O problema não foi o que aconteceu no dia 15 de março, por Maria Inês Nassif

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jonas Pereira/Agência Senado

da Carta Maior

O problema não foi o que aconteceu no dia 15 de março

O problema foi o sintomático acuamento dos eleitores de Dilma: com ajustes que contrariam sua campanha eleitoral, a presidenta vai perdendo sua base.

Maria Inês Nassif

Para o governo, para as forças progressistas e para a democracia, o problema não é o que aconteceu nas ruas no domingo, dia 15 de março. O problema é o que deixou de acontecer nas ruas na sexta-feira, 13.

O domingo é um repetitivo terceiro turno. São Paulo, o grande enclave conservador do país, levou às ruas o maior contingente contra a presidenta Dilma Rousseff e abrigou, sem qualquer conflito, forças a favor do impeachment e até uma extrema-direita virulenta que pedia, cartazes em punho, a intervenção militar contra o governo do PT.

Brasil afora, as manifestações que tiveram maior peso seguiram a regra paulista: quanto mais fraco o desempenho de Dilma no Estado nas eleições do ano passado, maior a manifestação. Rio e Belo Horizonte confirmam a regra: a mobilização nas ruas das duas capitais foi mais inflada pela cobertura de televisão do que propriamente relevante. Nos dois Estados a candidata do PT teve a maioria dos votos no segundo turno.

As filmagens, fotos e entrevistas com os manifestantes mais raivosos facilmente são enquadráveis no perfil do eleitor de Aécio Neves nas eleições presidenciais do ano passado.

Segundo a pesquisa Datafolha divulgada na véspera do segundo turno, em 25 de novembro, Aécio concentrava eleitores nas faixas de renda acima de 5 salários mínimos (60% das preferências entre os que têm renda familiar de 5 a 10 salários e 65% entre os que ganhavam mais do que isso)e de alta escolaridade (o tucano tinha a simpatia de 61% das pessoas com nível superior). Na faixa etária de 16 a 24 anos, os dois candidatos dividiram meio a meio as simpatias dos eleitores; e voltaram a rachar no meio entre aqueles com mais de 60 anos. Entre aqueles entre 25 e 34 anos, Dilma tinha 4 pontos a mais do que Aécio nas preferências; essa vantagem subia para 10 pontos percentuais na faixa entre 35 e 44 e caia para 6 pontos entre os que tinham de 45 a 59 anos. Nas imagens de televisão, a preponderância dos mais jovens e dos mais velhos, que racharam ao meio nas eleições, era visível.

O perfil eleitoral dos bairros onde virou moda os panelaços, toda vez que o governo se pronuncia oficialmente, confirma: a maioria das pessoas que foi às ruas e bate panelas tem maior renda e maior escolaridade. Provavelmente também seja majoritariamente branco, já que nessas faixas de renda e escolaridade os brancos são esmagadora maioria.

O que causa espécie não é a oposição ganhar as ruas, ou o grito de exaltados que querem depor um governo depois de terem perdido a chance de ganhá-lo nas urnas. O que assusta é um governo eleito há quatro meses, e reempossado há dois, ser incapaz de mobilizar eleitores recém-saídos das eleições em sua defesa nas manifestações nacionais do dia 13, antevéspera do domingo que assombrou democratas com fantasmas do golpe militar de 1964.

Pelo volume de votos obtido por Dilma, as manifestações em defesa da Petrobrás, da democracia e da reforma política tinham que ter colocado nas ruas muito mais gente do que efetivamente colocaram – gente suficiente para tornar ridícula qualquer tentativa de manipulação de números, como fizeram a PM Paulista e a Rede Globo (que registraram 1 milhão de presentes na Avenida Paulista no dia 15, número colocado em dúvida até pela Folha de São Paulo, e 12 mil no dia 13, para uma multidão que foi fotografada, compacta, ocupando quase toda a extensão da rua da Consolação).

Os que votaram em Dilma não foram para as ruas, esse é o fato. Em primeiro lugar porque, embora não batam panelas em janelas de apartamentos chiques, estão com o pé atrás com o início do segundo governo.

Têm razões para isso. Nesses poucos meses desde as eleições, o governo decidiu um ajuste fiscal que penalizou fundamentalmente o seu eleitor, sem negociações, conversas ou compensações de qualquer ordem. Um ministro, Joaquim Levy, estranho ao campo político vitorioso, move-se com desenvoltura acima do governo eleito ou do programa de governo escolhido pelo eleitor, com o aval para negociar, conversar ou compensar setores que operaram claramente contra a presidenta, nas eleições e depois delas.

Na sexta-feira, aliás, indiferente aos manifestantes que davam a cara para bater nas ruas de São Paulo para defender Dilma, Levy negociava com o governador de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin, o seu ajuste fiscal, no Palácio dos Bandeirantes. Pedia apoio para medidas fundamentalmente contrárias ao programa de governo de Dilma no Palácio dos Bandeirantes, símbolo do poder tucano.  

O eleitor de Dilma tem assistido diariamente, pelo Jornal Nacional, capítulos do avanço do pacote fiscal do governo sobre programas educacionais como o Fies, até bem pouco tempo a porta de ascensão social de parcelas consideráveis de jovens; ou sobre o seguro desemprego, garantia ameaçada justo no momento em que o pacote fiscal do governo aposta na recessão para conter a inflação e gerar superávit primário, isto é, que a dispensa do trabalho vira um risco real para o trabalhador de baixa renda.

Os eleitores lidam com um volume grande de más notícias diárias que entram nas suas casas pela tevês, rádios e jornais desde a posse da presidenta Dilma. Até novembro, viram Dilma diariamente, quando ela pedia votos pela TV. Não tiveram até as manifestações de domingo uma explicação inteligível ou justificável para o que aconteceu desde que se iniciou o ataque à economia brasileira e ao país, pelo mercado financeiro e pela mídia oposicionista, e desde que o governo deu como resposta a isso um ajuste fiscal que atingiu fundamentalmente seu eleitor – que é pobre, está tentando ascender pela educação e precisa ter acesso ao seguro desemprego principalmente agora, quando a indústria de construção civil se desacelera em função do Escândalo Petrobras e da recessão promovida pelo ajuste fiscal de Levy.

Esses eleitores podem ainda não ter migrado para a oposição – o perfil dos manifestantes mostram que isso ainda não aconteceu – mas os acontecimentos tornaram difícil a sua convivência política com os derrotados. Essas pessoas vivem hoje em um ambiente adverso onde a oposição, com acesso preferencial aos meios de comunicação e movendo-se de forma muito mais coordenada nas mídias sociais, conseguiu ocupar um espaço considerável e acuar os vencedores, colando neles o estereótipo de minoria ignorante inapta ao voto, mesmo que as urnas tenham demonstrado que não são minoria, e mesmo que o legado dos governos petistas até agora indiquem que a intenção eleitoral dessas de alguma forma foi vitoriosa, e incontestavelmente serviu aos interesses do cidadão de baixa renda. Esse eleitorado hoje apanha do ajuste fiscal do governo e dos eleitores de oposição. Principalmente em São Paulo.

Os que votaram em Dilma não vão para as ruas também porque não têm comando, liderança ou direção – seja qual for a designação que se dê para o papel que devia caber a um partido político, de mediar as relações entre os eleitos pela legenda e a sociedade.

O Partido dos Trabalhadores, o único que teria essa possibilidade porque sufragado em quatro eleições presidenciais, perdeu a capacidade de mediação porque foi sufocado por uma burocracia partidária, e por conta dela se viu como centro de sucessivos escândalos políticos – trazidos seletivamente pela mídia de oposição, de fato, mas sem que isso produzisse uma reação inteligível para o eleitor e para a militância. Em cada uma das crises em que foi o alvo, a burocracia partidária reagiu distanciando-se mais da militância, dos eleitores e dos movimentos sociais. Ainda assim, nos críticos momentos das eleições do ano passado, foram os movimentos sociais, os eleitores e uma militância que sequer conseguiu opinar nos rumos da campanha que salvaram Dilma do nocaute.

É sobre isso que as forças progressistas devem refletir agora. A questão é saber como tirar o eleitor que deu a vitória para a esquerda nas últimas quatro eleições presidenciais da defensiva. Não é apenas proteger o eleitor de Dilma das medidas do governo o que está em questão, embora isso seja muito importante. Trata-se de dar a ele condições de se orgulhar do seu voto e enfrentar o seu adversário nas ruas. Esse é o único caminho de governabilidade possível para o segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff.

Créditos da foto: Jonas Pereira/Agência Senado

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

51 Comentários

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  1. Fica difícil defender Dilma

    Já postei um comentário sobre isso a mais de um mês, e não mudou muito até agora.

     

    Defendendo quem não se defende                      11/02/2015 – 10:05 

    Defender quem não se defende é muito difícil.

    O PIG difama o governo e os coxinhas repercutem nas redes sociais.

    O governo não se defende, e quem defende o governo acaba falando sozinho contra hordas de braquicéfalos globais.

    Por mais boa vontade que se tenha, chega uma hora que cansa.

    O governo vai se mexer ou não?

     

  2. Mudança de voto

    Pelo quadro que estamos vendo, se as eleições presidenciais fossem nesse mês, a situação perderia com qualquer candidato. Há um claro sentimento de traição no ar.

  3. Alguns senões ao texto:

    Alguns senões ao texto:

    – fizeram manifestação numa tarde de sexta, quando todo mundo trabalha.

    – o PT não esteve engajado diretamente(sei com certeza atuou nos bastidores) nas manifestações

    – eram organizações autônomas que estiveram na Paulista e isso é muito bom porque o poder de luta é organizado

    – não houve chamado, nem presença de Lula, a principal liderança do PT, nos protestos para atrair o povo petista

    Se o partido convocar  uma manifestação de apoio com 2 meses de antecedência o resultado será outro. Dá tempo de convocar lideranças políticas e mobilizar para a manifestação.

    Em São Paulo duvido que a manifestação será maior do que do dia  15  porque é um estado conservador (e burro) até a medula. Mas com organização o Rio, Minas e todo o Nordeste coloca o mesmo número de pessoas em nível de Brasil nas ruas.

    Pelo que eu sinto a base petista de 30% dos votos se mantém intacta. As medidas da presidente são conservadoras? Com certeza. Mas qualquer pessoa bem informada sabe que hoje em dia  os governos nacionais tem que fazer concessões às corporações financeiras senão não sobrevivem. É a intenção do governo que vale. E dois meses de governo é pouco para avaliar  a presidente. Petista não muda de lado.

        1. no PIG não

          no PIG não achei nada, somente em blogs.

          http://spressosp.com.br/2015/03/16/manifestantes-anti-dilma-sao-agraciados-com-passe-livre-metro-em-sp/

          “Ao final do protesto deste domingo (15), com a grande quantidade de pessoas nas estações, o Metrô tomou uma medida inusitada e liberou as catracas para que os manifestantes pudessem acessar os trens sem pagar bilhete. Trata-se da primeira vez que a companhia opta por liberar o acesso em uma manifestação, em protestos realizados pelo Movimento Passe Livre, por exemplo, a atitude foi fechar estações e atacar ativistas”

          Por Ivan Longo 

          Depois de antecipar um jogo do Campeonato Paulista que ocorreria no mesmo horário da manifestação anti-Dilma deste domingo, o governo paulista tomou outra medida que deve ter agradado aos manifestantes. As catracas da estação Trianon-Masp, da linha 2 – Verde, foram liberadas no final do protesto na avenida Paulista.

          Dessa maneira, usuários que estavam na estação puderam acessar livremente os trens sem ter que pagar pelo bilhete. Além disso, para auxiliar na dispersão das pessoas, o número de composições na linha foi ampliado de 12 para 17, de acordo com a Polícia Militar.

           

          A atitude chama atenção não só por ser inusitada, mas pelo simbolismo que carrega. Em diversas ocasiões, a catraca do Metrô foi a concretização máxima de um suposto estabelecimento da ordem e da lei diante de reivindicações que giram em torno da área do transporte. Liberá-las em uma manifestação contra o partido que o governador faz oposição sugere uma distinção de tratamento de acordo com as pautas reivindicadas.

          O Movimento Passe Livre (MPL), por exemplo, realizou entre 2013 e este ano uma série de manifestações que acabaram com estações de Metrô fechadas. Em uma delas, inclusive, ativistas e usuários ficaram presos dentro da estação e foram atacados por PMs e seguranças.

          O Sindicato dos Metroviários, por sua vez, em duas ocasiões – 2012 e 2014 – propôs que o governo liberasse as catracas em troca do fim da greve. Nas duas vezes, Alckmin deixou claro: liberar as catracas é ilegal.

          Diante dessas incoerências, a reportagem do SPressoSP entrou em contato com o Metrô de São Paulo para que fossem esclarecidas algumas dúvidas como: há algum critério para liberar catracas? Por quanto tempo elas ficaram livres? Em alguma outra ocasião aconteceu algo parecido?

          Não obtivemos retorno. Depois de seis ligações e três e-mails, a companhia do governo do estado insistiu que estava analisando o caso e se limitou a dizer que o Metrô “tomou todas as providências para garantir a segurança do usuário”.

          Mas é melhor não se acostumar. A passagem ainda custa R$3,50 e, “passe livre”, só em manifestação anti-Dilma, pelo visto.

          1. Vc não achou nada nas mídias

            Vc não achou nada nas mídias porque isso é uma tremenda MENTIRA!!! 

            As estações que tiveram suas catracas liberadas foram as do Trianon-MASP e da Brigadeiro Luiz Antonio. Só que eram as catracas de saída, pois devido ao acumulo de pessoas nas plataformas de desembarque era necessário uma maior fluidez na saída dessas estações.

            Quem sentido fazia liberar as catracas do Trianon-MASP se era ali que estavam ocorrendo as manifestações? Alguém ia pagar passagem para ficar ali mesmo?

             

             

          2. Estçao criando a serpente, o

            Estçao criando a serpente, o PSDB quero pro derrotas

            seguidas não vai conceguir chorar a última.

    1. Esqueci de colocar que sou

      Esqueci de colocar que sou contrária a organização de uma manifestação por parte do governo. Quem ganhou as eleições tem que governar, reconhecer erros e tocar o país pra frente. Não ficar disputando quem põe mais gente na rua. O resultado tem que vir no voto.

      A oposição tem todo direito de fazer barulho e a passeata que quiser. Errado é  inflar o número de participantes das passeatas como as PMs de todo o Brasil fizeram, insuflar lideranças despreparadas e autoritárias para lidera-las e usar o movimento para derrubar o governo como a Globo faz ostensivamente.

      1. Cara Vera concordo

        Cara Vera concordo Integralmente com você. Oposiçao opõe e governo governa. O Pt também obstruía, fazia passeata, greve, era o papel dele na oposição.  Agora o governo tem que governar, dar seu jeito e logo, antes que venha um apagão, um aumento dos juros  nos EUA ou freio  na China. E trate de salvar a Petrobras. Governo governa. Vamos lá gente, a folha de ponto está esperando… e chega de chororô sobre a mídia malvada. Corta logo a verba, caramba!

    2. Com relação a São Paulo

      Com relação a São Paulo posso dizer que a manifestação poderia ter sido bem maior do que foi.

      Foi uma sexta-feira, dia de trabalho. Eu só fui porque trabalho na Paulista e consegui sair um pouco mais cedo, mesmo assim peguei a manifestação a partir da 16:00 hs, quando já estava saindo a passeata para a rua da Consolação.

      Chovia, mas chovia demais… Eu por pouco não desisti e olha que estava coim muita gana de participar, mas a chuva não era mais ou menos, era forte e durou quase o tempo todo, com pouquíssimos momento de enfraquecimento. Não parou em momento algum.

      A organização liberou uma pista da avenida e todo mundo ficou bastante espremido em uma pista e uma caçada da Avenida, o que dava uma impressão de menos pessoas do que realmente tinha.

      A região da PAulista é distante para a amioria dos trabalhadores exceto os que trabalham na própria Avenida. Os bairros próximos são de classe alta ou na pior das hipóteses média-alta.

      Além disso não teve quase nenhuma divulgação. Só soube porque acompanho por aqui e outros blogs, mas muitos conhecidos que poderiam participar nem estavam sabendo.

      Mesmo assim é claro que uma manifestação coxinha, no centro do coxinhismo e promovida intensamente pelos meios acoxinhadores de comunicoxização certamente seria bem maior em quaisquer circunstâncias. Acho que falta um levantamento no resto do País, embora ache que não ser diferente do que foi avaliado pela autora do post.

      Em termos de organização foi bom, mas em termos de divulgação e mobilização para participação ficou extremamente aquém das possibilidades das forças progressistas da região metropolitana de São PAulo. De cara a escolha da Paulista claramente não é a melhor, no centro da cidade o acesso é mais fácil para a população dos bairros mais periféricos e cidades da região metrolpolitana, onde o apoio ao PT é maior.

      No mais acho que o PT perdeu muito da sua capacidade de mobilização, que ainda assim é grande, devidoà inapetência pelo combate polítco, o que o levou a ficar acuado pelos meios de comunicoxização de massas de manobra.

      O que eu acho que precisa é haver um aprofundamento da politização em detrimento da polarização. O principal argumento da massa de manobra coxinhística é “tenho raiva do PT”. Ora, isso lá é argumento? Precisa ser exposta a boçalidade de se descer o debate político a esse nível de esgoto. Não estamos mais na Guerra fria. É uma sinuca onde o próprio governo se meteu e de onde tem condições de sair, desde que comece finalmente a agir.

  4. passeata em horário de trabalho não dá

    Na verdade a passeata de sexta-feira 15/16h não era passível de trabalhadores comparecerem, a não ser trabalhadores que têm horários em turnos. Foi tudo feito pela CUT com a finalidade primeira de defender interesses dos petroleiros, e para esses por conta dos turnos foi possível. A maioria dos petistas nem sabiam da passeata e mesmo que soubessem não iriam. Perder dia de trabalho é inaceitável. Espero que o Rui Falcão que sinceramente acho muito lento para um presidente de partido como o PT, em algum momento convoque um evento em  horário que possamos comparecer. Nisso os coxinhas tinham razão, não dá para quem trabalha em horário comercial ir a evento político no meio da tarde. Partindo daí, o comparecimento nessas condições embaixo de forte chuva foi muito bom. 

  5. passeata em horário de trabalho não dá

    Na verdade a passeata de sexta-feira 15/16h não era passível de trabalhadores comparecerem, a não ser trabalhadores que têm horários em turnos. Foi tudo feito pela CUT com a finalidade primeira de defender interesses dos petroleiros, e para esses por conta dos turnos foi possível. A maioria dos petistas nem sabiam da passeata e mesmo que soubessem não iriam. Perder dia de trabalho é inaceitável. Espero que o Rui Falcão que sinceramente acho muito lento para um presidente de partido como o PT, em algum momento convoque um evento em  horário que possamos comparecer. Nisso os coxinhas tinham razão, não dá para quem trabalha em horário comercial ir a evento político no meio da tarde. Partindo daí, o comparecimento nessas condições embaixo de forte chuva foi muito bom. 

  6. A salvação do PT de si mesmo,

    A salvação do PT de si mesmo, por incrível que pareça, é o PMDB!

    Quer fazer? O PMDB sabe como! 

    Peça ajuda e juntos saiam do buraco. Cunha, o crápula, já sinalizou. Dilma, desça do pedestal em que se enfiou e vá negociar com quem vc TEM que negociar!

    Se NESTE MOMENTO vc não sair no lucro da negociação, é porque vc nunca mereceu o cargo de Presidente do Brasil!

  7. A oposição deu, e continua

    A oposição deu, e continua dando, um banho de estratégia na situação. Logrou colocar na cordas um governo recém eleito e com maioria(até então) no Congresso Nacional.

    A presidente adotou o pior dos posicionamentos nessa intensa batalha que se trava nos primórdios do seu segundo mandato: o imobilismo. Na política sai em vantagem quem toma iniciativas. A posição, mesmo abatida pela decepção da derrota por pouco mais de três milhões de votos, foi cada vez mais oposição. Ultrapassando, inclusive, os limites da ética e da convivência democrática. Jogou o jogo, sujo às vezes, mas jogou.

    Nas hostes do governo uma descomunal pasmaceira. Mais parado que estátua, quando passou a agir os esforços foram muito mais para viés defensivo que propriamente proativo. Decerto uma “senhora” vacilada  da nossa bem intencionada e honesta presidente.

    Quanto as medidas de cunho restritivas, não há como negar serem necessárias haja visto os descompassos macroeconômicos acumulados nos últimos anos. A discussão é, como bem realça o texto, o porquê da sua centralidade(pelo menos até agora) em variáveis mais afetas as camadas mais frágeis da população, ou mesmo da classe média média e baixa, onde se localiza quase 100% do eleitorado petista. 

    Enfrentar parte de um eleitorado hostil e ainda por cima perder outra parte dos que lhes são fiel seria(ou já é?) o pior cenário político possível para a presidente. Mais drástico até mesmo que perder a maioria no Congresso. Especialmente um eleitorado vibrante, atuante e participativo. 

    Um texto desse nível seria de leitura obrigatória para a presidente e seus áulicos. Ainda há tempo de recuperar parte do terreno perdido. Confio que ela saberá dar a volta por cima. Não só por ela, mas e principalmente, pelo país. 

  8. você esqueceu de um detalhe: 

    você esqueceu de um detalhe:  dia 13 foi sexta-feira, portanto dia  útil da semana!!!! Eu estava babando para ir na manifestação durante a tarde, e eu não pude ir,   apesar de trabalhar NA AVENIDA PAULISTA!!!!, e isto porque tenho responsabilidades inclusive sociais em  meu emprego!!!! SIMPLES ASSIM! Por isso a manifestação do dia 13 juntou em sua maioria manifestantes do MST MAB CUT e demais SINDICALISTAS!!!! e estudantes, pois eles que PODEM permanecer na manifestação POR HORAS!!!! SIMPLES ASSIM!

    SE MARCAREM UMA MANIFESTAÇÃO MAIS INTELIGENTE, NUM DIA DE FIM DE SEMANA, A CONVERSA VAI SER OUTRA!!!

  9. O PROBLEMA É NÃO FAZER NADA CONTRA A CORRUPÇÃO!

    >>>> ACORDA DILMA! <<<<

     

    O governo pegou o país numa crise institucional, e num mar de lama, mas até agora, quase três meses depois, ainda não fez nada!

     

    Não é pra isso que se elege presidente. Você tem a faca e o queijo nas mãos, pois distribuiu milhares de cargos no governo, que vão ficar mamando nas tetas do Estado por quatro anos. Agora tem a obrigação de exigir desses partidos, que desarquivem tudo quanto é projeto de lei contra a corrupção, e os aprovem imediatamente. Precisamos no mínimo:

     

    __Tornar a corrupção um crime hediondo.

     

    __Desarquivar e aprovar a PEC 73/2005 do RECALL, direito do próprio povo cassar políticos por iniciativa e voto popular.

     

    __Desarquivar e a aprovar a PEC 286/2013, que facilita as propostas de iniciativa popular de lei. Além de reintroduzir o direito do próprio povo convocar referendos, que foi tirado do projeto original na PEC 03/2011.

     

    __Reintroduzir o VOTO IMPRESSO, coisa muito é simples, bastando tão somente fazer uma nova lei, que atenda às exigências do STF. Aliás, é preciso também colocar um freio na corrupção do judiciário, incluindo juízes, promotores, e delegados na lei do RECALL

     

    O POVO DÁ O RECADO:

     

    http://correiodobrasil.com.br/destaque-do-dia/membro-da-familia-real-participa-de-manifestacao/754675/

     

    Dilma, você se comprometeu com uma REFORMA POLÍTICA PARA MAIOR PARTICIPAÇÃO POPULAR. Mesmo que a culpa direta seja do congresso, e os partidos aliados não quiserem cumprir o compromisso pelo qual vocês foram eleitos, mande todos os indicados deles para cargos públicos pro olho da rua. Porque quem vai levar a culpa de tudo será você e o PT, não eles.

     

    O recado está dado, o povo está descontente, pois esperávamos muito mais. As ruas disseram claramente, que não aceitam arcar com aumento de impostos, dos combustíveis, dos juros, restrição no FIES, medidas recessivas, etc, sem mais nem menos, porque agora precisamos pagar os rombos do assalto à Petrobrás. Afinal, vocês estão achando que pagaremos por tudo passivamente, sem ao menos ver as brechas deixadas a corrupção sendo tapadas? Se o FHC afrouxou o rigor da lei, por que até agora não fizeram uma lei mais rigorosa?

     

    Comece pelo menos criando o imposto sobre grandes fortunas, aumentando o imposto sobre as maiores heranças, e tributando as grandes áreas rurais, que ficam encostadas nos bairros urbanizados para especulação imobiliária. Alivie o bolso do cidadão comum. Corrupção é punida com pena de morte na China, chega a ser um absurdo depois de tantos protestos e escândalos, não aumentarmos suas penas e torná-la um crime hediondo. Afinal, o Brasil precisa de uma resposta. Do jeito que está, não pode continuar.

     

    Saiba mais sobre a REFORMA POLÍTICA:

     

    http://democraciadiretabrasileira.blogspot.com.br/2014/11/reforma-politica-quem-reclama-tem.html

     

     

    Veja porque pedir impeachment é uma perda de tempo:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/600105940125072/?type=3&theater

  10. Nada disso! Os eleitores da

    Nada disso! Os eleitores da Dilma não foram para a rua porque o governo não tem interesse nisso. Lembre-se que na véspera o Palácio pediu que a CUT cancelasse as manifestações. E está certo. É bobagem ficar disputando quem coloca mais gente nas ruas. É hora de trabalhar, de negociar mesmo que no outro lado esteja corruptos militantes e estejam sendo investigados.

  11. O PT fez enormes avanços na
    O PT fez enormes avanços na área social, tenha certeza de uma coisa!
    Qualquer governo que vier depois do PT terá que fazer mais do que o PT fez pelo social. A população não aceita mais governos que fazem politicas anti sociais e anti populares.
    E esse será o “terror” que a direita, a oposição e o PSDB teram pela frente.
    Não tem propaganda negativa da mídia , marketing e mentiras que apague as conquistas sociais que o PT deu para a grande maioria dos brasileiros.

  12. Primeiro que a mídia e a

    Primeiro que a mídia e a organização deles na internet, assim como a chamada até nos blogs sujos que deram tamanho destaque para as manifestações do dia 15 e quase nenhum ou alguns com críticas ao PT, para o dia 13.

    Conversei com professores que estavam indo pra Paulista e eles me perguntaram o que era a manifestação em frente à Petrobras. Vários amigos para quem mandei email, também não sabiam da manifs do dia 13 e sabiam da do dia 15.

    O PT apenas postou no página 13 sobre o assunto. Na verdade não organizou e nem chamou suas bases. O dia 13 foi chamado pela CUT e Movimentos Sociais e sem catraca liberada.

    O dia (sexta-feira) e horário comercial, assim como a chuva atrapalhou muito. Por isso foi muito representativo. Cheguei às 14p0 e saí às 19h com gente ainda chegando na Praça da República, como amigos meus que saem do trabalho às 19h e foram pra lá. Não tinha catraca liberada e chamada da Globo.

    Eles são muitos e barulhentos com toda a ajuda do PIG, mas Não Passarão!

     

    De resto, concordo.

  13. O governo esta acuado mas a

    O governo esta acuado mas a oposição esta apavorada.

    Um pouco de calma( não muita..) mas muita firmeza que

    tudo se ajeita.A oposição não esta comemorando nada..

    fez  que fez ..disse e disse mas apoiou a tentativa de 

    golpe…se dizendo manifestante.Pressão?Globo?

    Veremos esses dois morrerem abraçados..com ou sem PT.

  14. O futuro aos algoses pertence?!

    Grande artigo! Acho que seria de bom termo, que o STF e MPF soubessem que o Brasil não é o Paraguai (todo meu respeito ao povo desse pais) e que podem perder todo o credito que ainda teem diante da grande maioria da sociedade brasileira e fora do Brasil. Fiquem ligados! A desobediência civil tende ser uma moeda boa de troca, todo cuidado é pouco! Chega de partidarismo na Justiça!

  15. Que horror !!! Ninguém quer
    Que horror !!! Ninguém quer ganhar do PT nos votos ? Realmente estão demonstrando isso, todos os dias, que não conseguem ganhar do PT nos votos ! Dilma foi reeleita por muito e muitos milhões de votos. Se não houvesse tantas tentativas de impedimento para que ela governasse com um mínimo de respeito e tranquilidade. O povo escolheu a Dilma Presidente foi em outubro passado, isso tem 6 meses. São uns derrotados, fracassados.  A Presidenta vem sofrendo pancadas, mentiras, injustiças por mais de 4 anos, ela continua Presidenta. Imaginem com o Lula candidato em 2018. Nova vitória do PT. Com Lula é o contrário, quanto mais batem nele mais voto ele tem. Não querem chegar dessa maneira em 2018. Vão continuar derrotados e desesperados, ainda, por muitos e muitos anos.  PT vem com Lula vitorioso em 2018 e 2022. Depois o Lula e nós, o povo vitorioso eleitor do PT, decidimos no novo vencedor. Talvez o Haddad, ou Pimentel. Mas vai continuar sendo petista o Presidente do Brasil. Ainda por muitos e muitos anos.

  16. Quem ama confia…

    Continuo firme e confiante em Dilma. Sei que ela está tentando o melhor dentro da  atual conjuntura. Não devemos estar ao lado daqueles que prezamos somente nas horas boas e felizes. É nas horas difíceis e duras que eles mais necessitam de apoio. Não deixemos Dilma sozinha!  E afirmo mais uma vez: Com Dilma, é a primeira e com certeza a última vez, que o brasileiro tem a oportunidade de ter no mais alto poder uma criatura honesta , dígna e que muiiiiiito trabalha. Ela convive com lobos. Enfrenta leões famintos diariamente. VIVA DILMA !!!!! CONFIO EM DILMA !!!!!

    1. Eu sei, Demerval!

      Já dizia Roberto D’Ávila:  Ninguém faz política sem sujar as mãos!   Sei que se o nosso governo estivesse sendo conduzido pelos ” profissionais ” , provavelmente nenhum escândalo estaríamos vivendo. Tudo isso estaria aumentando ” os engavetados”  que já criam mofo. E todos continuam soltos. 

  17. Penso o seguinte: A  oosição

    Penso o seguinte: A  oosição trombeteou os protestos do dia 15 durante mais de um mês em rede nacional(globo), martelou as redes sociais durante o mesmo período aloprando os já aloprados eleitores do Aécio, e todos aqueles que não suportam a convivência com as diferenças.  Mesmo assim, apesar de toda propaganda, menos de um milhão de pessoas nas ruas. Acredito que esperavam pelo menos três vezes esta quantidade.

    Dia 13, quase sem nenhuma duvulgação, colocou uns 200 mil. Acho que neste caso, 200 mil conta mais do que um milhão(proprocionalmente a digvulgação)

    E, além do número bem abaixo do esperado no dia 15, vimos demonstrações explicitas de gente que não suporta a democracia, frases fascistas, preconceituosas,demonstrações de ódio, suásticas, intolerância contra quem não comunga das mesmas idéis, etc etc

    É isto que queremos para o nosso país? De minha parte não. Não quero ser governado por pessoas estupidifcadas pel mídia, que não respeitam a democracia e querem ganhar o jogo na força.

    Estes que foram às ruas domingo ficaram 180 anos no poder e o que deram para o País?  NADA, A NÃO SER UM DOS PAÍSES MAIS DESIGUAIS DO MUNDO.

    E, nao venham falar em corrupção, porque nisto vocês são mestres. Os escândalos BANESTADO, CASTELO DE AREIA, TRENSALÃO TUCANO, MÁFIA DO ISS, IPTU, SANGUESSUGAS, PRIVATARIA, SATHIAGRAHA, CPI DO CACHOEIRA, ENTRE VÁRIAS OUTRAS NÃO ME DEIXAM MENTIR.

    Nem o Ricardo Semler, para quem nunca se roubou tão pouco. Penso que é isto que incomoda o PSDB, o fato de não mais poder roubar tanto.

    Afinal, que fim levou o helicóptero da coca?

  18. Minha única discordância com

    Minha única discordância com o texto é sobre a análise das manifestações do dia 13 de março. Estas foram lideradas por sindicatos de trabalhadores e movimentos sociais contra o ajuste fiscal que pune trabalhadores e em defesa da Petrobrás. Foi também uma manifestação pela legalidade, contra o impeachment, mas, não propriamente, em defesa das políticas do governo.

    Acredito que as manifestações em contraposição ao dia 15 de março ainda serão organizadas, e com maior participação dos defensores do governo e das principais lideranças do PT, não que estes estivessem ausentes, mas não houve presença maciça.

    A batalha está apenas começando.

    No mais, concordo que o governo precisa sinalizar claramente para os seus eleitores e dar uma guinada à esquerda, defendendo o projeto que foi vitorioso nas urnas. Aí a mobilização em favor do governo tende a crescer. 

    Quem foi às ruas no dia 15 de março não querem diálogo com o governo, querem a sua cabeça, quando foi claramente mostrado em imagens.

  19. Agora é tarde, Inês é morta.

    Até parece que a Inês não percebeu que a desmobilização popular também fez parte do grande acordo que garantiu Lula no poder.

    Agora é tarde, Inês é morta.

    Segue trechinho do Ricardo Boechat.

    “Claro que quando você deixa de fazer uma manifestação, como a de 2013, que fala de toda a classe política, e substitui este tipo de sentimento geral contra a classe política e contra a política feita no Brasil e foca num partido e numa vilã , você evidentemente livra a cara dos demais partidos e dos demais vilões. Então este foco específico em Dilma e no PT deve ter deixado muito confortável os demais partidos e os demais políticos. Renan deve estar agradecendo. O PMDB deve estar agradecendo. O PSDB deve estar agradecendo. O Alkmin deve estar agradecendo. Todos os partidos e todos os políticos que não foram transformados em alvo ontem, e ninguém foi além da Dilma e do PT , estão mais confortáveis do que estavam em 2013 – isso sem sombra de dúvida.

    Têm razão suas excelências do governo, ontem, na entrevista coletiva, quando disseram ”Olha, quem tava na rua ontem é quem não votou na Dilma.”

    E daí? Cadê os que votaram na Dilma? Ou por que os que votaram na Dilma não estavam na rua, sexta-feira? Ou por que que não convocam agora uma grande manifestação de apoio ao PT e a Dilma?

    Nem quem votou na Dilma está satisfeito com o que fez. Nem quem vota no PT está satisfeito com o que fez.

    Nesse sentido as manifestações de ontem, embora eles tenham razão – as manifestações  [foram] feitas por quem não votou na Dilma e não votou no PT – expressam um sentimento muito maior do que quem votou na Dilma. Também quem votou na Dilma está desconfortável.(…)”

    1. Eu, não estou nem um

      Eu, não estou nem um pouquinho desconfortável Ricardo Boechat, não vamos generalizar. Estou achando ótimo a Dilma onde está.   Fora a Rede Globo, o povo não é bobo.

  20. Entretanto, entretanto,

    Entretanto, entretanto, entretanto… se é preciso inflacionar 400 ou 500% o número de participantes numa manifestação no núcleo duro de resistência tucana, mesmo depois de dois meses de campanha acirrada nos meios… não sei, não… Tem muita msculatura anabolizada ai.

  21. Pessoal, a manifestação do

    Pessoal, a manifestação do dia 15.03.2015 já vinha se organizando a meses e com bastante dinheiro derramado, vindo de algum lugar. Seria interessante verificar. Além do mais, a grande mídia foi na realidade o grande motivador dessa manifestação. Em outras palavras: eles tiverão muito tempo de preparação; muito dinheiro para bancar toda estrutura utilizada no evento. Por outro lado, a movimentação do dia 13 foi praticamente marcado em poucos dias antes. Tenho certeza com muito menos recursos estruturais. Na minha simples opinião, politicamente a manifestação de sexta-feira mostrou, sim, uma grande força politica que ainda tem os sindicatos e os movimentos socias. Esperem na próximo, aí veremos – tendo tempo suficiente para se organizar mostraremos a nossa real força nas ruas. Por fim, aqui em Recife, a manifestação começou as 7:00 da manhã, em uma sexta-feira. Ora, a repercussão foi maior porque a imprensa quis que assim fosse, mas na realidade as movimentações da sexta sem quase nenhum preparo teve um fundamental sucesso – isso é: uniu os progressistas em uma causa comum. No meu ver, as centrais sindicais e as organições civis mostraram que tem muita força sim para pautar a politica nacional. 

     

  22. Pessoal, a manifestação do

    Pessoal, a manifestação do dia 15.03.2015 já vinha se organizando a meses e com bastante dinheiro derramado, vindo de algum lugar. Seria interessante verificar. Além do mais, a grande mídia foi na realidade o grande motivador dessa manifestação. Em outras palavras: eles tiverão muito tempo de preparação; muito dinheiro para bancar toda estrutura utilizada no evento. Por outro lado, a movimentação do dia 13 foi praticamente marcado em poucos dias antes. Tenho certeza com muito menos recursos estruturais. Na minha simples opinião, politicamente a manifestação de sexta-feira mostrou, sim, uma grande força politica que ainda tem os sindicatos e os movimentos socias. Esperem na próximo, aí veremos – tendo tempo suficiente para se organizar mostraremos a nossa real força nas ruas. Por fim, aqui em Recife, a manifestação começou as 7:00 da manhã, em uma sexta-feira. Ora, a repercussão foi maior porque a imprensa quis que assim fosse, mas na realidade as movimentações da sexta sem quase nenhum preparo teve um fundamental sucesso – isso é: uniu os progressistas em uma causa comum. No meu ver, as centrais sindicais e as organições civis mostraram que tem muita força sim para pautar a politica nacional. 

     

  23. Pequeno resumo de quem não foi

    Trabalho em Alphaville, e moro na periferia de São Paulo, no caminho de alphaville até a ponte da freguesia do Ó, senta-se 3 jovens ao meu lado 1 rapaz e 2 moças, perceptivamente de classe média mediana, e o primeiro comentário foi da manifestação, o rapaz disse que não foi porque não tinha algo definido e não concorda com o impeachetman, uma das moças concorda, a outra diz alguma coisa que não compreendi, enfim percebi que os 3 jovens não concordaram muito com essas manifestações.

    Já no microonibus bem perto da minha casa, bem lotado,todos notoriamente de classe média baixa, fico perto da catraca pela impossibilidade de passar, e ouço novamente a conversa de um rapaz com o motorista sobre a manifestação, diz o motorista:

    – Está tudo ruim mesmo, se a Dilma sair tudo piora, não votei nela, mas deixa ela lá.

    – Fica tudo na mesma, se ela sair quem fica não o vice que também é do PT? Diz o outro rapaz.

    – Não o Michel Temer é do PSDB. Entra um terceiro na conversa.

    – O vice é do PMDB. Novamente o motorista.

    No 1º ponto após a saída do terminal, sobe um outro rapaz característico nordestino, que já atento a conversa, faz uma declaração.

    – Quem tava lá na manifestação era só as pessoas de lá mesmo (que mora na região), daqui não tinha ninguém. Logo mistura-se o assunto e ninguém diz mais nada sobre as manifestações.

    Conclusão minha: Acho que as classes média média e baixa não estão muito contente com essas manifestações não, sabendo que a corda pode arrebentar para o lado mais fraco se chegar ao impedimento da nossa Presidenta.

    1. Acredito que se a Dilma

      Acredito que se a Dilma tivesse dado como primeiro sinal de seu governo a taxação das grandes fortunas, esse povo que não concorda muito com as manifestações do dia 15 teria posição mais definida. Eles não diriam simplesmente “deixa ela la”, mas “a mulher ta querendo mudar as coisas mesmo”. Teriam mais claro o  porque de ela estar sendo atacada.  Pena que nossa presidenta fez ao contrario. Querendo agradar a zelite, começou tirando do povinho… 

    1. cadê os outros?

      Vc pode fazer uma tabela dessas para todos os outros partidos do Brasil.

      Todos eles receberam doações de empresas.

      Se receber doação é o problema, vamos acabar com as doações privadas.

       

      REFORMA POLÍTICA JÁ!!!!!

    2. Oh! Neide. Arruma uma tabela

      Oh! Neide. Arruma uma tabela dessa do Psdb pra mim. E do Dem, e do PPS, e do PSB. E de todos os partidos brasileiros. Não vai me dizer que você acredita nesta balela da República do Paraná que diz  que doação para o PT é corrupção e para os outros partidos é amor, bondade, caridade.

      1. Faz uma tabela ai ( ela e do

        Faz uma tabela ai ( ela e do MPF), vocês são do PT são acustumados a fazer dossiê, quebrar sigilo bancário não perdoam nem um pobre porteiro.

         

         

  24. Não sei não.
    Eu não faria tão

    Não sei não.

    Eu não faria tão pouco caso da manifestação do dia 13.

    Para mim, foi acima do esperado.

    Vale lembrar que, para o dia 13, não teve “esquenta” da Rede Globo, convocação disfarçada na grande mídia etc, catracas liberadas no Metrô etc.

    Como bem observado por um leitor aqui, demonstrar simpatia pelo governo é menos “cool” do que o contrário.

    Vou além: acho que o bom resultado do dia 13 obrigou o dia 15 a ter sido o estrondo que foi.

    Tivesse sido o dia 13 o fiasco que muitos apostavam (inclusive no PT e em outros apoiadores de Dilma), e a Rede Globo não teria feito o esforço no chamamento das pessoas às ruas, nem a PM teria inflado números, nem o governo de São Paulo teria liberado catracas do Metrô.

    E a PM, hein? Como conseguem ter enxergado 83 vezes mais pessoas na Paulista no dia 15 do que no dia 13? Isso mostra o quanto podemos acreditar nas estatísticas da PM…

    1. Achei a manifestação do dia

      Achei a manifestação do dia 13 linda. Não só na Paulista mas em todo o Brasil. E a beleza para mim estava na qualidade dos manifestantes, realmente o povo brasileiro e não coxinhas. Viva Dilma! Viva o PT, que faz o que pode para enfrentar a mídia e a direita brasileira(e vocês estão vendo que não é fácil). Viva o Brasil!!!    PS.: não pertenço a nenhum partido.

  25. comentário ao artigo da Maria Inês

    Acho simplista a interpretação das manifestações do dia 15 como uma continuidade da campanha eleitoral. Veja que nem mesmo nos momentos de maior mobilização da campanha, nenhum partido ou candidato reuniu tanta gente. Foram as maiores manifestações desde as “diretas já”, o que expressa uma excepcionalidade do momento político, até porque não há precedente de manifestações deste porte contra um(a) presidente recém eleito.

    É esperável que a uma manifestação contra o governo compareçam, majoritariamente, eleitores de candidatos da oposição, assim como é esperável que, no caso de uma mobilização nacional, haja maior presença em estados em que a oposição tenha vencido eleições recentes. Mas fato é que essas pessoas demonstram muito maior disposição em se manifestar agora do que efetivamente demonstraram na campanha eleitoral (nesta ou em qualquer outra). Mas também houve manifestações mais numerosas no dia 15 do que no dia 13 mesmo em cidades e estados em que a presidente foi vitoriosa.

    É preciso reconhecer que há uma situação de aguda insatisfação com o governo em toda a sociedade, o que fica claro nas pesquisas de opinião disponíveis. E que essa situação decorre de uma sequência de erros e de problemas. O desempenho do governo, no primeiro mandato, foi precário e declinante em várias áreas, o que implicou numa reeleição mais difícil e polarizada. A rapidez e a falta de explicações de como a presidente aderiu à política de ajuste recessivo foi muito chocante para quem havia votado nela acreditando que esse tipo de ajuste imporia a miséria à sociedade. Mas a escolha do ministério reservou, ainda, muitos tapas na cara de diversos segmentos da sociedade, Ela foi presidida por uma lógica meramente congressual, que esqueceu a sociedade, e também se revelou equivocada dentro da sua própria lógica, como demonstrou a eleição do Eduardo Cunha para a presidência da Câmara. Por cima disso tudo, ainda há as revelações sobre a rede de corrupção estruturada a partir da Petrobrás, que atinge profundamente a expectativa das pessoas em relação ao governo e aos partidos, e à qual o governo vem reagindo com ambiguidade e mensagens genéricas de repúdio à corrupção, quando as pessoas esperam ações concretas e eficázes para estancar e corrigir a situação que está concretamente posta à mesa.

    Acho que há um esgotamento do projeto de governo, a começar pela estratégia de crescimento econômico – já que o país persiste na recessão -, passando pelos efeitos dos programas sociais – impactados pela inflação – e chegando à politica de alianças – com o PT como força minoritária. Porém, o governo e o PT não reconhecem esse esgotamento e não esboçam reação à altura. A prosseguir nesse curso, não se surpreenda se em futuras manifestações de protesto aumentar a presença de eleitores da Dilma ou de pessoas de faixas mais baixas de renda, na medida em que as consequências da crise se espraiar pelo conjunto da sociedade. Assim como poderá se reduzir ainda mais a presença de pessoas em manifestações de apoio.

  26. Manifestação em dia e hora de Trabalho ?

    Em relação ao movimento de sexta , uma coisa tem que ficar clara e me parece que tem gente esquecendo isso : era dia útil , o horário terrível e parece até que quem escreveu isso meio que concorda com o monte de fezes chamado Reinaldo Azevedo : que diz que quem apóia Dilma não trabalha e não é gente de bem .
    Muita gente gostaria e não pôde ir à manifestação de sexta pelo simples fato de estar trabalhando . Como  juntar um punhado de gente entre 9 e 17 horas num dia de trabalho ?
     

    Por outro lado a Marcha Fascista do Golpe foi num domingo , com imensa exposição desta mídia vagabunda que temos no Brasil . É uma boa diferença . Se já tem outra Marcha Fascista marcada para 12  de abril , por quê o PT não conclama o povo a ir às ruas apoiar Dilma no dia 05 de abril ? Ou ao menos no dia 11 ?

    No fim das contas acho mesmo é que Dilma tem que se mexer na direção de falar com o povo . Ou ela própria ou seu porta Voz , rebater acusações, acusar movimentos golpistas ,e com a devida indiognaação na voz .
    Fazer o que Chavez fazia quando a direira doente da Venezuela queria derruba-lo. Ía pra Tv berrar e pedir ao povo para não deixá-lo só.
    Dilma se acovardou . Essa é que é a verdade . Se ajoelhou desde 27 de outubro , deixou o barco descer o rio sem controle.
    Nunca em meus mais de 50 anos de vida vi um governo ser esmigalhado por quem  perdeu a eleição , após ser eleito e em tão pouco tempo como esse governo de Dilma. e da forma como está sendo , sem reação quase nenhuma.
     

    É um troço assim de envergonhar.

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