Honduras: Toque de recolher e denúncia de fraude eleitoral

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Sugestão de Almeida

Efeito Orloff: A moda bananeira do golpe “constitucional” foi lançada lá, é bom se precaver. 

do Diário Liberdade

Honduras: Toque de recolher e denúncia de fraude eleitoral

O pequeno país da América Central volta a confrontar-se com a realidade de um regime golpista que se recusa a reconhecer a vitória da oposição.

A perspectiva da vitória eleitoral opositora adiou a comunicação dos resultados entre a crescente agitação das massas nas ruas. Finalmente, confirmou-se a fraude eleitoral: o Tribunal Supremo Electoral (TSE) e a vitória da ‘Alianza de la Oposición contra la Dictadura’, de Salvador Nasralla, viu como a sua vitória inicial era anulada enquanto o regime declarava o toque de recolher em todo o país.

O atual presidente do país, Juan Orlando Hernández representante da oligarquia tradicional, vê assim preservada a sua posição institucional enquanto o povo se manifesta nas ruas. Várias pessoas mortas e muitas mais feridas, num caos provocado polas forças do Estado para justificar o toque de recolher.

A chamada “Comunidade Internacional” guarda silêncio quando o Tribunal Supremo dá cobertura a uma impossível viragem dos resultados nos últimos 30% de contagem, quando o partido opositor tinha 70% dos votos. Uma operação impossível que contraria a vontade popular com a cumplicidade dos militares e a pressão policial contra o povo. Silêncio nos meios de comunicação que mantêm uma campanha sem fim contra a democracia venezuelana e dão apoio ao golpismo institucionalizado nas Honduras.

Ao que todo indica, assistimos a um novo capítulo do processo reacionário iniciado com o golpe cívico-militar de 2009 contra Manuel Zelaya, que se reproduziu com golpes institucionais em diversos pontos do continente, com destaque para o protagonizado polo grande capital brasileiro destituindo ilegalmente a social-democrata Dilma para colocar o seu sócio de direita, Michel Temer. Um processo de dimençoes  continentais que tenta recuperar a iniciativa mais extremista do capital em termos de dura crise sistêmica mundial…

 

 

Redação

2 Comentários

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  1. Começa lá e acaba no Sul

    Não tenha dúvida que se lá o império está novamente impondo sua garras demoníacas, elas seguirão desgovernada e aterrorizantes para o Sul. Basta contrariar os donos do mundo.

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