Como Cuidar da Sua Espiritualidade em tempos de Pandemia?, por Marcos Vinicius de Freitas Reis

A espiritualidade modifica também em tempo de Pandemia. O impedimento de ir ao tempo religioso obrigou as pessoas a desenvolverem novas estratégias de manterem o contato com o sagrado.

Gaudi – Divulgação

Religião e Sociedade na Atualidade

Como Cuidar da Sua Espiritualidade em tempos de Pandemia?

por Marcos Vinicius de Freitas Reis

 Temos acompanhado diariamente nos meios de comunicação o aumento substancial do número de infectados e de mortes no Brasil por COVID-19. O referido vírus desde o início do ano provocou mudanças significativas nas relações interpessoais e na relação com a sociedade. O isolamento social passo a ser critério obrigatório de cuidado com a vida. Muitas pessoas foram obrigadas a mudarem radicalmente seus estilos de vida.

Com o confinamento social novos hábitos passaram a fazerem parte da vida dos brasileiros. Muitas pessoas tiveram que se reinventarem para passarem o tempo e cumprirem suas competência no campo do trabalho. Consequência do isolamento tempos aumento da violência doméstica, aumento da depressão e da ansiedade, por outro lado, as famílias estão mais juntas e convivendo algo que não poderiam com tanto tempo em situações normais.

A espiritualidade modifica também em tempo de Pandemia. O impedimento de ir ao tempo religioso obrigou as pessoas a desenvolverem novas estratégias de manterem o contato com o sagrado.  O usos das redes sociais e de outros meios pela internet tem sido a solução.

Manter as práticas religiosas e de religiosidade são fundamentais para aqueles que acreditam em uma entidade com capacidades mágicas. O contato místico com o Deus ou Deus ou outro nome que queiramos dar, pode ajudar o sujeito a não contrair doenças, manter a saúde mental equilibrada, ajudar no discernimento sobre as finanças, ajuda para que as relações interpessoais com os membros da família não desgaste e outros benefícios. A espiritualidade quando usada de forma positiva ajuda e muito no equilibro das pessoas.

Por meio da internet podemos realizar aprofundamento dos estudos da nossa espiritualidade, podemos virtualmente ter contato com outras pessoas e desenvolver orações coletivas, discussões sobre temas religiosos, fazer atividade solidárias para ajudar os mais necessitados e ter assistência dos serviços religiosos para atender alguma demanda particular.

Temos muito preconceito em assumir uma espiritualidade. Aprendemos nas nossas universidades ou núcleos próximos que a pessoa que prática alguma forma de religiosidade é vista como antissocial ou careta. Por outro lado, as pessoas que tem contato diário com as práticas religiosas me parecem que conseguem ter mais centralidade em suas decisões e na condução equilibrada neste momento de pandemia.

Marcos Vinicius de Freitas Reis – Professor da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP) do Curso de Graduação em Relações Internacionais. Possui graduação em História pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). Doutor em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Docente do Curso de Pós-Graduação em História Social pela UNIFAP, Docente do Curso de Pós-Graduação em Ensino de História (PROFHISTORIA). Membro do Observatório da Democracia da Universidade Federal do Amapá. Docente do Curso de Especialização em Estudos Culturais e Políticas Públicas da UNIFAP.  Líder do Centro de Estudos de Religião, Religiosidades e Políticas Públicas (CEPRES-UNIFAP/CNPq). Interesse em temas de pesquisa: Religião e Politicas Públicas. E-mail para contato: [email protected]

 

Redação

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  1. Dr. Marcos Vinicius, sou religioso praticante, ligado às Comunidades Eclesiais de Base da Igreja Católica, às Pastorais Sociais Sociais e Movimentos de Evangelização originados da antiga “Ação Católica Especializada”. Admirei sua liberdade em escrever sobre a importância da religiosidade em tempos de calamidade pública. Mas gostaria de expressar meu ponto de vista: para mim, “ESPIRITUALIDADE” É algo mais amplo e abrangente que a religiosidade. Há muita gente sem religião, que no entanto, cultiva profunda Espiritualidade, coisa da “alma”, do ser profundo, lá onde fervilham as motivações mais nobres e as utopias mais belas, de onde brota, por exemplo aquilo que Paulo Freire chamava de “esperançar”, a atitude de quem se dedica a uma causa maior de maneira coerente e consequente, correndo riscos e sendo capaz de dar a vida. Não sei se Ché foi religioso, mas tenho certeza de que era movido por uma profunda espiritualidade. E assim, muitos ditos ateus, que foram dotados de grande espírito humanista e cultivaram valores, que a meu ver, os faziam mais verdadeiramente cristãos que muito religiosos de nossas Igrejas.

    1. espiritualidade sempre ativa e real por ser de conexão direta e contínua…….seja lá com que ou quem for
      em sendo interior, condições, contratempos e até mesmo conflitos existenciais não alcançam ou afetam

      simples, diretas e belas palavras as suas, sobre o núcleo da espiritualidade em cada um de nós, em nós mesmos

  2. Entendo que a espiritualidade está dentro de todos nós e quando ela não se manifesta espontaneamente em um ser vivente, talvez signifique que ele ainda não esteja pronto para o seu despertar. Porém, eu acredito que exista um determinado momento onde qualquer ser, que seja merecedor dessa graça, nesta vida, irá recebê-la no tempo que lhe cabe. É um momento especial, que deixa o registro de que algo aconteceu de bom, de agradável e que não incomoda. Mais adiante, se percebe que “esse algo” provoca uma mudança muito bem vinda e que não tem uma descrição exata, mas se assemelha ao toque no botão de ligar, de acender luz em nós e fazer manifestar uma fé intensa, com amor, com bondade e com caridade. O espiritismo diz que “sem a caridade não há salvação” então, se nos chegou o sentimento da caridade e a força da fé é sinal nos curvamos ao reconhecimento de Deus e da sua lei. É sinal que tememos o seu poder, quando constatamos a sua autoridade suprema para a caridade e quando testemunhamos a sua bondade infinita para todos os seus filhos e filhas. Portanto, eu penso que denominamos Deus, todo esse poder que nos coloca na estrada da crença que chamamos de fé e que é essa fé que nos dá a certeza de creditar no seu poder de realizar, de nos socorrer e envolver-nos com a divina espiritualidade.

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