Jornal GGN – A ex-presidente Dilma Rousseff foi ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (04), para participar de um ato contra as privatizações de empresas nacionais do governo de Jair Bolsonaro. Durante um rápido discurso, Dilma disse que Bolsonaro é um “neofascista”.
O ato não foi realizado no Plenário da Câmara dos Deputados, mas em um auditório organizado para o evento, contando com a participação de parlamentares da oposição e de lideranças políticas, como o ex-prefeito e candidato à Presidência no último pleito, Fernando Haddad.
“Esse grupo que está no poder não tem o menor compromisso com a nação, portanto, não tem compromisso com a soberania”, afirmou a ex-presidente, em sua primeira visita ao Congresso desde o impeachment que a destituiu do poder em agosto de 2016.
A exemplo do que ocorreu com o Chile durante a ditadura do regime militar nos anos 70 e a implementação do neoliberalismo com os Chicago Boys, que retirou direitos da população e mercantilizou desde a saúde, educação, aposentadoria e benefícios básicos até hoje [entenda mais aqui e aqui], Dilma disse que o Brasil resistiu a esse movimento no passado, mas hoje pode ter retrocessos.
“Hoje em dia nós vivemos com a consciência de que este país, que havia resistido por quatro eleições presidenciais consecutivas, resistido ao neoliberalismo, hoje vê que foi necessário o surgimento de um governo neofascista para implantar o neoliberalismo”, disse a ex-presidente Dilma.
O evento não contou apenas com a participação de membros do PT, como também do PDT, PSDB, PSOL e MDB, de deputados, senadores, governadores. O governo Bolsonaro decidiu levantar a bandeira de Paulo Guedes, ministro da Economia, defendendo as privatizações das empresas brasileiras como a solução de curto prazo para recuperar recursos para o caixa da União.
Dilma também relacionou a atual tentativa de privatizações no país com os ataques da Operação Lava Jato a empresas nacionais, abrindo vantagem à empresas estrangeiras e norte-americanas, aonde as brasileiras Odebrecht, por exemplo, detinha o domínio do mercado.
“É importante a gente notar que o processo de desmonte da imagem da Petrobras tem a ver também com o ataque da Lava Jato. A Lava Jato é responsável também por ferir economicamente as empresas nacionais, sobretudo a Petrobras. A privatização das estatais não é privatização coisa nenhuma, é desnacionalização, principalmente as maiores. A Petrobras não será privatizada, mas desnacionalizada. Não há no Brasil capital suficiente para comprar e desenvolver a Petrobras”, afirmou.
Assista ao evento:
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Não estou encontrando aquele mapa das estatais . Estão marcadas com cor laranja ,verde e amarelo que estava ontem