Quando a Presidência da República vira o caso de polícia é mais provável a queda do presidente e não golpe.

 

Muito jornalistas que fazem comentários do dia a dia e terminam não entendendo a dinâmica da história e levantando coisas que não são nada simples como o início de uma ditadura.

Ao se ler a história da chegada ao poder de Mussolini na Itália como a de Hitler na Alemanha, sem contar com o golpe em 1964, pode se verificar que nos três casos citados não houve um golpe logo na entrada dos dois ditadores como primeiro ministro ao poder, ou no caso brasileiro precisou quatro anos para o fechamento definitivo em 1968. Já escrevi há muito tempo, golpe não se improvisa e são necessárias condições claras de apoio de alguma massa como os camisas negras no caso da Itália, os camisas marrons no caso da Alemanha e de amplo apoio das forças armadas no caso do Brasil.

Qual é a situação de Bolsonaro nos dias de hoje, ele não tem a simpatia do generalato, que já conseguiu o seu aumento, perde força por completo nas patentes mais baixas e importante que ninguém se dá conta. Os estados da União que tem maiores forças policiais os dois governadores não são aliados ao presidente pois tem seus próprios projetos de poder. Além do apoio armado tem outro fator que todos esquecem, a burguesia brasileira que detêm o poder prefere neste momento uma figura como Maia do que Bolsonaro, pois este saberá ouvir as lamúrias dos capitalistas que estão vendo que com Guedes a “Vaca vai para o Brejo”.

Começam a surgir rumores que a polícia vai investigar isto ou aquilo sobre o caso Marielle, e quando surgem estes rumores é claro que a polícia já investigou e tem o caminho já traçado.

Vamos relembrar o caso da tentativa de golpe com o caso da Rua Tonelero, o outrora poderoso Getúlio Vargas estava totalmente abatido e não sobrou o golpe de mestre que ele fez com sua vida, barrou tudo colocando o povo na rua e reativando a sua base de apoio que era real e que estava acuada. Bolsonaro não fará nada do mesmo tipo, por preservar a sua vida e por não ter um estrategista ao seu lado, tendo somente um bando de idiotas que não se sustentam por si mesmo.

O cenário está totalmente criado para uma derrubada do governo, o que falta é saber o momento certo, que parece se aproximar cada vez mais rápido e para mostrar a inabilidade dos “estrategistas” da presidência a viagem daquele que ocupa pelo momento a cadeira da presidência da república deveria saber que em crises não se faz grandes viagens.

A situação para a derrubada de Bolsonaro é 99% mais favorável do o 1% da capacidade do mesmo dar um autogolpe, pois os gritos e protestos dos representantes das baixas patentes das forças armadas, mostram que não será com alguns generais caquéticos que haverá mobilização de tropas para fazer coisas que se faz em todo o golpe, fechamento do congresso, STF e demais instituições que legalmente tem capacidade de confrontar uma presidência já debilitada.

Além de todo este cenário desfavorável há ainda o número excessivo de pessoas que já estão pensando no cargo da presidência da República, ou seja, se eles fizerem alguma aliança por debaixo dos panos o fim do governo Bolsonaro já está selado.

Redação

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