Sem rumo, por Almir Forte

Sem rumo

por Almir Forte

No mundo moderno onde a conhecimento viaja a velocidade da luz através da comunicação, quem possui a informação, possui o poder e pode fazer uso dele da forma que melhor lhe convier. Pode informar, desinformar, enganar, vender pelo melhor preço ou simplesmente ignorar.

No Brasil de hoje, a comunicação e o conhecimento são privilégios de alguns poucos brasileiros e dos países estrangeiros com quais se divide essa informação. E assim, caminhamos sem rumo com um governo preocupado apenas em atender a banca financeira, agradar os comandantes do norte do continente e outros do velho e moderno mundo europeu.

Com as informações e a ajuda do Big Brother do norte, foram destruídas nossas empresas que produziam avançadas tecnologias nas áreas de engenharia civil, de infraestrutura, de óleo e gás e a indústria naval que representaria o futuro da defesa de nossa soberania, inclusive a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro ficou comprometida.

E não param por aí as ações das forças comprometidas com os interesses das grandes potências, das corporações estrangeiras, dos banqueiros internacionais e nacionais, da mídia monopolista, do atual governo ilegítimo de Michel Temer e seus aliados que são contrários ao desenvolvimento livre e soberano do Brasil.

A mais recente tentativa de continuar a destruição de economia brasileira foi articulada por um delegado da PF com mais um grande espetáculo midiático, transmitido pela rede globo de televisão, com a denúncia de que a carne produzida pelas indústrias brasileiras eram adulteradas e impróprias para o consumo e a exportação.

O estado democratico de direito foi substituído pelo estado midiático policialesco, onde um delegado da PF, um Juiz ou um Procurador transforma uma suspeita de crime em um fato consumado e transmite em nível nacional não se importando com o resultado, o que importa são os poucos segundos de fama dos novos “heróis brasileiros”.

O Brasil é atualmente o segundo maior exportador de carnes do mundo. Mas, poderá perder importantes mercados como a China, a União Europeia, países Árabes, Coreia do Sul e Chile que já suspenderam as importações até que se esclareça o que de fato é verdade e o que é fantasia no espetáculo produzido pelo delegado da PF com a ajuda da mídia para destruir nossa economia.

No país governado pelo fantoche Temer e seus ministros denunciados por corrupção, o futuro não existe, está sendo roubado a cada dia, colocando a incerteza como a única garantia. E farão de tudo parta completarem a missão a qual foram incumbidos, que será a destruição das liberdades individuais, o fim das leis trabalhistas, o fim da Previdência e o caos será nossa nova ordem.

E se não reagirmos com urgência, as palavras do poeta se transformarão em realidade.

“Na primeira noite eles se aproximam/e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,/ matam nosso cão /e não dizemos nada.
Até que um dia,/o mais frágil deles/ entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,/ conhecendo nosso medo,/ arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”