Brasileira já ganhou prêmio internacional por projeto de dessalinização, lembra Haddad

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Depois que Jair Bolsonaro anunciou, sem muitos detalhes, uma desejada parceria com Israel em busca de um projeto de dessalinização de água para o Nordeste, o ex-candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad, usou o Twitter para lembrar que uma brasileira, negra, bolsista do Ciência Sem Fronteiras, já ganhou um prêmio internacional por ter desenvolvido um trabalho com o mesma tema.

Nadia Ayad, formada em engenharia de materiais pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), do Rio de Janeiro, criou um sistema de dessalinização que utiliza o grafeno – material derivado do carbono, 200 vezes mais resistente que o aço, mas flexível e utilizável em placas solares. 

Por conta do projeto, ela foi premiada com uma viagem para a Suécia para conhecer tecnologia e pesquisas locais sobre o tema. 

Em 2014, o G1 informou que sistema de dessalinização de águas já é utilizado em 9 estados no País. Leia mais aqui.

 

Leia mais abaixo:

Do Conexão Planeta

Brasileira ganha prêmio internacional ao criar sistema de dessalinização de água com grafeno

Tido como uma matéria-prima revolucionária, o grafeno é um derivado do carbono, extremamente fino, flexível, transparente e resistente (200 vezes mais forte do que o aço). Considerado excelente condutor de eletricidade, é usado para a produção de células fotoelétricas, peças para aeronaves, celulares e tem ainda outras tantas aplicações na indústria.

Por ser considerado um dos materiais do futuro, ele foi escolhido como tema do Global Graphene Challenge Competition 2016, uma competição internacional promovida pela empresa sueca Sandvik, que busca soluções sustentáveis e inovadoras ao redor do mundo.

E a brasileira Nadia Ayad, recém-formada em engenharia de materiais pelo Instituto Militar de Engenharia (IME), do Rio de Janeiro, foi a grande vencedora do desafio. Seu projeto concorreu com outros nove trabalhos finalistas.

Nadia criou um sistema de dessalinização e filtragem de água, usando o grafeno. Com o dispositivo, seria possível garantir o acesso à água potável para milhões de pessoas, além de reduzir os gastos com energia e a pressão sobre as fontes hídricas.

“Com a crescente urbanização e globalização no mundo e a ameaça das mudanças climáticas, a previsão é de que num futuro não muito distante, quase metade da população do planeta viva em áreas com pouquíssimo acesso à água”, afirma Nadia. “Há uma necessidade real de métodos eficientes de tratamento de água e dessalinização. Pensei que a natureza única do grafeno e suas propriedades, incluindo seu potencial como uma membrana de dessalinização e suas propriedades de peneiração superiores, poderiam ser parte da solução”.

Como prêmio, a estudante carioca fará uma viagem até a sede da Sandvik, na Suécia, onde encontrará pesquisadores e conhecerá de perto algumas das inovações e tecnologias de ponta sendo empregadas pela empresa. Ela visitará ainda o Graphene Centre da Chalmers University.

Esta não será a primeira experiência internacional de Nadia. A engenheira brasileira já tinha participado do programa do governo federal Ciências Sem Fronteiras, quando estudou durante um ano na Universidade de Manchester, na Inglaterra. Agora ela pretende fazer um PhD nos Estados Unidos ou Reino Unido, pois acredita que, infelizmente, terá mais oportunidades para realizar pesquisas no exterior do que no Brasil.

Foto: divulgação Global Graphene Challenge Competition

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

7 Comentários

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  1. Lembrando que o Brasil é o

    Lembrando que o Brasil é o pais que tem AS MAIORES RESERVAS DE AGUA DOCE DO PLANETA, dessalinização em larga escala é o metodo mais caro para obter agua potavel, valido no Oriente Medio onde há pouquissima agua doce mas no Brasil só tem sentido para poços com agua salobra, em grande escala é melhor trazer agua do Aquifero Alter do Chão, no Pará, o maio do mundo, por tubulações de aço, como feito no deserto da Libia, onde se transporta agua do Aquifero Nubio para Tripoli, são 3.550 quilometros, do Alter do Chão para o Nordeste brasileiro é metade disso.

  2. André, que me desculpe
    Parece que não conhece o Brasil. Gostamos dos anúncios de grandes projetos quase que mirabolantes. Se for com dinheiro público e com cargos-altos cargos-altos para apaniguados, não tem graça. Para não dizer que é implicância, olhe o nosso “trem bala”.

  3. O bozonazi – presidente

    O bozonazi – presidente eleito dos bolsominions, não se cansa de passar vergonha. Anunciou como grande solução para a falta de água no Nordeste, a dessalinização da água, e parceria com os sionistas de Israel no projeto. O que a ANTA não sabia é que o Brasil já usa o processo desde 2004 (governo Lula), em nove Estados. Mais uma vez Lula, o visionário, adiante do seu tempo.

     

  4. Marketing da pior
    Marketing da pior espécie…..

    É só disso que essa gangue que vai se apropriar do país vai sobreviver…….

    Marketing ruim, que será desbancado por um tuite…….

    Um bando de ogros, de aves de rapina, de abutres que cairá na pele do povo sem dó…………

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