Deputado petista critica programa Pátria Educadora

Jornal GGN – O deputado do PT Paulo Pimenta fez dura crítica ao programa Pátria Educadora, apresentado preliminarmente por Mangabeira Unger, ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência.

O texto do deputado, nomeado “Garantir as conquistas e combater o retrocesso: nosso projeto educacional não pode ser negociado”, diz que o relatório do ministro só faz desqualificar a educação pública, sem levar em conta o difícil processo histórico.

“Orientado por uma visão pragmática que desconsidera a relação entre educação, democracia e cidadania, este projeto utiliza os parâmetros de competência estabelecidos internacionalmente e, com base nos resultados obtidos por meio de provas padronizadas, conclui que a ‘nossa situação é dramática’. Esta é uma análise reducionista acerca dos conflitos que caracterizam a educação na atualidade, que não situa o processo histórico de exclusão e de desigualdades e não faz avançar em relação à concepção de qualidade social da educação, servindo apenas para consolidar uma ideia de desqualificação da educação pública”, afirmou o deputado.

Do Congresso em Foco

Petista ataca ‘Pátria Educadora’ de Mangabeira Unger

Por Fábio Góis                                                                

Depois de especialistas, deputado Paulo Pimenta contesta concepção educacional de documento da Secretaria de Assuntos Estratégicos. Para ele, programa é preconceituoso e representa “retrocesso”. Mangabeira defende trabalho e lembra que ele é preliminar

O deputado petista Paulo Pimenta (RS) criticou um documento preliminar apresentado pelo ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE), Mangabeira Unger, sobre o programa Pátria Educadora, lema de governo lançado pela presidenta Dilma Rousseff em suaposse, em 1º de janeiro, para o segundo mandato. Segundo Pimenta, o material ignora a mobilização e as deliberações das Conferências Nacionais de Educação (Conae), de 2010 e de 2014, além de afrontar a legislação para o setor ao desconsiderar a trajetória política de construção do Plano Nacional de Educação (PNE),sancionado sem vetos por Dilma em junho do ano passado.

O material sob responsabilidade de Mangabeira foi divulgado no final de abril. Para Paulo Pimenta, o documento não representa um projeto de educação formulado por um governo “democrático e popular”. Além disso, no entendimento do deputado gaúcho, o conceito de educação deve ser entendido como algo mais amplo que a mera tarefa de ensinar, e percebido como instrumento de formação geral do indivíduo.

“Orientado por uma visão pragmática que desconsidera a relação entre educação, democracia e cidadania, este projeto utiliza os parâmetros de competência estabelecidos internacionalmente e, com base nos resultados obtidos por meio de provas padronizadas, conclui que a ‘nossa situação é dramática’. Esta é uma análise reducionista acerca dos conflitos que caracterizam a educação na atualidade, que não situa o processo histórico de exclusão e de desigualdades e não faz avançar em relação à concepção de qualidade social da educação, servindo apenas para consolidar uma ideia de desqualificação da educação pública”, diz Paulo Pimenta, em uma espécie de ensaio sobre o trabalho de Mangabeira.

Com o título “Garantir as conquistas e combater o retrocesso: nosso projeto educacional não pode ser negociado”, o texto analítico apresenta em 19 páginas a argumentação do deputado contra o teor do programa Pátria Educadora – documento que, segundo especialistas da área, não tem o PNE como base.

“O que está definido como dramático nesse documento não é o elevado índice de analfabetismo e o baixo nível de escolaridade de jovens e adultos, especialmente entre negros, povos indígenas, do campo e outras situações de exclusão escolar que ainda persistem. Fica claro que o ideário desse projeto não representa a trajetória do projeto de educação do governo democrático e popular que, nesta última década, compreendendo a educação para a sociedade e para os indivíduos, buscou evidenciar seu papel social, ético e político”, acrescenta Paulo Pimenta, egresso do movimento estudantil e com atuação parlamentar voltada ao tema da educação.

O deputado é particularmente crítico ao comentar a concepção do Pátria Educadora sobre qualificação do ensino público. “Um profundo retrocesso”, diz Pimenta. “Trata-se de uma análise superficial a respeito do que e de como se ensina e, também, uma leitura desarticulada da avaliação sobre as condições de oferta da escolarização, corroborando a focalização das dificuldades do ensino centradas no estudante, especialmente os mais pobres. Assim, o documento descamba para o preconceito em relação à educação pública e se refere aos estudantes de forma pejorativa, utilizando eufemisticamente a expressão ‘barreira pré-cognitivas’ para qualificar o problema da aprendizagem na superação da ignorância do meio social em que vivem”, observa o petista, que preside a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.

Reformulação

Segundo especialistas, o Pátria Educadora terá de ser reformulado para que possa ser implementado no Brasil. Além de não ter correlação com o PNE, na visão dos estudiosos, o material não dialoga com o universo educacional fora do ambiente burocrático de Brasília. Outra crítica foi o fato de o novo ministro da Educação, Renato Janine, ainda não ter se pronunciado sobre o trabalho capitaneado por Mangabeira, cujos debates públicos tiveram início em 27 de abril.

Mas, segundo o ministro da SAE, o programa foi concebido segundo orientações da própria presidenta Dilma Rousseff, a quem de fato caberia sua formulação e condução. “O Ministério da Educação participou e participa de todas as etapas de formulação do projeto e terá, em colaboração com os estados e os municípios, a responsabilidade de executá-lo”, disse o ministro, que produziu uma nota com respostas a cada uma das objeções manifestadas por educadores e especialistas. Trata-se de uma “lei-arcabouço”, explicou Mangabeira,

O programa foi concebido como instrumento para que o slogan “Pátria Educadora” seja posto em prática. Nesse sentido, lista ações como a versão online do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem); o emprego de tecnologias e plataformas interativas em sala de aula; a criação de núcleos de qualificação avançada para a formação de professores; e uma derivação do Programa Universidade para Todos (Prouni) – o Profaped, voltado para a concessão de bolsas de estudo a matriculados nos cursos de pedagogia e licenciatura.

Mais sobre o Plano Nacional de Educação

Redação

30 Comentários

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  1. Google

    Na minha opinião o Google já fez mais pela educação do que todos estes planos, projetos e conferências juntos.

    Muito melhor esforço seria trazer estas novas tecnologias para uso efetivo no Brasil, sendo apropriada e adaptada para todos que precisam, necessitam ou querem utilizá-las. 

    O importante é distribuir o saber de forma equânime para todo o Brasil, se feito com econômia, simplicidade e elegância, melhor ainda.

    Às novas tecnologias.

      1. Estou louvando novas tecnologias cibernéticas em geral

        Não reduzi nada, só coloquei a educação numa perpectiva do século XXI.

        1. Haha…

          Prezados,

          Vamos falar a verdade, reducionismo mesmo é falar em pátria educadora e cortar o orçamento do MEC (aumentando os juros da Selic). Ninguém aqui está sabendo que a federais já estão falando em entrar em greve de novo?

          Não dá para levar a sério nada disso. Aliás, esse tipo de slogan só tira voto, pois todo mundo lembra que a educação vai mal e parece piada de mau gosto.

          Só vou começar a acreditar quando ver uma injeção maciça de recursos, não apenas em salários de professores, mas criando locais agradáveis para a criançada chamar de escola. Tudo começa errado quando a criança chega em um prédio horrível, pichado, sem belas árvores (e boas quadras e piscinas e gramados e jardins), sem monitores, sem seguranças, sem gente bonita e animada, e dizem que aquilo é uma escola.

          Não raramente, a gente escuta que mexem até na merenda da gurizada, servindo ração ao invés de lanches coloridos e saudáveis.

          Ah! Antes que alguém venha me rotular de troll, antigovernista, reducionista, etc., não estou dizendo que outros candidatos tenham opções melhores. Aliás, em geral, é tudo muito pelo contrário.

    1. Google in your classroom

      Google in your classroom

       

      Google has a range of tools for teaching and learning. This collection of lessons introduces what they are and how to apply them. If you are interested in completing a Basics Exam, becoming a Google Educator or applying to be a Google Education Trainer, click here.

       

      1. Ao que parece a discordencia

        Ao que parece a discordencia é para quem vendemos a educação brasileira: para a fundação Bill e Melinda Gates fazer testes padronizados como consta no ‘patria educadora’ (que nos EUA é conhecido como ‘no child left behaind’) ou para o Google. Será que alguém vai aparecer que a educação deve ser vendida para o facebook? Ou seria melhor logo vender diplomas em pratileiras com cores diferentes para garantir a ‘soberania do consumidor’???

      2. Liberdade de expressão e de aprender

        Blocktech Introduces Uncensorable Peer-to-Peer Media ‘Library’ Alexandria

        Blocktech Introduces Uncensorable Peer-to-Peer Media 'Library' Alexandria

        In what could perhaps be the next step in the fight for freedom of information on the Internet, San Diego-based blockchain startup Blocktech launched a crowdfunding campaign to fund Alexandria, a decentralized, open-source, peer-to-peer “library” for all sorts of media.

        Using blockchain technology, Alexandria allows users to distribute practically any sort of media, — including videos, music, podcasts, books and 3D-printable objects — over a global and uncensorable network of computers.

        Speaking to CoinTelegraph, Blocktech CEO Devon Read explained:

        “You can compare Alexandria to YouTube or Soundcloud, but by making use of various peer-to-peer networking technologies, the platform relies on no servers. Users can self-publish anything they’d like, and they — only they — have complete control of how their works are published.”

        Although Alexandria is promoted as a library, it should be noted that the Alexandria software does not technically store any media itself. Instead, it uses blockchain technology to store and distribute magnet links, which in turn link to the popular peer-to-peer file-sharing protocol BitTorrent. As such, Alexandria is perhaps better understood as a decentralized version of torrent sites like The Piratebay, but with several additional features, such as streaming functionality and built-in payment options.

        The main advantage of Alexandria over regular torrent sites, of course, is the absence of central servers, which means that the service cannot be shut down or blocked — as has happened with various torrent sites over and over again. As long as someone is miningFlorincoin, Alexandria will continue to exist.

        Read said:

        “The goal here was basically to give everyone on the planet the right to free speech. Not by passing laws which can be repealed, watered down or just ignored, but by baking it into the Internet itself. With Alexandria, a citizen can share cell-phone video of police brutality, a whistle-blower can release evidence of corruption, a wiz kid can share her innovative idea for a solution to global warming, a war widow in Syria can share her independent documentary about life in a warzone and use its proceeds to help rebuild her village, and Cody Wilson can share his 3D printable fire arms, and no one can censor them.”

        Additionally, Alexandria attempts to replace the dominant ad model many content creators on the Internet have come to rely on, with various forms of direct payments from the audience. Currently Alexandria offers optional tips and a “pay-what-you-want wall” as the two options, but the team plans to implement several other choices in the future, such as micro subscriptions and an innovative peer-to-peer digital rights mechanism for purchases.

        Read explained:

        “I personally hate web advertisements, and they really aren’t very effective. Artists make US$1 or less from every 1000 streams of their content these days. We think that direct micro tipping and other cryptocurrency-based payment options can provide a lot more value to artists, and a better experience to audiences.”

        While most types of payments in Alexandria can be done with bitcoin, the actual software is built on top of Florincoin, an altcoin that was launched in 2013. Florincoin resembles Bitcoin, and especially Litecoin, in many ways, but this alternative cryptocurrency distinguishes itself through the ability to attach 528 bytes of information to each transaction. Alexandria uses this option to store magnet links, as well as additional data on the Florincoin blockchain. This means that content uploaders need to own some florincoin in order to pay for the mining fees, which can be bought with bitcoin inside of the Alexandria app itself.

        Read does leave the option to move Alexandria to another blockchain open, however:

        “At this moment in time, it makes the most sense for us to use Florincoin as our database layer, and I do expect that this will continue to be the best solution for Alexandria for the long run. But if it becomes obvious that side chains or Ethereum or something else proposes a better solution, we are open to changing our plan.”

        The development of Alexandria is currently in its alpha stage. The Blocktech team hopes to be able to raise US$36,000 with a crowdfunding effort in order to complete a private beta in six weeks time, and wants to raise an additional US$42,000 to release an open-source public beta six weeks later. Additionally, the team released a development plan to lay out the features that additional funds would go toward.

        Donation addresses can be found on Blocktech’s website.

         

        1. Blockchain e o futuro do Brasil

          Dinheiro  é o killer app do Bitcoin

          Qual é a melhor aplicação do Bitcoin? Qual o seu uso mais atrativo? Essas são perguntasfrequentes dos entusiastas de
          tecnologia envolvidos com a criptomoeda. Equal projeto fará o Bitcoin decolar e alcançar o mainstream? Essa
          preocupação, os venture capitalists têm bem presente. Até a revista britânica The Economist, em um artigo publicado na
          semana passada, entrou no debate ao afirmar que “os usos possíveis abundam,mas o killer app ainda está faltando”.Então,
          qual será o killer app do Bitcoin? Muitos não sabem a resposta a essa questão, mas ela é bem mais simples do que parece.
          Indo direto ao ponto:o killer app do Bitcoin é o dinheiro.Éo dinheiro digital. Ou dinheiro eletrônico peer ­to­ peer, como o
          próprio SatoshiNakamoto cunhou.

          Qual é a melhor aplicação do Bitcoin? Qual o
          seu uso mais atrativo? Essas
          são perguntas frequentes dos entusiastas de
          tecnologia envolvidos com a criptomoeda. E
          qual projeto fará o Bitcoin decolar e alcançar
          omainstream? Essa preocupação, os venture
          capitalists têm bem presente. Até a revista
          britânica The Economist, em um artigo publicado
          na semana passada, entrou no debate ao
          afirmar que “os usos possíveis abundam, mas o
          killer app ainda está faltando”.
          Então, qual será o killer app do Bitcoin? Muitos não sabem a resposta a essa questão, mas ela é
          bem mais simples do que parece. Indo direto ao ponto: o killer app do Bitcoin é o dinheiro. É
          o dinheiro digital. Ou dinheiro eletrônico peer­to­peer, como o próprio Satoshi Nakamoto cunhou.
          Para encontrar o killer app do Bitcoin, não precisamos quebrar a cabeça desenvolvendo as mais
          mirabolantes aplicações para a tecnologia. O uso mais revolucionário e mais disruptivo é
          precisamente como dinheiro, como um ativo monetário independente de qualquer terceiro de
          confiança.
          Com o advento da internet, um e­cash (dinheiro eletrônico) era o que ainda faltava, e­cash era o killer
          app ausente, como anteviu o famoso economista Milton Friedman, em uma entrevista de 1999.

          “A internet será uma das principais forças para reduzir o papel do governo”, previu Friedman, “E a
          única coisa que falta, mas que logo será desenvolvido, é um e­cash confiável”.
          A internet potencializou a comunicação entre os indivíduos, facilitando a livre troca de informações
          sem depender de intermediários. Um dinheiro eletrônico P2P tem o potencial de aumentar a liberdade
          para realizar qualquer tipo de troca na sociedade.
          Inegavelmente, o Bitcoin não se restringe a apenas dinheiro eletrônico. E as possibilidades que
          essa inovação trará ao nosso mundo são inúmeras. Muitas das quais nem podemos prever neste
          momento. Mas há várias que já estão sendo exploradas por empreendedores e programadores.
          Qualquer serviço que dependa de um registro, público ou privado – como transferência de ações,
          escrituração de bens imóveis, certificação documental, etc. –, tende a ser uma janela de
          oportunidade para o uso da tecnologia de livro­razão distribuído como o blockchain. As perspectivas
          são tão impressionantes que já há diversas empresas buscando desbravar esse território e atraindo
          investimentos do Sillicon Valley. Em artigos futuros tratarei especificamente de algumas das
          inovações do mundo Crypto 2.0.
          Mas embora seja verdade que a invenção do Bitcoin permitirá infindáveis usos da tecnologia,
          nenhuma aplicação é tão onipresente como o dinheiro, o meio de troca. Nenhuma aplicação é tão
          impactante, capaz de perturbar e desestabilizar setores tão fundamentais a
          qualquereconomia moderna, como a produção de moeda e os sistemas bancário e de pagamentos.

          Dinheiro é o bem mais importante de uma economia. É o bem mais demandado, é o bem mais
          líquido, é o bem que está presente em metade das transações econômicas. Compramos com
          dinheiro. Vendemos por dinheiro.
          O senso comum costuma atribuir ao dinheiro a causa de todos os males. Em realidade, sem o
          dinheiro, a sociedade como hoje existe seria inconcebível. Dinheiro é um meio de troca, é o grande
          facilitador dos intercâmbios realizados no mercado. É ele que permite a divisão do trabalho,
          possibilitando que cada produtor se especialize naquilo que melhor produz. O aprofundamento da
          divisão do trabalho aumenta a produtividade da economia e a capacidade de poupança, que, por sua
          vez, viabilizam o investimento e o acúmulo de capital. A constante multiplicação do capital
          acumulado significa que a economia cresce e prospera e que, assim, a sociedade cria riqueza e é
          capaz de melhorar o padrão de vida dos seus cidadãos.
          Dinheiro não é um mal; é, na verdade, o bem fundamental em qualquer economia minimamente
          complexa. Tivéssemos que voltar ao escambo, nossa economia não seria capaz de alimentar mais
          do que um punhado de famílias. Em definitivo, o dinheiro é uma das instituições mais essenciais de
          uma civilização; é o bem que torna possível a cooperação social em larga escala.
          Dessa forma, toda agressão contra a moeda gera consequências gravíssimas no funcionamento da
          economia. A falsificação e a depreciação da unidade monetária, historicamente um privilégio de
          soberanos e governos, geram efeitos perniciosos na sociedade, impedindo uma cooperação social
          tranquila. A intervenção estatal na moeda como hoje a conhecemos não é diferente. O monopólio de
          emissão de moeda e o sistema bancário cartelizado pelo próprio governo são responsáveis por
          grande parte dos problemas econômicos enfrentados pela sociedade moderna.
          Quem subestima o uso monetário do Bitcoin ou não entende o quão essencial é a moeda para uma
          economia ou desconhece o quão nocivo é o controle estatal do dinheiro. Talvez as duas coisas. E
          isso faz com que a invenção de Satoshi seja tão mais extraordinária.
          Façamos um experimento mental. Se a tecnologia do blockchain houvesse surgido primeiramente
          em outra indústria – na de serviços notariais, por hipótese –, já teria sido um feito notável. Mas se
          algum programador visionário propusesse que a tecnologia fosse usada para criar um sistema
          distribuído de dinheiro eletrônico, ele seria, muito provavelmente, taxado de lunático e sonhador.
          Mas, contra todas as probabilidades e os mais incrédulos, foi justamente isso o que ocorreu. Satoshi
          Nakamoto não somente propôs tal sistema, como também o criou e o lançou, legando ao mundo uma
          invenção cujas implicações são de arrepiar.
          Que fique claro: não menosprezo os outros usos e as diversas inovações que a tecnologia do
          blockchain proporcionará. Até mesmo porque as outras aplicações elevam ainda mais o valor do

          Bitcoin, pois muitas dependem diretamente da segurança e robustez do blockchain. Mas em termos
          de funcionalidade, o killer app é a sua própria função original: um sistema de dinheiro eletrônico peerto­peer.
          Em termos de adoção, porém, o que fará o uso do Bitcoin explodir poderá ser a
          próximacrise financeira, em plena gestação pelos principais bancos centrais do mundo. Em outubro
          de 2008, após estouro da Grande Crise Financeira deste século, a tecnologia do Bitcoin estava a
          recém sendo testada e refinada. Hoje, já há milhões de dólares investidos e ainfraestrutura da
          indústria está sendo bem desenvolvida. Quando a próxima crise vier, a tecnologia estará ainda mais
          consolidada e pronta para servir como uma válvula de escape à instabilidade financeira do sistema
          monetário vigente.
          Bitcoin significa a disrupção do dinheiro. É a evolução da moeda. A tecnologia, contudo, é muito
          mais do que apenas dinheiro. Isso é verdade. Mas o uso monetário é muito maior e mais
          revolucionário do que qualquer outro uso que possa ser dado ao Bitcoin.

  2. Herói mesmo é o Nassif, que

    Herói mesmo é o Nassif, que tentou encontrar alguma inteligência, alguma criativa adequação nas ideias do Mangabeira “Auto-ajuda” Unger, rs…

     

    Ops! Eu disse “ideias”? Desculpe, o certo é “retórica”…

     

    Pior que as pragas do Egito só o Dale “como fazer amigos e influenciar pessoas” Carnegie dos EUA. Superficialismos mas agora em nova embalagem, mais atraente…

     

    Alguém já assistiu ao filme “Branded”, (EUA-Rússia, 2012)?

    1. Acho que vc não entendeu o

      Acho que vc não entendeu o papel que se propõe o Mangabeira.

      Um dos grandes problemas da classe política brasileira é a incapacidade de escolher caminhos. Então nós vamos andando no dia a dia sem qualquer caminho escolhido.

      Ele se propõe a ser o cara que decide.  Isso não é questão de inteligência, é questão de iniciativa. Ele tem justamente por NÃO ser político.

      Esse é seu mérito!

       

      Um bom exemplo do que estou falando é o setor elétrico onde o Brasil, pela adminsitração do dia a dia, vai deixar de ser um país de base hídrica limpa para se tornar um páis que gera energia pela combustão….igual a todos os outros que tem altas taxas de canceres por causa disso.

      Viu algum debate a respeito? Nem vai ver…

       

  3. FMI conduz a Fazenda / BACEN e Dilma gerencia Educação

     

    Querer sustentar o projeto com chave de grau da Presidenta. Ridículo.

    Esse não é o papel de Ministro da Educação ?

    Contra-senso de Dima. Economista, terceirizou para gente do FMI a condução direta comandando o Ministério da Fazenda e BACEN, e só se manisfesta para dizer amém.

    E na educação que é quase jamais deveria ser Gerente, muito menos ter concebido ?

     

     

    Mas, segundo o ministro da SAE, o programa foi concebido segundo orientações da própria presidenta Dilma Rousseff, a quem de fato caberia sua formulação e condução. “O Ministério da Educação participou e participa de todas as etapas de formulação do projeto e terá, em colaboração com os estados e os municípios, a responsabilidade de executá-lo”

  4. Ess tal de Mangabeira  é de

    Ess tal de Mangabeira  é de uma incoerência ambulante.

      Já transitou  em ambos divercionices: Tanto criticou VEEMENTEMENTE o governo petista como o enalteceu.

             Um cara pra lá de mediocre se kevarmos em conta seus interesses provisórios.

               E assim sendo, é uma figura nefasta sem NENHUMA ideologia.

                  São muitos os textos que escreveu contra o PT. E tbm são muitos que escreveu a favor,

                      Ele se reciclou? Ckaro que não.

                    Depois de 50 tantos anos, ou muito mais, ninguém muda de posição ”de graça”

                   O que lamento é que esse cara que a única posição seja ele mesmo, ainda ser nomedado pra akguma coisa do governo de plantão– se trocar o governo, ele tbm troca de opinião.

                  Esse poderia ser chamado como caso isolado.

                     Mas são tantos e tantos que atuam da mesma maneira que dá vontade de vomitar,

                       Com um agravante: Mangabeira não tem votos e não representa NINGUÉM.

                             NINGUÉM!!!!!!

                       Grande e Espetacular PT.

  5. O TEMA EDUCAÇÃO NA PAUTA

    Acho que não se pode jogar a criança fora, junto com água suja.

    A criança, no caso, é o tema EDUCAÇÃO.

    O mérito do Mangabeira é elevar o tema à pauta do dia.

    A água “suja”, no caso, é o conteúdo das propostas que devem ser “limpas”.

    Ah, Nassif.

    O Mangabeira é contra as CONFERÊNCIAS (aprendi com o Motta, rs) porque, na minha opinão, parte de dois pressupostos equivocados.

    Assembleismo & coorporativismo.

    Assembleismo – discussão sem conteúdo norteador. Não se tem uma proposta preliminar orientadora do debate, por isso, torna-se um debate sem fim e sem rumo.

    Coorporativismo – prevalece os “interesses de corpo” dos grupos mais organizados e isto refletiria uma proposta que visa atender aos interesses imediatos deste grupo mais forte (normalmente minoria) em detrimento dos interesses da sociedade (vista sob um aspecto mais amplo).

    Daí a razão do Mangabeira ser ser contra as CONFERÊNCIAS.

    Obs. Em parte Unger está certo nestes dois aspectos. O problema é de ordem prática, sempre ela. Qual alternativa?

    Primeiro, acho que a cúpula de um ministério que promove uma Conferência sabe onde quer chegar. Tem-se uma tese norteadora. Segundo, frear a livre e ampla participação social (objetivo de uma conferência) é, com o perdão da palavra, burrice. Por que jogar fora a riqueza de ideias e críticas em grande parte plausíveis? 

    Quanto ao corporativismo, paciência. Mesmo porque na prática serão estes grupos organizados que tocarão o projeto, logo é preciso saber dialogar com eles, sem ceder para seus excessos. 

    Quanto ao tempo que estas CONFERÊNCIAS levam para serem construídas, aí, meu caro Mangabeira, paciência revolucionária! Sem ela não se muda nada, como você mesmo gosta de dizer.

    Mas enfim, colocar o tema EDUCAÇÃO na pauta do dia tem um MÉRITO impagável.

    Por isso, PARABÉNS Mangabeira Unger. 

    Vamos jogar fora só a água, deixemos o TEMA EDUCAÇÃO crescer e dar muitos frutos.

  6. O mérito é partir de onde se quer chegar
    Não importa como chegamos a situação atual. Para onde queremos chegar e o que teremos que fazer para isso.

    Acho que é dessa forma que se deve entender esse relatório do Mangabeira.

    Como a gente chegou a essa situação, a história se encarrega de contar.

  7. Uê, quer dizer que “Pátria

    Uê, quer dizer que “Pátria educadora “era só um slogan à espera de um projeto ? E a elaboração do projeto foi entregue ao Mangabeira Unger ? E por que não ao João Santana ? Enquanto isso, o MEC trataria da educação de verdade.

  8. … e pensar que bandeiras de

    … e pensar que bandeiras de luta e democracia social, na educação pública de qualidade, empunhadas e desfraldadas pelo lulopetismo e esquerdas unidas jamais serão vencidas, já foram representadas e destacadas por estrategistas e pensadores da educação brasileira, como paulo freire, darcy ribeiro, florestan fernandes, anisio teixeira… como já profetizara chaui por aí:

    O PT ACABOU! PT FRACASSOU!

    PT SAUDAÇÕES…

  9. Mangabeira, o versátil

    Caros,

    A página da SAE está cheia de posts com títulos como “Mangabeira foi…”, “Mangabeira diz…”, “Mangabeira no Amazonas”, etc. Lamentável.

    Deveriam mudar o nome da secretaria para SAEMU: Secretaria de Assuntos Estratégicos do Mangabeira Unger. E a “pátria educadora” é a maior piada de mal gosto desde o “tudo pelo social” do Sarney. Ambos os lemas de governo apenas expõem a vocação da elite política brasileira para a farsa.

    Recomendarei amanhã aos meus alunos a leitura do clássico de Julian Benda, A traição dos intelectuais.

     

     

  10. Que dificuldade é fazer a

    Que dificuldade é fazer a criançada sair da escola sabendo raciocinar e pensar,  ler e entender o que  lê, fazer os cálculos fundamentais da aritmética, conhecer História e Geografia, um pouco de ciência e uma outra língua.

    A maioria da nossa estudantada ( povão, escola pública ) vai à aula durante 8 anos ou mais e não sabe quase nada do que escrevi acima.

    É  chocante a situação da nossa educação.

    Não dá nem pro começo.

    E  as autoridades falam de lá e de cá, os anos passam, e nada muda.

     

     

     

     

  11. De novo a mesma frescura
    A discussão se redu a rusgas em relação à semântica dos donos do osso que não querem o largar. Uma reclamou que não usam a palavra juntos, enkumbaia o suficiente. O outro hoje não gostou da palavra limitações.
    As críticas quanto a prova para os professores no molde Enem ninguém abordou. A intervenção federal com supervisão e eventual troca da direção no nível estadual e.municipal, ninguém fala. Parece que ninguém leu alem das 5 primeiras paginas.
    Procurem o texto na internet, verão que a crítica são políticas e não querem assumir pois a verificação em nível substantivo dos estado das escolas e por consequência do ensino para a implantação do programa. O medo é do cheque em branco que será dado à SAE depois desta constatação.

    1. De fato as críticas são
      De fato as críticas são políticas.
      Me parece que o pessoal da educação é bom em discutir conceitos. E só. ..

      Chegou à hora de mostrar serviço. Ou melhora ou pede para sair…

  12. A Economista Dilma derrotou a guerrilheira Wanda.

    Em primerio lugar, vejam como caminha a ‘pátria educadora’:

    “Suspensão de bolsa de doutorado sanduíche da CAPES deixa pós-graduandos impossibilitados de continuar sua pesquisa” http://www.anpg.org.br/?p=8276

    Em segundo lugar, li o programa da SAE e ele não é inspirado no PNE, é inspirado no programa implementado por Bush em 2001 nos EUA (coincidencia né DR. Unger…) e conhecido como “No Child Left Behind”. Esse programa rendeu bilhões para a fundação Bill e Melinda Gates, mas foi um fracasso tão estrondoso que até o Bill Gates pediu uma moratória nos testes padronizados(Washington Post, 10 de junho de 2014). O STF permitiu que se possa fazer OS’s – ou seja a terceirização – em todo serviço público. Isso significa que agora podemos ter empresas privadas ‘vendendo serviços de educação’ para o setor público. Então já sabemos o que é a ‘patria educadora’: é um slogan para ‘atrair investidores’!

  13. Que faz o sr. Unger no governo? Passagem de volta para Harvard

    Para que serve o senhor Unger? Antes autor de documento sobre educação, agora opina em política externa, sobre o mercosul. Passou em branco no governo Lula, não tem uma única ideia original e sua “pátria educadora” nem deve ter sido discutida com  o ministro da educação, que conhece muito mais da questão que este senhor que tem competência apenas auto-referida. Este governo é um primor de ausência de coordenação e incompetência formulativa; a agenda parece ser de cada ministro. Mangabeira é a prova de que muitos ministérios não indicam mais avanço, se ele saísse ninguém sentiria falta e provavelmente o IPEA agradeceria.O MEC sofre um corte gigantesco de recursos, em um ajuste regressivo sem nenhum sacrífício ao topo, e precisamos agora de uma entrevista por semana do senhor Unger para agravar a vida nacional? 

    Quando estava em seu benfazejo exílio intelectual nos EUA, deve-se a Brizola o despertar desse senhor. Inegável liderança, político que faz falta, trajetória das mais relevantes, Brizola trouxe ao cenário nacional alguns nomes que traíram o próprio patrocinador, Cesar Maia e Garotinho, para ficar em dois, e o senhor Mangabeira surgiu com ideias “inovadoras” sobre o fim da social-democracia. Quem quiser que o compre. Mas, quando assume posição no aparelho de Estado e pode influenciar políticas, ele torna-se uma ameaça porque além de favorecer a descoordenação no governo, desenvolve teses polêmica sobre áreas sensíveis. ue tal dar um tempo, ajudar o país, voltar para Harvard e levar alguns com ele?

    1. Eduardo, de acordo. E só
      Eduardo, de acordo. E só lembrando: o Unger tá na cota do Ciro Gomes/Cid Gomes, que foi idolatrado pelo povo como dois “expoentes” da esquerda ignorando o tucanismo da dupla.

      Cheguei a assistir a entrevista dele com o Nassif (assisti a entrevista inteira) e o achei, pelo menos naquela entrevista, bem intencionado, mas ficou na máscara mesmo. Com essa matéria de alinhamento aos EUA em contraponto à China, tchau pra ele. São os ministros pró-EUA ou americanizados de Dilma, começando pelo Itamaraty e sua política externa pífia, retrocesso total do que o Lula e o Celso Amorim fizeram colocando o Brasil numa posição de destaque e deixando a oposição encolhida no país.

      O Unger nada mais é do que aqueles “gênios” incompreendidos com grande titulação e teoria datada, que impressiona a turma do complexo de vira-latas mas que aos céticos não traz nada novo. E que não se limita só à questão da educação como a essa defesa de alinhamento com os EUA e que se dane o Mercosul que não é só mercado comum (nunca foi), importante na integração sulamericana das últimas décadas.

      Apesar de que, o tal Janine não é lá grande coisa tb, mas credito esse à turma do PSOL que a Dilma, ela só acatou o que a “pequena burguesia” psolista aplaudiu com a indicação do psolista ministro ou tucano moderado. Num programa da Globo News com aquele Conti, ex-Veja e um dos cabeças do Impeachment de Collor, ele deixou claro de novo o desprezo total com a região Nordeste, indo na contramão do que o Lula avançou que a descentralização do polo industrial do país pra atingir todas as regiões e consolidar a industrialização do país que só se dá quando atingir o território inteiro.

      O Janine é outro que vive na “tchioria” e quando vê a burocracia do Estado, trava, por não visualizar a máquina do Estado por nunca ter sido burocrata.

      É uma porcaria atrás da outra como ministro. Ela deveria seguir a Bachelet que derrubou o ministério inteiro dela pra fazer uma reforma. Deixar o Kassab como ministro pro partideco dele votar em peso contra o governo chega a ser escárnio ou medo em demasia desse pessoal. Se é pra votar contra, que ele fique fora do governo, simples assim.

      1. Eu sou fã do Mangabeira mas

        Eu sou fã do Mangabeira mas de fato, esta entrevista muda tudo.

         

        Diga-se de passagem, foi uma guinada de 180º! Ele foi o maior incentivador da iniciativa brasileira nos BRICs e agora me vem com essa?

        Me parece que o chamamento, durante o governo Lula, foi para uma “conversinha” ao pé do ouvido.

         

        Ele poderia ter dito um monte de coisas mas não o que disse. O que ele disse nesta entrevista nega tudo o que ele pregou durante seu tempo no Governo Lula.

  14. Pra mim tanto o Mangabeira

    Pra mim tanto o Mangabeira quanto o Pimenta são dois zeros a esquerda quando se trata de educação. Duas ilhas de ignorância cercada de burrice por todos os lados.

  15. “Além disso, no entendimento

    “Além disso, no entendimento do deputado gaúcho, o conceito de educação deve ser entendido como algo mais amplo que a mera tarefa de ensinar, e percebido como instrumento de formação geral do indivíduo.”

     

    Querido, o que falta hoje é português e matemática. O resto é o resto e deve ser tratado como tal pois uma pessoa com deficiências em PT e matemática jamais pode ser considerado como um indivíduo pleno. É só mais um analfabeto funcional e este é JUSTAMENTE nosso problema educacional.

    Depois… que ISSO for resolvido… aí vc pode fazer o que quiser. Pode dar aula de balé em tempo integral para o brasileiro ficar mais delicado ou o que for.

    First things first!

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