Pesquisa eleitoral: o que vale é a pesquisa espontânea, por Edmundo de Moraes

Pequisa eleitoral: o que vale é a pesquisa espontânea

por Edmundo de Moraes

No momento em que as pesquisas de intenção de voto para a próxima eleição são divulgadas e se tornam objeto de diversas análises e interpretações, faz-se necessário repensar o seu significado. De um modo geral, essas pesquisas são anunciadas pela mídia com afirmações do tipo “se as eleições fossem hoje o candidato fulano de tal teria tantos por centos de votos”, presumindo-se que elas representam uma simulação da eleição. Assim, as pessoas são levadas a acreditar que essas pesquisas indicam o provável resultado da eleição.

Em muitas ocasiões as pesquisas de intenção de voto têm sido utilizadas para interferir no resultado de uma eleição, fortalecendo ou enfraquecendo candidaturas de acordo com a posição do candidato na pesquisa.

Acontece que as pesquisas de intenção de voto divulgadas pela mídia correspondem às pesquisas estimuladas, onde os nomes dos candidatos são apresentados para a escolha do eleitor. Ora, esse tipo de pesquisa era realmente uma simulação da eleição na época em que eram utilizadas cédulas com os nomes dos candidatos. Entretanto, com a urna eletrônica isso não acontece mais. Os nomes dos candidatos não aparecem na tela da urna e o eleitor tem que saber com antecedência qual o candidato da sua preferência para digitar o seu número. Neste caso, a simulação da eleição só pode ser feita com a pesquisa espontânea, sem a apresentação dos nomes dos candidatos.

 A pesquisa espontânea não é divulgada pela mídia, talvez porque ela, de um modo geral, é muito diferente da pesquisa estimulada. Nesta perspectiva, pode-se considerar que qualquer análise realizada com base nas pesquisas estimuladas deve ser relativizada, uma vez que ela não representa efetivamente uma simulação da eleição. Somente a pesquisa espontânea poderia fundamentar uma análise que pretenda refletir sobre os prováveis resultados das eleições.

Se analisarmos os resultados da última pesquisa CUT/VOX POPULI, divulgada em 04/08/2017, na pesquisa espontânea Lula aparece com 42% da preferência dos entrevistados enquanto os demais citados espontaneamente somam todos eles 16%. Considerando a margem de erro de 2% da pesquisa, somente Bolsonaro, com 8%, poderia afirmar ter sido efetivamente lembrado pelos eleitores. Os demais citados, Marina (2%), Moro, Barbosa, Alckmin, Dória e FHC com 1% cada, segundo a margem de erro poderiam ser considerados ignorados pelos eleitores. Esse resultado é o que simula realmente a próxima eleição presidencial. Entende-se assim porque eles são ocultados pela grande mídia. 

Redação

12 Comentários

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  1. ”A pesquisa espontânea não é

    ”A pesquisa espontânea não é divulgada pela mídia”

    MENTIRA. E mentira da grossa.–só se for aquele intistuto(penal) Vox Popul, porque ele é ‘espontâneo” no candidato que o paga.

    Esse não precisa publicar mesmo–ainda bem, porque se publicar , seu candidato terá 110 por cento de votos espontâneos.

    Assim sendo,parei a leitura por aqui.

      1. Pode chorar e espernear

        Mas ele ta preso… como vamos fazer? Mas fiquei sabendo que ele mandou escrever(ate porque ele nao e letrado) para o pessoal da MARVEL COMICS , para os super-herois da liga da justiça invador o predio e  libertar o Inocente. Tenho certeza que a PF e o moro nao vao se meter a besta com o supermam e compania ltada nao e mesmo? #lulalivre

  2. Pesquisa eleitoral.
    Interessante, nos últimos 15 anos o instituto de pesquisas que mais se aproximou dos resultados finais das eleições foi justamente o Vox populi.
    Não entendi o chilique anárquico.
    Criminosamente tendenciosos são os institutos dos Filhos e dos Marinhos.
    Seria redundância citá-los…

  3. Em termos de tendência, a

    Em termos de tendência, a estimulada e a espontânea estão apontando a mesmíssima coisa – é Lula contra o anti-Lula, que está sendo rapidamente apropriado pelo Bolsonaro. Tanto é que estão tentando reinflar o balão japonês João Dória Júnior.

    1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

      ”E o Brasil vai se transformando no país do futuro do pretérito.”

      Essa conjugação foi abolida.

  4. Pesquisa eleitoral.
    Interessante, nos últimos 15 anos o instituto de pesquisas que mais se aproximou dos resultados finais das eleições foi justamente o Vox populi.
    Não entendi o chilique anárquico.
    Criminosamente tendenciosos são os institutos dos Frias e dos Marinhos.
    Seria redundância citá-los…

  5. As pesquisas SEMPRE foram
    As pesquisas SEMPRE foram utilizadas em favor do candidato “ideal” das elites. Vejamos o caso Brizola. Não fosse a apuração paralela teríamos em TODOS os mesmos resultados. Essas “pesquisas” deviam ser abolidas e proibidas. São direcionadas, extorsão.

  6. Então Lula nunca ganharia em 2018…

    Isso significa então que Lula nunca ganharia em 2018 de qualquer jeito…

    Eleição presidencial 2018 (06/03/2018)

    1º turno: Intenção de voto ESPONTÂNEALula: 18,6% Jair Bolsonaro: 12,3% Ciro Gomes: 1,7%Geraldo Alckmin: 1,4%Álvaro Dias: 1,2%Marina Silva: 1,2%Michel Temer: 0,4%Outros: 3,1%Branco/Nulo: 20,4%Indecisos: 39,7%

    Nulos+indecisos = 60,1%

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