PSDB não derrotou apenas Dilma, mas o fator previdenciário criado por FHC

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
[email protected]

Jornal GGN – O PSDB não derrotou apenas o governo Dilma Rousseff (PT) ao entregar 45 votos para a aprovação da emenda a uma das medidas provisórias do ajuste fiscal, que altera o fator previdenciário. Segundo o colunista Ilimar Franco (O Globo), os tucanos, num surto de incoerência, “jogaram para a platéia” e rejeitaram regras criadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). 

Leia mais: Câmara aprova emenda que derruba fator previdenciário

“Criadores do fator previdenciário, no governo FH, os tucanos votaram para mudar as regras adotadas para sanear as finanças públicas. Dilma não é a única que fala uma coisa e faz outra. Ao defender o fim do fator, o PSDB teve a mesma conduta. Jogam para a plateia as principais siglas do país. Não há coerência programática. O PT agora foi contra as mudanças. Os 45 deputados tucanos votaram “sim”. Foi uma grande derrota para o governo”, escreveu.

A emenda passa a integrar o texto da MP 664, permitindo que o trabalhador possa se aposentar sem a incidência do fator previdenciário após 30 anos de serviço, no caso de mulheres, e de 35 anos, no caso de homens, desde que a soma do tempo de serviço com a idade seja igual ou superior a 85, para mulheres, e a 95, para homens.

O vice-líder do governo na Câmara, o deputado Silvio Costa (PSC-PE), afirma que Dilma deve vetar a medida.

As bancadas do PCdoB e do PDT, que votaram em peso pela aprovação do destaque apresentado pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), foram cobrados pelos aliados do governo. 

Ainda segundo a coluna de Ilimar Franco, o presidente do PDT, Carlos Lupi, disse que o partido coloca os cargos que possui no governo à disposição de Dilma, pois está de saída do arco de sustenção.

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

23 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Incoerências……

    O fator previdenciário é um caso polêmico de lógica atuarial e maldade social. Quando criado foi assimilado a contragosto por alguns governistas da época e combatido e execrado por Lula, pela totatilidade do PT.

    A incoerência de hoje é a mesma incoerência do PT que criticou na época  e, em 13 anos,  não levantou uma palha para desfazer o que condenava. Semelhante às privatizações e concessões que  não foram revertidas. Pelo contrário, foram mantidas, repetidas, replicadas. E melhoradas, vamos ser justos. 

     

    1. Ou seja, a incoerência é dos 2(dois) partidos

      Ou seja, a incoerência é dos 2(dois) partidos PSDB e PT, apesar de 8 ou 9 se salvarem nessa votação no PT.

      1. Ë por aí mesmo. E diria um

        Ë por aí mesmo. E diria um nobre ex-deputado sobre essa dita ” incoerência ” : é a luta política. Há um ditado que citam muito aqui no blog : pau que bate em chico também bate em francisco. Pois é, vale pra todos os lados.

        Pena que vai ser vetado ( em nome da coerência ? ). Mas achei interessante o PCdoB sair da submissão e votar contra o fator previdenciário como é hoje. Ao menos a Jandira Feghali pode manter a face quanto a opiniões que defendeu em passado recente sobre a situação da previdência.

  2. Do limão, limonada, ué!

    O pt sempre quis isso, agora a Dilma pode concordar. Só que deve arrumar outra conta para os aposentados públicos, já que todos os custos de bolsa família e outros custos cai tudo no da previdência. 

  3. Grande novidade. Os criadores

    Grande novidade. Os criadores da CPMF, não só votaram contra a manutenção do imposto (mesmo com alíquota reduzida), como fizeram campanha na mídia pela derrubada do imposto.

  4. passou da hora dos ricos

    passou da hora dos ricos desse país serem tributados de conformidade com seus estrondosos lucros e patrimonios, para que haja uma justiça tribuária, e assim, as classes de tabalhadores com rendas basicas terem um alívio do peso que sempre são colocados em suas costas; até quando vai durar essa exploração do rico pelo pobre?

  5. Sempre foram inconsequentes.

    Sempre foram inconsequentes. Com a CPMF, a mesma coisa. Mas nem sempre são assim.; Em alguns governos estaduais como o do  Paraná, são também irresponsáveis. Noutros, chegam a deixar faltar água. Inconsequentes e inimputáveis seguem destilando ódio, rancor e sem propostas.

  6. Coerência com a JUSTIÇA

    A única coerência que interessa nessa questão do fator previdenciário é a coerência com a JUSTIÇA. O fator previdenciário e o contingenciamento dos aumentos das aposentadorias do Regime Geral superiores a um SM são injustiças gritantes, vergonhosas, hediondas, pois frutos de estelionato e que impõem danos definitivos aos que já não têm como se defender.

    Coerência com falas do PT, FHC, PSDB são irrelevantes. Por enquanto, o deus política está escrevendo certo ainda que por linhas tortas, isto se Dilma deixar.

    Quanto à viabilidade econômica da medida, há economistas por aí aos montes para descobrir como consegui-la. Economista deveria de vez em quando trabalhar em favor do trabalhador e não apenas em favor do próprio bolso e do bolso de ricaço.

    Será que Dilma abandonará mais essa bandeira e vetará a emenda? A conferir.

    1. Esse raciocínio poderia até

      Esse raciocínio poderia até ser válido, se os parlamentares do PSDB fossem votar da mesma forma se o executivo estivesse na mão do partido. Mas todos nós sabemos como eles votariam se o presidente fosse o Aécio, por exemplo.

  7. Qual novidade?

    Coerência, no congresso, apenas nos projetos favoráveis aos lobbys dos latifúndios/empresariais/financeiros/religiosos e de interesses internacionais.

    Financiamento eleitoral privado inibe/inviabiliza/constrange qualquer “bancada do povo”, nacionalista.

     

  8. Santa incoerência…..

    Parlamentares que,  num momento de crise econômica e ajuste fiscal, elevam o fundo partidário de 289 milhões para 867,5 milhões, devem ter seus motivos para corrigir e eliminar o nefando fator previdenciario da era FHC. Viva a incoerência.  

  9. Para esvaziar o caixa do

    Para esvaziar o caixa do governo e INOPERAR as gestões governamentais, o PSDB vota contra até seus “ideólogos de botequim”, a CPMF provou isto, só para tirar dinheiro do governo, por saia justa, ter mesmo dinheiro para administrar, derrubaram a CPMF, o povo que “se exploda”… a saúde que “se exploda”… por isto as oposições estão se “explodindo até hoje”… e Lula vai levar de braçada embora a grandíssima e maior oposição das esquerdas br4asileira.

  10. Caro Nassif e demais
    E quando

    Caro Nassif e demais

    E quando o PT, conseguiria aprovar esse projeto?!

    Considero isso um manobra fantástica.

    Um avanço para os trabalhadores, vindo por parte do setor mais predador e entreguista.

    Na ansia de querer ferrar o PT, deram um passo a frente, para os trabalhadores, nessa conquista.

    Saudações

     

  11. O PSDB não perde a

    O PSDB não perde a oportunidade de tentar corrigir as melecas que o seu partido fez no passado, foi assim com a CPMF, agora com o fator previdenciário, os tucanos só não têm senso de oportunidade, são como macacos em loja de louças.

  12. tucanos e petistas se igualam na insensibilidade

    Quando o fator previdenciário foi criado pelo sociologo FHC que ainda chamou de vagabundos aqueles que aspiravam uma legitima aposentadoria, tucanos e mídia nada dissseram, encamparam a infeliz idéia. Hoje, depois de três governos do PT que deveria ter se sensibilizado para a a questão (mas se omitiu),os tucanos votaram contra o prosseguimento do fator previdenciário como é, e muitos petistas votaram contra a nova forma, mantendo assim a de FHC. Hoje todos os tucanos e boa parte dos petistas na Camara se ingualaram em falta de insenribilidade e razão. E essa de um tucano tonto se justificar dizendo que o fator previndenciário já cumpriu o seu papel ? Que papel, o de sufocar a vida dos idosos do Brasil? Que dia triste. E perguntar não ofende: como fica a situação dos milhares de brasileiros que, desde 199, foram atingidos e prejudicados pelo fator previdenciários? Desafio a algum parlamentar em responder.

  13. Neste imbróglio todo, Alguma
    Neste imbróglio todo, Alguma alusão às pensões dos que nunca gastaram um tostão para merecer. Sendo claro: filhas de juízes e militares.

  14. ERA UMA VEZ UM PARTIDO POLÍTICOS CHAMADO PSDB.

    PSDB, sigla que deixou de ser de um partido político e se transformaou na sigla de um quadrilha de interesseiros que só brigam pelos seus próprios interesses e de seus amigos empresários.

    PSDB, cujo chefe maior, um tal FHC, vive a falar mal do Brasil em todas oportunidades que tem em qualquer lugar do mundo.

    PSDB, o partido dos políticos que saquearam e sucatearam tudo que puderam nos 8 anos do governo do tal ex-presidente que foi considerado como o PIOR PRESIDENTE DO BRASIL pós ditadura.

    PSDB, UM PARTIDO A SER ESQUECIDO PELOS ELEITORES DO BRASIL NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES.

  15. OS TRAPALHÕES…

    O FHC falou tanto mal do país e do governo  em NY que espantou os possíveis investidores que o Alckmin foi buscar!

     

    leiam:

    FHC fala mal do Brasil e espanta investidores que Alckmin queria atrair

    Cúpula tucana participa de encontro de empresários em Nova York e desperdiça novas chances de mostrar real interesse pelo país, em vez de apenas proselitismo negativo

    http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/helena/2015/05/fhc-fala-mal-do-brasil-e-espanta-investidores-que-alckmin-queria-atrair-8927.html

     

  16. Sou igual uma camelão, daí me

    Sou igual uma camelão, daí me identificar muito com a letra daquela música do Raul Seixas Metamorfose Ambulante.

    Realmente, o bom é dizer o oposto do que disse ontem. Por exemplo: era a favor de uma Reforma Política no Brasil. Hoje já não sou mais. Propugno, isto sim, é por uma REFORMA DE CARÁTER. E nada mais oposto hoje neste país que caráter e política. 

    Reforma de Caráter, a mãe, o pai, o avô, a avó de todas as reformas. 

    Reforma de Caráter já!

  17. Memória e Coerência
    Durante a

    Memória e Coerência

    Durante a campanha eleitoral, quando esse assunto foi abordado, a presidente falou em corrigir ou mudar o fator previdenciário para a fórmula 85/95.

    Embora o atual congresso no suporte ao governo Dilma, esteja aquém do percentual de voto obtida pela presidente no 2. Turno, dificultando a implantação do projeto vitorioso nas urnas, é necessário que a presidente se posicione de forma clara a favor da população mais carente, caso contrário vai ficar pendurada na brocha.

    Fica dificil, em nome da coerência e para não atropelar a memória e credibilidade, vetar a fórmula 85/95

     

  18. fator de impacto nenhum

    A diferença de custo entre o fator previdenciário antigo e a nova regrinha do 85-95 é praticamente zero. Não há qualquer benefício ou malefício para a população. A não ser pela disputa territorial dos machos alfa quer seja da oposição ou do governo, fica um flá-flu em torno de um nada. Alguém apresentou contas com redução ou aumento dos custos com os gastos previdenciários? Não? Então fica sendo mais uma disputa pelo prazer de uma disputa. A opinião vence e brada em torno de nada.

  19. Incoerência SÓ do psdb ??

    Incoerência SÓ do psdb ?? Ambos incoerentes. Lula e o pt execraram o fator previdenciàrio de FHC  e agora são a favor. Com a CPMF foi  a nesma coisa: o pt a execrou e depois como governo queria mantê-la custasse o que custasse. Lula ficou tão irado no dia em que a CPMF foi derrotada que disse que iria empregar 30000 funcionários públicos ! Os partidos são apenas diglas sem conteúdo programático. É tudo de acordo com a conveniência do momento.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador