O Brasil vai perder o bonde da corrida armamentista, por Luís Nassif

Tem-se a Avibrás em processo acelerado de desmonte, com a possível venda para investidores estrangeiros. E sem reação governo ou das FFAAs

Avibras – Divulgação

O preço do subdesenvolvimento é a eterna ignorância. É extraordinária a capacidade que o país tem de destruir todas suas iniciativas promissoras. Esta semana foi divulgada a intenção do Exército de comprar drones capazes de disparar mísseis, bombas ou granadas.

Na longínqua década de 90, fui ao Instituto Militar de Engenharia só para conhecer Rex Nazareth, um dos pais do desenvolvimento nuclear no Brasil. Lá, ele me mostrou todas as pesquisas do IME, a mais promissora das quais era, justamente, a fabricação de drones – tema pouquíssimo falado na época. Tinha também sistema de sensores para identificar movimentos de terra ou em rios, úteis para presídios e para a fronteira amazônica. E me fez uma pergunta inacreditável:

  • Como podemos mostrar isso ao governo? Você teria um caminho?

Ou seja, o Estado brasileiro não tinha informações sobre o que estava sendo produzido em um instituto público, o IME. Menos ainda o Alto Comando do Exército, que sempre jogou a engenharia e o IME para segundo plano.

Não apenas isso. Na guerra do Golfo, houve o enorme sucesso da Engesa (Engenheiros Especializados S.A), com seu carro de guerra Cascavel. A Avibrás montou reputação internacional com o sistema de artilharia Astros II. A Imbel (Indústria de Materiais Bélicos do Brasil) tornou-se um grande fabricante de armas, munições e equipamentos militares. E a Embraer tornou-se um dos maiores players globais de aviação – cujo controle quase foi vendido à Boeing no governo militar de Jair Bolsonaro.

Pouca coisa restou desse período. Agora, tem-se a Avibrás em processo acelerado de desmonte, com a possível venda para investidores estrangeiros. E não há nenhum movimento do governo ou das Forças Armadas para mantê-la no Brasil, podendo até invocar princípios de segurança nacional.

E tudo isso em um momento em que a nova corrida armamentista vai transformar a indústria de defesa no grande motor de investimento global.

Em 2024, os orçamentos de defesa europeus aumentaram 11,7% em termos reais. Dez anos atrás, havia a diretriz da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) dos gastos em defesa corresponderem a 2% do orçamento de cada país. Apenas três países cumpriram o requisito. Até o final de 2024, já eram 23 dos 32 membros da OTAN.

Quem irá se beneficiar desse movimento é o Japão e a Coréia do Sul, que apareceram como grandes exportadores de armas. O Japão iniciou sua indústria de defesa apenas em 2014. Já as exportações da Coreia do Sul foram de US$ 14 bilhões em 2023, entrando para o clube dos 10 maiores exportadores.

Um artigo de Eduardo Vasco, no Observatório de Geopolítica do GGN, trouxe um quadro amplo do que está ocorrendo. Na quinta-feira passada estava prevista uma cúpula especial de defesa da União Europeia, para debater os planos de expansão militar.

Em janeiro de 2024, o jornal Bild divulgou documento secreto das forças armadas alemãs prevendo uma guerra direta entre a OTAN e a Rússia no verão europeu de 2025. Em seguida,  Robert Bauer, chefe do comitê militar da OTAN, declarou em uma reunião com os chefes militares dos países-membros: “precisamos de uma transformação da OTAN para a guerra”, segundo contou Vasco.

Enquanto isso, na licitação FX – dos caças da FAB – optaram por um caça sueco, influenciado pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, sem nenhuma preocupação em relação à segurança nacional e às perspectivas comerciais. Não levaram em conta que motores e aviônica são produzidos nos Estados Unidos, que poderá vetar a venda de acordo com suas preferências geopolíticas.

Resta o submarino nuclear, cujo programa foi duramente afetado pela Lava Jato. Até agora foi entregue apenas um. Ainda não foi entregue o submarino Álvaro Alberto. Que na sua entrega a luz de Álvaro Alberto se espraia pelas Forças Armadas e abra espaço para seus cientistas voltarem a trabalhar em pesquisas avançadas.

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57 Comentários

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      1. A guerra é o inferno. Se Vossa Incelência discorda, vá para Gaza, esperar as bombas enviadas por U$rael.
        Faça amor, não faça guerra. Se quer fazer guerra, guerreie contra a miséria e contra a ignorância

      1. People get ready
        (Rod Stewart and Jeff Beck)

        People get ready
        There’s a train a-coming
        You don’t need no baggage
        You just get on board
        All you need is faith
        To hear the diesels humming
        Don’t need no ticket
        You just thank the Lord
        People get ready
        For the train to Jordan
        Picking up passengers
        From coast to coast
        Faith is the key
        Open the doors and board them
        There’s room for all
        Among the loved the most

        There ain’t no room
        For the hopeless sinner
        Who would hurt all mankind just
        To save his own
        Have pity on those
        Whose chances are thinner
        Cause there’s no hiding place
        From the Kingdom’s Throne

  1. Uma ponderação.

    Acho que a ENGESA e o Cascavel são da guerra Irã e Iraque, não dá guerra do Golfo, bem, pelo menos foi nessa época, década de 80, que me lembro das propagandas da indústria associada com as peças institucionais das FFAA.

    Outro ponto desconsiderado.

    A pá de cal em nossa capacidade de desenvolvimento tecnológico nas novas modalidades de guerra foi o ataque a Odebrecht.

    Junto com o controle do pré sal, foram os dois alvos centrais de Obama no golpe de 2016.

    A época que Lula caiu naquela estorinha de “esse é o cara”.

    Como diz o diabo Al Pacino, no filme O Advogado do Diabo “ah, a vaidade, meu pecado favorito.”

  2. Nada como termos a garantia de sermos defendidos pelo império decadente do norte, a meta é sermos eternos subalternos, e mesmo assim os donos dessa terra são putrefatos de ricos.

  3. Dizer o que?
    Dizer o quê?
    Num país em que um brasileiro primeiro voou num avião na história humana, mas teve que fazer isso em Paris. Aqui? Ele suicidou-se, dizem que por desgosto de ver Getúlio bombardeando prepotente e arrogantes paulistas, mas de fato foi um combo, inclusive o de provincianos já se encontrarem adestrados a venerar, adorar os Estados Unidos, depois de séculos de veneração e adoração à Espanha e depois à Inglaterra. Brasil? Nada! Um país onde militares “nacionalistas” batem continência à bandeira americana. Nascemos para ser uma eterna Ucrania; verdadeira eslávia, no pior sentido criado pela Europa ocidental; jamais para Rússia.

  4. Mas o jogo é e sempre foi esse. Tudo que pode ser importante e rentável, é desvalorizado, passado pra frente ou destruído para que o first world mantenha seu pib per capita acima de 60 mil dólares.

  5. Disseram certa vez no passado que, “não pode haver uma potência abaixo da linha do equador”, e de fato, desde a Proclamação da República a última potência deixou de existir, o nosso país. No regime monárquico tínhamos a segunda marinha do mundo e um dis maiores exércitos do mundo, mas após o golpe, as forças armadas foram sucessivamente sabotadas pelos POSSEIROS que tomaram o país de assalto até os dias de hoje. Eles criaram os primeiros institutos de tecnologia avançada do país. Porém, apesar de nossos engenheiros e cientistas não deverem em nada em capacidade das grandes potenciais, eles são deixados de lado. Exemplo disto, foi que a primeira placa mãe do mundo para computadores foi de brasileiros e hoje está no museu aeroespacial em São José dos Campos. As potências ocidentais e agora as orientais nos mantém na mediocridade e na dependência tecnológica com apoio dos dignitários do nosso país desde 1889. Perdemos neste cenário político massa crítica para gerar riqueza e capacidade de projeção de poder para não ameaçar os interesses estrangeiros (ocidental e oriental) em detrimento das obrigações de defesa e segurança nacional. Paralelo a isto, a constante desmoralização dos militares ao longo do século XX e XXI e a formação acadêmica e cultural de antipatriotismo na sociedade civil, lança por terra quaisquer esperança em ter uma Indústria de Defesa & Segurança potente e independente da AGENDA de poder global imposta por potências ocidentais e orientais. Tudo isto, tem aprovação da classe política, intelectual e científica que não entendem nada de geopolítica, ciência política, história da política, história das relações internacionais, política de segurança & defesa e governança. Esta classe se torna na prática há mais de um século instrumentos destas potências estrangeiras (ocidentais e orientais). Por fim, o país não tem projeto algum de nação, sua civilização está perdida, pois vive os ciclos de 4 ou 8 anos de apenas projetos pessoais de poder com base em ideologias do que no pragmatismo. Falta noa faz é de definição de doutrinas e planos de médio e longo prazo CIVILIZATÓRIO, que foram trocados por planos pessoais de curto prazo, manifestados através dos inúmeros “projetos de poder ditatorial” que sempre tivemos desde o primeiro presidente no regime republicano, se mantiverem no poder.

    1. Assim é. Basta ver a divisão do bolo orçamentário federal e a enorme dificuldade de prover casa, alimentação, trabalho, saúde e EDUCAÇÃO para o pobrerio. Projeto de nação ? Quando o governo federal faz o contraditório ? Lula é um bom presidente mas não se espere dele confrontações. Como diz o ditado “de onde menos se espera daí é que não sai nada mesmo”.

  6. O Brasil JÁ PERDEU O BONDE DA CORRIDA ARMAMENTISTA, pois não há incentivo por parte dos governos, do meio acadêmico e da grande imprensa. Aqui no Brasil todos descrevem a indústria de defesa brasileira (não só armamentista) como algo desnecessário em um país que não participa de guerras. Por outro lado essas entidades parecem desconhecer o quanto de alta tecnologia está ligada à BID, Base Industrial de Defesa Brasileira. As tecnologias envolvidas vão desde sistemas de comunicação, defesa cibernética, indústria aeroespacial, entre outros.
    Todos os anos o nosso país perde técnicos e engenheiros altamente especializados nas áreas de defesa e segurança para outros países porque aqui há cada vez menos espaço para esse tipo de profissionais.
    Enquanto os meios governamentais, acadêmicos e até mesmo a própria população brasileira não tomarem consciência da importância das empresas de defesa, o Brasil continuará dependente de outros países e a mercê de suas exigências.

    1. A generalada investe em viagra, prótese peniana, tratamentos capilares, entre outras firulas canalhas, quiçá, formulações de golpe. E a culpa é da sociedade e governo “que não valoriza” a indústria de defesa, e, por conseguinte, os militares.

      1. O furo é mais embaixo. Condições temos o que falta é liderança com visão nacionalista em todo o espectro político. Qualquer grande liderança que pense num Brasil grande e independente é batido. Basta ver a história brasileira e seus grandes nomes: Getúlio Vargas, Fernando Henrique, Paulo Freire e outros do mesmo quilate. Lula não tem a envergadura desses gigantes.

        1. Fernando Henrique? Aquele que num país com imensos problemas a resolver, se preocupou, sem necessidade, em abrir mão unilateral do direito de desenvolvimento nuclear de defesa? Que devastou a indústria nacional, a pesquisa e desenvolvimento? Que privatarizou estatais como a Embratel para um prof. ginástica trambiqueiro e caloteiro com dinheiro da Embratel? Que destruiu as Teles e os bancos estaduais para o capital estrangeiro? Que conviveu com o escândalo do Banestado com “exportação de valores” semelhantes aos das privatizações? Que privatarizou a maior e mais rica mineradora do mundo por míseros 2,7 bi? Que serviu, animadíssimo, de encosto para Clinton? Que vendeu um naco da Petrobrás para estrangeiros sem nenhum benefício para a empresa? Pelo contrário, quebrou seu bem sucedido monopólio? Que quebrou leis de soberania para dar acesso a estrangeiros? Que deu chilique quando um repórter questionou o salário minimo? Que nos surpreendeu (e a si) com o apagão e racionamento de energia? Que sequestrou o plano Real do Itamar para ganhar a eleição e entregou juros de > 42% e inflação de > 20%? Que arranjou uma reeleição em benefício próprio? Que quebrou o braZil 3 vezes com o FMI? Que, junto com Serra, foi para o Chile pré-golpe de Allende e desfilava na “mais linda Mercedes azul”? Eu hein…
          Ou tem outro FHC?

  7. A onde é que está o poblema ? É que quem conduz a direção do sonso Exército, é sego. Não tem noção, do que é ser independente , sem precisar de ninguém, para efeito de defesa. Escutem só, um dia ,nós vamos precisar da 2° via dessa chave, e não teremos. Porque não cavaram o poço
    para a sua independência Militar. Escutem, um dia, essa falha, virá a tona.

  8. Pois é Nassif,no Brasil cada um na sua bolha preocipado só com o seu bolso(políticos,instituições e etc..)enquanto o mundo pega fogo é um pais desestruturando(estatizações)sabotando (lavajato dos euaaa traira e midia vira lata senão comorada)um ferrando o outro enquanto no Brasil não se percebe ou não quer oerceber q aqui precisa ter o mínimo do mínimo de estrutura pública (para todos)Nassif existe aqui um grupo de ORGANIZAÇÃO DE EMPRESÁRIOS sem limites na ganância avançando sobre setores piblicos estratégicos do País só para ganhar muito dinheiro,são sem moral e ética nenhuma mas juram q têm isso aff sem mais obg ggb !!!

  9. Vejo falta de interesse em tudo pelo governo mais no geral todos políticos
    Comprar caças de outros países e não investir na Embraer em caças nacionais e fortificar a mesma globalmente
    Avibras outro exemplo deixar privatizar perdendo força no que poderia ser umas dasbgrandes armamentistas de fornecimento de suprimentos as nossas forças
    O que achou engraçado que são coisas fáceis de até pessoas leigas entenderem mais para os vulgos líderes e estudados parece invisível aos olhos

    1. O Lula é sim um estadista genial, já fez e está fazendo muito para o nosso Brasil e nosso povo, só que com minoria no congresso, pouco tempo de permanência no governo e cercado por lobos, hienas e outros tipos de direita formada, por vendilhões, corruptos, traidores da pátria, golpistas, Aí digo o Lula, Dilma, todos PT e Esquerda já fizeram o quase impossível e fez demais

    2. Não se trata de entender. O sucateamento das forças armadas dos países periféricos do Capitalismo imposto pelo Consenso de Washington.

      “Fala-se em emagrecer o Estado para torná-lo mais eficiente. Mas o que parece se
      pretender, na verdade, é reduzi-lo a níveis tão ínfimos que desorganizariam a máquina estatal e podem comprometer até a sua missão clássica de provedor de segurança contra ameaças internas à ordem pública ou externas à integridade territorial. A sugestão acolhida em estudos dos organismos internacionais do FMI à ONU de condicionar a cooperação externa à redução de gastos militares e à redefinição das forças armadas pode ter mérito em alguns casos extremos mas configura uma nova e grave incursão na soberania nacional, campo tão vital e sensível como o da formulação de política macroeconômica.

      Acolhidas tais idéias, poder-se-ia até chegar na América Latina, pelo menos nos países menores, à dispensa do próprio Estado mínimo, da concepção do Estado-gendarme, passando a manutenção da ordem pública interna a depender, quem sabe, de forças multinacionais, da ONU ou da OEA, em “operações de paz” aplicadas cada vez mais a conflitos internos do que a conflitos internacionais. São tantas as limitações que se desejam impor ao Estado, que este pareceria estar sendo objeto de uma estratégia de solapamento da própria idéia de nação, da qual o Estado nada mais é do que a sua forma jurídica organizada”.

      https://professor.pucgoias.edu.br/sitedocente/admin/arquivosUpload/17973/material/Consenso%20de%20Washington.pdf

      É possível uma nação periférica do capitalismo enfrentar um tsunami do capital e de seus agentes?

  10. “Só não vê, quem não quer”. Existe uma trama por parte dos americanos e europeus, para impedir que países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, de se desenvolver, principalmente quando se trata de tecnologias para defesa, própria ou para comercialização. O Brasil tem de se desvincular dessas potências militares, que tem essa pretensão. Do contrário estaremos fadados a ficar submissos ao poder das grandes potências, militares e econômicas.

  11. Sim. Tem razão. Realmente esse é o preço do subdesenvolvimento: a eterna ignorância.
    E quisermos um dia sermos próximos a uns 70% autossuficientes em armanentos, temos que investir robustamente em pesquisas e incentivar igualmente a indústria nacional.(importante ter uma meta). Infelizmemte essa argumentação já foi muito repetida mas parece que o pessoal político é avesso ao assunto e só pensa em ficar bem de vida.E nesse caso quanto mais subdesenvolvido, mais surfam.

  12. Essa corrida armamentista vai ser perdida por quem chegar em primeiro e por quem chegar em último lugar. E também por todos os outros que chegarem nas demais colocações. Incluindo os que não participarão da corrida. O próximo passo dessa corrida é o fortalecimento das Forças Espaciais. Os EUA já instituíram as suas. A Rússia e a China, provavelmente, não ficarão atrás. Eu acho que não haverá tempo hábil para a guerra interplanetária. Muito antes a vida na Terra estará extinta.

    1. Falou pouco e disse tudo. Investir em armas e munição para ser aniquilado?
      Discordo. Vamos investir em saúde, educação, lazer, etc. Mais pão, menos canhão

  13. Lembro muito bem das campanhas de 2018 e 2022 quando Ciro Gomes dizia que um dos pilares para seu programa de desenvolvimento era justamente uma indústria de defesa forte….Ridicularizaran-no….tanto a direita como.part da esquerda….Se não fosse o Ciro se esguelar e a sorte ajudar a Embraer já era da Boeing….Esse e um país de medíocres que só vota em medíocres….

  14. O entreguismo nas nossas Forças Armadas é tão antigo e arraigado quanto o golpismo! Desenvolvimento das nossas capacidades tecnológicas nunca é prioridade, sempre a compra de equipamentos caros e sofisticados de eficácia duvidosa para uma estratégia de defesa, não me cheira muito bem…

  15. Então, passados 10 anos, o jornalista Luis Nassif concorda com este comentarista, que em 2013 alertou que a escolha do Gripen seria um “erro histórico”…
    Pois, nunca fui tão atacado em minha vida. Até hoje sofro por conta do ódio alheio.
    Digo, que a justiça proporcionada pelo tempo é pouco compensatória.

    No mais seguimos com mais do mesmo: vivemos num governo enfraquecido e com muito estrogênio… Isto impede a solução óbvia que é a estatização da Avibrás.

      1. Caríssimo Rui Ribeiro, saiba…

        O meu nome é César Antônio Ferreira, no entanto, sou comentarista e colaborador de sites sobre conflitos, geopolítica, material e indústria bélica há mais de trinta anos. Tenho artigos assinados com meu nome no “Portal Defesa” e no “Site Plano Brasil”. Em fóruns militares estou presente com o avatar “Ilya Ehrenburg”.

        Tive o prazer de fazer um comentário extenso em 2013, assim que foi anunciado o Gripen NG como vencedor da concorrência FX-2… Este comentário foi pelo editor deste espaço alçado a condição de postagem com o título: “A Escolha do Gripen Foi Um Erro Histórico”…
        Por conta disso foi agredido verbalmente em Feiras de Mostra de Armas (Mostra BID Brasil) e nas ruas (padarias), sem falar nas redes sociais.
        Ironicamente, o tempo me fez justiça, visto que disse em 2013 que a Suécia tinha peso geopolítico nulo, que a aeronave só resguardava a aparência com algo comum para com o antecessor Gripen “C” e que teríamos de resolver todos os problemas de engenharia. Aí está: 2024 e apenas 08 aeronaves, que ainda testam configurações de voo, aviônicos, capacidade real de sensores, e o pior… Nova geometria de superfícies móveis de controle.
        São 08 protótipos ao custo de 135 milhões de dólares por unidade!

        E continuo: sequer temos ToT deste programa, pois a SAAB levantou uma planta de estruturas no Brasil, rompendo o acordo com a AKAER, ou seja, realiza transferência de tecnologia dela para… Ela mesma.

        Digo que tive o prazer de redigir aquele comentário no intuito de servir como aviso, pois conheço bem os meandros da aquisição de material bélico e os vícios deste campo. O ilustre jornalista Luis Nassif é um propagador da atividade industrial e acreditava, piamente, nas promessas da SAAB e da “Gloriosa” (FAB) quanto ao programa…
        Agora, creio que aprendeu e deve estar com a alma tomada pelo mais saudável ceticismo.

        E fico por aqui, não antes sem dizer-lhe para que se abstenha de apontar o dedo acusatório. Não és nada!
        Nada sabe da vida, própria e da vida alheia, para acusar o outro…
        E a mediocridade talvez esteja ao teu lado, caríssimo senhor Rui Ribeiro.

        Att,
        César A. Ferreira

        1. Sr. Cesar A. Ferreira, o meu comentário das 6:39 am, desta data, não foi dirigido ao Senhor. Foi uma resposta ao comentário do Mateus Kolling.
          Muito obrigado pela sua atenção. Foi um prazer conhecer o Senhor. E, deveras, eu não sou nada nada.
          My name it means nothing
          My fortune is less
          My future is shrouded in dark wilderness
          Sunshine is far away, cliuds linger on
          All I possessed now they are gone.
          Black Sabbath, Solitude

          1. Sr. Rui Ribeiro.

            Atente-se ao fato de que a sua intervenção estava recuada, o que denota uma resposta, direta, a minha entrada anterior.
            Além disto, o teor da mesma é afrontosa e direta…
            Perceptível.

          2. Olhe o contexto. Os comentários do Kolling e o meu falam de mediocridade. Você não foi o único que r4spindeu ao comentário do Kolling

  16. Perdão de dívidas, não cobranças dos juros, abatimentos dessas, prós ricos comem todos orçamento da UNIÃO… Excesso de cargos de confiança, altos salários, etc, também consome o orçamentos da UNiÃO.

  17. Alguns erros de informação nesta reportagem, o primeiro e o governo Bolsonaro não foi militar, longe disso pois se fosse o atual presidente não estaria no poder, segundo a Embraer depois de sua privatização deixou de ser nacional a muito tempo passando a ser uma multinacional no qual hoje se tornou uma potência no ramo da aviação e a avibras por má administração e falta de serviço chegou no ponto onde está, sou ex funcionário da avibras sai de lá com 17 salários atrasados mais encargos trabalhistas atrasados que até hoje não recebi, se o governo socialista de hoje não dá o devido valor a avibras então que seja vendida e que siga o caminho que a Embraer hoje tomou.

    1. Você tem razão. Militares não sabem governar. Eles são experts em sequestrar, torturar, assassinar e ocultar cadáveres. O mandato do Bolsobosta foi um desgoverno militar deletério

  18. Pelo amor de Deus, não tem ninguém neste país que possa intervir nessa questão da venda da AVIBRAS?
    A Europa terceirizou sua defesa durante décadas e agora vê o quanto isso foi prejudicial para a defesa do continente, e o Brasil parece não aprender nada com o erro da Europa…
    Alguém pode nos ajudar, por favor!?

    1. A Europa não quer se defender, ela quer atacar a Rússia, cercá-la de mísseis.
      Leia o comentário do Galileu Galilei de 24 de março de 2025 às 3:30 pm.

      Tiro pela culatra dos milicos
      Mirinho 24/05/2005 05:07

      Tê com o Pedro, integralmente.

      Militar só serve pra sugar dinheiro público e promover golpezinhos de merda, por falta do que fazer. Vida na caserna deve ser mesmo uma coisa enriquecedora! Lustrar botina, fazer ordem unida, hastear bandeira, fazer exercício, limpar alojamento, desmontar e montar armas, correr, pular, sentinela, meia volta volver, aula de educação física, aula de “planejamento tático” para uma guerra nuclear e outras piadas; puxar o saco do sargento; aulas sobre intimidação dos paisanos; como dirigir um brucutu e simulação de guerras que jamais existirão (já imaginaram as forças armadas tupiniquins enfrentando uma invasão de mísseis americanos ou tropas chinesas? ia ser uma rendição incondicional antes de iniciada a guerra).

      Chega! Não quero mais que meus impostos sirvam pra bancar a boa vida dessa cambada de inúteis e suas famílias.

      Felizmente não teremos nunca mais um golpe como o de 64 no Brasil, porque seria abortado no nascedouro. Afinal, quem vai seguir ordens de uma entidade traíra do próprio povo que a sustenta nababescamente e o qual jurou defender a qualquer custo?

  19. E continua essa obsessão por armamento. Pra colocar na mão dessa milicada golpista, atrasada e subserviente aos interesses norte-americanos?
    Melhor se transformar primeiro num país avançado em tecnologia que tragam bem-estar as pessoas. Se precisar guerrear contrate uma empresa militar privada, que sai maus barato do dar armamento de qualidade a esses míticos inúteis

    1. Clarifico: a experiência biológica a qual me refiro é aquela que teve início com o surgimento das cianobactérias, passando pelos dinossauros, pelo surgimento dos mamíferos chegando mais recentemente ao homo sapiens, o qual, me parece, de sapiens ainda precisa provar que de fato é.

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