Maia conversa com cúpula militar para desfazer mal-estar sobre reforma da previdência

Presidente da Câmara dos Deputados ofereceu ao ministro da Defesa a indicação do nome do relator do projeto que substituirá o sistema de aposentadorias para a categoria e disse que foi mal-interpretado sobre ‘fim de festa’.

Jornal GGN – O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) falou com integrantes da cúpula militar nesta quarta-feira (20) para desfazer um mal-estar. Ontem (19) o parlamentar fez uma declaração indicando uma crítica ao comportamento dos militares em procurar obter benefícios na reforma da previdência em um momento onde toda a sociedade sofrerá prejuízos com as mudanças previstas no sistema previdenciário.

“O problema é que nós estamos no fim da festa, o Brasil quebrou, e eles estão querendo entrar nessa festa no finalzinho, quando já está amanhecendo, a música já está acabando e não tem ninguém para dançar”. Pouco antes desta fala, Maia havia admitido que há defasagem salarial dos militares.

“O problema é que há uma defasagem grande salarial dos militares em relação aos civis, isso há”, comentou seguindo depois com os argumentos das dificuldades fiscais.

Segundo informações da coluna de Natuza Nery, do G1, o presidente da Câmara falou hoje com o general Villas Boas, ex-comandante do Exército e também com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Ele explicou que foi mal interpretado e ofereceu aos militares a indicação do relator do projeto que substituirá o sistema de aposentadorias da categoria.

A colunista afirma ainda que Maia acrescentou ao ministro da Defesa que não gostaria de fazer nada “sem um bom diálogo com ele”.

O governo entrega nesta quarta-feira o projeto de reforma da previdência dos militares ao Congresso. O texto deverá seguir a mesma tramitação da proposta de emenda constitucional (PEC) da reforma da Previdência às demais categorias (trabalhadores da iniciativa privada e funcionários públicos) entregue em fevereiro ao Congresso.

Leia também: Bolsonaro deve usar proposta de previdência para acalmar militares do governo

Redação

1 Comentário

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  1. Se os milicos acham que tem direito a alguma diferenciação em sua previdência,que venham a público discutí-las com a sociedade. Nada de deixar entre aspas ameaças da força que são pagas por nós e das quais eles não são detentores,são empregados.

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