Jornal GGN – O papa Francisco reconheceu a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Em declaração ao documentário “Francesco”, exibido nesta quarta (21), o pontífice apoiou a criação de leis que garantam o casamento civil de casais homossexuais.
“As pessoas homossexuais têm direito de estar em uma família. Elas são filhas de Deus e têm direito a uma família. Ninguém deve ser expulso ou ser infeliz por causa disso”, disse o papa, no filme, em trecho no qual reflete católicos que se identificam como LGBT+.
Depois dessas observações, outras opiniões de católicos geraram controversa frente à postura do papa Francisco, quando ele decidiu frisar, ainda mais, a sua opinião sobre uniões civis de casais do mesmo sexo: “Devemos criar é uma lei de união civil. Dessa forma, eles são legalmente cobertos”, assinalou. “Eu defendo isso”, completou o papa Francisco.
A produção cinematográfica sobre a vida do pontífice estreou nesta quarta, como parte do Festival de Cinema de Roma. O filme narra a abordagem do papa Francisco sobre questões sociais urgentes e aqueles que, segundo suas próprias palavras, vivem “nas periferias existenciais”.
Além da disposição do papa Francisco em apoiar a união de pessoas do mesmo sexto, o documentário traz a atuação do pontífice por migrantes e refugiados, pobres, as mulheres na sociedade e a questão do abuso sexual dentro da Igreja.
Em outro trecho do filme, segundo a agência de notícias católicas CNA (Catholic News Agency), o pontífice aparece encorajando dois homens em um relacionamento do mesmo sexo a criar seus filhos junto à igreja.
“Ele não mencionou qual era a sua opinião sobre a minha família. Provavelmente ele está seguindo a doutrina neste ponto”, disse o homem, após elogiar o papa Francisco por sua disposição.
Em entrevista à agência CNA, o documentarista Evgeny Afineevsky, que vem acompanhando o Papa Francisco desde 2018, com acesso sem precedentes ao cotidiano do líder católico, admitiu que o papa fez o apelo por uniões civis durante uma entrevista para o filme. Em outra ocasião, o cineasta havia afirmado que o documentário pode não agradar a todos os católicos.
“Não olhei para ele como o papa, estou olhando para ele como um ser humano humilde, um grande modelo para a geração mais jovem, um líder para a geração mais velha, para muitas pessoas que não estão no mesmo sentido da Igreja Católica, mas no sentido de liderança pura, no terreno, nas ruas”, disse Afineevsky.
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Comprovada a existência de união afetiva entre pessoas do mesmo sexo, deve-se reconhecer o direito do companheiro sobrevivente de receber benefícios decorrentes do plano de previdência privada, com os idênticos efeitos operados pela união estável. A decisão inédita — até então tal benefício só era concedido dentro do Regime Geral da Previdência Social — é da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, em processo relatado pela ministra Nancy Andrighi.
https://www.conjur.com.br/2010-fev-09/parceiro-mesmo-sexo-direito-receber-previdencia-privada
A união entre as pessoas deveria ser por questão de amor, não por questão de sobrevivência
A Igreja Católica ainda vai ter muito o que fazer para continuar sendo ouvida neste mundo. Precisa, por exemplo, acabar com a bobagem do celibato de padres e freiras.