Frederick Wassef circula sem máscara pelo Senado Federal durante a CPI

Comissão está sendo usada “com desvio nítido de finalidade e função”, diz advogado dos Bolsonaro e dono da chácara onde Queiroz foi preso

Frederick Wassel, advogado da família Bolsonaro. Foto: Reprodução

Jornal GGN – O advogado Frederick Wassef, amigo do senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ) e advogado da família, esteve circulando pelos corredores do Senado Federal na noite desta sexta-feira, em meio ao depoimento dos irmãos Miranda à CPI da Pandemia.

O alerta foi feito pelo vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) enquanto o senador Fernando Bezerra (MDB-PE) estava começando sua explanação. “Senhor presidente, acabamos de receber a notícia que o senhor Frederick Wassef está nessa Comissão Parlamentar de Inquérito, nas proximidades aqui do corredor do banheiro feminino, andando sem máscara”.

“É importante essa Comissão Parlamentar de Inquérito saber o que a sua senhoria, senhor Frederick Wassef, veio fazer no Senado Federal exatamente em uma sexta-feira, a essa hora, durante um dos depoimentos mais importantes dessa CPI”, disse Randolfe. “É uma informação que eu requeiro a essa Comissão Parlamentar de Inquérito busque”.

Na ocasião, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) estava ocupando a presidência ocasional da comissão. “Eu vou solicitar que a polícia legislativa do Senado solicite que a pessoa use a máscara”.

“A entrada no Senado Federal está restrita nesse período de pandemia. Alguém autorizou a entrada do senhor Frederick Wassef aqui. Eu requeiro que busque saber quem autorizou a entrada do senhor Frederick Wassef”, ressaltou Randolfe.

Enquanto isso, Frederick Wassef circulava pelo Senado Federal e, à TV Senado, afirmou que é advogado do senador Flávio Bolsonaro e do presidente Jair Bolsonaro. “Eu tenho a imunidade, eu tenho as minhas prerrogativas, e a CPI está sendo usada com desvio nítido de finalidade e função”, disse Wassef – proprietário da chácara onde Fabrício Queiroz foi detido.

“Senhor Renan Calheiros, com o máximo respeito, o senhor podia pedir ajuda à organização criminosa que está infiltrada dentro do COAF e que agiu dessa mesma forma, quebrando meu sigilo bancário e fiscal e vazando criminosamente à imprensa”, disse Wassef. “O Tribunal Regional Federal da 1ª Região deixou claro dois crimes graves que eu sofri da mesma forma, com o uso indevido da máquina pública”. Veja a íntegra do vídeo abaixo, reproduzido pelo twitter da TV Senado.

Redação

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