Hannah Arendt, totalitarismo e stalinismo, por Leonardo Avritzer

A tentativa de reabilitar o stalinismo em nada ajudará a esquerda brasileira

do A Terra É Redonda

Hannah Arendt, totalitarismo e stalinismo

Como parte da polarização entre esquerda e direita que tomou conta do país desde 2018, questões ideológicas têm sido discutidas de modo bastante intenso no Brasil. Entre essas questões duas assumem relevância particular, a questão do liberalismo e a avaliação da tradição da esquerda que nos últimos meses levou a uma improvável tentativa de reabilitação do stalinismo. No interior dessa discussão uma autora central para a teoria  crítica da política – Hannah Arendt – acabou se tornando vítima das generalizações apressadas que encontramos nas redes sociais e em diferentes sites.

Em um país no qual se você tem uma boa ideia é melhor fazer uma canção, uma parte dessa discussão veio ao campo intelectual por meio de Caetano Veloso e sua indicação para leitura de um intelectual pouco relevante no debate internacional, Domenico Losurdo. É de Losurdo, entre outros, a ideia equivocada de que Hannah Arendt seria uma intelectual da guerra fria cuja teoria do totalitarismo teria o objetivo de igualar stalinismo e nazismo. Tal como afirmou David Bróder, “Losurdo era incisivamente crítico à escola ”totalitária” representada por Hannah Arendt e uma manada de historiadores anticomunistas, que por sua vez reduziram Stalin e Hitler a irmãos gêmeos.”

Até no site A Terra é Redonda, tivemos essa ideia defendida recentemente por Jorge Branco. No artigo “Alternativas ao fascismo neoliberal” [https://aterraeredonda.com.br/alternativas-ao-fascismo-neoliberal/], ele afirma: “Na busca de uma explicação de como o mal se origina, a proposta de solução teórica confundiu ideologias e equalizou sistemas políticos muito distintos, propôs abarcar sob o conceito do totalitarismo regimes completamente distintos entre si, como o nazismo e o stalinismo”.

Por fim, o historiador e youtuber Jones Manoel citado por Caetano Veloso afirmou o seguinte em relação ao stalinismo em sua entrevista à Folha de S. Paulo: “A análise que Losurdo faz, bem longe de qualquer apologia, coloca os dados repressivos, mas destaca que é impossível desconsiderar os elementos emancipatórios”,

Assim, aprendemos com o youtuber caetanista que a URSS durante os anos 1930 teve elementos emancipatórios entre os quais ele destaca o direito de voto, apesar de que ninguém tenha ouvido falar em eleição depois do fechamento da Assembleia Constituinte pelos bolcheviques alguns meses depois da sua tomada do poder.

Neste artigo, discutirei três questões: a primeira delas é que o argumento arendtiano sobre o totalitarismo é uma expressão do debate da esquerda europeia e norte-americana no final dos anos 1930 e foi gestado fora do contexto da guerra fria; em segundo lugar, irei mostrar que a teoria arendtiana do totalitarismo não é caracterizada por propor a equivalência entre nazismo e stalinismo, mas pretende demonstrar que existem estruturas equivalentes em alguns campos e, em terceiro lugar, apontarei qual era a visão arendtiana da relação entre stalinismo e marxismo e que o stalinismo, bem entendido, é uma mistura do marxismo com uma concepção asiática de relação entre Estado e sociedade.

Assim, parece que temos no Brasil de Bolsonaro certo consenso que Hannah Arendt e seu Origens do totalitarismo, publicado no início dos anos 1950, são produtos da Guerra Fria. Só que não. Hannah Arendt publicou Origens do totalitarismo nos anos 1950 por motivos completamente biográficos. Ela estava na França quando da invasão nazista, conseguiu escapar para Portugal em janeiro de 1941 um pouco antes da invasão alemã à França. Ao chegar os Estados Unidos alguns meses depois, Arendt continuou sem visto definitivo e sem cidadania até o início dos anos 1950.

Ao mesmo tempo, ela passou os anos 1940 trabalhando sobre o extermínio dos judeus na Europa e escrevendo artigos de opinião para a revistas CommentaryNew Yorker, entre outras. Assim, a data da publicação de Origem do totalitarismo é tardia em relação à elaboração do argumento que é do final da década de 1930 e teve como motivação principal os processos de Moscou, a atuação da União Soviética na Guerra Civil Espanhola e os assassinatos de uma parte grande da dissidência russa de esquerda na Europa, cometidos a mando de Stalin.

Na verdade, é possível afirmar que o argumento de Arendt não é só dela mas incluiu diversos intelectuais europeus de esquerda como George Orwell, que fugiu da Espanha depois de saber que tinha uma ordem de execução contra ele por parte dos comunistas, e Gertrude Stein, uma das principais organizadoras da intelectualidade de esquerda na França. O argumento desses autores, muito mais destacados que Arendt na época, é que o stalinismo incluía processos manipulados de destruição de seus inimigos, um argumento que pode ser expandido a partir do que sabemos sobre a atuação do stalinismo durante a guerra, quando até mesmo durante o sítio de Leningrado eliminava opositores que ajudavam na defesa da cidade. Na época, a realidade dos Gulags era do conhecimento de poucos e iria mais tarde radicalizar esse argumento.

Tudo isso leva a uma questão que Hannah Arendt já havia observado em relação ao nazismo e que pode ser denominado do argumento da disponibilidade ou do anti-utilitarismo dos campos de extermínio. Arendt escreveu pela primeira vez sobre esse tema no final dos anos 1940 e fez a seguinte afirmação: “… não é apenas o caráter não utilitário dos campos – o punitivismo sem sentido de pessoas completamente inocentes, a incapacidade de mantê-los em condições para que pudessem gerar alguma capacidade de apropriação do trabalho, a superfluosidade de uma população completamente dominada – que lhes dá qualidades distintas e absolutamente perturbadoras. Sua função anti-utilitária assenta-se no fato de que eles não podiam nem ao menos contribuir na emergência militar ou interferir no enorme desequilíbrio demográfico.” (Arendt, Ensaios sobre o entendimento, editados por Jerome Kohn, Companhia das Letras/UFMG).

Ou seja, Hannah Arendt abria ali uma linha de interpretação do nazismo que tem como ponto central a ideia da disponibilidade das vidas de pessoas inocentes em uma forma de uma profilaxia anti-utilitária. O papel daqueles indivíduos era ser exterminados ou dar a sua vida para a afirmação da ideologia nacional socialista.

Muitos anos depois ficou claro que a estrutura do Gulag era homóloga à estrutura dos campos nazistas. Em uma conferência em Columbia nos anos 60, Hannah Arendt afirmou: “nos campos forçados do Gulag, como a sua suposta ‘racionalidade econômica’, os trabalhadores que congelam e morrem são imediatamente substituídos por outros cujas vidas não são menos supérfluas.” Ou seja, há de fato a extensão do argumento justamente pelo fato de que processos eram semelhantes, assim como é semelhante a maneira como o bolsonarismo trata a vida dos brasileiros na pandemia. Ainda assim, fica a questão de como comparar os dois sistemas, uma questão mais complexa do que a forma como vem sendo apresentada no raso debate no Brasil.

Stalinismo e nazismo se aproximam na forma de eliminação de pessoas inocentes, na maneira como se manipula a verdade para torná-las culpadas de crimes que elas não cometerem ou nem ao menos sabiam que eram crimes. Mas existe uma diferença fundamental entre stalinismo e nazismo. O nazismo é um movimento centrado na ideia da transformação do demos em ethnos e no emprego da violência com esse objetivo. O projeto nazista era intransigente na questão étnico-política, o que explica que a Alemanha tenha sido capaz de firmar um pacto com a União Soviética ou mesmo incorporar antigos comunistas no partido nazista, mas seguido na tentativa de exterminar os judeus até o último dia da guerra.

Já o stalinismo é um projeto semimarxista associado às formas despotismo asiático, no qual os indivíduos sempre foram elimináveis, mas por motivos estritamente políticos. Segundo essa lógica, eles poderiam ser membros do partido comunista como Trotsky ou Bukharin, lideranças do exército como Tukhachevsky ou apenas adversários políticos menores ou mesmo um músico como Shostakovich, cujo maior erro foi morar em Leningrado, uma cidade que, como é sabido, Stalin odiava.

O argumento de classe, nesse caso, é relativizado, mas ainda assim integrado em uma profilaxia que tinha o Gulag como local privilegiado do extermínio dos inimigos. Hannah Arendt conhecia essa lógica, que ela abordou em uma famosa conferência na Universidade de Columbia. Ali ela afirmou “acreditar que Stalin era muito mais o sucessor de Rasputin do que de Lênin… Acreditar que Stalin é a continuidade de Lênin é completamente equivocado. O que seria lógico depois de Lênin seria um despotismo através de uma liderança coletiva… O desastre completo do stalinismo representou um rompimento completo com o regime” (as minutas do seminário foram localizadas por Peter Baehr e publicadas na History and Theory, Vol. 54, No. 3, 2015, p. 353-366. ).

Ou seja, estamos muito distantes de uma autora da guerra fria com uma abordagem teórica visando a equivalência entre nazismo e stalinismo. O que temos é uma autora que não pertence ao campo liberal e que entende o totalitarismo como formas de repressão da pluralidade humana e da manipulação de massas. Essas características do stalinismo e do nazismo permitiram amplas formas de repressão e de eliminação de ativistas políticos ou de simples cidadãos.

No entanto, se elas não nos permitem identificar stalinismo e nazismo, isso não deve significar –como estamos assistindo no Brasil –qualquer forma de minimização dos elementos antidemocráticos ou dos crimes cometidos pelo stalinismo. A tentativa de reabilitar o stalinismo em nada ajudará a esquerda brasileira. Apenas distorce ainda mais o debate sobre a democracia com o qual nos enfrentamos hoje.

*Leonardo Avritzer é professor de ciência política na UFMG. Autor, entre outros livros, de O pêndulo da democracia (Todavia).

Leonardo Avritzer

10 Comentários

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  1. Conversando com um amigo, lá do Bom Jardim, sobre crença e imbecilidade, ele falou:
    “Meu filho, a diferença é sutil, mas tem uma importância gigante. Vejamos; no final da Segunda Guerra, o Tio Sam capturou o principal cientista aeroespacial nazista, Wernher von Braun, junto de parte de sua equipe. É de conhecimento público que o gênio nazista tinha o prazer mórbido de assistir tortura e morte de vítimas do holocausto.
    Mesmo como principal representante e garantidor dos verdadeiros valores cristãos no ocidente, o grande irmão do norte não fez com o nazista aquilo que o ‘deus’ do antigo testamento faria; queimá-lo no fogo do inferno fazendo-o vagar por toda eternidade sem ter nunca um lugar no céu, não. Em vez disso, deu-lhe cidadania, prestígio, recursos e muito sucesso financeiro. Em troca, o gênio nazista desenvolveu todo programa espacial americano, com todos os benefícios derivados dali. Ou seja, mesmo acreditando muito em Cristo, o Tio Sam não foi imbecil.
    A antiga URSS, que neste período já despontava como principal futuro adversário dos EUA, acelerou seu projeto nuclear, desenvolvendo sua bomba atômica 4 anos após a trágica demonstração de poder americano no Japão. Só que havia um problema, o peso do artefato. Seria necessário um foguete muito mais poderoso que os comuns para transportá-lo. O monstro comunista, Stalin, havia mandado, em 1939, Serguei Korolev, um gênio da engenharia soviética, para um dos gulags, os terríveis campos de prisioneiros para onde o monstro mandava seus inimigos. Mas, diante da situação, nem pestanejou, mandou libertar o gênio capaz de equacionar aquele problema. Já antes do final da década de 50, o gênio apresentou ao mundo seu R7, cujo modelo é usado até hoje para transporte de satélites e cápsulas para as estações espaciais (primeiro a MIR e agora a EII). Ou seja, Stalin, apesar de não acreditar em Cristo, não era um imbecil.
    No inicio dos anos 90, logo após a desintegração da URSS, um governador e um secretário de educação trouxeram para o Brasil 17 cientistas soviéticos, com a intenção de criar um grande centro de pesquisa e multiplicação do conhecimento. Talvez com a divina contribuição do grande irmão do norte, que jamais permitiria tamanha desgraça ao irmão do sul, tão querido e amado, nossas ‘elites’, política e econômica, trabalharam como templários para que aquele projeto fosse abortado.
    Já em pleno século XXI, numa espécie de Santa Inquisição contemporânea, um padre com voz de marreco e poderes de cardeal, provavelmente abençoado pelo querido irmão do norte, do alto de uma goiabeira, condenou à fogueira aquele que é a maior expressão nacional do desenvolvimento nuclear. Aplicou-lhe, por tamanha heresia, uma pena maior da que recebeu a menina que matou o pai e a mãe. Ou seja, mesmo terrivelmente cristãos, somos assustadoramente imbecis.
    Né não?”
    Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/internacional-38407916

    1. “O Velho” é coisa de velho. Hoje em dia, ninguém mais sabe que esse era o apelido dado a Trotsky por seus seguidores.
      Estive lá na casa de Coyacán, subúrbio da Cidade do México, uns 15 anos atrás. Era uma tarde bonita, com temperatura amena, não havia mais ninguém além de mim e meu amigo. Fiquei comovido ao ver que ainda estão nas paredes as marcas de bala do atentado liderado por Davi Siqueiros. As gaiolas de coelhos estavam vazias. No jardim, os dois túmulos singelos, Trotsky e Natasha, um ao lado do outro, uma bandeira vermelha pequena e suja tremulava ao lado.

  2. O ARTIGO ACIMA UTILIZA UMA FARSA PARA VALIDAR SUA INTERPRETAÇÃO.
    Eu não entendo como alguém pode publicar em dois espaços um artigo mantendo a referência errada de uma citação.
    Pode ser por descuido ou por desonestidade intelectual.
    O autor do artigo, Leonardo Avritzer, cita o seguinte texto “Na busca de uma explicação de como o mal se origina, a proposta de solução teórica confundiu ideologias e equalizou sistemas políticos muito distintos, propôs abarcar sob o conceito do totalitarismo regimes completamente distintos entre si, como o nazismo e o stalinismo”. Como estando no artigo “Alternativas ao fascismo neoliberal” de JORGE BRANCO, pois para entender o contexto fui no link e depois de procurar o contexto verifiquei que NÃO ESTAVA NESTE LOCAL, mas sim em outro texto de JORGE BRANCO intitulado “O mal radical”.
    https://aterraeredonda.com.br/o-mal-radical/
    A frase jogada como foi no texto de Leonardo Avritzer perde totalmente o sentido do texto em “O mal radical”, mostrando que há talvez uma falha de honestidade intelectual, pois enquanto no texto de “O mal radical” há no seguimento da frase um elogio ao trabalho de Hannah Arendt se ela é colocada isoladamente gira em 180º no sentido.
    Em resumo:
    O ARTIGO ACIMA UTILIZA UMA FARSA PARA VALIDAR SUA INTERPRETAÇÃO.

  3. O fato de não existir stalinismo, por não haver arcabouço teórico ou formulações que o fundamente, anula completamente esse artigo. Stálin, como o próprio dizia, foi um fiel seguidor e continuador de Lênin. Simples assim. Seus inimigos lhe atribuem toda sorte de barbaridades, entre essas a de que odiava Leningrado(sic).
    AH…Shostakovich ganhou 11 Prêmio Stálin!…

  4. O comunismo inaugurado por Lenin e seus companheiros bolcheviques em 1917 são páginas da História, e isso já faz muito tempo. Aquela experiência social nunca mais se repetirá, porque pertence a seu tempo.
    Portanto, qualquer debate sobre Stalin é puramente filosófico, historiográfico.
    A mim, bastaria que todos os historiadores do mundo, ou a maioria deles, pelo menos, reconhecessem que sem Stalin e seu Exército Vermelho, o nazismo não teria sido destruído.
    Porém, nos tempos que correm, parece que até mesmo um pouco de gratidão é demasiado esforço para a raça humana.

  5. O comunismo inaugurado por Lenin e seus companheiros bolcheviques em 1917 são páginas da História, e isso já faz muito tempo. Aquela experiência social nunca mais se repetirá, porque pertence a seu tempo.
    Portanto, qualquer debate sobre Stalin é puramente filosófico, historiográfico.
    A mim, bastaria que todos os historiadores do mundo, ou a maioria deles, pelo menos, reconhecessem que sem Stalin e seu Exército Vermelho, o nazismo não teria sido destruído.
    Porém, nos tempos que correm, parece que até mesmo um pouco de gratidão é demasiado esforço para a raça humana.

  6. Os próprios autores do livro negro do comunismo disseram que os números foram forjados. Esse livro e outros falando mal de Stálin e a União Soviética são propaganda anticomunista financiada pela CIA. Isso não é teoria da conspiração. Esses institutos que financiam essas pesquisas estão na rubrica da CIA.

    Lênin observou a situação política da Rússia: os comunista, os capitalistas e os camponeses iletrados possuíam o interesse material de se aliar e derrubar a monarquia para tomar o poder. Analisando a composição de forças o próprio Lênin propôs um sistema econômico chamado de Capitalismo de Estado.

    Eu faço uma pergunta estúpida: se o o comunismo não é o melhor sistema é econômico então qual o melhor sistema econômico? Escravidão, Feudalismo, Capitalismo?

  7. O problema fundamental do capitalismo contra qualquer forma de socialismo – incluído aí o que se praticou na U.R.S.S. em diferentes momentos – não é relacionado a direitos humanos, prisões arbitrárias, execuções, nada disso. Se assim fosse os EUA não teriam bombardeado, seguidamente e durante anos, pessoas da Micronésia (e não permaneceria sem punição por isso), não estaria querendo prender Assange, não teria executado Sadam Hussein nem Kadafi, não manteria árabes e palestinos em constante terror, não manteria Guantânamo, não deixaria seu próprio povo empobrecido e, o mais eloquente exemplo de sua desumanidade, não estaria condenando a vida miserável BIlhões de pessoas através do poder econômico.

    O problema dos capitalistas com iniciativas socialistas é que estas tendem a promover oportunidades e bem estar a todas as pessoas, indiscriminada e democraticamente, algo em oposição às ideias de concentração de poderes econômico e político e de exclusividades – privilégios em lugar de direitos. Oportunidades para prosperidade e realização de potenciais pessoais, segundo os capitalistas, devem ser mantidas inacessíveis e restritas a poucos. No máximo pode-se facultar às pessoas em geral que participem do “clube” desde que comprem e paguem por títulos, certificados e diplomas – escolas privadas, por exemplo – e que aceitem se submeter a tarefas como “manobristas do clube”. Aí capitalistas oferecem até medalhas, fotos do “funcionário do mês” na parede, diplomas de “Operário-padrão”, eventualmente algum dinheirinho…

    Bem fez o Grigori Perelman ao recusar prêmio e emprego pelo dólar…

  8. Está tudo bem. O período mais pacífico, seguro e próspero foi de Khrushchev a Brezhnev. Se não fosse a pressão externa e a corrida armamentista que exauria a economia, o progresso teria continuado (embora não tão rápido quanto em uma economia de mercado). Marx e Lenin não levaram em conta a dependência das circunstâncias externas, é claro, eles não previram a corrida armamentista e a guerra de informação.

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