O Brasil na encruzilhada
por Maister F. da Silva
A retribuição das últimas transformações sofridas no cotidiano da vida política nacional nos regalou um país em transe, que abdica de qualquer projeto de desenvolvimento econômico, social e ambiental capaz de dar respostas efetivas de curto prazo para a nação. Pelo contrário, as saídas encontradas pela equipe econômica dão conta do aprofundamento da crise econômica a médio e longo prazo, caso efetivado o acordo de livre comércio com a União Européia e a reforma da previdência.
As medidas até então anunciadas como a salvação da lavoura pela equipe econômica do governo encaminham o país para um atraso secular, com o aumento vertiginoso da concentração de renda nas mãos de famílias poderosas que controlam nossa economia e o sistema político e o nascimento de uma horda de miseráveis sujeitos ao próprio destino, subjugados a um novo regime trabalhista com um sistema protetivo falho e sem nenhuma política social capaz de compensar o vácuo entre cidadania e miserabilidade extrema.
Um dos principais sintomas, a desindustrialização acelerada do Brasil, parte de um processo de mudança estrutural coordenado pela nossa elite agrária, que condena o país a um baixo e irregular crescimento. Acostumaram-se a serem agroexportadores, não lhes agrada a idéia de um país com economia pujante e industria forte e competitiva, preferem exportar café, soja e milho e importar celulares, computadores e até os móveis que ornamentam os cômodos de suas casas. Política industrial moderna, reforma tributária, acordos comerciais que visem aumentar o coeficiente de exportação de produtos manufaturados e política educacional que melhore substantivamente a qualidade da educação são políticas estranhas e ameaçadoras a elite brasileira.
O Brasil encontra-se em uma encruzilhada, sofrendo com os malefícios de uma política ditada pelo capital financeiro e pela oligarquia agrícola. Afirma-se como um país agroexportador que renuncia ao conceito de soberania nacional, negligencia a nossa capacidade produtiva e ao destruir a seguridade social e desregulamentar o sistema trabalhista ceifa a capacidade de consumo de povo trabalhador, conseqüentemente desestimula o potencial de investimento.
Maister F. da Silva – Militante do Movimento dos Pequenos Agricultores e Membro do FRONT – Instituto de Estudos Contemporâneos
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AntiCapitalismo de Estado mantendo as Estruturas do Fascismo Esquerdopata destes 88 anos. É este o olhar para o futuro que Nossas únicas Elites, Elites do Parasitismo do Estado Totalitário projetam como futuro desta Nação? É mesmo a Terra dos Aloprados. Pobre país rico. Mas de muito fácil explicação.