Doentes morrem em casa por falta de vagas em UTIs do Rio

A Fiocruz soltou sua nota com base nos dados até 1 de dezembro. Isso significa que os números podem aumentar, já que casos de novembro ainda estão sendo inseridos.

Agência Brasil

Jornal GGN – As infecções e mortes por Covid-19 aumentam, os leitos rareiam e as UTIs estão no limite no Rio de Janeiro, alerta a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em nota técnica. Segundo informações obtidas pelo jornal Extra, a nota alerta que a rede do SUS da capital está em colapso, com menor oferta de leitos e demanda reprimida de pacientes que ficaram em segundo plano no início da pandemia. O resultado disso é que, sem atendimento e sem condições nos hospitais, estas pessoas estão morrendo em casa.

— Já vemos o colapso no sistema. E nem todos (os óbitos) foram por Covid-19, mas indiretamente de pessoas que ficaram sem assistência — comenta o sanitarista Christovam Barcellos, membro do Monitora Covid-19 e pesquisador da Fiocruz.

Neste caos, 172 pessoas aguardavam por leito de UTI na cidade e na Região Metropolitana. A taxa de ocupação de leitos de UTIs chegou a 90%, com 552 pessoas internadas, e o estado com mais 81 mortes e 3.415 casos relatados. A média móvel de casos da doença têm crescido há duas semanas.

A Fiocruz soltou sua nota com base nos dados até 1 de dezembro. Isso significa que os números podem aumentar, já que casos de novembro ainda estão sendo inseridos. Os pesquisadores alertam que as unidades de assistência básica e emergências sofrem o mesmo esgotamento e isso acentua o risco de morte. Setembro e outubro concentraram 1.100 óbitos a mais que o esperado. E um alerta para o fato de que, se houver ações de prevenção e tratamento oportuno de doenças crônicas, é possível evitar um grande número de óbitos.

Hoje, os óbitos em domicílio respondem por 15% do total, enquanto a média no ano passado era de 12%. A proporção constatada em novembro é maior da que foi vista no pico da pandemia. Do total de mortes no Rio por covid-19, só 40% foram em UTIs.

A nota da Fiocruz destaca que os problemas tendem a aumentar com as festas de fim de ano. Procurada, a Prefeitura do Rio informou que foi a que mais abriu leitos de Covid no país.

Com informações do Extra.

Redação

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador