do Brasil de Fato
Diante de uma das piores tragédias climáticas que já atingiram o Rio Grande do Sul, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e o Levante Popular da Juventude iniciaram nesta sexta-feira (3) a distribuição de marmitas a atingidos pelas enchentes por meio das cozinhas solidárias.
A parceria entre o MAB e o MTST na cozinha solidária da Azenha, em Porto Alegre, entregou mil quentinhas nesta sexta a vítimas da cheia na capital. De acordo com os movimentos, a perspectiva é levar alento a quem está perdendo tudo com esta enchente histórica.
O MAB informa que tem um plano de instalação de pelo menos outras nove cozinhas solidárias em três áreas atingidas pelas enchentes.
“Estamos mobilizando militantes de outros estados para virem ao Rio Grande do Sul para atuarmos em dez cozinhas solidárias neste primeiro momento: cinco cozinhas no Vale do Taquari, quatro no baixo Jacuí e uma junto ao MTST aqui na Azenha. Neste momento, estas regiões estão isoladas e sem acesso terrestre. Mas o plano continua e o MAB está buscando as condições para a instalação das cozinhas assim que possível”, pontua a coordenadora do movimento, Alexania Rossato.
O MAB e o MTST também atuaram na cozinha solidária em Arroio do Meio, na enchente do Rio Taquari em setembro de 2023. Naquele momento foram feitas 31 mil quentinhas.
Contribuições para as cozinhas solidárias podem ser feitas pelo Banco do Brasil.
Agencia: 1230-0
Conta Corrente: 118806-2
PIX: 733164570001-83
Cozinha Solidária da Juventude foi montada na Vila Barracão
O Levante Popular da Juventude organizou a Cozinha Solidária da Juventude na zona Sul de Porto Alegre, na Associação de Moradores da Vila Barracão da Grande Cruzeiro. De acordo com o movimento o objetivo é apresentar respostas concretas a essas populações, pautadas nos princípios da solidariedade de classe e da organização coletiva.
Na manhã desta sexta-feira, a deputada federal Maria do Rosário e o deputado estadual Adão Pretto estiveram na Vila Cruzeiro junto ao Levante da Juventude ajudando na cozinha, cozinhando com produtos da reforma agrária.
A iniciativa pretende contemplar os moradores das ilhas e das periferias que foram afetadas no entorno da Cruzeiro. “As ações de solidariedade já têm centralidade nas atividades do Levante anterior ao momento da pandemia, movimento social que tem como uma de suas palavras de ordem a frase “nós por nós”. Se somam como parceiros nessa iniciativa o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e lideranças comunitárias de periferias das diversas regiões de Porto Alegre”, afirma o movimento.
A Cozinha Solidária da Juventude iniciou suas atividades nesta sexta e pretende se manter servindo almoço e jantar inicialmente até domingo (5), sendo possível continuar com suas atividades a partir das demandas que surgirem.
Conforme ressalta o Levante, o Rio Grande do Sul tem sido um dos estados mais afetados pelas mudanças climáticas e seus eventos decorrentes. “Na Região Metropolitana de Porto Alegre, infelizmente vem tornando-se rotina para os moradores da zona Sul da Capital e das ilhas do Guaíba as águas avançarem até suas casas que, ao ser combinada com a falta de energia elétrica, provoca um grande cenário de vulnerabilidade social e insegurança alimentar dessas comunidades”, ressalta.
De acordo com o movimento a juventude tem papel fundamental no combate às mudanças climáticas, a partir da organização popular e na construção de um projeto popular para o Brasil, que enfrente o agronegócio e outros responsáveis pelo desequilíbrio ambiental. “Para além de travar essas discussões nas universidades e escolas, também é dever da juventude estar ativamente contribuindo em processos de combate às dificuldades que são impostas pelos resultados dessas calamidades que vêm ocorrendo.”
Se você tem interesse em contribuir financeiramente, é possível através da chave PIX 51999726020 (Mariana). Também é possível contatar o Levante pelo perfil do Instagram @levantedajuventuders, espaço em que as ações serão divulgadas, e participar das atividades que irão ocorrer.
Edição: Katia Marko
Leia também:
Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.
Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.
O governador não faz absolutamente nada para minimizar os danos causados por eventos climáticos extremos previsíveis e deixa o Estado ser devastado. Então ele pede e recebe dinheiro da União. Depois ele acrescenta ao dinheiro que recebeu da União verbas orçamentárias estaduais e gasta tudo sem precisar fazer concorrências. Quem serão os beneficiários dessa farra? Os contratos emergenciais de obras serão superfaturados? As propinas serão as de costume ou maiores?