Jornal GGN – Alguns documentos, em posse da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, apontam que o então ministro da Casa Civil, general Walter Souza Braga Netto, agiu para minimizar e sufocar os trabalhos do Ministério da Saúde no combate à crise sanitária, ocasionada pela Covid-19, durante a gestão do médico Luiz Henrique Mandetta. Todas as ações foram feitas a mando de Jair Bolsonaro (sem partido).
De acordo com os papéis, obtidos pela reportagem da Folha de S. Paulo, Braga Netto ordenou, em 23 de março de 2020, que todas as declarações sobre a pandemia fossem feitas dentro do Palácio Planalto e que qualquer nota à imprensa deveria passar pelo aval da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência para “unificação da narrativa”.
As ações foram ordenadas num momento de descompasso entre Bolsonaro e o médico, já que o mandatário ignorava as orientações das autoridades sanitárias para conter a doença. Vale ressaltar que, quase um mês depois da ofensiva, Mandetta foi demitido, em 16 de abril.
À reportagem, a assessoria de Braga Netto, que hoje é ministro da Defesa, afirmou que é atribuição da Casa Civil a “coordenação de medidas interministeriais” e que, na época, a mesma orientação foi dada a outros ministérios.
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