o funcionamento da Constituição e o fim do ataque aos trabalhadores e ao povo pobre.
Aldo Fornazieri – Professor da Escola de Sociologia e Política.
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Volto a dizer: Vocês só terão
Volto a dizer: Vocês só terão qualquer possibilidade de terem uma democracia de verdade (o que vocês tiveram até agora foi uma farsa atrás da outra) quando o último escravocrata for morto.
Não é possível democracia em um país aonde quem está no poder ache natural tratar os outros como escravos.
Concordo com vocÊ.
Acredito
Concordo com vocÊ.
Acredito que não há mais negociação possível.
O Brasil só será resgatado através de uma rebelião popular onde TODOS os golpistas sejam mortos, sejam eles funcionários públicos do judiciário, políticos, movimentos fake como MBL, passe livre, empresários de qualquer setor, seja dono jornal, banqueiro ou dono de cervejaria, jornalistas, etc etc etc . Se for possível podemos incluir suas famílias também.
Deem uma passada na minha
Deem uma passada na minha empresa e matem os golpistas daqui, que vou virar no mínimo superintendente… no setor público, mesmo fora do judiciário, o que mais tem é golpista.
Estou cercado por eles por todos os lados…
O Rubicão brasileiro chama-se institucionalidade
As instituições no Brasil jamais (desde 1500) estiveram a serviço da sociedade e da construção de um projeto de nação.
Desde sempre, elas estiveram a serviço de prover e conservar os privilégios dos poderosos.
Se existe uma única coisa positiva no momento atual, é que essa realidade infame, que sempre esteve disfarçada (as instituições precisavam fazer de conta que seriam cidadãs), está finalmente sendo esfregada na cara de todos, sem mais qualquer pudor. Na cara de todos – inclusive da classe média reacionária, que achava que ia ser beneficiária do golpe, mas começa a descobrir amargamente que foi usada e está agora sendo descartada.
A tarefa é unir a sociedade – inclusive a parcela da classe média reacionária que ainda conte com algum resquício de lucidez e seja assim capaz de escapar à cegueira – contra o verdadeiro inimigo: os donos dessa institucionalidade podre e perversa, que são a minoria da minoria da minoria da nossa população.
Isso não precisa ser esquerda contra direita, é mais básico do que isso.
Isso precisa ser cidadania contra dominação.
Unir todo mundo para ser
Unir todo mundo para ser caçado como patos pelas FA e pelas PM´s…
Fato Novo
Só um fato novo poderá mudar o atual rumo das coisas pra valer. Eu apostaria que no momento só treis fatos novos poderão fazer a canoa virar: O primeiro é a prisão do Lula. O segundo é um posicionamento claro das Forças Armadas que até agora se mantiveram caladas. Não precisa nem a força só precisa mesmo um posicionamento. Eo terceiro é uma invasão de Brasília nos moldes de 2013.
O povo, mesmo aquele que está neutro ou esteve afavor do governo Temer no início do seu mandato já percebeu o buraco que o país se meteu e paulatinamente vai mudando de lado. Está calro que com esse governo ai esse congresso e essa justiça que tem lado não pode dar certo. O correto é que todos renuciassem e começássemos do zero. Difícil, porém é a única saída.
As marchas, greves e protestos não mudarão nada a menos que for nos moldes de 2013 um invasão de Brasília. As greves e protestos como os atuais já foram assimilados pelo governo não fazem nem farã a mínima diferença tanto é que vão aprovar tudo no congresso.
Se as forças armadas não
Se as forças armadas não estivessem 100% fechadas com o golpe, emer jamais estaria leiloando pré-sal e cedendo reservas de ouro para estrangeiros…
As FA entrando no jogo ó vão piorar as coisas… elas só entram se for para impedir o xeque-mate no golpe.
O Brasil não Tem forças armadas. Tem um monte de putas pagas da CIA e do Pentágono.
O prof Aldo não conhece o
O prof Aldo não conhece o povo brasileiro. Pede uma reação que historicamente nunca partiu dele. Um povo que há 27 anos sofreu um confisco bancário (que pra variar só afetou os mais pobres, pois a elite conseguiu tirar antes ou depois cada cnetavo) e nada fez, não teve nenhum levante ou mortes. Basta lembrar que na Argentina, com o curralito, o confisco deles, houve mortes, estádio de sítio e a queda de Fernando de La Rúa, o fdp que teve a ideia do confisco. Que teve um apagão de energia e não pôs pra correr FHC, o Frouxo. E pra finalizar, em 2015, o povo assistia a queda de um presidente como quem acompanha uma novela das 8. E só. Pode ser que o povo decida dar fim a esse caos, mas não é muito provável.
Concordo com você. Se
Concordo com você. Se depender do povo os golpistas podem dormir tranquilos.
Somos todos covardes.
uma lenda chamada “povo Brasileiro”
Repito o que sempre disse: Não vai haver revolta pois não existe um povo brasileiro de verdade, isto é, nãoe xiste uma comunidade/fraternidade de pessoas que sintam ligdas e comunguem das mesmas crenças, símbolos, valores e objetivos entre o povão. Repare que nossas revoltas e guerras internas foram com povos regionais (1932, Farrapos, canudos, Contestado, Inconfidência). Nunca houve uma luta unindo populações de várias regiões do brasil.
Não existe povo brasileiro. Somo sum catadão, um juntado de índios que sobreviveram ao massacre português, como negros africanos escravizados, com europeus e asiáticos vindos pra cá a contra gosto, por pura necessidade, fugidos da fome, guerra e miséria querendo apenas exlorar a terra, enriquecer e voltar pro seu verdadeiro país. Cada um por si e o Estado contra todos. Não h´povo brasileiro. Logo, não haverá esta união nunca, a menos haja algo muito forte a forçar todo povão a se unir, algo realemnte desesperador e urgente.
E sim é preciso uma liderança, sempre tem que haver um lider à frente puxando e simbolizando a causa. Lula é um conciliador, não é este líder de ruptura.
Aldo tem razão em diagnosticar a solução, mas o problema é que o braileiro típico não a realizaria, não se convulsionaria de norte a sul, não faria uma greve geral de verdade sem limite de dias, e , muito menos, tomaria o poder à força, com na Revolução Francesa ou na Revolução Russa.
O primeiro passo para isto
O primeiro passo para isto seria assassinar o morisco, o já not e alguns procuradores da ditadura de curitiba.
Além disso, alguns donos e jagunços da mídia também poderia ajudar.
E já que estes foram assassinados, que tal assassinar também algns juízes(sic) como gilmar dantas, aquele que fechou o instituto lula, aquela que decretou estado de sítio em curitiba, aquele desembargador do TRF 4, etc etc
Podemos incluir alguns políticos, como os três presidentes que temos, todos ladrões e sacripantas, etc
Quem sabe, assim a democracia começasse a voltar para estas terras.
Porque, se não fizermos isto, podemos nos preparar para uma ditadura muito pior que a de 1964, onde todos aqueles que levantarem a voz contra o arbítrio serão perseguidos, presos e condenados a prisão perpétua pelo consórcio midia/judiciário/ entidades patronais, cujo ÙNICO objetivo com o golpe foi voltar a saquear o país e o povo brasileiro mantendo para eles todos os privilégios e mordomias( até a babá do filho está sendo paga com dinheiro público), de preferência para sempre.
O povo brasileiro será transformado em escravo para manter a vida nababesca desta gente. Parta isto cooptam as polícias e o judiciário com privilégios e exclusão dos confiscos como a reforma da previdência.
Tenho dito a mais de 1 ano
somente depois de degolarmos alguns milhares o Brasil volta a ser uma nação
Calma! Lembre-se ao pedir o
Calma! Lembre-se ao pedir o pescoço de alguem que alguem pode pedir o seu pescoço.
Se continuarmos a ter medo de
Se continuarmos a ter medo de perder o pescoço provavelmente perderemos o pescoço.
“Histórias de vários eventos
“Histórias de vários eventos políticos e militares mostram que quando se leva determinadas forças a becos sem saídas, elas lutaram até a morte. É isto o que está acontecendo hoje no Brasil com Lula e com os movimentos sociais. Cabe perguntar: o que quer o Ministério Público? A rebelião social? O que querem o juiz Moro e outros setores do Judiciário? A violência política? O que querem setores da mídia? Incendiar o país?”
Eles esperavam que os evangélicos iriam em massa pro lado deles; o chave do jogo são os evangélicos – o lado para o qual eles forem será o lado para o Brasil irá. São eles que podem abrir o caminho para uma vitória “definitiva” de qualquer um dos dois lados.
A questão é que se agente for ir correndo até eles pedir para que eles se juntem conosco para iniciar uma revolução, eles provavelmente irão sair correndo de nós. Como então fazê-los vir correndo até a nós?
Pergunte ao Temer, ele anda mostrando que sabe bem como fazer isto… rs
No entanto, ideias novas para aumentar a eficiência do processo são sempre bem-vindas (e necessárias porque, em uma guerra, ou você destrói o inimigo ou…).
Como aumentar a eficiência do processo? Essa parece ser a grande questão do momento…
Evangélicos já estão fechados
Evangélicos já estão fechados com Doritos para 2018. Se depender dess agente, estamos fudidos. Evangélicos tem profundas ligações culturais com os sionistas e com os americanos. São praticamente americanos infiltrados no Brasil. São eternos defensores dos interesses sionistas, imperialistas, e plutocratas, nessa ordem.
Podem se voltar contra os plutocratas, mas jamais contra o imperialismo, e muito menos contra o sionismo.
Marcelo, meu querido!
Veja bem! Quem realiza trabalho de base, sistemático e continuado, há mais de 30 anos no Brasil é a Igreja Universal!
Porque o PT não só desistiu disso como sufocou sistematicamente suas possibilidades?
Não tem como discordar de
Não tem como discordar de você. E se a associação que eu fiz realmente é real (Igrejas evangélicas = EUA e sionismo), dá para ver que quem faz trabalho de Base no Brasil é os Estados Unidos…
Que fase viu ?
As forças progressistas precisam cruzar o Rubicão
-> Igrejas evangélicas = EUA e sionismo)
em mais de um comentário vc se refere ao Sionismo. tanto o golpe como toda a reconfiguração do capitalismo global só pode ser compreendido devidamente se for abordado sob a perspectiva do Sionismo – que nada tem a ver com os judeus, ao contrário o Sionismo sempre foi inimigo dos judeus.
Killary Rodomski, a senhora da guerra, é uma das muitas faces do Sionismo mundial.
não é sem motivos que a Hebraica convidou o BolsoNazi, batizado no Rio Jordão, para aquela apologia ao genocídio…
quem será a face do Sionismo no Brasil?
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Revista Veja?
Revista Veja?
Estou aplaudindo de pė.
Estou aplaudindo de pė.
“Condená-lo ou prende-lo e
“Condená-lo ou prende-lo e impedir a sua candidatura, deixando livres Aécio Neves, vários ministros e o próprio Temer significa jogar dinamite num deposito de pólvora e é inaceitável sob qualquer ponto de vista.”
Que nada !!! Não temos nada para iniciar uma guerra civil, que já teria sido iniciada se tivéssemos alguam coisa.
“Nossas” FA estão fechadas com o golpe, com as potências estrangeiras e a plutocracia entreguista, assim como as policias militares.
Apesar da aprovação de Temer ser de 5%, é de 99,99% entre os Brasileiros aptos a portar uma arma. Temer tem apoio dos governos estrangeiros, inclusive dos governos dos IRCS, que estão tirando todas as vantagens que podem do Brasil e desse governo.
é só o povinho Brasileiro contra a plutocracia e o mundão todo. Quando uma plutocracia resolve desmanchar um país e beneficiar todos os demais, a coisa já era.
Nos eventos lá fora, Temer é tratado como um pária, mas não nos iludamos. Ele é adorado do Canadá a Nova Zelândia.
As forças progressistas precisam cruzar o Rubicão
Marcelo33,
és meu nihilista colérico predileto.
em algum momento, muito mais breve do que vc mesmo supõe, todo seu nihilismo se converterá na pura cólera de todo um povo em sua retaliação devastadora.
Os atos desesperados de autodefesa popular violenta são os exemplos daquilo a que Walter Benjamin chamava «violência divina»: eles situam-se numa espécie de suspensão político-religiosa do ético. Mesmo se eles aparecem perante uma consciência moral ordinária como atos «imorais», os assassinatos, não temos o direito de os condenar, uma vez que respondem a anos, ou seja, a séculos de violência e exploração estatal e econômica sistemática.
“Da Democracia à Violência Divina” – Zizek
p.s.:
-> Deem uma passada na minha empresa e matem os golpistas daqui, que vou virar no mínimo superintendente…
beleza! então já temos um novo superintendente garantido! com esta nomeação não precisamos nos preocupar.
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Está cada dia mais difícil
Está cada dia mais difícil Arkx…
Eu vou te falar uam coisa. Eu nunca na minha vida pensei em sair do Brasil, nunca me passou pela cabeça ir morar fora, trabalhar fora. Não dá para dizer que quis nascer aqui (Isso sai da política entra no espiritismo), mas sempre me imaginei morrendo aqui.
Jamais me preparei para isso, meu inglês é sofrível, mas é o mínimo que preciso para a vida que sempre quis viver…
Conheço algumas pessoas que foram viver fora, e embora não as critique, nunca foi a minha escolha de vida.
De uns tempos para cá, eu me pergunto se foi acertado isso. Me sinto minoria, o país que quero que o Brasil seja não é o que as pessoas a minha volta querem, alias, frequento esse tipo de espaço aqui para ver que não sonho sozinho, embora não veja gente em quantidade sonhando comigo (Nem falo de exatamente igual, mas ao menos partindo de premissas comuns).
Já que se falou em Lula, mesmo os eleitores deste em sua maioria não sonham com o mesmo país que eu…
Voltando ao assunto do exterior, liguei para uma amiga engenheira na segunda passada. Ela está desempregada, é uma das “Vítimas” da Lava-Jato. Ela falou de uma amiga com mestrado que foi para os EUA e está trabalhando de babá. Ela está pensando em largar tudo e ir para lá…
Eu falei para ela ir… e doeu em mim, não pela ida dela, mas sim, de achar que quem tiver a oportunidade de ir embora daqui, deve ir… Não vejo nada para se por um país de pé. É partir do 0. Forças Armadas, Judiciário, elite empresarial, não dá para a proveitar Absolutamente NADA. O problema é começar umarevolução do 0.
As forças progressistas precisam cruzar o Rubicão
pode estar certo de:
1. compreendo perfeitamente tudo o que vc expõe, assim como sua revolta e desesperança. não as nego. ao contrário, tambám as sinto. por isto sempre fui um incisivo crítico do Lulismo, pois era anunciado que chegaríamos nesta situação atual. até que demorou mais do que o previsto (poderia ter sido em 2005 e em 2008);
2. nenhuma insurreição ocorre porque as pessoas querem. só acontece quando tudo se tornou tão insuportável, que não resta outra saída. por conviver no Rio e no interior, tanto em ambientes ligado a resistência quanto com globotomizados, percebo que mesmo entre os “trouxinhas” (acabei de conversar com um deles, empresário) consolidou-se a avaliação de que “estamos todos fudidos”. depois passei numa loja de material de construção, o cimento está em oferta, mas a loja continua vazia;
3. ir para o exterior não resolve. simplesmente porque esta desestruturação é mundial. Grécia, Síria, Iraque, Irlanda, Espanha, EUA. por toda parte o neoliberalismo reconfigura a sociedade sob a tirania do capital financeirizado. não há nenhum lugar para onde se fugir. acrescento sempre que os desequilíbrio climáticos (e novamente friso que sei que vc tem restrições quanto a isto), tornam a situação ainda mais dramática;
4. nossa única, e remota, chance é estarmos juntos na luta. criarmos redes de resistência, ajuda recíproca (mas não auto-ajuda) e interconexão de informações. o colapso dos grandes centros urbanos é inevitável, daí a opção pelo interior, cidades com 20/30 mil habitantes, com acesso a água e alimentação e geração própria de energia.
5. as revoluções só começam quando se atinge o grau zero. e é justo para ele que o mundo todo está se encaminhando.
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1. compreendo perfeitamente
1. compreendo perfeitamente tudo o que vc expõe, assim como sua revolta e desesperança. não as nego. ao contrário, tambám as sinto. por isto sempre fui um incisivo crítico do Lulismo, pois era anunciado que chegaríamos nesta situação atual. até que demorou mais do que o previsto (poderia ter sido em 2005 e em 2008);
Se o fenômeno é mundial, como você disse, não sei como poderia ser evitado. E quanto a uma alternativa ao Lulismo, não sei sobre a exiquibilidade dela na década passada. Tá certo que tudo tem que começar por algum lugar, mas acho que aí seria um grau de exigência grande demais para com os Brasileiros. Não imagino a bastilha dos Bancos sendo derrubada primeiro no Brasil. Alias, acho que aqui, como o fim da escravidão, será um dos últimos lugares, senão o último.
Alias, como avalia a experiência do Tzipras, que se elegeu com discurso revolucionário, e, veja bem…
2. nenhuma insurreição ocorre porque as pessoas querem. só acontece quando tudo se tornou tão insuportável, que não resta outra saída. por conviver no Rio e no interior, tanto em ambientes ligado a resistência quanto com globotomizados, percebo que mesmo entre os “trouxinhas” (acabei de conversar com um deles, empresário) consolidou-se a avaliação de que “estamos todos fudidos”. depois passei numa loja de material de construção, o cimento está em oferta, mas a loja continua vazia;
Sinto uma desesperança geral, mesmo dos coxinhas que apoiaram o golpe… o problema é fazê-los perceber que sem o golpe não teria sido pior ou igual. Passaram da fase de achar que Temer não é ruim, mas ainda estão negando que o golpe foi pior. Esão vários pensando em ir para o exterior( Essa amiga que citei não é um deles, mas eles estão como ela).
De qualquer forma, aqui se retorna a ideia do Rubicão. Toda semana tem pelo menos um texto do Nassif falando que a plutocracia atravessou o rubicão, que a lava-jato atravessou o rubicão, mas ninguém atravessa o rubicão sem consequencias. E elas não vieram. E toda semana me pergunto qual rubicão tem que ser atravessado.
3. ir para o exterior não resolve. simplesmente porque esta desestruturação é mundial. Grécia, Síria, Iraque, Irlanda, Espanha, EUA. por toda parte o neoliberalismo reconfigura a sociedade sob a tirania do capital financeirizado. não há nenhum lugar para onde se fugir. acrescento sempre que os desequilíbrio climáticos (e novamente friso que sei que vc tem restrições quanto a isto), tornam a situação ainda mais dramática;
Engraçado você falar disso por que não me lembro de ter falado sobre mudanças climáticas aqui… concordo que a desestruturação é mundial, mas o problema é as pessoas perceberem isso. Mas de qualquer forma, se vc pensar em uma guerra civil mundial, onde 1% da humanidade luta contra 99 %, nesse momento o Brasil é epicentro de uma batalha sangrenta. As pessoas podem querer ir temporariamente para um lugar longe do front (Mas a guerra os alcançará).
Quantos as mudanças climáticas, não gosto de nega-las e posar ao lado dos republicanos loucos, mas eu vejo esse discurso ser usado para tanta merda que acabo antipatizando com ele. Se Republicanos a negam desesperadamente, Democratas a afirmam. Esse discurso acaba gerando as Marinas da vida. O time de economistas que anda com ela propõe sacrificar o bem-viver dos Brasileiros para não atrapalharo pessoal do 1º mundo. Sem contar a atuação de ong´s ambientais com força no Brasil e no terceiro mundo, contrastando com a tibieza na defesa de causas domésticas…
4. nossa única, e remota, chance é estarmos juntos na luta. criarmos redes de resistência, ajuda recíproca (mas não auto-ajuda) e interconexão de informações. o colapso dos grandes centros urbanos é inevitável, daí a opção pelo interior, cidades com 20/30 mil habitantes, com acesso a água e alimentação e geração própria de energia.
Aí você está falando de um mundo totalmente diferente, não conheço o interior suficiente para opinar e estimar uma quantidade x de habitantes (Morei por um ano em uma cidade de 100 mil habitantes), mas acho difícil não ver que cidades como Rio e São Paulo não são viáveis….
5. as revoluções só começam quando se atinge o grau zero. e é justo para ele que o mundo todo está se encaminhando. .
Aí entra a crença do comunista que o colapso do capitalismo é inevitável… eu até acredito nisso, mas quando chegará a hora ?? Quando o capitalismo atravessará o Rubicão ?
As forças progressistas precisam cruzar o Rubicão
é por esta réplica que vc se tornou meu predileto nihilista colérico.
identifico-me com a cólera, mas não com o nihilismo. noto que sua cólera vem do nihilismo, ou seja da constatação que frente a uma brutal assimetria de forças, pouco, ou nada, nos resta a fazer. daí a cólera e a revolta.
para mim, é justamente a cólera que me impede de ser nihilista. é a cólera que me faz buscar alternativas de ação, mesmo que pareçam impossíveis. e só a cólera pode nos dar energia para a revolta.
-> Se o fenômeno é mundial, como você disse, não sei como poderia ser evitado.
evitado certamente que não, mas deveria ter sido colocado na pauta como urgente. assim estaríamos melhor preparado para enfrentá-lo. mas se ficou naquela da “marolinha” (um estúpido erro de avaliação de uma crise estrutural como a de 1929) e de que seria possível renovar o contrato de conciliação com a plutocracia.
-> Sinto uma desesperança geral, mesmo dos coxinhas que apoiaram o golpe…
->Passaram da fase de achar que Temer não é ruim, mas ainda estão negando que o golpe foi pior.
isto ocorre tanto pela tendência de não se admitir os próprios erros, como tb porque Dilma II foi um desastre antes mesmo da posse. mas é justamente esta desesperança dos “trouxinhas” que deveria nos encher de esperanças. todo mundo já sabe que se ferrou.
-> Aí entra a crença do comunista que o colapso do capitalismo é inevitável… eu até acredito nisso, mas quando chegará a hora ?? Quando o capitalismo atravessará o Rubicão ?
note bem: não concordo que o colapso do capitalismo é inevitável. pelo menos no sentido que a este colapso seguirão dias melhores. no rumo em que vamos, chegaremos à barbárie. ou via guerra ou a completa desagregação social pelo total descontrole da economia. principalmente por crises de abastecimento de energia, água e comida. epidemias tb.
abraços (invadimos o artigo do Fornazieri, mas creio que a conversa valeu a pena)
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Marcelo, eu concordo com
Marcelo, eu concordo com você.
Tenho 54 anos, nasci 1 ano antes do início da ditadura militar, toda minha juventude foi vivida dentro de uma ditadura. Quando ela acabou pensei que o Brasil entraria em outra era de desenvolvimento e progresso.
Não foi o que aconteceu até 2002.
Quando o Lula venceu a primeira eleição acreditei que o apís teria outra chance e até 2010 parecia que realmente nossa vez tinha chegado. Pensava eu que meu filho, na época com 10 anos teria a chance de viver em m país melhor e com melhores oportunidades.
Naquela época nem o mais pessimista entre os pessimistas poderia imaginar que em menos de quatro anos o brasil estaria despedaçado e com pib caindo 3,8% ao ano.
O que este pessoal da mídia aliado a funcionários publicos do judiciário fizeram com país? Em três anos destruíram uma nação que poderia ser grande.
Neste momento o meu desapontamento é tão grande que também sinto vontade de abandonar o país e levar junto minha família. O que fizeram com o país coloca em risco o meu futuro e o futuro de milhões como o meu filho.
Quando vejo trabalhadores comentando conformados: “ah, agora com esta reforma da previdência vou ter de rabalhar até morrer” ou , “ah, vão acabar com o décimo terceiro, férias e a carteira assinada” me dá a certeza de que este país não chegará jamais a ser desenvolvido e democrático.
Nunca imaginei em minha vida ver o que acontece agora no país. a implantação de uma nova ditadura, desta vez midiático judicial com objetivo de implantar uma espécie de “neo-escravidão” no país. Esta, tenho certeza, será muitas vezes pior do que aquela de 1964.
Só restou uma saída para a maioria do povo e ela não é pacifica nem acordada. Terá de ser na bala.
Mas, infelizmente isto não acontecerá.
Eu vou!
Os empresários nacionais prejudicados pelo fim do conteúdo nacional se juntando aos seus funcionários e fechando suas empresas; os professores e diretores de escolas públicas, privadas e de fundações as fechando e instando seus alunos, os filhos e os pais desses alunos, a participar da paralização; sindicatos de empregados fazendo o mesmo com sindicalizados; um boicote generalizado às firmas do ramo da comunicação de massas, gente botando fogo nos jornais e revistas golpistas em praça pública, protestos na frente das firmas que produzem esse material; caminhoneiros e transporte em geral parando; apoio de militares federais e estaduais (PMs e FAs) progressistas e nacionalistas; bancários de autarquias e de empresas privadas, funcionários públicos em geral, principalmente os das Justiças federal e estaduais cruzando os braços e indo para as ruas; funcionários e eventualmente donos de empresas de produção e distribuição de alimentos, gás engarrafado, coleta de lixo, distribuição de energia elétrica. Expulsão sumária de estrangeiros que não trabalhem pela soberania brasileira… . Se um não for, os outros devem ir da mesma forma e persistir até a deposição e prisão dos golpistas, e o restabelecimento da ordem democrática. E principalmente a imprensa desvinculada do golpe noticiando em tempo real as paralizações.
ver o que vão perder. Eles
ver o que vão perder. Eles não se juntarão aos seus empregados. A guerra deles é contra os empregados, ainda que o prêmio para eles próprios seja a morte. os professores e diretores de escolas públicas, privadas e de fundações as fechando e instando seus alunos, os filhos e os pais desses alunos a participar da paralização, Os filhos gostam de mamãe falei e os pais votam no PSDB. um boicote generalizado às firmas do ramo da comunicação de massas, gente botando fogo nos jornais e revistas golpistas em praça pública, protestos na frente das firmas que produzem esse material; caminhoneiros e transporte em geral parando; Caminhoneiros apoiaram o golpe o tempo todo. apoio de militares federais e estaduais (PMs e FAs) progressistas e nacionalistas; Isso não existe no Brasil. “Nossas” FA´s não são nossas. AS FA Brasileiras são mais do cidadão Texano que do carioca, por exemplo. São uma garantia que jamais desviaremos dos rumos que os americanos nos impõem… bancários de autarquias e de empresas privadas, funcionários públicos em geral, principalmente os das Justiças federal e estaduais cruzando os braços e indo para as ruas; Funcionário públçico neoliberal é o que mais tem. funcionários e eventualmente donos de empresas de produção e distribuição de alimentos, gás engarrafado, coleta de lixo, distribuição de energia elétrica. Expulsão sumária de estrangeiros que não trabalhem pela soberania brasileira… Brasileiro que é Brasileiro lambe o chão que gringo pisa. E de qualquer forma, eu mesmo sou contra a expulsão dos que nao são artífices do golpe. Mas na prática, eles estão fazendo o que os Brasileiros deviam fazer, que é lutar pelo interesse dos seus países. Se não temos povo, por que culpar quem tem ?? Se um não for, os outros devem ir da mesma forma e persistir até a deposição e prisão dos golpistas, e o restabelecimento da ordem democrática. E principalmente a imprensa desvinculada do golpe noticiando em tempo real as paralizações. Imprensa desvinculada do golpe ??? Qual ???
A ocupação de Brasília sempre foi o último passo jamais dado!
Desde o governo militar as conclamações a ocupação de Brasília foi o passo jamais dado, nas diretas já foi um exemplo, se queria a marcha sobre Brasília e ela não foi feita, o movimento refluiu e enfiaram as indiretas com Tancredo NEVES e Sarney, talvez lá se fosse feito teríamos cruzado o Rubicão, porém o rio está no mesmo lugar e Cesar está do outro lado, ou se lance o dardo ou seremos escravos para sempre.
Reconhecer a força da gravidade ou escapar da órbita Terra?
A análise do Fornazieri padece de um problema que as análises objetivas deveriam repelir: o voluntarismo.
A miragem da “rebelião social” (essa miragem de wish fulfillment) não é muito mais que um bálsamo agonístico que, no meio do descalabro, aponta para o “fim da política”, na realidade, não muito mais que um delírio dionisíaco que se encerra em si mesmo.
Recapitulemos a história. Ao invés de Roma, o período regencial do Império oitocentista brasileiro, cenário tão ao gosto dos encantados por rebeliões. Alguém poderia argumentar: “mas aquele foi um momento em que mal se vislumbrava um projeto englobante de nacionalidade!” Pois bem, é exatamente a esse mesmo ponto a que voltamos: a selva dos particularismos, onde um possível coletivo inclusivo desapareceu do horizonte ― desideratum último da matriz lógica do multiculturalismo neoliberal e sua reificação dos particularismos identitaristas.
Pois bem, qual o destino das rebeliões localistas senão a restauração conservadora “por cima”?…
Não basta algum progressismo que não existe como projeto querer cruzar algum etéreo Rubicão, porque não passará de uma farsa malajambrada. A herança pesada do lulismo foi a da terra-arrasada para todo e qualquer projeto progressista, porque o lulismo foi a consagração da vacuidade de qualquer projeto dessa escala.
Agora é tarde para clamar por salvacionismos (a não ser como miragem sebastiana): voltar ao horizonte mental do lulismo e seus condicionantes (algo do qual a ainda existente máquina petista não abre absolutamente mão) é insistir na impossibilidade.
(E, no fundo, os petistas estão certos no seu desespero: qualquer glasnost, qualquer perestroika os levará à quase completa desintegração).
Na verdade, não era nada difícil prever o estado a que chegamos. Eu mesmo “profetizei” que a Dilma não acabaria o mandato tão logo ela escolheu seu ministério de segundo governo: https://jornalggn.com.br/blog/ricardo-cavalcanti-schiel/a-presidente-em-seu-labirinto-por-ricardo-cavalcanti-schiel.
Já então eu não me escusava em dizer algo que deveria ser bastante óbvio: “as forças conservadoras continuam apenas advogando pela ordem plena e absoluta da sua estreiteza senhorial, qualquer que seja o custo e qualquer que seja o método: o golpe, se necessário, ou mesmo se apenas oportuno. Como é característico da lógica senhorial, o que ela deseja e espera de quem lhe for diferente é a pura e simples capitulação; uma capitulação que começa pela renúncia à construção de uma legitimidade alternativa e uma outra hegemonia cultural”.
Agora, seria mais lúcido encarar a realidade: nem esquerda nem progressismo algum tem no momento munição, tática e estratégia para fazer frente ao vácuo organizacional legado pelo lulismo.
Seria mais honesto ser realista. Vai doer! O Brasil pode ser desmantelado, salvo por alguma resistência insurgente como a que já se levanta diante de iniciativas legislativas. (Nota importante: resistência não se resolve necessariamente como rebelião!). Mas, sem dúvida, muito de infra-estrutura, de institucionalidade, de arquitetura legal e jurídica vai ser, sim, desmontado!
A coisa mais lúcida que se pode fazer é começar reconhecendo que isso é, irremediavelmente, resultado do maior engodo, da maior lorota política que um certo “progressismo” quis vender para si mesmo como panaceia fantasmática, fajuta e prostituída. Se não se começar por aí, todo o resto não será mais que encenação mambembe.
Serão tempos duros, mas só sobreviverão aqueles que ousarem pensar em algo à escala de um projeto. Talvez demore. É o preço a se pagar pelo conforto da grande farsa lulista. Mas desde já é necessário não renunciar a isso em nome de ilusórios imediatismos sebastianistas.
Concordo 100%. A esquerda e
Concordo 100%. A esquerda e os democratas devem se preparar para o confronto (em todos os sentidos). Globo, pig, Moro, MP, e governo ilegitim são inimigos, e devem ser tratados como tal.
Depende de nos
Parabéns ao professor Aldo pelo excelente artigo. Estou de acordo também com a solução proposta. Não sera “o povo brasileiro” que fara espontaneamente alguma coisa para mudar o caos institucional instalado. Mas somos nos, os indignados com o que ocorrendo numa escala alucinante de desmonte de um Pais, que precisamos com urgência nos unir e sair em marcha para Brasilia para destituir o governo, pedir eleições diretas e lembra-los que sem provas Lula não pode ser condenado. Ciro gomes, ao invés de bater em Lula, na tentativa de matar o criador, e malhar o PT, poderia estar à frente desse levante. Ai, sim, ganharia dimensão politica muito maior que sua verborragia demagogica para um dia ser presidente da Republica.
este ciro gomes não deve ser
este ciro gomes não deve ser levado a sério. um sujeito que já esteve no psdb não merece a mínima confiança. lembram do delcidio?
Ele é só mais um um querendo cavalgar na popularidade do Lula.
A outra é a Dilma, aquela que é diretamente responsável pelo que estamos vivendo hoje por se recusar a exercer o cargo de presidenta. o que o lula e os brasileiros estão passando é por causa dela e do zé da justiça que se negaram a agir quando poderiam e agora ficam se lamentando pelo mundo.
Que tal então o Lulão chamar
Que tal então o Lulão chamar para uma conversa os “petistas históricos”,saídos do partido e o PPS e Paulinho da força!?
O cenario esta pronto para uma guerra civil.
Ao ler este sempre moderado colunista pedindo um rebelião. Fica evidente que a paciencia do campo progressista terminou. Que rebeliões e manisfestaçoes com proporções de2013 esta para ocorrer a qualquer momento. Mas desta vez não serão manifestações difusa. Teram foco e lado. Falta só um pequeno estopim para este pais pegar fogo. Se não mostrar forças suficientes para enquadrar o campo conservador(que não tem respeitado a democracia). Estes se sentirão com forças para reagirem e uma guerra civil provavelmente explodirá.
No segundo semestre em uma manifestação que foi da Paulista ate o Largo da Batata. Deu para sentir que tendo um estopim manisfestações maiores viriam em breve. A reforma Trabalhista e a Previdenciaria foi este estopim e o povo foi as ruas e fizeram a maior greve geral de decadas. A greve geral foi uma amostra que se o povo não for ouvido. Ele irá para a batalha. Brasilia e a Globo parece que não esta vendo estes sinais.
O problema é afluxo de armas
O problema é afluxo de armas e munição em nível constante e gente com treinamento para manejá-las. Todo mundo que tem algo que lembre isso está do mesmo lado, o da plutocracia.
E uma potência estrangeira fornecer armas em outro continente, atravessando um oceano ???
Uma guerra civil poderia acontecer com um governo central contra rebeldes apoiados pelos EUA. O contrário eu acho impossível.
Guerra civil deveria ter acontecido com Dilma aidna na presidência.
O que pode acontecer é massacre sistemático do campo progressista e repressão absurda. Nisso eu acredito.
As forças progressistas precisam cruzar o Rubicão
por que ainda não ocorreu uma insurreição?
1. porque somos “um povo de frouxos” : não há qualquer fundamento histórico nesta afirmação. ao contrário, a História do Brasil é escrita com o sangue dos massacres dos levantes populares. por exemplo, o maior quilombo do Brasil não foi Palmares, e sim o Campo Grande, entre Minas e São Paulo, uma gigantesca confederação quilombola. mas quantos de nós sabemos disto? são as partes roubadas de nossa História que precisam ser resgatadas;
2. porque “falta um povo”: este argumento é apenas uma abordagem mecanicista da dinâmica social. pois não é “o povo” que produz a luta e a resistência, é a luta e a resistência que geram o seu povo. prova disto são os ininterruptos atos de resistência do Povo sem Medo, desde antes do golpe até culminar com a maior greve geral já realizada no Brasil. ainda é preciso considerar que o processo de luta induz saltos na consciência política, portanto toda formação só se completa na ação;
3. porque o Lulismo mesmo com o golpe manteve sua estratégia de conciliação permanente: num dos grampos, Lula afirma: “Eu não quero incendiar o país. Eu sou a única pessoa que poderia incendiar este país”. a partir do momento que a CUT e o PT se lançam na luta, temos uma poderosa greve geral e a ocupação de Curitiba, com Lula pulverizando Sérgio Moro;
4. a crise vai se acentuar. o setor dominante já não consegue governar como antes. com o agravamento do descontentamento e da indignação, pela deterioração de sua condição de vida, cada vez mais amplas parcelas da população se encontrarão numa situação insuportável, sendo empurradas para uma ação independente. tudo sob o céu estará mergulhado no caos. este é o momento da insurreição. quanto tempo vai demorar? pode ser em poucas semanas. pode não acontecer nunca. seja como for, é melhor que estejamos preparados.
p.s.:
ainda falta uma peça no Xadrez do Golpe. a peça principal.
afinal, quem é o Comando Central? Moro? não sacaneia,né… Janot? sim, Janot está no Alto Comando. mas refiro-me ao Comando Central. ao Centro de Comando e Controle. e não apenas metaforicamente.
assim, chegamos ao momento de expor:
quem é o homem atrás dos bastidores? quem movimenta os cordéis? quem é no Brasil o Chefe de Operações da Tirania Financeira Global?
após o massacre de Moro em Curitiba, a mídia agiu articulada (Globo, Folha, Estadão,Veja). novas delações foram divulgadas. abriu-se uma segunda frente para atacar Dilma. tudo isto, e mais, revela que há um formulador, um comando capaz de análise conjuntura para estabelecer táticas dentro uma grande estratégia.
algo num nível muito acima desta incompetente plutocracia brasileira. e este formulador tem um rosto e um nome. é isto que precisamos expor.
p.s. 2:
o golpe de 1964 foi formulado, comandado e financiado por Lincoln Gordon, Embaixador dos EUA. quem é o equivalente no golpe atual?
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Moral da história
Moral da história: não há conciliação possível entre “as esquerdas” e o lulismo, como recomenda (ingenuamente) o Fornazieri.
Isso pela simples razão de que o lulismo é a negação de todo projeto transformador lastreado na justiça social e na ampliação da cidadania.
Só haverá algum avanço efetivo “pela esquerda” no Brasil quando o lulismo for posto no seu devido lugar (a lata de lixo) e olhado como o que realmente foi (uma farsa).
No momento em que se construir essa consciência e dela se tirarem as consequências lógicas necessárias, aí sim, poderemos ver algum Rubicão no horizonte ainda distante deste Lácio tropical.
(Mais considerações no meu comentário abaixo)
As forças progressistas precisam cruzar o Rubicão
em momentos de crise intensa, como agora, tudo fica claro. em Minas, por exemplo, o “governador companheiro” é referido pelas bases do PT como o “pelegão bandido”. no dia de Tiradentes deste ano, em Outro Preto, a repressão foi ainda pior do que nos governos Aécio/Anastasia. a farsa do Lulismo está mais do que desmascarada, e assumida. simplesmente por opção tática (a caçada a Lula), se evita escancará-la no debate público.
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Meu caro arkx
Vou falar algo que para ti não tenha a mínima novidade. O povo não se revolta simplesmente porque foram criados mecanismos de contenção que o levam a estagnação, os sindicatos e partidos foram simplesmente sufocados e substituídos pelas merdas das “redes sociais”, algo que não agrega nada e transformamos em meros espectadores.
Muito simples, há só alguns meios de organização, talvez tenhamos que voltar as origens dos movimentos operários com grêmios e associações pois o resto, se não foi em breve, será bloqueado.
Vou fazer uma observação estúpida que deve ser feita.
Contradições existem em todos os grupos, inclusive dos golpistas. O poder judiciário e a imprensa que chefiam aqui no Brasil (além dos que mandam de fora do país), têm que necessariamente de contar com o braço armado para impor uma segunda fase do golpe.
Para esta segunda fase deverão aplicar restrições bem mais severas aos opositores em geral, por exemplo, censura da imprensa que deverá contar com ajuda externa para se tornar efetiva (facebook, twitter, youtube,etc. etc….e tal), mas isto talvez mesmo com ajuda externa se torne extremamente difícil, logo precisarão dos velhos e conhecidos métodos da implantação de ditaduras, como prisões em massa.
Para realizarem estes últimos passos precisam de um apoio explícito das forças armadas, transformando-as em agentes ativos. Porém vejo a curtíssimo prazo uma séria restrição a isto que não é a não institucionalidade da ação, é com quem fica o poder de fato!
As forças armadas para intervirem cobrarão dos golpistas o principal, o poder! Ou seja, já foram desgastadas o suficiente em 1964 e sabem que um próximo golpe ainda será pior. Não esqueçam que as forças armadas quando assumiram tentaram uma série de políticas populistas que enganavam mais do que resolviam, mas com o domínio da imprensa coisas como o BNH (Lei nº 4.380, de 21 de agosto de 1964), Estatuto da Terra (Lei 4504, de 30 de novembro de 1964) e mais uma dezena de leis e de atos que procuravam aplacar as reinvindicações sociais.
Outro fator importante é que mesmo sendo contra o PT e a esquerda em geral, as forças armadas não APOIAM O ESQUEMA TEMER, logo antes de haver uma intervenção, ou em paralelo a esta o governo Temer deve cair. Simples né! Não, quem entra no lugar?
Caso houver uma intervenção militar, com uma lógica tomada de grande parte do poder pelas FFAA ninguém sabe quais os militares que vão assumir, pois dependendo das características do comando não será somente a esquerda que será perseguida. Não esqueçam que os IPMs pulularam depois de 1964 procurando “inimigos da pátria”, que eram os que teoricamente recebiam o “ouro de Moscou” e os corruptos (atenção em julgamentos militares não se pode deixar de responder!).
Além do descrito acima há outros fatores que podem parecer detalhes meio sórdidos que influenciam, por exemplo, o soldo dos militares, um general cheio de estrelas recebe em torno de 1/3 do que recebe um dos bonitinhos recém-concursados do judiciário, e certamente ou subirá o soldo (e vai todo o orçamento da união só para pagar os ativos e inativos) ou desce o salário dos procuradores, juízes e demais.
O que estou falando que “o diabo mora nos detalhes” e somente por isto a segunda fase do golpe ainda não entrou, pois se entrar a constituição além de rasgada vai para o saco com todas as leis que necessitariam serem mudadas.
Intervenção militar
Há um fato despercebido, Maestri, o comandante de exercito (Villas Boas) está mto doente (envenenado?), e será substituído em breve, pelo Temer, ai nomear-se-á um golpista (Gal. Mourão?), então poderá se completar a condição que dizes faltar!
mirem se no exemplo dos
mirem se no exemplo dos partigiani!!!
A fome e o Rubicão
Lá na África, quando a comida tornou-se escassa nas árvores, descemos para andar pelas savanas em busca de alimentos. Mais intensamente, tivemos que aprendemos a fazer nossa própria defesa e a de nossa família. De lá para cá, pouco mudamos. Fora os especiais indivíduos e ou circunstâncias, arriscar-se em pesadas lutas, só em último caso.
Por isso mesmo, cruzar o Rubicão – em princípio – só mesmo quando a fome bater. Mas, se depender da incompetência, da desonestidade e do deslavado entreguismo dos golpistas, somados a muita séria crise do sistema capitalista mundial, logo mais a fome tomará conta do povão. Aí, o bicho pega e a gente atravessa o Rubicão, com medo ou sem medo!
O que querem, ardorosamente, os golpistas
A real intenção dos golpistas:
https://caviaresquerda.blogspot.com.br/2017/05/o-objetivo-da-lava-jato-e-reescrever.html