Unificar a base e enfrentar o golpe, por Lindbergh Farias

 
Mudar a política econômica, unificar a base social e enfrentar o golpe

Por Lindbergh Farias

A leitura dos jornais no final de semana me deixou indignado. Jamais pensei que o Brasil iria reviver seu passado obscuro: uma conspiração aberta, sem peias nem pudor, contra uma presidenta eleita democraticamente pela maioria do povo brasileiro. É lamentável constatar que entre os principais envolvidos nessa conspiração estão muitas das principais lideranças do PSDB, um partido que no passado se comportou como um dos fiadores da democracia brasileira.

Advirto que golpe é como brincar com fogo. É como abrir uma caixa de Pandora. Um golpe sabe-se como começa e nunca se sabe como termina. Em 1964, dizia-se que o golpe duraria até 1965, quando da eleição do novo presidente da República. Resultado: durou vinte e um longos anos. Mas os golpistas não passarão, para relembrar as palavras da heroína da guerra civil espanhola, Dolores Ibárruri.

Minha angústia aumenta ao perceber que o governo que elegemos, da honrada presidenta Dilma Rousseff, parece ainda não ter noção da gravidade da conspiração que visa derrubar o seu governo ainda este ano. O povo brasileiro amadureceu e não será conivente com qualquer tentativa de ruptura da ordem democrática no país. É por isso que não se pode ter uma posição defensiva.
Em Brasília, não é segredo para ninguém que a aliança do PSDB com setores do PMDB não está restrita a questões como a redução da maioridade penal. Tramam para afastar uma presidenta da República eleita de forma legítima. Nem se pede mais segredo de bastidores, a conspiração é aberta e escancarada.

Há dois argumentos centrais exibidos pelos que defendem a ruptura da continuidade democrática. O primeiro, pauta de todos os discursos, é o de que a crise política e a fragilidade do governo estão fazendo o Brasil afundar em um cenário de recessão e de alta da inflação. Afirmam que não há como sairmos dessa situação sem mudar o governo.

O outro argumento – este de bastidor – é que nunca houve na história do Brasil um governo tão fraco na relação com o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal. Se em público os tucanos aplaudem o juiz Sérgio Moro, em privado falam de abusos no processo e prometem que, se chegarem ao poder, tudo mudará. Não cansam de repetir que não agirão como Dilma, “que lavou as mãos”, e prometem um governo forte, com ascendência sobre o Ministério Público, trânsito no STF e nos meios de comunicação. Lembram que, no período FHC, era o presidente quem escolhia o Procurador (Engavetador) da República. Não havia eleição, isso foi “invenção do Lula”. Nunca vi tanto cinismo junto!

Trata-se, como evidente, de um discurso encomendado para seduzir setores da própria base governista. Vou mais longe: o que começou como uma conspiração está tomando a feição de um acordo, já com roteiro e plano de ação prontos. Falam-se das “pedaladas” e da rejeição das contas pelo TCU, mas a grande aposta é no TSE.

Sabe-se que o PSDB, logo que terminou as eleições presidenciais do ano passado, entrou com uma representação, uma AIJE (Ação Indireta de Investigação Eleitoral), de suposto “abuso de poder econômico”. Procura-se de todas as maneiras forjar um depoimento de um dos delatores presos na Operação Lava Jato, falando de “origem ilegal de recursos de campanha”. Pronto. Arrumou-se o mote.

A partir desse depoimento, parte-se para cabalar votos no Tribunal. Como é um Tribunal pequeno, apenas sete membros, uma maioria circunstancial de quatro permite o afastamento da presidenta da República. Sem nem precisa passar pelo Congresso! Sem nem passar pelo complexo e desgastante processo de um impeachment! Restaria a Dilma apenas lutar por uma liminar junto ao STF.

Resultado do hipotético julgamento junto ao TSE, afastados a Presidenta e o Vice, assumiria a Presidência da República, por três meses, o deputado Eduardo Cunha, enquanto novas eleições seriam realizadas. Este é o roteiro preferencial da chanchada preparada pela oposição e por alguns setores da ainda formalmente chamada “base governista”.

Alguém pode perguntar: o PMDB embarca nesta canoa furada mesmo contra Michel Temer? Ora, o Temer é minoria no PMDB. Além disso, aqui sabemos que ele não tem boas relações com seu próprio partido no Senado. E o controle da bancada do PMDB na Câmara é de Eduardo Cunha, que adoraria assumir a Presidência da República de forma interina. Evidentemente, se esse caminho não der certo, vão-se tentar outras veredas, a exemplo do impeachment e TCU.

Diante da gravidade da situação brasileira, o que nós, democratas e militantes de esquerda, podemos fazer para impedir o golpe, seja judicial ou parlamentar? Podemos fazer muito. Na minha avaliação, a questão central é mobilizar nossas bases sociais para irem às ruas. Eles têm que temer nossa capacidade de reação. Temos que anunciar que, se optarem por esse caminho, estarão colocando o Brasil em um clima de radicalização e confronto que atenta contra nossa democracia. Mas para isso precisamos da ajuda do governo. É preciso que governo pare de atacar a sua própria base! É hora de reaglutinar aquela turma que foi para as ruas no segundo turno da eleição da Dilma.

Como fazer isso? Tomando coragem (que tal nos inspirarmos nos gregos?) para reorientar a política econômica. É um erro primário conduzir a economia desconsiderando a conjuntura política. Estamos em tempos de guerra. Não se atira contra a própria tropa, contra aqueles que podem sair às ruas em defesa da legalidade democrática.

Ainda resta alguma dúvida de que os “planos de austeridade” de Joaquim Levy estão fracassando? Nesse aspecto, está acontecendo entre nós exatamente uma repetição do que houve na Grécia, Espanha e Portugal. Essa política econômica neoliberal de Levy não é a nossa, nem Dilma foi eleita com essas propostas. Dizer que inexistem alternativas é falso, basta ler o debate econômico brasileiro e internacional e verificar que as alternativas existem, sim.

Essa política econômica mergulhou o país em recessão. O Levy fez o ajuste dizendo que esse era o “único” caminho para recuperar o equilíbrio fiscal. Só que, ao impor ao país, conscientemente, uma recessão mastodôntica, a arrecadação do Estado não para de cair. Consorciado à queda da arrecadação, vem a elevação das taxas de juros (cada 0,5% de subida na SELIC significa R$ 7 bilhões de impacto fiscal negativo).

Resultado: a situação fiscal do Brasil só vem piorando. O déficit nominal de 2014, no ano passado, foi de 6,7; agora, no acumulado dos últimos doze meses, subiu para 7,9. Ou seja, está dando errado, apesar das consequências sociais e políticas desastrosas. O desemprego saiu de 4,9 em dezembro do ano passado e já há previsão de chegar a perto de 9% ao fim do ano. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE mostra que a massa salarial real habitual (sem o 13º salário) diminuiu 10% entre novembro do ano passado e maio deste ano.

A consequência dessa política econômica fracassada recai sobre os ombros dos trabalhadores e dos mais pobres, os que votaram em nosso governo, os que fizeram Dilma e Lula presidentes da República. São essas dezenas de milhões de brasileiros que confiaram em nós, a base social de nosso projeto vitorioso de inclusão social. É a confiança dessas pessoas que temos que reconquistar.

Isso só será possível se o governo entender a gravidade da crise, esquecer um pouco o Levy e seu samba de uma nota só do ajuste fiscal. Com isso, girar à esquerda com um programa que defenda o emprego e a renda dos trabalhadores, taxação das grandes fortunas, a legalidade democrática, a soberania nacional e os direitos humanos frente a essa ofensiva conservadora.

Temos que nos associar a essas pautas que, inclusive, serão tema de uma grande Conferência Nacional, no começo de setembro, chamada pelos movimentos sociais. Isso pode reunificar nosso campo político em cima de um programa que daria ânimo e disposição para a tropa ir à luta. É hora de parar com as ilusões: a ideia ingênua de que é possível neutralizar os mercados e a mídia e, dessa maneira, apaziguar o clima de radicalização em curso no Brasil.

Presidenta Dilma, por favor, entenda que essa turma quer a sua e as nossas cabeças. A nossa “Dilma coração valente” tem que reaparecer e governar com o programa vencedor das eleições. Olhar para o seu povo. Ser a guerreira defensora dos mais pobres, defensora dos empregos.

Este é um daqueles momentos de encruzilhada da história do Brasil em que somente o povo é capaz de nos livrar do golpe em curso. Se o governo não entender a gravidade da crise e continuar no mesmo rumo, mantiver a mesma política econômica recessiva, ainda assim vamos continuar na trincheira contra o golpe. No entanto, infelizmente, tudo será mais difícil, principalmente a necessária mobilização popular contra o golpe e os golpistas.

 
 
Lindbergh Farias é Senador da República pelo PT-RJ
Redação

21 Comentários

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  1. Ele que chame a base social

    Ele que chame a base social da Kátia Abreu, do Levy, do Armando Monteiro, do Zé Cardozo para defender este governo.

    Jamais dependerá de mim, mas se dependesse que eu movesse um dedo para impedir que o governo do estelionato eleitoral caísse, pode ter certeza que este governo traidor já teria desabado.

      1. O PT passa a campanha inteira

        O PT passa a campanha inteira dizendo que os outros candidatos são os do arrocho e dos banqueiros.

        Ganha a eleição, chama este grande ministro funcionário do Bradesco, o senhor Levy (depois de ter tomado um não do Trabuco), e promove o maior arrocho possível. aumenta todas as tarifas, aumenta os juros, aumenta impostos. Vê a consequência devida, aumento no desemprego, na inflação e deterioração das contas públicas.

        E eu que sou desencontrado.

          1. Sim, sou eu o fascista e de

            Sim, sou eu o fascista e de esquerda é a Kátia Abreu.

            Cuidado com a doença infantil do governismo. Ela tem a cura difícil.

          2. DEMOCRACIA AINDA EMBRIONÁRIA

            EM UMA DEMOCRACIA AINDA EMBRIONÁRIANÃO NÃO SE PODE DESCUIDAR, AS INSTUIÇÕES QUE ÁS CARACTERIZAM AINDA SÃO MUITO FRÁGEIS E NÃO SUPORTAM QUANDO SETORES GOLPISTAS E REACIONÁRIOS QUE PARECIAM MORTOS, ACABAM GANHANDO ALGUM COMBUSTIVEL E VOLTAM COM SUAS ANTIGAS IDÉIAS FASCISTAS, ESSE COMBUSTIVEL FOI DADO PELA ESQUERDA MESMO COM ESSE DESARRANJO ÉTICO E ADMINISTRAÇÕES CONFUSAS, AGORA AGUENTEM AS CONSEQUÊNCIAS. PIOR, A PERSPECTIVA É QUE OS REACIONÁRIOS ASSUMAMO PODER POR MUITO TEMPO, VAMOS RECONHECER, ESTAMOS PERDENDO PRA NÓS MESMO.

          3. Oh, querida, eu não caio

            Oh, querida, eu não caio neste pensamento binário. Não estou apoiando fascista algum. Jamais votei e jamais votarei no PSDB e deles o que mais quero é distância.

            Por outro lado, este governo eu não defendo mais. Já deu.

             

  2. Enquanto o PT de São Paulo

    Enquanto o PT de São Paulo for hegemônico no governo com figuras fracas e que não inspiram confiança como Mercadante e Cardozo não vejo luz no fim do túnel.

    A velha turma do golpe de 64 está unida (globo/folha/PF…) e vai adorar retornar ao poder sem eleição como é a sua tradição mas como dito, se houver mesmo mais um golpe no país, não se sabe onde irá acabar essa aventura e tudo pode ocorrer até mesmo uma radicalização à esquerda.

  3. Golpe se previne Se alguém
    Golpe se previne Se alguém está mesmo preocupado com certa onda golpista que avança no país, chegou o momento de agir. Criando sites e publicações de análises e denúncias. Promovendo seminários com personalidades jurídicas e acadêmicas. Mobilizando setores da sociedade organizada, com debates em sindicatos, movimentos sociais, agremiações estudantis. Disseminando grupos de estudo nas universidades. Formando redes de militância junto a professores, artistas e intelectuais. A história de que o povo sairá às ruas em caso de necessidade funciona como narrativa revolucionária, mas na vida real não vale um tiro de festim. O país amanheceria quieto e aliviado, como em abril de 1964. Mesmo na remota hipótese de alguma resistência pontual, ela seria esmagada cruelmente, com respaldo nessa aura de legitimidade que emana dos poderes instituídos. Havendo um golpe, as estruturas burocráticas e repressivas do Estado imediatamente passariam a defender o grupo vitorioso. Do desembargador ao guarda municipal, todos os agentes públicos estariam a serviço da “autoridade em exercício”. E a mídia tradicional sufocaria a capacidade mobilizadora da blogosfera progressista. Aqueles que confiam na sublevação popular se aferram à imagem de blindados nas ruas e generais de espada em riste. Essa fantasia mostra como os profetas da ameaça estão despreparados para enfrentar a única verdadeira possibilidade golpista: tropas de choque da PM portando mandados judiciais, ministros do STF prendendo lideranças políticas, Ministério Público, Polícia Federal e magistrados caçando adversários ideológicos. A falta de medidas coordenadas para impedir uma “virada de mesa” antidemocrática sugere que o risco não é levado realmente a sério. Neste caso, talvez fosse mais produtivo aceitar a permanência inevitável do golpismo e discutir maneiras de lidar com esse desvio. Pois quando o espírito antidemocrático se materializar em conquistas efetivas nas estruturas do poder, será tarde demais para discursos libertários. Publicado em dezembro passado no blog http://www.guilhermescalzilli.blogspot.com/

  4. Chega de pasmaceira
    Vamos ser pŕaticos, não dá para ficar assisitindo a isso de braços cruzados. Não esperem o governo se mexer sozinho.Brasileiros progressistas e legalistas, saiam da toca!Chega de revolução colorida por meio de instituições golpistas.Temos um governo eleito democraticamente que vai até 2018.   http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2015/07/quatro-capitais-realizam-atos-contra-reducao-da-maioridade-penal-e-manobras-de-cunha-398.html

  5. Uma vizão clara e positiva

    Pelo menos temos uma vizão e proposta clara para sair do atoleiro.

    Tenos que  ir para as ruas para defendermos o nosso futuro, pois se assim não for, ele será negro e  esta turma de vigaristas darão o golpe. Eles tem que sentir mêdo da população. Sem este mêdo, que o Cunha e Renan não estão sentindo,  eles tem certeza de que possam tudo. Não aguento mais estes pastores de araque declaram-se puros.  Os seus fieis são ovelhas  do seus rebanhos, em grande parte pessoas mais simples, que ainda não sabem o tamanho do buraco onde irão parar.

    Teremos que ir as ruas para protestar, enfrentar, lutar se necessário, pois se não o fizermos estaremos “ferrados”! 

  6. “Nunca vi tanto cinismo

    “Nunca vi tanto cinismo junto!”

    Bom dia, Senador.

    Se só agora esse pessoal está começando a acordar, acho que já é tarde demais.

  7. Parabéns Doney. De esqerda

    Parabéns Doney. De esqerda esse governo nada tem. A Grécia à beira do calote paga 2% de juros  por ao ano para o FMI, o Brasil paga 13,25% para banqueiros nacionais e ainda é “investment grade” (se é que isso serve pra alguma coisa).

    Ao invés de fazer uma reforma tributária que taxasse os ricos a Dilma optou por tirar direitos trabalhistas e previdenciários.

    Não sejamos massa de manobra. Só procuram a esquerda na hora da eleição. Não peço impedimento de presidente, contudo se houver me recuso a por minha integridade física em risco por esse governo que se alia a Cunha, Renam, Levy e cia.

  8. O LINDBERG FARIAS É UM TRAIDOR!

    E também um dos principais responsáveis pela atual crise do país! 

    Por causa dele, a PEC 286/2013 teve retirado de seu texto nosso direito de convocar REFERENDOS, quando os projetos de lei do povo fossem recusados no congresso; o que transformaria nosso sistema político num dos mais modernos do mundo, semelhante ao da Suíça.

    Esse direito seria um dos caminhos para a instituição do RECALL, onde o povo inicia o processo de cassação do político com seus ABAIXO ASSINADOS, e depois decide a questão no voto. Se tivéssemos tal ferramenta, a corrupção seria muito menor hoje em dia, e o governo não precisaria fazer tantos cortes. 

    Vejam a palhaçada dele:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.353408031461532.1073741837.300330306769305/355170984618570/?type=3&theater

  9. Dilma sucumbiu à

    Dilma sucumbiu à “austeridade” (Levy, Barbosa).

    Esqueceu que o Estado não é uma empresa. O fim do Estado é o bem estar do seu povo: emprego, vida digna, lazer. Valores e princípios humanos não são (e não devem ser nunca) sobrepuljados por planilhas econômicas, mas ainda quando se sabe incompletas, de eficacia duvidosa e contestadas (na grande maioria das vezes – se afirma – de resultados contrários aos previstos). 

    Dando asas a um antigo temor acadêmico sobre a ameaça de governança de economistas, o respeitável cômico italiano Antonio Albanese cunhou a frase: L’ECONOMIA È UNA COSA TROPPO SERIA PER LASCIARLA FARE AGLI ECONOMISTI” (a economia é uma coisa muito séria para ser deixada fazer por economistas).

    Toda a crise tem um fim. A atual crise econômica mundial não tem sido resolvida pelas medidas de austeridade impostas (de cima para baixo: sem o exclarecimento das propostas restritivas e de austeridades apresentadas e, posterior, aprovação popular. Exemplo: a vergonhosa Carta Secreta de 2011 enviada pelo BCE ao governo italiano proposto cortes dolorosos aos seus cidadãos. A título elucidativo ver os videos abaixo enunciados). Esta, atual, um dia chegará ao fim mas não por méritos da atual política de austeridade (isso vem sendo confirmado a cada dia que se passa).

    Por fim, como a solução deve ser política, entendo que o foco atual de nossa economia deveria se voltar intensamente aos pequenos/medios produtores e empreendedores (familiar, de vizinhança, agro-negócio, industrial, comercial e autônomo) através de medidas econômicas expansionistas e distributivas.

    Dilma ainda tem forças para reverter a situação??? ou o país ainda continuará a ser  governado pela oposição???…

    http://video.repubblica.it/dossier/crisi-grecia-2011/grecia-landini-dimissioni-di-varoufakis-in-italia-non-lo-farebbero-gli-inquisiti/206313/205419  

    e, também,

    http://video.repubblica.it/economia-e-finanza/d-alema-gli-aiuti-alla-grecia-sono-andati-alle-banche-tedesche-e-il-video-diventa-virale/206213/205319?ref=tblv).

     

  10. Como combater a inflação se governadores aumentam ICMS etc
    Como combater a inflação se os governadores estão aumentando ICMS, água, IPVA, energia, etc. A exceção ficou por conta do Rio Grande do Sul que reduziu a tarifa de energia em 4,22%. Outro problema é o TCU que está sabotando o governo Dilma. Ataca a presidente com o suposto crime das pedaladas e além disso tem atrapalhado as obras do governo impedindo licitações das linhas de transmissão de energia e dificultando as obras do PAC como aconteceu no aeroporto de Vitória. Depois vem o Fantástico dizer que a falta de linhas de transmissão é culpa do governo federal e nem cita na reportagem o verdadeiro culpado, o TCU. Os inimigos de Dilma tem telhado de vidro. Chegou a hora de jogar pedra nesta turma. Ou será que o líder do golpismo acha que o povo esqueceu do aeroporto de Cláudio e Montezuma, de ter gasto menos de 12% na saúde de Minas, de ter recebido mensalão em Furnas, etc? Vamos partir para o ataque.

  11. Nada melhor que falar sobre

    Nada melhor que falar sobre golpe contra Dilma com o golpista contra o Collor. Se o pessoal voltar às ruas com caras pintadas, como o Lindbergh fez na década de 90, ele apoiará também? 

  12. Todo governo tem acertos e

    Todo governo tem acertos e desacertos. A Dilma ganhou a eleição e o governo. Tem direito a seus acertos e desacertos. 

     

    1. Acertos

      O pacote de ajuste fiscal não foi exatamente um acerto. Na realidade foi uma correção dos erros de gestão do primeiro mandato. Aécio e Marina, então candidatos, já haviam declarado que fariam ajustes na economia, caso subissem a rampa do planalto. Dilma negou que mexeria no direito dos trabalhadores, e mexeu! Então, eu pergunto: quais foram os acertos desse segundo mandado, com 6 meses de governo?

  13. Oque se constata é mesmo que

    Oque se constata é mesmo que os próprios petistas estão de saco cheio da teimosia de Dilma. Mexer com os trabalhadores era tudo que o Governo não deveria ter feito. A situação de Dilma se agrava por isso mesmo, e principalmente por ela ter tido um discurso durante a campanha e mudado de rumo totalmente ua vez eleita. Como diz a música: “o povo quer comida,…”. A inflação está pegando o pobre que votou em Dilma.

    E “os politizados”, anti-petistas, estão fazendo a cabela, inclusive dos que se beneficiaram com os governos anteriores, como vi ontem. Um senhor está na fila do EXTRA para passar sua mercadoria e aproveita para falar a três funcionárias atendentes. Fez o discurso contr o PT, e terminou dizendo que se elas votarem no PT nós chegaremos ao caos, etc. Como eu estava atrás dele, esperei vê-lo sair para fazer o discurco contrário.

    Acontece que o povo está muito chateado com a vida que voltou a ficar difícil, com gasolina e energia mais cara, com os produtos da cesta básica subindo desenfreadamente, com tudo, enfim, mais distante da mão. 

    Quando vejo um parlamentar como Paim dizendo-se ofendido com as ações do governo que ajudou a se eleger, prometendo até mesmo mudar de partido, é porque a situação de Dilma não é constrangedora não apenas pelo que dita a imprensa ou pelos discursos oposicionistas, mas por petistas, como Lindenberg, que está agora a dizer e se contradizer sobre o momento atual. 

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