Favorecimento aberto do capital no minipacote de Temer, por J. Carlos de Assis

Movimento Brasil Agora

Favorecimento aberto do capital no minipacote do Governo Temer

por J. Carlos de Assis

O chamado minipacote econômico anunciado ontem por Henrique Meirelles reforça o descompromisso absoluto deste governo com os interesses do povo e o favorecimento aberto dos ricos. É uma infâmia, como já disse. Além da tentativa imoral de colocar os recursos do FGTS para pagar dívidas, agora se tenta fazer com que empresas usem prejuízos passados para pagar impostos, justamente num momento em que ele próprio diz, aliás falsamente, que o Estado e o sistema tributário brasileiro estão quebrados.

Mais grave ainda é o que está acontecendo no BNDES, cujas políticas de desenvolvimento estão sendo destruídas pela neopresidenta Maria Sílvia, colocada lá para reduzir o papel do banco público e transferir aos vampiros do setor bancário privado o papel de único financiador interno de médio e longo prazo na economia. Por absurdo que pareça, o setor produtivo privado brasileiro não se tem levantado contra isso, em razão talvez da  estúpida ideologia privatista, sob o pretexto idiota de “abrir” o sistema bancário.

As medidas anunciadas, no âmbito do BNDES e fora dele, cuidam exclusivamente de aliviar dívidas das empresas com o Fisco, Previdência e o próprio banco. Isso tem contribuição nula para a retomada da economia. O problema das empresas não está do lado do investimento, mas da demanda. Se a economia retomar pela demanda, as empresas encontrarão rapidamente um caminho para pagar suas dívidas e voltar ao crescimento. Sem isso, ficarão estagnadas, junto com a própria economia.

O que está sendo oferecido às empresas é um convite à fraude, à sonegação de impostos, ao enriquecimento sem causa. A redução do custo das linhas de crédito para micro e pequenas empresas refinanciarem com crédito subsidiado pelo BNDES até R$ 20 milhões de dívidas junto ao sistema bancário privado é um transferência direta de dinheiro dos trabalhadores, o FAT que financia o banco estatal, para a banca especulativa. Da mesma forma, elevar o limite de crédito das MPE de R$ 90 milhões para R$ 300 milhões não impedirá que uma empresa com faturamento de R$ 3 bilhões não se divida em 10, fraudulentamente, para ter acesso a crédito que se destina às microempresas.

É um excesso. A gota d’água. Este governo que nasceu enganando o povo, dizendo que a presidenta Dilma era corrupta, agora se enterra em corrupção absoluta no plano inclusive das medidas provisórias e da lei geral. Fora. É hora de uma mobilização geral, pacífica, incluindo os chamados coxinhas antes manipulados pelo sistema Globo e que, nessa altura, também devem se mostrar indignados com os rumos do governo fraudulento e anti-povo. O Movimento Brasil Agora está propondo que todos, numa fraternidade patriótica, vão pacificamente paras as ruas e praças nos fins de tarde desse fim de semana para exibir a renúncia de Temer e a deportação para algum paraíso fiscal de seu fâmulo Henrique Mirelles.

 
Redação

6 Comentários

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  1. A cinco moças da Diretoria do

    A cinco moças da Diretoria do BNDES são do circuito PUC Rio, privatistas, neoliberais, realmente o objetivo é reduzir o papel do Banco, cujo simbolo é a devolução de R$100 bilhões para pagar divida publica. O BNDES foi neutralizado e vai se arrastar como estepe do novo modelo privatista. Banco do Brasil e Caixa vai fechar centenas de agencias, inclusive as cobiçadas agencias em Tribunais e Foruns, onde se captam depositos judiciais que alavancam muito os bancos.

    A ideia geral é reduzir o papel dos bancos publicos, o chmado plano Meirelles-Goldfajn.

  2. Dilma Roussef

    era a “gerentona, insensível, durona, cara dura, sem tato político para necogiciar” com “a classe produtiva do país” (essa mesmo que agora vai deitar e rolar na sua já secular prática de tomar pra si os recursos públicos); parabéns aos analistas que viram, nos primeiros momentos, o “profissionalismo” do governo golpista do vice vigarista. O Brasil foi entregue ao crime organizado institucionalizado (judiciário, legislativo) e cinicamente legalizado pelo STF e no executivo temos um vampiro que se enoja do povo e que descaradamente desmancha o começo da transferência de renda que tão arduamente Lula e Dilma iniciaram.

  3. Realmente, fica dificil

    Realmente, fica dificil entender esses neoliberais cretinos, porque:

    – Se acreditam na força dos mercados livres são de um ingenuidade abissal. Decoram livros de macroeconomia editados nos EUA que servem como Cavalo de Tróia. Propagam ideias absurdas sobre economia que, sob o pretexto de favorecer o consumidor, na verdade enfraquecem a economia do país onde as “receitas” são aplicadas;

    –  Se sabem o que estão fazendo então são canalhas completos, porque é obvio que tais medidas econômicas tendem apenas a favorecer os ricos;

    – Se acham que medidas que apenas favorecem o empresariado produziram emprego e renda demonstram que são de uma ignorância piramidal. Desconhecem as mais elemntares regras do capitalismo. Empresário quer garantir seu lucro em primeiro lugar. Geração de emprego só quando existe perspectiva de mais lucros.

    De uma coisa eu sei, aliás, qualquer economista honesto sabe: aplicar políticas neoliberais (que apenas tem como objetivo concentrar mais a renda) não tem a menor possibilidade de ter sucesso. ainda mais em tempo de crise aguda. Portanto, não adianta esses estúpidos adotarem essas medidas idiotas, porque elas não vão resolver nada.

    Pra falar a verdade os brasileiros merecem tomar naquele lugar. Acreditaram na Globo e tiraram do poder o partido que, bem ou mal, com erros e acertos, os favorecia. Quem faz uma burrice dessas não merece passar impune. Tem que sofrer. E muito. Para minha alegria o Calvário dos brasileiros só esta começando. Bem feito!

    Todo castigo pra burrice é pouco.

  4. Brasileiro, vc está desempregado e devendo aos bancos?

    Não se preocupem, Temer tem a solução: ele vai dar o fundo de garantia de vocês para os bancos. E tudo vai ficar às mil maravilhas prá você. Melhorou a metade agora você não é mais um desempregado inadimplente, é só um desempregado.

    Coitadinhos dos bancos, Zentem

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