Jornal GGN – Jair Bolsonaro (sem partido) protagoniza ataques contra a imprensa desde o início da sua gestão em 2019. Mas, neste primeiro semestre de 2021, as ofensivas aumentaram 74%, em comparação ao seu próprio comportamento no segundo semestre de 2020, apontou um levantamento da Repórteres sem Fronteiras (RSF), publicado ontem, 27, e destacado pela coluna de Jamil Chade, no Uol.
De acordo com os dados, o “sistema Bolsonaro” proferiu, ao todo, 331 ataques contra a imprensa nesses primeiros seis meses do ano, o que significa “um aumento de 5,41% em relação ao segundo semestre de 2020”.
Quem mais disparou contra a empresa foi o próprio Bolsonaro, autor de 87 ataques, sendo que 49 foram direcionados contra um jornalista ou um veículo de comunicação específico.
A família do mandatário segue o seu comportamento. “No mesmo período, Carlos Bolsonaro, vereador da cidade do Rio de Janeiro, foi autor de 83 ataques à imprensa (um aumento de 84,4% em relação ao segundo semestre de 2020), enquanto Eduardo Bolsonaro, deputado federal, atacou a mídia nacional 85 vezes – total elevado, embora apresente queda de 41,37% em relação ao final do ano de 2020, quando havia cometido 145 ataques”, apontou o levantamento.
Assim como os filhos de Bolsonaro, o alto escalão do governo segue alinhado com as humilhações contra a imprensa. Desse meio, entre os principais autores dos ataques estão os ministros Onyx Lorenzoni, Damares Alves e o ex-ministro Ricardo Salles.
A RSF ainda destacou que as jornalistas mulheres, assim como em 2020, são as vítimas preferenciais do “machismo primário e grosseiro da família Bolsonaro”. Elas foram alvos de 6,1% dos ataques da família.
“Hoje, o Brasil ocupa a 111a colocação no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa 2021 elaborado pela RSF, tendo entrado para a zona vermelha do Índice pela primeira vez”, relembrou Chade.
Além disso, no último dia 2, RSF também incluiu Bolsonaro em sua lista global de predadores da liberdade de imprensa.
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