Candidatos à Presidência da Câmara pedem apoio na véspera da eleição

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Da Agência Brasil

Por Paulo Victor
 

Os quatro deputados que disputam neste domingo (1) a presidência da Câmara dos Deputados iniciaram o dia tentando convencer os colegas em favor de suas candidaturas. No plenário Nereu Ramos, os deputados novatos, que tomam posse também neste domingo, participaram de um evento promovido pela Casa, que contou com a presença dos candidatos Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (PSol-RJ).

O líder e candidato do PMDB, Eduardo Cunha, se reuniu com deputados da Frente Parlamentar da Agricultura. Após passar pelo encontro de ambientação dos parlamentares, onde opinou sobre reforma política, ao lado dos adversários, Cunha era aguardado em dois almoços e um chá com bancadas como a feminina e esposas de deputados. No fim do dia, oferece um jantar para todos os deputados.

Após se reunir com a bancada do PSB, Júlio Delgado participou de uma reunião que formalizou o apoio do PSDB, PPS e PV à sua candidatura. “Nós não temos aqui a posição partidária, é a posição de atuação. O que esse bloco consolida é que nós temos duas candidaturas que não têm vínculo com o governo, ou com cargos do governo, e por isso dará a elevação da estatura que precisamos para o Poder Legislativo”, disse Delgado, adiantando que os parlamentares dos outros partidos pretendem manter o bloco de forma permanente.

Correndo individualmente no corpo a corpo para convencer os colegas, Chico Alencar disse que não conta com o apoio formal de outros partidos, mas tem conversado com todos os parlamentares e apresentado a sua plataforma. O seu projeto, disse, não visa atender a “pauta corporativista interna” da Câmara. “O importante é o convencimento, você trazer propostas relevantes que deem conta do resgate do Parlamento como casa de fato do povo, e não casa de poucos”, afirmou.

Já Arlindo Chinaglia, que também esteve presente no evento que detalhou o funcionamento da Casa aos novatos, participa de reuniões ao longo do dia com colegas deputados. No fim da tarde, ele comparece a um coquetel com parlamentares mulheres no centro de Brasília e, depois, janta com parlamentares e familiares em um clube, também na capital federal. Às 16h, seus apoiadores fazem uma reunião da bancada na Câmara dos Deputados.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

8 Comentários

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  1. Sabe o Cunha?

    Política Para Quem Precisa 27 de janeiro às 05:18 · Editado ·

    Sabe o Cunha? Sim, o Cunha, aquele Eduardo que quer ser o presidente da Câmara Federal. Sabe? O Cunha? Quem realmente sabe está se mobilizando para impedir a vitória dele no Congresso Federal. Conheça algumas peripécias do deputado:

    Começou sua carreira política no antigo PRN, de Collor, e com seu apoio virou Presidente da antiga TELERJ. Mudou-se para o PP, e em aliança com o então Governador Garotinho, chegou à Presidência da CEHAB. Rompido com Garotinho, largou o PP e foi para o PMDB, em 2003, aonde está até hoje.

    Em 2014, fez uma das campanhas mais caras nas eleições, arrecadando mais de R$ 6,8 milhões, financiado pelas empresas desses setores: a Rima Industrial (mineração) doou R$ 1 milhão, a AMBEV, a Coca-Cola e a RJ Refrigerantes doaram juntas R$ 1.550.000, os bancos Bradesco, Pactual, Santander e Safra doaram R$ R$ 1.350.000, a Telemont (Internet) doou R$ 900 mil, a Lider Táxi Aéreo doou R$ 700 mil, a Shopping Iguatemi doou R$ 500 mil. É também o preferido da bancada ruralista na disputa pela presidência da Câmara.

    Eduardo Cunha começou a carreira como apadrinhado de Fernando Collor, depois virou amigo de Antony Garotinho, virou evangélico fundamentalista da Igreja Neopentecostal Sara Nossa Terra, hoje é amigo íntimo dos irmãos Domingos Brazão (Dep. Estadual) e Chiquinho Brazão (Vereador), ambos do PMDB, e suspeitos de ligações com milícias privadas.

    O deputado responde a inúmeros processos, em várias instâncias, desde o STF, até o MP-RJ, no TCE do RJ, no TRF, no TSE. Só no STF, responde a 3 processos, sendo um deles de crime contra a fé pública por falsificação de documentos que levaram ao arquivamento de processo no TCE do RJ, e outros dois por crime contra a ordem tributária (sonegação fiscal).

    Quando Presidente da CEHAB (1999/2000), foi afastado por denúncias de favorecer empreiteira para vencer a concorrência de forma irregular. Quando Presidente da TELERJ, o TCE constatou inúmeras irregularidades em sua gestão, desde contratação irregular sem concurso, a privilégios para fornecedores, falhas em licitações, e escândalo num aditivo contratual com a empresa NEC do Brasil (do então empresário Roberto Marinho), problemas esses que levaram a sua exoneração desta estatal. Além disso, ele responde a vários outros processos, por crime de improbidade administrativa, captação ilícita de sufrágio, e abuso de poder econômico.

    Chegou a ser arrolado como réu, junto com outras 41 pessoas, no famoso escândalo do ‘esquema PC Farias’, que levou ao impeachment de Collor.

    O parlamentar costuma apresentar projetos ‘estranhos’: um deles pretende acabar com o exame da OAB, desqualificando a entrada de advogados no mercado de trabalho; outro propõe pena de prisão de 04 a 08 anos pra quem anunciar algum método de cometer aborto, e um terceiro propõe pena de prisão de 06 a 10 anos para médicos que praticarem aborto, mostrando seu viés ultra-conservador.

    Eduardo Cunha é conhecido como ‘lobista’ das grandes empresas no Congresso Nacional. Como líder do PMDB, indicou como relator do Código da Mineração o Dep. Federal Leonardo Quintão (PMDB-MG), que sob sua orientação beneficiando empresários do setor. Quando Presidente da TELERJ, reduziu os investimentos na empresa, para enfraquecê-la e facilitar sua privatização.

    Como podem ver o deputado Eduardo Cunha é dono de uma trajetória repleta de alianças escusas, pular de partido em partido, doações milionárias em campanhas eleitorais, proximidade com suspeitos de milícia, processos no Supremo Tribunal Federal, Tribunal Regional Federal e Ministério Público. Sua eleição para a presidência da Câmara dos Deputados seria uma verdadeira tragédia para o parlamento e para o cidadão brasileiro, que estaria diante de uma leva enorme de retrocessos e supressão de direitos.

    *material produzido com informações do FNDC Democratização da Comunicação

    fonte: https://www.facebook.com/politicapraquemprecisa

  2. Presidência da Câmara

    Nassif,

    No CN, todos aqueles parlamentares sabem perfeitamente bem quem é o candidato do PMDB.

    Reza a lenda que os 512 representam a sociedade brasileira, esta é uma boa oportunidade para conferir. Mesmo que não vença, as alianças que o peemedebista formou já asseguram uma grande dor de cabeça para o governo federal, mas se vencer, socorro, tudo o que for de ruim, prejudicial para o governo, poderá acontecer.

    Espero que as pessoas não venham a aprender o que significa este deputado na presidência da Câmara.

  3. Dilma perdeu muito apoio após

    Dilma perdeu muito apoio após o último aumento de juros Selic. O que ainda sustenta a popularidade da presidente é o nível de emprego que continua ótimo, herança do Lula que ela não mexeu. Mas com um juros destes, e com um crescimento de PIB zero, não vai durar muito também.

    Mantido o rumo dos juros altos, a queda do PT é inevitável, seja amanhã na eleição do presidente da Camara, ou em 2018. A pergunta é se não vão estar trocando um governo de esquerda ruim por um neoliberal péssimo.

    Muita cautela nesta hora.. Se eu fosse congressista votaria Arlindo Chinaglia do PT. Chico Alencar do PSOL, seria a segunda opção mais branda para o governo. As outras duas opções iriam colocar o Governo na berlinda. Eduardo cunha seria a pior de todas.

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